Nestes tempos de pandemia, a literatura tomou conta dos momentos nossos de quietude, e, assim, tive a interessante experiência de voltar a ser ouvinte de histórias. Quando criança eu as escutava de minhas avós, como também nos discos, que me eram colocados em vitrolas antigas. Minha avó Minussa ou Minuça, até hoje não sei se o nome dela era escrito com ç ou ss, contava longas histórias em capítulos, todas as noites, às 20h, na época em que havia “blecaute” (as luzes da cidade do Rio de Janeiro eram desligadas). Eu me sentava com as pernas cruzadas e a escutava a perder o tempo.
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