A Professora Eunice Nóbrega Portela, doutora em Educação pela Universidade de Brasília, apontou que alguns cientistas têm alertado para o fato de o QI médio da população mundial estar diminuindo desde 1990. Uma das hipóteses apresentadas é o empobrecimento da linguagem, que abrange a busca pela simplicidade das expressões escritas e orais, o abandono de palavras e de figuras de linguagem, como as metáforas, e o emprego reduzido dos tempos e modos verbais.
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Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
“De um amigo ninguém se livra fácil. A amizade, além de contagiosa, é totalmente incurável.”
Vinícius de Moraes
Ora pois, não é que há sempre há motivos para escrever? Que podem nascer nas costas que coçam, no sono que não vem, até no bater do martelo que chega aos ouvidos sem harmonia. Hoje, por me aquietar em casa, por ontem tanto abrir o guarda-chuva, correr para não me molhar e me assustar, vou olhar para a natureza.
Sim, Senhor!, a vida brasileira acontece, e a arte vai junto. Sempre. Sem limites e pudor. Com criatividade. É elaborada pela força das emoções e externa os sentimentos do artista, que, por sua vez, reflete as manifestações da brasilidade e as pulsões do povo. A literatura vai junto, atrás, ao lado ou entremeando o acontecer, usando palavras para criar histórias, informações, argumentações, registros e crônicas.
Quando escrevi a coluna sobre os escritores cegos, na qual me referi ao escritor argentino Jorge Luis Borges (1899 – 1986), uma vontade inquieta de conhecer sua obra tomou conta de mim. Busquei o livro de contos, “O Aleph”, considerado uma das maiores obras literárias do Ocidente. Recorrendo a uma literatura fantástica, o livro, publicado em 1949, tem a grandiosidade e a complexidade literária esculpida por um gênio. Com uma cultura universal admirável, Borges está no rol dos autores mais importantes do século XX.
Aqui vou colocar meu afeto nas linhas desta coluna como forma de abraçar os leitores do jornal A Voz da Serra e todos aqueles que trabalham para produzi-lo. Há palavras que guardamos para expressar esse momento de finalização, de um tempo em que vivemos com intensidade. O ano de 2022 foi especial tanto quanto os que já vivemos, com desafios, conquistas, perdas e ganhos. A grande vitória desses dias finais é que podemos estar aqui para verbalizar nossos sentimentos e desejos.
Na semana passada, nos momentos de solitude, passeando pelo YouTube, me deparei, sem querer, com a história de um rei, Roberto Carlos. Repentinamente, me vi cercada por recordações e pude matar só um pouco das saudades da minha adolescência, do tempo em que sonhar era o passaporte para o futuro. Revi tantos momentos em que as paixões dos primeiros amores tomaram conta de mim, das festas de vitrolas e discos de vinil, dos primeiros sapatos de salto alto, especialmente um de verniz preto e branco.
Basta-me um pequeno gesto
Feito de longe e de leve,
Para que venhas comigo
E eu para sempre te leve.
Cecília Meireles
Ao elaborar minha dissertação de Mestrado na PUC-RJ, “A 4ª. e a 5ª. séries do primeiro grau: uma passagem refletida pelos diretores de escolas”, minha orientadora, Menga Ludke, me devolvia o que escrevia com correções incontáveis, que me sugeriam reescrever o texto com mais clareza, objetividade e veracidade. Foram muitas revisões. A cada argumentação que eu apresentava tinha de fundamentá-la com estudos já realizados por autores considerados no meio acadêmico.
Ao avaliar os textos que Nívea Maria Dutra Pacheco enviou à Academia Friburguense de Letras no intuito de tornar-se acadêmica, eu me deparei com uma questão que faz parte do quotidiano, o conflito. Em seu artigo “Mediação de Conflitos, Um Novo Paradigma, in Direito”, publicado na coletânea, “Cidadania e Processo”, editado em 2015 pela Editar, comecei a refletir sobre o assunto, especialmente do modo como lidamos com ele na vida diária.