Blogs

Buenas personas

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Já é tradição os homens fazerem humor com-contra as mulheres

Já é tradição os homens fazerem humor com-contra as mulheres

Além do isolamento a que estamos obrigados por causa do vírus que ora nos espreita do lado de fora, ainda somos atacados via internet por mais mensagens do que as tantas, muitas, demais que já recebíamos quando a saúde andava à solta e a doença estava oculta nos confins da China. Se fôssemos ler todas com o cuidado que de nós esperam seus remetentes, não faríamos mais nada na vida (ou na morte) e nem mais teríamos tempo para reclamar da imensa duração dos dias, com suas horas que não passam, cada 24 parecendo 48, 62 ou mais. E o que chama a atenção é como muita gente acha um jeito de mandar mensagens que, ao falar sobre o vírus, trazem, subjacente ou explícita, a ideologia de quem as enviou. Eu, sinceramente, estou ficando confuso: não sei se o Covid-19 é de esquerda ou de direita. Não sei se nossas autoridades são um comitê de Sábios da Medicina Internacional, ou um bando de incompetentes médicos brasileiros. Cada remetente tem suas convicções e não desanima do que parece ter se transformado no propósito de sua vida: convencer-nos da pureza, da grandeza e da isenção de suas postagens.

Por outro lado, mesmo nesses tempos escuros, em que até sair à rua tornou-se imprudência, quando não pecado e crime, não falta quem se disponha a fazer humor. Às vezes, humor negro. Mas rir das próprias desgraças e dos próprios medos parece mesmo a melhor forma de o ser humano aguentar o tranco e ir vivendo, sobrevivendo. É só nos lembrarmos do caso — verídico — do sujeito que foi baleado num assalto e, já na mesa de operação, ouviu do médico a pergunta: “Tem alergia a alguma coisa?” “À bala”, respondeu o engraçadinho, enquanto o sangue escapava pelos furos que as ditas cujas lhe fizeram no corpo.

Das piadas que recebi, citarei apenas uma. Se bem me lembro, era assim: “Ahora que los bares están cerrados, me he quedado em casa, hablando com mi esposa. Parece uma buena persona”. Desculpem os erros, porque meu espanhol é dos faroestes americanos, nos quais o bandido que fala espanhol sempre acaba levando bala do mocinho que fala inglês. Quase tudo na vida tem dois lados, e o outro lado da vida nem merece ser mencionado. Eis, pois, uma lição de vida da atual pandemia: leva-nos a encontrar as buenas personas que temos ao nosso lado e tantas vezes perdemos, justamente porque as temos fácil demais. A quarentena é uma oportunidade para descobrimos aquilo que o poeta chamou de “a insuspeitada alegria de con-viver”.

Quanto ao sujeito que gostaria de estar nos bares, discutindo com outros bêbados, mas é obrigado a ficar em casa, conversando com a esposa, já é tradição os homens fazerem humor com-contra as mulheres. Certamente por inveja, uma vez que sem elas é impossível para eles realizar coisas grandiosas, como dar sentido à vida, ou pequenininhas, como achar os óculos perdidos pela casa. Assim sendo, com permissão de minha mulher e respeito a todas as outras, que desde já declaro ter na conta de buenas personas, aqui vão algumas finezas que os homens disseram sobre elas.

Quando um cara rouba sua mulher, não há melhor vingança do que deixá-lo com ela. (David  Bissonette)

Eu não tive sorte com minhas duas esposas. A primeira me deixou e a segunda, não. (James Holt McGavra)

Uma boa esposa sempre perdoa o seu marido quando ela está errada. (Rodney Dangerfield)

Um cara, todo orgulhoso, disse: “Minha esposa é um anjo”. O segundo cara respondeu: “Sorte sua, a minha ainda está viva”. (Um marido que, por motivos óbvios, preferiu ficar anônimo).

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Já foi tarde

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Nosso presidente pode ser grosso, de cultura limitada (segundo ele mesmo), intempestivo, mas burro jamais. Um político com quatro mandatos como deputado federal tem traquejo suficiente para entender as nuances da atividade, jamais vai ser suplantado por um aprendiz, pois na realidade esse é o perfil atual de Sérgio Moro. Que não se enganem aqueles que idolatram Sérgio Moro, pois no episódio de sua saída do Ministério da Justiça, literalmente, ele saiu pela porta dos fundos.

Nosso presidente pode ser grosso, de cultura limitada (segundo ele mesmo), intempestivo, mas burro jamais. Um político com quatro mandatos como deputado federal tem traquejo suficiente para entender as nuances da atividade, jamais vai ser suplantado por um aprendiz, pois na realidade esse é o perfil atual de Sérgio Moro. Que não se enganem aqueles que idolatram Sérgio Moro, pois no episódio de sua saída do Ministério da Justiça, literalmente, ele saiu pela porta dos fundos.

Se o seu objetivo era esse, e hoje sabemos de sua intenção, quando se reuniu com o presidente, na véspera, seu papel de homem teria sido comunicar que estava de saída da pasta. Não, covardemente, convocar uma coletiva de imprensa e, ao vivo e a cores, informar sua saída da pasta da Justiça, sem antes falar mal do seu chefe, inclusive chamando-o de mentiroso. Tanto o ato foi premeditado, cinematográfico, que ao terminar informou à nação estarrecida de que iria para casa escrever sua carta de demissão.

A princípio pensei, como muitos o fizeram, que Bolsonaro tinha dado um tiro no pé. Afinal, Moro, juntamente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, eram os ministros da república mais em evidência. Mas, como nesse país temos de dar um tempo para digerir os acontecimentos, pouco a pouco a verdadeira face desse imbróglio começou a vir à tona.

Moro foi um juiz nota dez, apesar de seu egocentrismo exacerbado e de uma arrogância impar, mas como político, sua atuação começou de maneira desastrosa. Sim, porque no momento em que renunciou à magistratura e se tornou ministro, abandonou uma carreira de sucesso e abraçou outra de consequências duvidosas. No Brasil é difícil ser um político de peso, reconhecido. Muitos só o são, depois de ou abandonarem a vida pública ou morrerem.

Como ministro jamais lembrou o magistrado, muito pelo contrário deixou muito a desejar. A insubordinação de governadores e prefeitos; os abusos das polícias militares contra cidadãos, durante a quarentena, nos estados comandados por esses governadores; o não mostrar o seu repúdio contra ofensas de membros do STF à figura do presidente; a indicação para sua pasta de pessoas que comungavam na mesma cartilha de adversários do presidente, como llona Szabó e Giselly Siqueira, esta última, nora de Míriam Leitão, conhecida jornalista que abomina Bolsonaro, não resultaram em nenhuma ação do ministro.  Ou seja, considerou a sua escolha como o degrau para a carreira política, mas jamais comungou com os ideais do presidente.

Tanto é assim, que ao admitir ser candidato à presidência da República pelo PSDB, demonstra simpatia pela Sociedade Fabiana, surgida em Londres, em 1883, que pregava a revolução socialista sem derramamento de sangue, com a inserção sutil e gradual de ideias socialistas na cultura. Difunde a destruição da família como alicerce da sociedade burguesa. Essa é a posição do milionário George Soros, mantenedor da Open Society, que defende o aborto, a identidade de gêneros e o desarmamento da população, ou seja, princípios contrários àquilo que pregava Bolsonaro em sua campanha eleitoral. Ilona Szabó é adepta de Soros.

Mas, a gota d´água de sua demissão foi o afastamento do superintendente da Polícia Federal, Maurício Valeixo, seu indicado pelos princípios de carta branca que o presidente lhe deu, abrindo mão de sua prerrogativa constitucional. A Abin já havia informado o presidente de que Valeixo optara pele declaração de incapacidade mental do esfaqueador de Juiz de Fora, mesmo já tendo elementos que sugerissem um desfecho diferente para tal affaire.

O mesmo se deu com a não criminalização de Grenwald, quando este, através de hackers, expôs conversas telefônicas de ministros de estado e do próprio Moro com Dallagnol, seu adjunto, em Curitiba, o que é crime, numa clara tentativa de desestabilizar o governo. E o que é pior, não fazer nada em defesa do presidente, nas manobras de Dória, Maia, Alcolumbre, FHC e Toffoli, que tramam sua derrubada. Ou seja, na realidade nunca se alinhou ao projeto do presidente de livrar o país da velha política do toma lá da cá, rompendo com a politicagem e corrupção que tanto corroeu o país na época de Fernando Henrique, Luís Inácio, Dilma e Temer.

Eu fui adepto de Sérgio Moro, o magistrado, mas confesso que me decepcionei com o Moro cidadão. Num período tão conturbado, em função da pandemia do coronavírus, sua atitude intempestiva não tem explicação. Estivesse preocupado com o Brasil e não com sua biografia, teria postergado sua demissão que era incontornável. Para um ministro que pouco fez, uma semana ou um mês a mais, não faria a mínima diferença. Mandetta, ao contrário, saiu com dignidade, além de médico é um político calejado.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A escola das almas

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.

Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou, inquieta:

— Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?

Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:

Congregados, em torno do Cristo, os domésticos de Simão ouviram a voz suave e persuasiva do Mestre, comentando os sagrados textos.

Quando a palavra divina terminou a formosa preleção, a sogra de Pedro indagou, inquieta:

— Senhor, afinal de contas, que vem a ser a nossa vida no lar?

Contemplou-a Ele, significativamente, demonstrando a expectativa de mais amplos esclarecimentos, e a matrona acrescentou:

— Iniciamos a tarefa entre flores para encontrarmos depois pesada colheita de espinhos. No começo é a promessa de paz e compreensão; entretanto, logo após, surgem pedras e dissabores...

Reparando que a senhora Galileia se sensibilizara até às lágrimas, deu-se pressa Jesus em responder:

— O lar é a escola das almas, o templo onde a sabedoria divina nos habilita, pouco a pouco, ao grande entendimento da Humanidade.

E, sorrindo, perguntou:

— Que fazes inicialmente às lentilhas, antes de serví-las à refeição?

A interpelada respondeu, titubeante:

— Naturalmente, Senhor, cabe-me levá-las ao fogo para que se façam suficientemente cozidas. Depois, devo temperá-las, tornando-as agradáveis ao sabor.

— Pretenderias, também, porventura, servir pão cru à mesa?

— De modo algum — tornou a velha humilde —; antes de entregá-lo ao consumo caseiro, compete-me guardá-lo ao calor do forno. Sem essa medida...

O Divino Amigo então considerou:

— Há também um banquete festivo, na vida celestial, onde nossos sentimentos devem servir à glória do Pai. O lar, na maioria das vezes, é o cadinho santo ou o forno preparador. O que nos parece aflição ou sofrimento dentro dele é recurso espiritual. O coração acordado para a Vontade do Senhor retira as mais luminosas bênçãos de suas lutas renovadoras, porque, somente aí, de encontro uns com os outros, examinando aspirações e tendências que não são nossas, observando defeitos alheios e suportando-os, aprendemos a desfazer as próprias imperfeições. Nunca notou a rapidez da existência de um homem? A vida carnal é idêntica à flor da erva. Pela manhã emite perfume, à noite, desaparece... O lar é um curso ligeiro para a fraternidade que desfrutaremos na vida eterna. Sofrimentos e conflitos naturais, em seu círculo, são lições.

A sogra de Simão escutou, atenciosa, e ponderou:

— Senhor, há criaturas, porém, que lutam e sofrem; no entanto, jamais aprendem.

O Cristo pousou na interlocutora os olhos muito lúcidos e tornou a indagar:

— Que fazes das lentilhas endurecidas que não cedem à ação do fogo?

— Ah! sem dúvida, atiro-as ao monturo, porque feririam a boca do comensal descuidado e confiante.

— Ocorre o mesmo — terminou o Mestre — com a alma rebelde às sugestões edificantes do lar. A luta comum mantém a fervura benéfica; todavia, quando chega a morte, a grande selecionadora do alimento espiritual para os celeiros de Nosso Pai, os corações que não cederam ao calor santificante, mantendo-se na mesma dureza, dentro da qual foram conduzidos ao forno bendito da carne, serão lançados fora, a fim de permanecerem, por tempo indeterminado, na condição de adubo, entre os detritos da Natureza.

Livro: Jesus no lar, Espírito: Neio Lúcio, Médium: Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Av. Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV ZOOM, canal 10 – sábados, às 9h.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Panorama

terça-feira, 28 de abril de 2020

Para pensar:
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”
Platão

Para refletir:
“Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado.”
José Ortega y Gasset

Panorama

A coluna tem conversado com muita gente, em busca de informações que ajudem a nos dar um panorama sobre o grau de saturação de nossas redes pública e particular de saúde, em especial no que diz respeito aos leitos de tratamento intensivo.

Para pensar:
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.”
Platão

Para refletir:
“Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado.”
José Ortega y Gasset

Panorama

A coluna tem conversado com muita gente, em busca de informações que ajudem a nos dar um panorama sobre o grau de saturação de nossas redes pública e particular de saúde, em especial no que diz respeito aos leitos de tratamento intensivo.

Evidentemente estamos falando de números que se alteram o tempo todo, mas ainda assim o que tem sido apurado já parece suficiente para algumas indicações preliminares.

Um terço

Na tarde de segunda-feira, 27, informações vindas do Hospital Raul Sertã indicavam a existência de oito pacientes internados com coronavírus.

Três entubados, e cinco em enfermaria.

Entre os pacientes entubados, um é morador do Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com esta apuração, havia seis leitos de CTI desocupados na unidade, o que a coluna interpreta como uma sinalização ainda positiva, num momento em que a velocidade no número de contágios tem crescido bastante por aqui.

Margem

Não custa lembrar que a saturação destes leitos gera impactos sobre diversas outras especializações, uma vez que é grande a variedade de males que requerem cuidados intensivos.

O fato de estarmos com dois terços destes leitos na rede pública ainda disponíveis, portanto, é uma notícia de grande relevância.

Subnotificação?

O diálogo com várias fontes também acumulou algo que não se pode quantificar, mas que o colunista entende ser suficientemente valioso para que seja compartilhado por aqui: a sensação, entre vários profissionais, de que a subnotificação em relação aos casos de Covid-19 é notória.

O que importa

De qualquer forma, ainda que seja o caso, sabemos que o Ministério da Saúde tem operado com a estimativa de que apenas 9% dos contágios estão sendo confirmados, e isso acaba por afetar o índice de mortalidade (o fazendo parecer pior do que é), mas não muda muito o que realmente importa, que é saber quantas pessoas estão conseguindo enfrentar a doença com sucesso.

Avanço

A esse respeito, o mais recente boletim divulgado pela Prefeitura de Nova Friburgo representou um salto de qualidade informativa, discriminando grupos distintos de casos suspeitos, e o que é melhor: trazendo também no número de pacientes recuperados.

Até a tarde desta segunda-feira, 27, aqui em nossa cidade eles já eram 15.

É muito gratificante poder dizer isso.

Tendência nacional

Essa informação, por sinal, casa com um levantamento bastante interessante feito pelo respeitado nutricionista friburguense Renato Sippli, que segue antenado nas principais publicações da comunidade científica internacional sobre o tema, e continua enfatizando os indicativos da importância da vitamina D como linha de defesa aos sintomas mais graves da doença. 

Aspas

“Olhando alguns números da pandemia mundial de Covid, podemos fazer uma análise estatística otimista da razão entre o números de recuperados e o número de mortos no Brasil, quando comparada aos países mais atingidos do hemisfério norte: França: 23.293 mortes e 45.513 recuperados, razão de 1/1,95; Itália: 26.977 mortes e 66.624 recuperados, razão de 1/2,46; EUA: 56.376 mortes e 137.465 recuperados, razão de 1/2,43; Brasil: 4.340 mortes e 30.152 recuperados, razão de 1/6,95; Mundo: 210.592 mortes e 916.986 recuperados, razão de 1/4,35. Estes são dados divulgados pela OMS, no dia 27 de abril.”

Aspas 2

“Os motivos para esse maior número de recuperação no Brasil em relação a outros países ainda não foram devidamente esclarecidos, mas uma hipótese bem plausível seria considerar que os países do hemisfério norte estão saindo de um inverno rigoroso, enquanto no Brasil estamos saindo do verão.

Sabemos, afinal, que a incidência de sol é o maior influenciador nos níveis sanguíneos de vitamina D, e existem estudos sérios correlacionando a presença desta vitamina como fator protetor contra a gravidade da Covid-19.”

Maturidade

A coluna entende ser muito importante divulgar essas notícias positivas, mas conta mais uma vez com a maturidade dos leitores para que façam sua parte para honrar os sacrifícios de quem se encontra na linha de frente, quer seja se expondo ao vírus, quer seja assumindo prejuízos financeiros em favor da segurança coletiva e da segurança dos seus funcionários.

“Usem máscara e fiquem em casa”, recomendou uma das fontes consultadas, um profissional da saúde.

Solidariedade

“A Associação dos Veteranos e Amigos do Tiro de Guerra TG 01-010 (AVA) vem a público agradecer a algumas pessoas que foram de extrema importância para a campanha de recolhimento de doações realizada no último sábado, 25: sargento Janílson, chefe de instrução do TG 01-010 que gentilmente nos cedeu as dependências do TG para guardamos as doações; sr. Dário, parceiro incansável e que está sempre preparado a nos ajudar; Suzana Barroso, do supermercado Serra Azul, que permitiu que fizéssemos a campanha em frente a filial de Conselheiro Paulino; a todos os veteranos que dedicaram um pouco de seu tempo para ajudar na arrecadação e, principalmente, ao povo friburguense que, sempre que chamado, colabora de forma incansável quando o assunto é solidariedade. Venceremos mais essa batalha porque estamos juntos e, juntos somos invencíveis. Em dois dias de campanha foi arrecadada uma tonelada de alimentos que serão distribuídos para cerca de 50 famílias cadastradas.”

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Quanto mais cumprirmos as restrições, mais cedo elas serão extintas

terça-feira, 28 de abril de 2020

Festejar o dia 22 de abril em homenagem ao Dia da Terra pela quinquagésima vez, e da maneira como nos conduzimos, é sinal de que esses 50 anos ainda não produziram o efeito desejado para a preservação do planeta. O Caderno Z nos mostra um panorama para reflexão e destaca: “Em 2019, o planeta atingiu esgotamento de recursos naturais mais cedo em toda a série histórica”. De uma forma universal, diferente de tudo o que já se viu, a humanidade atravessa a crise do coronavírus que vem se juntar aos degradantes ataques ao meio ambiente, produzidos impiedosamente, pelas mãos humanas.

Festejar o dia 22 de abril em homenagem ao Dia da Terra pela quinquagésima vez, e da maneira como nos conduzimos, é sinal de que esses 50 anos ainda não produziram o efeito desejado para a preservação do planeta. O Caderno Z nos mostra um panorama para reflexão e destaca: “Em 2019, o planeta atingiu esgotamento de recursos naturais mais cedo em toda a série histórica”. De uma forma universal, diferente de tudo o que já se viu, a humanidade atravessa a crise do coronavírus que vem se juntar aos degradantes ataques ao meio ambiente, produzidos impiedosamente, pelas mãos humanas. Isabela Braga, bióloga e cientista climática, nos deixa um pouco de otimismo: “Precisamos ser resilientes diante das atuais mudanças em nosso dia a dia de encontrar formas mais respeitosas de conviver uns com os outros e a natureza”.

O futuro está comprometido, mas, se tivermos constantes cuidados e atenções, o planeta terá chance de prosseguir e nos cabe essa missão. Com medidas simples podemos fazer a diferença “economizando água e energia, cuidando do lixo etc. Wanderson Nogueira, em “Nossa Casa Terra, em guerra outra vez” nos convida a pensar novas atitudes: “É imperativa a nossa profunda mudança de relação com a nossa casa – esse lugar chamado Terra – assim como tudo que tem nela, especialmente, com nós mesmos”.

O ambiente natural sempre foi atração dos observadores da natureza e, por essa razão, há divergências de opiniões sobre a proibição da prática de montanhismo no Pico da Caledônia. Há os que concordam com a medida, incentivando o isolamento social e há os que são contra, alegando que muito pior estão as filas em bancos, em supermercados etc. Realmente está difícil, porque a questão envolve outros debates dentro da medida. Enquanto isso, o Nova Friburgo Futebol Clube celebrou 106 anos, sem festa, porém com muitos planos e as perspectivas são promissoras, de acordo com o seu presidente, Luiz Fernando Bachini.

Com o decreto do prefeito Renato Bravo determinando o uso de máscaras, mais de 40 confecções se cadastraram só no primeiro dia e a projeção é de que cada empresa confeccione até dez mil peças em tamanhos variados entre P, M e G. A prefeitura pretende distribuir cinco máscaras por morador. Ninguém deveria se aborrecer com as medidas de quarentena e as restrições das atividades. Quanto mais cumprirmos as regras, mais cedo elas serão extintas. Estudos são feitos para que os prejuízos econômicos sejam abrandados. Como exemplo, sobre as mensalidades das instituições de ensino privado. Uma videoconferência com mais de 80 envolvidos foi realizada para debater “o turismo pós-pandemia”. Pensar no depois já é um bom sinal. Por enquanto, é só pensar, gente!

Todos os setores da indústria e do comércio estão afetados. Não está folgado para os indivíduos, para as famílias. O efeito dominó é inclemente e a “flexibilização” no Estado do Rio, depois que os hospitais de campanha estiverem em funcionamento, pode ser uma faca de dois gumes. Quanto menos demandas para os hospitais não seria melhor?

Sempre procuro fazer a coluna de modo o mais impessoal possível. Mas, como todos os setores estão afetados, também o meu lado emocional está à flor da pele. Por isso mesmo, achei assustadora a projeção de 400 mortos para Nova Friburgo, vítima do coronavírus, e a naturalidade como os números são passados pelos especialistas em “prognósticos”. O secretário municipal de Saúde, Marcelo Braune, entrevistado por A VOZ DA SERRA, confirmou a projeção dos especialistas, insistindo que o isolamento social deverá continuar.

O jornal entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro solicitando detalhes da projeção. A explicação veio no sentido de que “o número de óbitos citado seria um prognóstico pessimista caso não fosse tomada alguma ação preventiva”.

Sinceramente, eu preferia pular esse pedaço e falar de flores, de estrelas e de passarinhos. Contudo, como a pandemia é imperativa e requer o empenho de todos, eu prefiro contar que minha neta Júlia, de 4 anos, abriu o jornal A VOZ DA SERRA deste fim de semana e, em alto e bom som, decretou: “Ninguém sai de casa por causa do coronavírus!”.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Aniversário do Lucas

terça-feira, 28 de abril de 2020

Aniversário do Lucas

Apesar do pequeno atraso, registramos com carinho o aniversário do garotão Lucas Ferreira Bonan (foto), que completou 9 anos no último dia 18. Ele é filho do locutor esportivo Fernando Bonan e da jornalista Flávia Namen. Inteligente e consciente como é, o Lucas fez um pedido de comemoração bem inusitado e pertinente nestes tempos de pandemia: que os pais e familiares, festejassem seus 9 anos circulando pela cidade em um comboio de carros e, em determinado local, todos em seus próprios veículos, cantaram os parabéns.

Aniversário do Lucas

Apesar do pequeno atraso, registramos com carinho o aniversário do garotão Lucas Ferreira Bonan (foto), que completou 9 anos no último dia 18. Ele é filho do locutor esportivo Fernando Bonan e da jornalista Flávia Namen. Inteligente e consciente como é, o Lucas fez um pedido de comemoração bem inusitado e pertinente nestes tempos de pandemia: que os pais e familiares, festejassem seus 9 anos circulando pela cidade em um comboio de carros e, em determinado local, todos em seus próprios veículos, cantaram os parabéns.

O pedido, claro, foi aceito pelos pais do aniversariante, as avós Lecy e Helena, os padrinhos Raphael e Fernanda, além de demais familiares. É isso aí, Lucas. Desejamos tudo de bom para você.

Doce apoio a todos

Na nota “Doce apoio” veiculada nesta coluna na semana passada, por um involuntário equívoco da edição final, ficou parecendo que o bolo que um grupo de amigas, que se mobilizaram em sinal de reconhecimentos e agradecimentos aos profissionais do Hospital Raul Sertã, foi tão somente para a médica geriatra dra. Thais, que apareceu na foto recebendo a carinhosa oferta da senhora Graça Stael.

 Como naturalmente, ela e quase ninguém degusta um bolo sozinho, o doce mimo de agradecimento, reconhecimento e incentivo aos seus trabalhos profissionais, foi extensivo para todos ou o máximo possível dos dedicados funcionários do HRS.

Vivas ao grande Jorginho

Na próxima quinta-feira, 30, mesmo sem poder comemorar ainda com outros familiares e amigos que possui, mas claro contando sempre com carinhos e atenções especiais da esposa Michele e da filha Maria Fernanda, o admirado gente boa Jorginho Sorrentino - na foto junto delas – vai completar seu 43° aniversário.

Desde já, nosso grande abraço de congratulações ao querido Jorginho com votos de muita saúde, paz, alegrias e felicidades como ele bem merece.

Devagar e sempre

Que a categoria dos incansáveis motoboys cresceu consideravelmente nestes tempo de pandemia e que também ganhou ainda mais reconhecimento, ninguém tem a menor dúvida. Por isso, eles merecem aplausos. Entretanto, deseja-se também para maior segurança deles próprios no desempenho de suas funções, que os cuidados sejam redobrados. Afinal, precaução e prudência não fazem mal a ninguém.

Um exemplo se tem a partir de uma cena inusitada vivenciada por este colunista na noite da última sexta-feira, 24: eu e outro motorista que seguíamos pela larga Avenida Euterpe Friburguense, por volta das 20h40, fomos ultrapassados por nada menos que nove motoboys, alguns deles se arriscaram perigosamente fazendo manobras bruscas naquele trecho.

Padre e sogra

O calendário festivo nos informa que ontem, 27, foi o “Dia do Sacerdote” e hoje, 28, é o “Dia da Sogra”. Parabéns para eles e elas.

Alex doa máscaras

O conhecido Alex Colecionador do Vasco (foto), que por vezes, tem aqui figurado com informações de eventos promovidos por ele sobre encontros de colecionadores de camisas de futebol e outras preciosidades, mostra que também se liga em belos gols da solidariedade e carinhos ao próximo.

Isso, por que ele juntamente com a esposa Sueli, estão produzindo e doando máscaras faciais de TNT. Quem necessitar, é só passar na Rua Augusto Spinelli, 133 próximo à Câmara Municipal e acionar zelador no interfone. Parabéns Alex e Sueli pela bela iniciativa.

Que assim seja!

Depois de amanhã, fechamos o mês de abril e chegaremos em maio.

Devido a pandemia do coronavírus é desejo universal que abril vá logo embora e o quinto mês do ano seja bem melhor para todos.

  • Foto da galeria

    Aniversário do Lucas

  • Foto da galeria

    Vivas ao grande Jorginho com esposa e filha

  • Foto da galeria

    Alex doa máscaras: colecionador do Vasco

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Textos védicos, antiquíssimos e atuais

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Nestes tempos de pandemia, a literatura tomou conta dos momentos nossos de quietude, e, assim, tive a interessante experiência de voltar a ser ouvinte de histórias. Quando criança eu as escutava de minhas avós, como também nos discos, que me eram colocados em vitrolas antigas. Minha avó Minussa ou Minuça, até hoje não sei se o nome dela era escrito com ç ou ss, contava longas histórias em capítulos, todas as noites, às 20h, na época em que havia “blecaute” (as luzes da cidade do Rio de Janeiro eram desligadas). Eu me sentava com as pernas cruzadas e a escutava a perder o tempo.

Nestes tempos de pandemia, a literatura tomou conta dos momentos nossos de quietude, e, assim, tive a interessante experiência de voltar a ser ouvinte de histórias. Quando criança eu as escutava de minhas avós, como também nos discos, que me eram colocados em vitrolas antigas. Minha avó Minussa ou Minuça, até hoje não sei se o nome dela era escrito com ç ou ss, contava longas histórias em capítulos, todas as noites, às 20h, na época em que havia “blecaute” (as luzes da cidade do Rio de Janeiro eram desligadas). Eu me sentava com as pernas cruzadas e a escutava a perder o tempo.

Com a pandemia, um primo me indicou as histórias védicas, o Mahabharata, contadas em português. São mais de 300 capítulos. Coloquei o fone de ouvido e me pus a escutá-las. E, deste modo, comecei a conhecer a milenar Cultura Védica.

A literatura védica é a primeira do mundo, que foi manuscrita antes da civilização egípcia, grega ou mesopotâmica. Surpreendentemente atuais, seus escritos guardam todos os aspectos da vida, enquanto matemática, física quântica, medicina, arquitetura. As artes e o yoga. Os temas relativos à ciência e a espiritualidade estão contidos nestes manuscritos, como a teoria da relatividade, o cálculo da velocidade da luz, a idade da Terra, a lei do carma, os conceitos de alma e de consciência, a teoria da reencarnação. Dentre outros.

Cientistas, filósofos e estudiosos buscam nesta literatura a exatidão e a perfeição do conhecimento e do pensamento. A leitura dos Vedas expressa a busca da qualidade da consciência que existe em nós porque esses escritos têm a chave da sabedoria. Outras culturas, como a Maia, encontraram fundamentos nesta literatura.

Antes da escrita, os versos védicos eram transmitidos por tradição verbal e foram compilados há mais de cinco mil anos. O Mahabharata é um dos manuscritos, dentre outros que trazem a essência do conhecimento Vedas, escritos em Sânscrito, língua ancestral do Nepal e da Índia.

O Mahabharata contém a tradição, a beleza e as características da civilização védica, que guarda o conhecimento da natureza livre do ser humano, que respeita e valoriza da verdade absoluta, que preconiza a contribuição de cada pessoa para a sociedade e os padrões de comportamento pacíficos e não violentos. Essas histórias revelam a essência do sujeito, enquanto ser completo. Os Vedas propõem um estilo de vida que tem como propósito a maturidade emocional, enquanto resultado do crescimento físico e do cuidado para com a saúde, do domínio sobre si mesmo a partir do entendimento da própria mente, do desapego, do questionamento e do conhecimento puro para que a pessoa possa buscar seus objetivos na vida.

A cultura védica valoriza, enquanto busca pela maturidade emocional, a união entre duas pessoas, ou seja, o casamento, de modo que o prazer e a construção da família sejam preservados.

Escutá-las têm-me sido um aprendizado. Tenho a impressão de que, ao mergulhar na sabedoria milenar, vou começar a me preparar para a próxima vida.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Nossa casa Terra, em guerra outra vez

sábado, 25 de abril de 2020

Nossa casa é tão bonita. Desatentos no dia a dia, talvez não percebamos como bela é a nossa casa. A desatenção não é proposital, eu sei. O enredo que foi criado para nós é de correria para sustentar um contínuo crescimento econômico exigido pelos pouquíssimos reitores dessa história. Eu não conheço nenhum deles e você também não deve conhecer, pessoalmente, nenhum deles. Não estou falando do seu avô que tem uma indústria ou do seu primo que tem uma loja de calçados. Tampouco, estou falando daquele conhecido que tem algumas ações na Bolsa ou da sua mãe que tem um restaurante.

Nossa casa é tão bonita. Desatentos no dia a dia, talvez não percebamos como bela é a nossa casa. A desatenção não é proposital, eu sei. O enredo que foi criado para nós é de correria para sustentar um contínuo crescimento econômico exigido pelos pouquíssimos reitores dessa história. Eu não conheço nenhum deles e você também não deve conhecer, pessoalmente, nenhum deles. Não estou falando do seu avô que tem uma indústria ou do seu primo que tem uma loja de calçados. Tampouco, estou falando daquele conhecido que tem algumas ações na Bolsa ou da sua mãe que tem um restaurante. São tão vítimas, quanto o motoboy e tantos outros explorados, ainda que possam achar, em algum momento, que fazem parte do exclusivo pequeno grupo dos 1% que detém 99% de toda riqueza do mundo.

Este planeta, a mesma casa em que vivemos e que é minha e sua também. É como se sob o mesmo teto, você pudesse tomar um pote de iogurte e seu irmão caçula - ao seu lado - não! E, em nome de seus impérios, nos motivam a um consumismo cada vez mais elevado, nos ludibriam com falsas ideias de meritocracia e até nos jogam, uns contra os outros, fazendo crer que parcela de nós é do time de roteiristas e não dos que desfilam no asfalto empoeirado de barro. Barro de sangue.

Mas afinal, quem herdará a Terra?       

Mesmo com eles, nossa casa que é também a deles, se faz bonita e tenta se manter plural. Ainda que a custo de lições muitas das vezes duras. Não se trata de punição. Apenas de correção de percurso. Pela sobrevivência. Para uma vida, conscientemente, em abundância. Pelo futuro: nosso, dos que nos trouxeram até aqui, pelos que virão.    

Como é bonita a nossa casa e como é forte a sua natureza. Estamos em guerra, outra vez. E nossa casa – resiste. Dessa vez, no entanto, a guerra não é entre uma potência e outra. Não é contra células terroristas. Não é pelo enriquecimento de urânio de lá ou contra um ditador de cá. Não é em nome de Maomé ou Cristo ou qualquer religião. Não tem Messias, nem Anticristo, ainda que alguns tentem se fazer de tais, tanto quanto nos aguçam a guerrear entre extremos, enquanto somos nós que estamos no meio. (Miseráveis líderes que arrebatam ainda mais pobres súditos, carentes de fé).

Eles passarão e os enganados sairão da ignorância ainda que aprisionados pelo passado de suas crenças. Sempre foi assim, com guerra ou sem guerra. Não será diferente dessa vez. Também não é uma guerra de Gaia contra os humanos. A Terra está tentando nos ensinar algo há tempos. Agora, em uma urgência flagrante, engrossou o método. Será que dessa forma aprenderemos?     

Nossa casa já suportou tanto e tem no seu seio feridas enormes (provocadas por seus moradores mais inteligentes), mas continua a girar e há de suportar... Apostando na multiplicação daqueles que propagam bons sentimentos. Ao fim dessa guerra, inevitavelmente, tudo haverá de ser diferente, porque a guerra é diferente. Uma guerra contra o invisível em que não se quer matar ninguém e que vencer é não deixar ninguém morrer. Podia ser essa a nossa única guerra...

A nossa casa permanecerá. Multicolorida, com seus tantos tons de azul e verde. E permanecerá com tantas cores como em um desfile de escola de samba. As sementes vão germinar, nem que por ação do vento, das abelhas, do homem. O ser humano, o mais complexo dos habitantes dessa bela casa. O que provocou tantas guerras, agora sofre com a guerra que diretamente não proclamou. Obrigado a se enclausurar como o seu primitivo ancestral que se escondia nas cavernas. Domou o fogo e o curso das águas; moldou o barro; criou alucinógenos e passatempos; tapeou a matemática, a história; matou e se fez morrer e viver pela cultura, tanto quanto pelo capitalismo; arregimentou prótons, nêutrons, elétrons; inteligência artificial... E ainda está aprendendo a amar, ainda está compreendendo que a bela casa que temos precisa de cuidado e esse cuidar exige que nos cuidemos uns dos outros, pois somos parte das estruturas da casa. Essa casa existe para todos e todos devem usufruir dela como fundamento essencial da existência dela própria.

Agora, com a vida por um triz, é imperativa a nossa profunda mudança de relação com a nossa casa - esse lindo lugar chamado Terra - assim como tudo que tem nela, especialmente, com nós mesmos.

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Inaugurada com festa a agência do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais

sábado, 25 de abril de 2020

Edição de 25 e 26 de abril de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Mancheted: 

Edição de 25 e 26 de abril de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Mancheted: 

  • Concorrida e festiva a inauguração do Banco Comércio e Indústrias de Minas Gerais - Autoridades e o povo friburguense acorreram aos atos inauguratórios, participando da justificada euforia dos diretores do grande estabelecimento de crédito. Onze pavimentos, esquadrias da fachada em alumínio, acabamento em mármore e com requintes de luxo e originalidade.
  • Transportes intermunicipais: quando será posto um fim na “história” - Não é possível que Nova Friburgo continue a ser tão mal servido em matéria de transporte para Niterói e Guanabara. Horários não cumpridos, ônibus em más e em péssimas condições de conservação, máquinas desgastadas pelo constante ir e vir, poltronas e cortinas de janelas rasgadas, enfim, uma lástima, para não dizer uma vergonha. Claro que esse estado de calamidade não atinge a todos os carros, mas a verdade é que não deveria acontecer com nenhum deles, pois as tarifas são as mais altas dessa infeliz zona fluminense. Atrasos de dez, 15, 20 e 30 minutos é coisa corriqueira. Mas o que mais desespera é a insuficiência de horários. Para que o infeliz possa viajar, é mister que se muna de passagem na véspera, ou antes, pois o estribilho é invariável: “passagens esgotadas em todos os ônibus de hoje”. O DER, como sempre surdo e insensível
  • Ponto, vírgula, admiração e interrogação -  Precisa-se acabar o desabusado buzinar dos automóveis, caminhonetas e caminhões, sem que ninguém, a quem compete coibir a infração se digne a providenciar;  Chega de “estacionamento” dia e noite, de veículos nas ruas e calçadas da cidade. Existe algum órgão encarregado de impedir o abuso?; As ruas transversais à Praça Getúlio Vargas e Rua Alberto Braune estão “coalhadas” de veículos: mão dupla, tripla etc.; Aqueles cavaletes defronte ao fórum provam exuberantemente que  Friburgo não é nenhuma roça para que abusem assim.
  • Bispo de Friburgo convocado pelo papa - Dom Clemente Isnard viajou a Roma para participar de reuniões no Vaticano que estudam os ritos do Crisma e da unção dos enfermos, com direito a benção dos rituais e do catálogo dos santos. Junto com D. Clemente estão 17 cardeais e outros seis bispos.    
  • Bravo! Ministro proíbe a troca de livros didáticos - O ministro da Educação, Jarbas Passarinho, proibiu em circular as escolas públicas e particulares do país, a troca dos livros didáticos que estão sendo adotados, sem uma prévia consulta. “O Governo não pode deixar de tomar conhecimento dos ônus que recaem sobre as famílias nas mudanças ou prescrições de livros escolares de todos os anos”, disse o ministro, acrescentando que, constantemente, o assunto chega a seu gabinete em formas de denúncia.

Pílulas

  • A conceituada firma dirigida pelo engenheiro Ariosto Bento de Mello acaba de entregar o majestoso edifício do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, um verdadeiro portento em matéria de construção civil. Uma obra que recomenda uma firma, que credencia o seu construtor, atestando o índice de progresso alcançado, por Friburgo, no setor.
  • O prefeito Amâncio Azevedo entregou mais uma unidade escolar, a quarta de uma série de 20 programada para a zona rural no ano de 1970. Não é preciso encarecer o valor da iniciativa do dinâmico administrador friburguense, cujo plano relativo ao ensino primário municipal, embora julgado utópico por muitos, vem sendo concretizado com antecipação.
  • As três caixas depósitos, no total de dois milhões de litros de água, está praticamente pronta. A tubulação para a barragem – mais de uma dezena de quilômetros – está colocada. A barragem e a estação de tratamento estão em fases de conclusão. Até o fim do mês deverão estar colocados os quatro mil metros de canos de ferro, para a linha Paissandu x Olaria, extensão de obra que o prefeito resolveu realizar como presente ao povo da Olaria do Cônego.
  • O projeto original foi significativamente alterado, aumentando-se o valor da grandiosa obra em mais de um e meio bilhão de cruzeiros velhos que serão custeados inteiramente por verbas normais da prefeitura, já que foi mantido o total inicial do financiamento previsto no contrato anterior.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Matilde Carpenter Meyer, Katia Fabris (26); George Henze (27); Adelina Leal Pinto, Ronaldo Ihns (28); Márcio Silva, Luiz Gonzaga Emerick, Irene Carestiato (29); Carlos Henrique Macário, Mirian Fátima Kato (30); Conceição Côrtes Teixeira, Laura Maria Cariello, Oscar Schultz (1º de maio); Abel Rodrigues, João Batista de Moraes (2 de maio).
Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ventania

sábado, 25 de abril de 2020

Para pensar:
"Todos deviam ser respeitados como indivíduos, mas ninguém devia ser idolatrado.”
Albert Einstein

Para refletir:
“O maior crime que um cidadão pode cometer contra a sociedade e a justa democracia é a idolatria a seus líderes políticos.”
Capuano Thiago

Ventania

A coluna sempre busca manter o foco em assuntos da esfera municipal, e quando trata de esferas superiores geralmente o faz a partir do viés de como as notícias em questão nos atingem ou afetam por aqui.

Para pensar:
"Todos deviam ser respeitados como indivíduos, mas ninguém devia ser idolatrado.”
Albert Einstein

Para refletir:
“O maior crime que um cidadão pode cometer contra a sociedade e a justa democracia é a idolatria a seus líderes políticos.”
Capuano Thiago

Ventania

A coluna sempre busca manter o foco em assuntos da esfera municipal, e quando trata de esferas superiores geralmente o faz a partir do viés de como as notícias em questão nos atingem ou afetam por aqui.

Em alguns momentos, no entanto, nosso pertencimento a país e unidade da federação tornam impossível ignorar questões que ultrapassam nossa área de circulação.

Esta sexta-feira, 24, sintetizou um desses momentos, a partir do vendaval causado pelo pedido de demissão de Sérgio Moro, no contexto em que se deu.

Idolatria

Se tem algo que o momento atual do Brasil tem a ensinar é que, mesmo havendo um grupo pequeno de pessoas idealistas e dignas de confiança no meio político, jamais, sob qualquer circunstância, um político deve ser idolatrado ou tratado de forma apaixonada.

Não importa se é pessoa conhecida, se é amigo pessoal, se diz o que você sempre quis dizer ou ouvir, ou se pessoas que você despreza o atacam incessantemente.

Não se pode dar carta branca a político algum, em hipótese alguma.

Questionar e cobrar sempre é dever de todo cidadão.

Iniciativa pessoal

Oposição sempre vai existir, oportunismo sempre vai existir, tentativas de se colocar como vítima em meio a teorias conspiratórias sempre vão existir.

Abrir mão da iniciativa em relação à própria postura pessoal para viver em constante reação a tais comportamentos, portanto, é enxugar gelo e deixar de fazer a própria parte.

Seriedade

Qualquer um que pretenda ser cidadão sério e consciente, que torce pelo bem de sua comunidade, tem o dever de questionar sempre, cobrar sempre, exigir contrapartidas argumentativas sólidas em troca do apoio pessoal a cada medida em específico.

Não é possível assumir, de antemão, que tudo que vem de um lado é positivo e confiável, e tudo que vem de outro é nocivo ou mal-intencionado.

É uma questão de seriedade, sem importar se você é de esquerda, de direita, de centro ou do que quer que seja.

Necessário

E esse posicionamento nos diz respeito diretamente, porque não foram poucas as vezes em que, diante das críticas que este espaço tem reservado à nossa administração municipal, alguns nos quais a carapuça serviu, na falta de argumentos factuais, disseram que este espaço torce contra a cidade ou prejudica sua imagem.

Ora, deixemos uma coisa bem clara aqui: cobrar, questionar, não é torcer contra.

Muito ao contrário, dar apoio irrestrito a qualquer governante, isso sim, significa jogar contra os interesses coletivos.

Primeiro atrito

A coluna também ia lembrar que a friburguense Ilona Szabó havia sido, no início do ano passado, personagem central no primeiro sinal público de atrito entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

Mas em seu discurso, ao fim da tarde, o próprio presidente fez questão de citá-la, com uma pronúncia bastante equivocada de seu nome, e um resumo não menos grotesco e inverídico a respeito das bandeiras que defende.

Em espera

A partir de agora, as forças que realmente determinam os rumos da nação se encontram em espera por algumas respostas decisivas.

Até que ponto Moro estava respaldado para fazer as declarações que fez?

O que ele terá guardado na manga do paletó?

A máquina propagandista será capaz de minimizar os estragos feitos e assegurar a governabilidade?

Difícil arriscar qualquer prognóstico.

Expostos

Fato é que, num momento de enorme desafio gestacional, novamente a principal pauta do Governo Federal passa a ser sua própria continuidade, como já vimos também tantas vezes acontecer em esferas inferiores.

E, se habitualmente isso é algo a se lamentar, no contexto atual é algo com que se preocupar profundamente.

Pela transparência

Ao fim de uma semana em que já era esperado um aumento sensível nos números de contágios da Covid-19, o boletim oficial aponta para 39 casos confirmados em Nova Friburgo, com dois óbitos e outros cinco aguardando confirmação.

Todavia a informação mais importante, o grau de saturação de nossa rede de leitos de tratamento intensivo, ainda não está sendo disponibilizada à população.

A coluna, que está reunindo algumas notícias positivas a esse respeito para a próxima semana, apela mais uma vez às redes pública e particular para que, dentro do possível, compartilhem esses dados com a população

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.