Friburguense eleito melhor ator

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Friburguense eleito melhor ator
O ator friburguense Bernardo Dugin foi eleito o melhor ator, na categoria média-metragem, no Festival Internacional de Cinema Cinemaz. O importante festival de cinema independente premiou Dugin por seu trabalho no curta “Baile de Máscaras”. Bernardo Dugin dá vida a Miguel, que tem o sonho de passar um carnaval na cidade maravilhosa.

Disputa acirrada
A película que aborda o ano que não teve carnaval no Rio ainda arrebatou mais quatro prêmios: melhor filme, melhor roteiro, trilha sonora e ainda o prêmio especial de originalidade. Concorreram 1.006 filmes de 84 países, o que eleva ainda mais o tamanho da glória.

Associação independente
Por conta da pandemia, a mostra de filmes foi toda online. Todos os concorrentes foram exibidos por links especiais. A premiação também foi virtual. Assim, no ano que não teve carnaval também não teve o evento presencial que acontece em Varginha-MG e é organizado pela Maz Associação Artística. 

Outros prêmios
O filme já havia recebido quatro prêmios no Festival Gimfa (Gralha International Monthly Films Awards) na categoria média-metragem: melhor filme, melhor edição, melhor trailer e melhor atriz coadjuvante para Katharine Albuquerque. Baile de Máscaras ainda não está disponível para o público em geral.

Ordem dos desfiles de carnaval
Vai se cristalizando a realização do carnaval em Nova Friburgo em 2022. Foi definido o dia do sorteio para a ordem dos desfiles das escolas de samba da cidade. Será no dia 28 de novembro, na quadra da atual campeã, Vilage no Samba. A previsão é que sábado de carnaval, 26 de fevereiro, ocorram os desfiles dos ex-blocos de enredo, agora escolas de samba: Bola Branca, Globo de Ouro, Raio de Luar e Unidos do Imperador. No domingo, 27, os desfiles das tradicionais escolas: Alunão, Imperatriz de Olaria, Unidos da Saudade e Vilage.

Sem ausências
Todas as agremiações estão confirmadas no desfile. Mesmo o Alunão que sofreu com um incêndio que trouxe grandes avarias à estrutura do seu barracão, assim como em fantasias e alegorias. O prejuízo é de aproximadamente R$ 100 mil. Só para refazer o telhado e a parte elétrica serão necessários R$ 33 mil. A azul e branco de Conselheiro Paulino promove uma vaquinha online para levantar esse dinheiro que é o mais urgente.

Reconstrução do Alunão
Inclusive, neste domingo, 31, o Alunão realiza uma churrascada para angariar recursos para recuperar o prejuízo causado pelo incêndio. O ticket que dá direito ao prato custa R$ 20. Outra ação de levantamento de recursos acontece neste sábado, 30, a partir das 13h. Por iniciativa do Choupana Grill, todas as caipirinhas vendidas no dia serão revertidas em benefício da agremiação. Para animar a festa, pagode dos Irmãos WW. O evento beneficente se soma a outros auxílios em curso.

Em preparação
As escolas de samba seguem em preparação. A Vilage, única a já ter seu samba para o desfile do ano que vem, realizou no último domingo, 23, uma super live com alguns de seus componentes. A atual campeã está com uma exposição virtual de sua história nas redes sociais. Seu enredo é sobre o som do sertão. A Imperatriz de Olaria com enredo indígena, encerra hoje, 29, o recebimento dos sambas que concorrerão na disputa para ser o hino da escola na avenida em 2022.

Definição de sambas
A Unidos da Saudade decidiu encomendar o samba para seu enredo sobre a indústria metalúrgica e não realizará disputa. Já o Alunão, última a definir o enredo para o carnaval, está com prazo aberto para os compositores confeccionarem suas obras sobre o tema Hakuna Matata. Eles têm até 12 de novembro para entregar suas obras. Será realizada uma eliminatória no dia 21 e a final está prevista para o dia 28. A data pode sofrer alteração já que coincide com o evento do sorteio da ordem dos desfiles.          

Concurso de Café
A Região Serrana terá um evento pioneiro para valorizar e divulgar a produção de cafés. Está programada para os dias 6 e 7 de novembro, na vizinha Bom Jardim a 1ª Mostra de Café de Qualidade Cafés da Serra do Rio. Palestras, oficinas, mostra e concurso estão na programação. Totalmente de forma presencial e seguindo os protocolos de segurança de saúde a ideia é unir produtores, profissionais, empresas e consumidores do setor.

Especialistas nacionais e internacionais
Já está confirmada a participação de diversos produtores dos municípios de Bom Jardim, Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto. O Complexo Cultural Fazenda Bom Jardim foi o espaço escolhido para abrigar o evento que terá no sábado, 6, a parte técnica, com workshops com especialistas nacionais e internacionais sobre produção, importação e exportação, torrefação, métodos de extração dos grãos (soft, expresso, filtração), diferentes formatos de preparo de café, sustentabilidade, café na gastronomia e turismo, entre outros.

Várias atrações
O setor aberto ao público será no domingo, 7, e contará com exposição de produtos locais/regionais, atrações culturais, artesanato, cerveja artesanal e, claro, muito café. Haverá também visitação turística à Fazenda Goiabal, além da premiação da mostra. A entrada será gratuita.

Um pouco de história
A região já teve muita tradição na cafeicultura. Cantagalo, abarcando o território que corresponde hoje a vários municípios, chegou a ter mais de 700 fazendas na produção de café. Mas, segundo historiadores, a força da cultura cafeeira na região se deu especialmente pelas mãos do Barão de Nova Friburgo, graças ao trabalho escravo. Estima-se que durante os anos de 1827 e 1830, tenha trazido da África mais de 300 mil negros escravizados, onde uma parte foi comercializada e outra levada às suas propriedades na região.

Declínio aos dias atuais
Em 1870 já era visível o declínio da produtividade nas primeiras zonas ocupadas pelo café, o que se agravou com a abolição da escravatura em 1888. A crise de 1929 fez diminuir ainda mais a produção de café na região. Como o cultivo do café era realizado sem recursos como adubação e pulverização de defensivos, a terra tornava-se exaurida e improdutiva com cerca de 20 a 30 anos de uso, desmatando-se assim novas terras. Entretanto, na década de 1960 teve início o plano de erradicação das lavouras cafeeiras como tal e a região perdeu espaço. Atualmente, investiu-se mais em qualidade do que quantidade em produções mais tecnológicas.

Palavreando
“Mais fácil é mudar de estado e continente, quiçá até de planeta do que de amores. Ah! O coração vai junto das nossas mudanças de lugar. E o coração é bagagem que não dá para se esquecer na aeronave. Tão difícil é mudar a nós mesmos”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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