De 7 de abril de 1945, data da publicação da primeira edição de A VOZ DA SERRA, até hoje, 75 anos depois, “muita água correu debaixo das pontes”, como se diz na gíria popular, e nada ficou de fora das páginas do mais antigo e tradicional jornal de Nova Friburgo. Primeiro com edições semanais, depois trissemanais, até chegar às edições diárias publicadas desde março de 1995.
Já com 39 anos de existência, em agosto de 1983, respeitado e com grande credibilidade no município, o semanário passou a ser trissemanal. Por mais 12 anos o jornal seguiu trabalhando dessa forma, até que em março de 1995 se viu novamente no dever de ampliar sua cobertura jornalística na cidade, visto que os friburguenses eram cada vez mais fiéis às páginas do periódico. Quatro anos depois, em julho de 1999, A VOZ DA SERRA deu mais um importante passo ao lançar sua primeira edição em policromia (colorida), formato que mais se aproxima ao que é produzido atualmente.
Em 12 de junho de 1997, ainda antes do boom da internet, A VOZ DA SERRA mostrou mais uma vez seu pioneirismo ao criar seu site. Desde então, foram diversas versões online até chegar à mais nova, lançada em 2015. Portanto, já são 25 anos levando diariamente as principais notícias de Nova Friburgo e região aos seus inúmeros e fiéis leitores – e 23 anos que as notícias também são disponibilizadas de forma online, na internet.
Uma história de resistência e tradição
Criado por membros do PSD (Partido Social Democrático), que na época precisavam de um meio de comunicação para divulgar os ideais do partido, assim surgiu A VOZ DA SERRA. No entanto, em 1953, o jornal estava prestes a encerrar suas atividades, quando Américo Ventura Filho decidiu adquirir as cotas da pequena editora e passou a responder oficialmente por ela.
O jornal, então instalado na Rua General Pedra, 21 (atual Rua Dante Laginestra), deixou de ser um órgão do partido, embora continuasse seguindo uma linha pessedista, de acordo com a ideologia de seu diretor. Combativo por índole, honesto por formação, foi ele o cérebro e a alma do jornal durante 20 anos, tendo como lema a máxima que repetia em vários textos: "Combater o bom combate".
Américo ficou à frente do jornal até sua morte, em 23 de fevereiro de 1973, quando A VOZ DA SERRA foi assumido pelo seu filho, Laercio Rangel Ventura, hoje conhecido como o “Dom Quixote da imprensa friburguense”. Homem simples e modesto, Laercio sempre foi avesso a badalações, especialmente as que envolviam seu nome. Mesmo assim, recebeu inúmeras homenagens em vida, como a comenda Barão de Nova Friburgo, concedida pela Câmara Municipal, e a Medalha Tiradentes, a maior honraria do Legislativo Estadual.
Laercio, até o dia de sua morte, em 3 de fevereiro de 2013, transformou o "jornal feito por um homem só" em uma empresa jornalística com dezenas de funcionários e periodicidade diária, em sintonia com o avanço dos recursos gráficos utilizados pela imprensa brasileira e internacional.
Adriana Ventura, filha de Laercio, está à frente de A VOZ DA SERRA desde então, segue garantindo a circulação do jornal com compromisso e responsabilidade. Como o terceiro jornal mais antigo do estado, A VOZ DA SERRA é hoje não apenas uma referência para Nova Friburgo, mas principalmente o exemplo de um jornal vibrante, feito com seriedade, competência profissional, ética, respeito aos valores humanos, atento ao desenvolvimento do município sem jamais se desviar de seus princípios.
O que já foi notícia em AVS
Ao longo desses 75 anos, A VOZ DA SERRA esteve presente nos principais fatos que marcaram, sobretudo, Nova Friburgo, mas sem deixar de noticiar acontecimentos marcantes a nível estadual, nacional e até internacional. A nível local, o jornal deu seu pontapé inicial em 1945 sob a gestão do italiano Dante Laginestra, que comandou a cidade de 1936 e 1945.
Depois dessa fase, seguiram-se novas gestões de prefeitos de curtos mandatos e igualmente de interinos. Foram eles: Odílio Quintais, Helênio Freire Verani, Dante Laginestra, Hélio Veiga, Antonio Cortes etc. Já as gestões municipais de César Guinle, José Eugênio Müller, Feliciano Benedicto da Costa e Amâncio Mário de Azevedo passaram a ter um mandato de quatro anos, cessando as gestões de curto período e de interinos. Esse período foi de outubro de 1947 a janeiro de 1963. Um momento de tensão foi a gestão de Vanor Tassara Moreira (31/01/1963 à 10/04/1964) interrompida pelo regime militar, tendo assumido em seu lugar Heródoto Bento de Mello, que seria eleito posteriormente em outros pleitos eleitorais, consolidando-se na política local.
A partir da segunda metade do século 20, a luta política em Nova Friburgo ficou polarizada entre Paulo Azevedo, sucessor de Amâncio Azevedo, e Heródoto Bento de Mello. De lá para cá a cidade também foi governada por Saudade Braga durante dois mandatos seguidos (2000 – 2008), sendo sucedida por Heródoto Bento de Mello que, dois anos depois, por motivos de saúde, deixou o cargo para o seu vice, Dermeval Barboza Moreira Neto. Pouco tempo depois ele foi afastado pela justiça e o presidente da Câmara na época, Sérgio Xavier, assumiu interinamente o comando da prefeitura, até a eleição de Rogério Cabral, em 2012. Quatro anos depois foi a vez de Renato Bravo ser eleito prefeito de Nova Friburgo, cargo que ocupa até hoje.
Em meio às diversas gestões municipais que comandaram Nova Friburgo nesses últimos 75 anos, A VOZ DA SERRA se consolidou como “Uma voz de Friburgo para ecoar no Brasil”, slogan criado no início das atividades do jornal. Nessas páginas foram notícias os principais acontecimentos da cidade, seja no âmbito político, esportivo, cultural, econômico e policial, como as históricas enchentes e a tragédia climática de 2011, a histórica e apavorante cobertura dos crimes até a prisão dos irmãos necrófilos, a histórica rixa política entre Paulo Azevedo e Heródoto Bento de Mello, e muito mais.
A partir desse importante marco, que é a comemoração de 75 anos de fundação do principal jornal de Nova Friburgo, A VOZ DA SERRA seguirá cumprindo sua missão de informar com qualidade e assertividade a população friburguense sobre tudo o que acontece e é notícia na nossa Suíça Brasileira.
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