Cartilha para confecção de máscaras

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

O Centro de Formação Profissional (Cevest) de Nova Friburgo lançou uma ficha técnica para a produção de máscaras por confecções ou mesmo em casa, especialmente pelas faccionistas. A cartilha conta com um molde e as recomendações para a eficiência da máscara.

Insumos sugeridos

Com sete páginas, o trabalho assinado por Higor Linhares, Monique Breder e Ana Cristina de Carvalho sugere ainda o material a ser usado: tricoline 96% algodão, cotton a partir de 85% de algodão ou microfibra ou suplex a partir de 170/mg. O Cevest motiva a quem produz ou quer produzir que sejam enviados protótipos à unidade para que sejam feitos testes de sua eficácia. A ficha está disponível na internet.

Mudanças repentinas

Muito debate tem sido feito acerca da produção de máscaras. É sempre bom ressaltar que a Anvisa tem mudado quase que diariamente as normas para produção de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) de acordo com a demanda por conta do coronavírus.

Fique atento

Para evitar ilegalidades, reforça-se que a confecção de máscaras cirúrgicas, as usadas pelos profissionais nas unidades hospitalares, requer uma série de atributos na sua produção, dos materiais utilizados à sua forma de fabricação. O que se tem motivado a produzir aqui, são as máscaras domiciliares ou comerciais, que ainda que menos eficazes, protegem em maior ou menor grau, de acordo com a sua técnica.

TNT odontológico

A mais indicada é a de pano duplo TNT, com filtro e molde para se adaptar ao rosto. E não é qualquer um, preferencialmente o popularmente conhecido como TNT odontológico. No entanto, a dificuldade em se encontrar o insumo no mercado, faz com que as de outros materiais também sejam fundamentais no combate a propagação da pandemia.

Debate desnecessário

A comercialização ou doação dessas máscaras auxilia, inclusive as unidades hospitalares. Porque faz com que as máscaras cirúrgicas sobrem para quem mais necessita. O que se observou é que as máscaras cirúrgicas sumiram por conta da alta procura. Levando a uma escassez onde mais se precisava.

É possível

Há quem acredite que a falta das máscaras cirúrgicas leve a uma liberação da Anvisa da compra das máscaras comuns para as unidades hospitalares. Até o fechamento desta edição não havia nenhuma determinação nesse sentido.

Comparação para entender

Para os que são contra o uso de máscaras e pregam que de nada serve, a melhor explicação veio de um infectologista numa comparação com DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Sem o uso do preservativo você está em alto risco. Com as máscaras, mais ou menos eficientes, você diminui o risco de contaminação. 

Pesquisas

Com 79% da população contra o retorno das atividades em Nova Friburgo, de acordo com pesquisa virtual da Associação Comercial (Acianf), como explicar o tanto de gente nas ruas da cidade? Ou são os 21% que discordam ou tem muitos entre os 79% que, apesar de concordarem com o isolamento horizontal, estão nas aglomerações.

Média nacional

Ainda que não tenha base científica para expressar a real opinião dos friburguenses, a pesquisa amplamente divulgada e noticiada aqui também em A VOZ DA SERRA, está em patamares semelhantes às pesquisas realizadas por institutos a nível nacional. O que demonstra que a opinião friburguense está numa média nacional. Será que também para outros temas? Arrisco dizer que bem próximo.

Previsível

Fato é que a primeira semana do mês já previa um aumento de pessoas nas ruas. Salários sendo pagos, boletos vencendo. Naturalmente, aposentados indo aos caixas bancários, sem contar a Páscoa. Previsível, mas mesmo assim o poder público não previu e agiu a reboque.

Antes tarde do que nunca

Fato também é que após o assustador número de aglomerações houve uma ação conjunta efetiva entre prefeitura, polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros para conscientizar e orientar as pessoas da importância de estar em casa. Justiça seja feita, os órgãos estaduais já trabalhavam nesse sentido. Mas com a prefeitura, a força-tarefa fica mais abrangente.

Números

Fato também é que as pessoas ainda não se atentaram que os números agora divulgados de casos de Covid-19 refletem o contágio de duas semanas atrás. Fora a subnotificação. E assim, permanecerá sendo. Não há dados em tempo real, o que dificulta entendimento e até ação pública mais assertiva.

O clamor

Enquanto não houver testes rápidos e em massa haverá de se trabalhar no esquema da previsibilidade. Assim, quem defende a volta imediata das atividades econômicas fica a dica estratégica de cobrar os testes rápidos e em massa. Só eles poderão referendar uma decisão para retomada da vida normal.

Mandamento dos mandamentos

Nem parece que é Páscoa. Na loucura da pandemia, até se pode esquecer a data, uma das mais importantes para o cristianismo. O sentido da Páscoa nunca foi tão pertinente. O mandamento de amar ao próximo nunca fez tanto sentido e pede urgência na sua prática. Praticá-lo significa, proteger aos seus, uns aos outros.

Palavreando

“Em tempos de Páscoa, nada mais notório do que massificar a boa nova: o amor. O amor que olha e enxerga o outro. O amor que respeita a existência do outro como a sua própria existência. O amor que veste a responsabilidade que cada um deve ter com o mundo e o coletivo desse mundo. O amor que acolhe e se doa sem querer ter publicidade com isso. O tal amor puro que não julga e nem se coloca acima de ninguém. Amor que não se conceitua ou que vangloria a sua verdade como sendo a verdadeira”.

Publicidade
TAGS:

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.