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Conta de luz

quarta-feira, 25 de março de 2020

Conta de luz
Os consumidores de energia elétrica que estão ou ficarem inadimplentes não terão o fornecimento de eletricidade suspenso durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão da Agência Nacional da Energia Elétrica (Aneel) proíbe o corte na luz dos consumidores por um período de 90 dias. Esse prazo pode ser renovado.

Conta de luz
Os consumidores de energia elétrica que estão ou ficarem inadimplentes não terão o fornecimento de eletricidade suspenso durante a pandemia do novo coronavírus. A decisão da Agência Nacional da Energia Elétrica (Aneel) proíbe o corte na luz dos consumidores por um período de 90 dias. Esse prazo pode ser renovado.

Corte proibido
A medida vale para todo o Brasil, para todas as residências e para os serviços considerados essenciais. Ainda que o Estado e algumas prefeituras (a de Nova Friburgo não tomou qualquer medida nesse sentido) a agência reforçou que essas ações são de competência federal.

90 dias
Vale ressaltar que a medida não isenta os consumidores do pagamento pelo uso da energia elétrica, mas somente garante a continuidade do fornecimento àqueles que, neste momento de calamidade pública, não tiverem condições de se manter adimplentes. A dívida, portanto, não será quitada. Ou seja, após o prazo determinado pela Aneel, se a dívida persistir, o fornecimento deverá ser suspenso.

Contas via meios eletrônicos
Também deixa de ser obrigatório a entrega da conta de luz na casa do consumidor. A distribuidora deverá enviar aos consumidores as faturas eletrônicas ou o código de barras, por meio de canais eletrônicos ou disponibilizá-las em seu site ou aplicativo. O órgão tirou ainda a obrigatoriedade das distribuidoras em oferecer atendimento presencial aos consumidores.

O que será que será?
Qualquer discussão acerca do adiamento de eventos é mera suposição. As decisões só valem para aquilo que não dá para esperar, como as Olimpíadas, por exemplo, transferidas para 2021. Quanto ao nosso calendário daqui, ainda que nos bastidores se tenha uma fala ou outra, são isoladas, mais no sentido de previsão do que de tomada de decisão. 

Eleições e feriado
É assim com as eleições municipais, onde os que de fato decidem são categóricos: “não é hora de discutir isso”. Da mesma forma, temática que tem se tornado mais frequente são os feriados. Não dá para mensurar se não haverá feriados, se eles serão usados para compensar a paralisação das produções ou se servirão como moeda de troca em bancos de horas nas relações patrão-empregado.

Férias adentro
O calendário escolar, inclua-se aí universidades também não tem nada de traçado. Fatalmente modelos adotados anteriormente quando de greves longas devem ser copiados, com aulas aos sábados, por exemplo e extensão de aulas pelas férias de julho e dezembro e janeiro, caso necessário. Quanto ao Enem, também não está no radar o seu adiamento, o que é quase certo de ocorrer.

Futebol
Já no calendário futebolístico não se arrisca sequer se o Estadual irá acabar sem campeão. Nesse caso, o maior conflito seria o rebaixamento, já que não ter campeão não seria um problema para a futura edição. O rebaixamento sim! O Friburguense celebra o conforto de estar livre do descenso e de férias, aguardando quem cai do grupo principal e quem cai do chamado Grupo X, no qual América e Nova Iguaçu lutam para ficar. O Americano, matematicamente já está livre.

Sem Estaduais ou Brasileirão
Nos bastidores, comenta-se que os estaduais iriam até o fim e que a mudança aconteceria no Campeonato Brasileiro. A pandemia serviria de brecha para essa alteração que é proibida pelas normas do Estatuto do Torcedor. Mas pelas circunstâncias seria a saída mais viável.

Sem pontos corridos
O Brasileirão das Séries A e B teriam uma fórmula excepcional para diminuir o número de datas, atualmente 38. A quantidade de datas disponível dependeria do fim da pandemia. A partir daí a fórmula que se adeque a quantidade de datas somada a outras competições, especialmente a Copa Libertadores. Pontos corridos é uma realidade cada vez mais distante. A conferir.

Palavreando
“Sentir. Tão importante é o sentir e se sentir. Como se quer. Como parte. Como soma ou mesmo subtração. Reunir sentimentos para além dos sentidos. A respiração da alma. O sabor da música. O arrepio do afeto. A visão do que há dentro. De si e do outro”.

 

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“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.”

quarta-feira, 25 de março de 2020

“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” – (Tiago, 5:15.)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.” – (Tiago, 5:15.)

Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo, acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à vida maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.

Não manches teu caminho.

Serve sempre.

Trabalhe na extensão do bem.

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Extraído do livro Fonte viva; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quarta-feira, às 14h; quinta-feira, às 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Av. Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, às 9h.

 

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Um agradecimento aos heróis da pandemia

quarta-feira, 25 de março de 2020

Quando sentei no meu escritório para escrever o meu artigo da semana, pensei em não tocar no assunto do planeta, na atualidade, a pandemia da gripe chinesa. Sim, pois o vírus veio de lá e, apesar de terem batido duro no Eduardo Bolsonaro, o prefeito da cidade de Huan, onde foi o início dessa praga internacional, confessou que ele demorou, no mínimo, 15 dias para divulgar o aparecimento do primeiro caso do Covid-19. Quinze preciosos dias que poderiam ter mudado a história da propagação da virose. 

Quando sentei no meu escritório para escrever o meu artigo da semana, pensei em não tocar no assunto do planeta, na atualidade, a pandemia da gripe chinesa. Sim, pois o vírus veio de lá e, apesar de terem batido duro no Eduardo Bolsonaro, o prefeito da cidade de Huan, onde foi o início dessa praga internacional, confessou que ele demorou, no mínimo, 15 dias para divulgar o aparecimento do primeiro caso do Covid-19. Quinze preciosos dias que poderiam ter mudado a história da propagação da virose. 

A única referência que faria é o de reverenciar os médicos e paramédicos que estão na linha de frente no combate à doença, se expondo e a seus familiares, sem esmorecer e trabalhando à exaustão. Aliás, não é um problema só nosso, pois os colegas franceses reclamam da mesma coisa: se expõe sem material adequado para se protegerem, pois o estado, para variar, está sempre atrás dos acontecimentos. Li no jornal Le Monde, de hoje, que no último domingo, 22, faleceu o Dr. Jean-Jacques Razafindranazy, de 67 anos, médico da cidade de Compiègne, no departamento de l’Oise. É a primeira vítima entre os médicos franceses.

Domingo tive uma queda acentuada de pressão, passei mal e, o que é pior, comecei com uma discreta coriza, mas sem febre, tosse ou dores de garganta. O problema é que li um artigo que diz que o Covid-19 pode provocar, como sintoma inicial, perda do olfato, pois acomete áreas do sistema nervoso responsáveis por esse sentido. Se fosse leigo, isso passaria despercebido, mas ao ser, também do ramo, a primeira coisa que me veio à cabeça foi pensar que meus primeiros sintomas estavam no cérebro, daí minha hipotensão. Liguei para o meu clínico, Marcos David, e pelo timbre da sua voz pensei que o estivesse acordando. Quando me disse que estava no hospital, fiquei assustado, mas, descobri que aquela voz era fruto do cansaço de quem está na linha de frente, trabalhando sem parar.

Tranquilizou-me e se dispôs a passar na minha casa, quando saísse do Hospital São Lucas, onde estava de plantão. A figura de Marcos David é a representação de todos aqueles que estão se desdobrando no cuidado da população, seja aqui, no Brasil inteiro ou a nível mundial, tentando minorar as consequências mais graves da atual pandemia. O meu reconhecimento a todos e que a população, sempre que puder, perca um minuto para rezar pela saúde desses verdadeiros heróis e de seus familiares. Felizmente, melhorei e meu amigo pode ir para casa, para um justo repouso.

Mas, a título de curiosidade, encontrei, também, no Le Monde, algumas amenidades que merecem ser repassadas aos meus leitores. A primeira é que o número de pessoas que estão se curando e recebendo alta está em curva ascendente. Na China já são mais de 70 mil, num universo de 80 mil pesquisados e na França, entre 18 e 19 de março, 2 400 pacientes tiveram alta hospitalar. Isso sem levar em conta aqueles que se curam em casa, quando são acometidos por um simples estado gripal provocado pela doença. Desde o último dia 19 que o país asiático também não registra nenhum caso de origem local.

As águas da cidade de Veneza se tornaram límpidas como há muito não se vê. Não é pela diminuição da poluição, mas sim pela falta de turistas o que faz com que a lama no fundo dos canais seja menos remexida, pela passagem de barcos e gôndolas. Ainda na China, um dos maiores poluidores mundiais, a emissão de poluentes caiu cerca de 30%, em relação ao ano de 2019. Muitos estão redescobrindo o canto dos pássaros, pois ao ficarem em casa, têm tempo de observar as arvores e acompanhar a sinfonia gratuita proporcionada por melros, canários e muitos outros. Além disso, ursos, cobras, porcos espinhos, tartarugas, espécies selvagens habitualmente vendidas na China, vão poder respirar um pouco. Após o aparecimento dos primeiros casos da doença, Pequim anunciou medidas para eliminar o consumo excessivo da fauna selvagem. 

Saiamos de casa o mínimo possível e vamos colaborar para minorar os efeitos dessa pandemia aqui, no Brasil e no mundo. Respeitemos as orientações das autoridades.

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Desafio

terça-feira, 24 de março de 2020

Para pensar:

“Vá pra casa!”

Seu Madruga

Para refletir:

Para pensar:

“Vá pra casa!”

Seu Madruga

Para refletir:

“As teorias conspiratórias exercem um efeito psicológico em seus adeptos, principalmente naqueles com menos escolaridade ou baixa autoestima: eles se sentem portadores de um segredo que pouca gente sabe e por isso se veem como capazes de enxergar além de um suposto senso comum. Nos últimos anos, os guias politicamente incorretos, a internet, as redes sociais e outros fatores e elementos venderam versões variadas dessa mesma ideia problemática: a de que ser esperto é ter um conhecimento alternativo ao conhecimento consensual. Essa ideia é um dos fatores da atual crise das mediações, em que universidades, ciência, mídia e instituições políticas passam a ser desvalorizadas. Por mais que as críticas às instituições tenham algum fundamento, boa parte dos seus críticos têm oferecido alternativas ainda piores. É o que se vê, por exemplo, na substituição parcial do jornalismo profissional pelos boatos, fake news e conspiracionismos das diversas redes sociais. Pegue um desses guia politicamente incorretos de história, cheio de vieses e enfoques milimetricamente distorcidos para soar 'alternativo' e crítico à historiografia consensual. Eles possuem um apelo sedutor: fazer com que o leitor se sinta à frente de quem é formado, mesmo sem ter formação na área ou, às vezes, formação alguma. Isso, em um país cujo acesso à educação ainda é difícil, significa fisgar o leitor pelo ego.”

Alexandre Campos

Desafio

A semana começa com aquele que certamente é o maior desafio apresentado à nossa rede pública municipal de Saúde na últimas décadas: a vacinação contra a Influenza em meio à pandemia da Covid-19.

A decisão nacional de levar a campanha adiante neste momento foi delicada, e levou em consideração uma série de fatores, favoráveis e contrários à operação.

Prós

Em essência, ponderou-se que a imunização contra a Influenza ajudaria a reduzir o fluxo de idosos nos hospitais e, por conseguinte, as chances de que o principal grupo de risco seja exposto ao novo coronavírus.

Da mesma forma, a medida também diminuiria as chances de co-infecção e tornaria mais ágil a elaboração de diagnósticos, uma vez que alguns sintomas são compartilhados e poderiam gerar confusão e atrasar a tomada de decisões.

Contras

Vacinar contra a Influenza o grupo de risco da Covid-19, no entanto, envolve procedimentos que vão contra o isolamento social, tão necessário para quebrar a corrente de transmissão do coronavírus, e é aí que reside toda a complexidade da situação.

Em Nova Friburgo as críticas têm sido pesadas ao modelo adotado, geralmente em meio a comparações com cidades que multiplicaram os locais de vacinação através de parcerias com farmácias, ou estabeleceram a possibilidade de vacinação em carros ou residências.

Maturidade

A coluna entende que iniciativas semelhantes estão sendo tentadas por aqui, mas por ora apela à maturidade de nossa população, já bastante calejada em razão do que vivemos em 2011.

É hora de trabalhar apenas com informações devidamente confirmadas, evitar horários de maior movimento, respeitar os distanciamentos físicos e tomar todas as precauções possíveis e já bastante conhecidas, sobretudo relacionadas a etiqueta e higienização.

Etapas

A coluna agradece se os leitores puderem ajudar a divulgar que aqui em Nova Friburgo a vacinação está sendo feita por etapas: até o próximo dia 27, idosos acima de 70 anos; do dia 30 a 3 de abril, idosos entre 65 e 69 anos; de 6 a 10 de abril, idosos entre 60 e 64 anos.

Onde e quando

As vacinas estão disponíveis no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (no Clube do Xadrez, apenas para pessoas idosas). De segunda à sexta, das 9h às 16h.

Nas de Unidades de Saúde da Família - (Terra Nova, Riograndina, Amparo, Nova Suíça, São Geraldo, Campo do Coelho, Centenário, São Lourenço, Lumiar, Mury, Stucky, Olaria 2 e Olaria 3) as vacinas serão aplicadas segundas, quartas e sextas, das 9h às 16h.

No posto de saúde do Suspiro os idosos não estão sendo vacinados devido ao grande fluxo de pessoas que a unidade tem.

Para todos (1)

Outra situação que andou suscitando questionamentos diz respeito à extensão das medidas adotadas em proteção aos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus, e eventualmente também se encontram nos grupos de maior risco de desenvolver os sintomas de forma mais agressiva.

Causou grande apreensão que médicos e enfermeiros tenham sido citados claramente, e outras categorias tenham entendido que continuariam atuando, sem essas ressalvas.

Para todos (2)

Pois bem, a coluna consultou a Secretaria de Saúde a esse respeito, e ouviu o compromisso que ninguém nos grupos de risco iria ser exposto a aglomerações, muito menos em ambiente hospitalar.

Pouco depois desta consulta, também começamos a receber relatos por parte de alguns destes profissionais, atestando que estavam recebendo o mesmo tratamento, como não poderia deixar de ser.

O espaço segue aberto para fazer essa ponte, sempre protegendo a identidade das fontes.

Eleições

Situação de emergência em ano eleitoral é certeza de que muitos oportunistas vão tentar fazer de tudo para promover a si mesmos, tirando proveito da situação.

Mas, olha, mesmo sendo uma situação previsível, o que anda acontecendo por aqui por vezes consegue embrulhar o estômago.

Desespero

Em alguns casos, é fato que algumas ações podem vir a redundar em benefícios práticos.

Noutras, existe apenas críticas oportunistas mesmo.

Em todos os casos, chama a atenção a forma como alguns grupos parecem mesmo desesperados por assumir a gestão municipal a partir do próximo mandato.

Vale a pena o leitor ficar de olho nisso aí, com bastante atenção.

Em tempo

É evidente que existem iniciativas e críticas muito sérias e relevantes entre nós.

Não se pode generalizar, e felizmente é fácil separar o joio do trigo, concorde-se ou não com o que está sendo dito, feito ou alardeado.

Basta ver quem está mais interessado em aparecer, ou anda forçando nomes em tudo quanto é iniciativa que acontece por aqui.

Em tudo isso, uma realidade não muda: quem desrespeita a inteligência da população antes das eleições, certamente vai continuar desrespeitando depois.

Em tempo (2)

Já faz algum tempo que circulam rumores a respeito do eventual adiamento das eleições municipais, agora em razão da Covid-19.

Ainda que o calendário eleitoral estabeleça um cronograma que antecede em muito a ida às urnas, parece cedo para se discutir o assunto, uma vez que tudo está mudando rápido demais.

De qualquer modo, a possibilidade vem sendo considerada...

Será?

Encerrando por hoje, ainda sob efeito de algumas demonstrações públicas de gente que parece sentir orgulho da própria ignorância, a coluna deixa umas perguntinhas no ar.

Será que vamos desperdiçar essa enorme oportunidade de aprendizado e crescimento?

Será que poderíamos considerar uma vitória caso cheguemos ao fim desta crise da mesma forma como entramos?

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Ninguém perde por esperar e a economia se refaz!

terça-feira, 24 de março de 2020

O Caderno Z não perde a oportunidade de criar temas para festejar as datas. Em 21 de março, em pleno desabrochar do outono, não vamos falar das folhas secas caindo ao chão nem da brisa fresca que permeia a natureza. Vamos falar de uma quinta estação que ainda não foi oficializada – a estação do amor. Aquela que tem todas as primaveras e todo o calor humano para cuidar dos pequenos com Síndrome de Down. Quem nos guia neste roteiro é Camila Emerick, mãe de Bento.

O Caderno Z não perde a oportunidade de criar temas para festejar as datas. Em 21 de março, em pleno desabrochar do outono, não vamos falar das folhas secas caindo ao chão nem da brisa fresca que permeia a natureza. Vamos falar de uma quinta estação que ainda não foi oficializada – a estação do amor. Aquela que tem todas as primaveras e todo o calor humano para cuidar dos pequenos com Síndrome de Down. Quem nos guia neste roteiro é Camila Emerick, mãe de Bento. Ela faz relatos de que não foi fácil receber a notícia, principalmente da forma como lhe foi passada pela médica no parto: “Olha, seu filho tem prega palmar única e orelhas menores; ele é Down, tá?”. Não foi sem razão que Camila teve vontade de “sair correndo” e “sumir daquele lugar”, de momento assustador.

Bento já nasceu bento pelo amor de sua família. A sociedade, muitas vezes, deixa a desejar, quando tropeça em preconceitos ainda enrustidos, mas coisa alguma tem o poder de interferir no amor que se desenvolve entre a criança e os seus familiares. Tirando o primeiro “susto”, tudo depois é muito natural. É amor para além das medidas, milhões de anos-luz além. E Camila não economiza emoção: “Meu filho mudou a minha vida e a vida de minha família inteira para melhor. Ele é a luz na minha caminhada. Cada conquista é comemorada...”. Pelo que se vê, nos exemplos de tantos casos semelhantes, cuidar de uma criança com o Down não é cuidar de uma criança diferente, mas, sim, cuidar de quem “faz a diferença”. A mensagem de Camila é estimulante: “Quando o susto acabar, você verá que tem um filho maravilhoso ao seu lado...”.

A fonoaudióloga Cláudia Mayne Novaes deixa considerações importantes sobre o tema, numa visão profissional, alertando para o fato de que as crianças com Down precisam ser preparadas para serem livres e felizes, pois, assim como qualquer pessoa, essas crianças “têm seu próprio ritmo de aprendizagem, suas  peculiaridades e desejos: também brigam, choram, teimam, irritam-se.”. O tema é apaixonante e pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, vamos repensar nosso comportamento.

Repensar a forma de agir precisa ser uma constante. Mais do nunca, é preciso avaliar como nos comportamos diante das crises. Saímos delas mais fortes ou permanecemos engessados, com as mesmas idiossincrasias? A edição do último fim de semana nos mostra um cenário diferente de tudo o que já vimos. Comércio fechando suas portas, indústrias parando suas atividades, restaurantes atendendo por telefone, ônibus atuando com redução de frota e uma infinidade de recomendações.

A Unimed, por exemplo, usou uma página inteira do jornal para anunciar suas medidas diante dos perigos do coronavírus. A concessionária Águas de Nova Friburgo reduziu seu horário de atendimento presencial, dando prioridade aos serviços on-line. A Acianf suspendeu os trabalhos em sua sede, que ficará fechada até 13 de abril e comunica o atendimento pelos canais de comunicação, por telefone ou internet. Não é férias, gente!

A Prefeitura de Nova Friburgo fez uma publicação no Diário Oficial, na sexta, 20, dando conhecimento ao decreto 515, que estabelece e atualiza novas medidas para o “enfrentamento” do novo coronavírus. A partir desta segunda e por mais cinco dias ficam suspensas várias atividades administrativas e outras tantas que se estendem a tudo o que possa aglomerar pessoas. Atrativos turísticos, culturais, parques, bares, restaurantes, casas de show, salões de festas. Com ressalvas para farmácias, supermercados e serviços de saúde. Pode parecer uma tortura tantas  medidas radicais para manter o isolamento social. Porém, coisa alguma pode ser considerada exagero quando se trata de preservar a vida das pessoas. Em “Massimo”, a máxima de Antoine de Sant-Exupéry vem em boa hora: “É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade”. Que possamos encontrar esta serenidade dentro de nós e transmiti-la aos que nos rodeiam. Força e boa vontade para que se cumpram as quarentenas. Como eu ouvia na infância: Ninguém perde por esperar. E a economia se recupera e com novos valores!

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Lucas com 1° aninho hoje!

terça-feira, 24 de março de 2020

Lucas com 1° aninho hoje!

O dia 24 de março passou a ser, especialmente de um ano para cá, uma data significativa e importante na vida do médico Marcelo Ventura Figueira e sua esposa Lindiner de Castro Coelho. Isso, por que Deus em sua infinita sabedoria e generosidade para com aqueles que merecem, proporcionou já numa época da vida deles que possivelmente não esperavam por tamanha felicidade e grandeza de ter um filho. E o Lucas de Castro Ventura Figueira chegou se tornando a razão de viver do casal. Aí, o pimpolho aparece sozinho e junto aos pais corujas.

Lucas com 1° aninho hoje!

O dia 24 de março passou a ser, especialmente de um ano para cá, uma data significativa e importante na vida do médico Marcelo Ventura Figueira e sua esposa Lindiner de Castro Coelho. Isso, por que Deus em sua infinita sabedoria e generosidade para com aqueles que merecem, proporcionou já numa época da vida deles que possivelmente não esperavam por tamanha felicidade e grandeza de ter um filho. E o Lucas de Castro Ventura Figueira chegou se tornando a razão de viver do casal. Aí, o pimpolho aparece sozinho e junto aos pais corujas.

Desejamos ao casal os sinceros votos de um mundo de felicidades para o Lucas e toda a família. Parabéns.

Sem eleições e com ajudas

Independentemente do que pode acontecer a mais e infelizmente, a respeito das extremas dificuldades que pessoas jurídicas e físicas enfrentarão, fora a expectativa de que as eleições deste ano sejam adiadas, há muitos que comungam da ideia de que o pleito seja transferido de outubro próximo para outubro de 2022 e que o astronômico Fundo Eleitoral Partidário seja revertido para a saúde e se possível ainda, para de se injetar na melhoria da economia do nosso país.

Friburguense sucesso no Youtube

Que Nova Friburgo é a Cidade da Música, possuindo dezenas de valorosos talentos no segmento, e em diferentes tendências da atividade artística, não resta a menor dúvida. Principalmente com as novas mídias proporcionadas pela tecnologia, jovens friburguenses também se destacam no universo da internet.

Mais um exemplo disso é o cantor e compositor OJhon (foto), que faz sucesso com a música ‘Relação Bandida’, lançada no YouTube, em janeiro, e em vários canais de funk, nos quais já ultrapassou a marca de 100 mil visualizações. Além desses, o número mais expressivo é do canal de Tiago Silvestre, somente no qual a composição atingiu 96 mil visualizações em apenas um mês. No Spotify, em 15 dias, a música chegou a mais de 30 mil acessos.

‘Relação Bandida’ é de autoria do próprio OJhon, com produção do DJ 2F da CDD (Cidade de Deus), hoje um dos maiores nomes do país, com várias de suas produções no topo das plataformas musicais de streaming, com quase 60 milhões de visualizações no YouTube e mais de 100 milhões de acessos no Spotify, com sua música de maior sucesso.

Contramão do caos

Por causa da pandemia do coronavírus e sobretudo, em decorrência do caos econômico e social que deverá se acentuar, após o período de quarentena, quem sabe será a hora dos governos mostrarem pulso e capacidade, se caso realmente procede alguma culpabilidade velada da China, seria a hora de se proibir no Brasil a venda de produtos Made In China para que as indústrias consigam se recuperar. Quem sabe!

Chegou a Maria

Desde 16 de fevereiro, o lar do casal Renata Bastos Rodrigues Silva e Ralf Pinho de Souza está ainda mais feliz, graças à chegada da bonequinha Maria Rodrigues de Souza, que chegou para formar a duplinha do amor com o irmãozinho Emanuel.

Em razão desta alegria, estão felizes também os corações dos avós Maria do Carmo, Maria José Rodrigues e Ricardo Silva, assim como os tios Marcelo e Liliane e demais familiares.

Para o casal Renata e Ralf com os filhinhos aí na foto, parabéns e todas as felicidades para sempre que eles bem merecem.

Falou e disse!

Muitas coisas, de todos os sentidos têm sido ditas e escritas por conta do Covid-19, mas quem sabe, esta frase de fato diz muito ou tudo: “O planeta ficou doente porque está com a humanidade baixa”.

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É tempo de mudar a roupa

terça-feira, 24 de março de 2020

A letra da música O Dia Em Que a Terra Parou, mesmo sendo veiculada pelos quatro cantos da internet, nos oferece motivos para refletir. Escrita em 1977, há 33 anos, Raul Seixas, por quem tenho admiração, principalmente pela inteligência e sagacidade, descreveu o momento em que vivemos, sem atribuir a um vírus, o COVID-19, a causa de fazer o mundo parar. Da criatividade à premonição, da vidência à profecia, não há como determinar porque nosso músico-poeta criou essa obra.

A letra da música O Dia Em Que a Terra Parou, mesmo sendo veiculada pelos quatro cantos da internet, nos oferece motivos para refletir. Escrita em 1977, há 33 anos, Raul Seixas, por quem tenho admiração, principalmente pela inteligência e sagacidade, descreveu o momento em que vivemos, sem atribuir a um vírus, o COVID-19, a causa de fazer o mundo parar. Da criatividade à premonição, da vidência à profecia, não há como determinar porque nosso músico-poeta criou essa obra.

Entretanto, a ideia de versatilidade me toma a atenção. Neste momento, em que todos precisam respeitar o isolamento social, ficando em suas casas, a pluralidade de interesses e de capacidades se tornam características relevantes à personalidade das pessoas.

Foi decidido que todos devem se aquietar em seu canto por um tempo, provavelmente longo. Fala-se em seis meses. Ou quatro. Que sejam três; de noventa a cento e oitenta dias. De 2.210 horas a 4.420 horas, mais precisamente. Ah, como será preciso buscar o bem-estar nesse tempo e encontrar formas de torná-lo útil. Não há receitas para sugerir o que as pessoas devem fazer; cada um tem de buscar outros modos de fazer o dia.  

Resolvi pesquisar em Freud algumas ideias, especificamente na obra O Mal-Estar na Civilização. A primeira que achei, em apenas o virar de uma página, foi a de que é saudável expandir a capacidade de observar o mundo que nos cerca; olhar para as estrelas, reparar no verde da natureza, até no formato das unhas das mãos. Tudo pode nos sugerir pontos de partida para o restabelecimento de uma rotina diferente.

Estamos acostumados com a ordem o que nos impele à repetição de hábitos; como, onde e quando as coisas devem ser feitas, evitando ao máximo as oscilações e hesitações. Estou acostumada a fazer o café numa cafeteira de ágata azul. Se não for exatamente nesta minha cafeteira, vou estranhar, a ponto de prejudicar o prazer que tenho em fazê-lo e saboreá-lo. 

A organização de vida em determinados padrões é benéfica, confortável e segura, além de poupar energias físicas e psíquicas. Quem gosta de lidar com dificuldades? A sociedade nos exige e nos educa para que não sejamos negligentes e que respeitemos modelos que prezam pela limpeza, pela beleza e pela organização. Imagine um saguão de um edifício comercial com quatro portas de elevador que transportam cem pessoas ou mais, num espaço de dez minutos. Se não houver filas organizadas, haverá o caos, empurra-empurra, brigas e outras situações estressantes.

Quem vai afirmar que as filas não são importantes? 

Entretanto, agora, com este vírus que pegou o mundo desprevenido, precisamos buscar outras formas de viver em nossos cantos. De fazer novas filas. Vamos reconfigurar este nosso lugar delimitado para passarmos um tempo. Além do que, teremos a oportunidade para descobrirmos um pouco melhor quem somos e como queremos viver os dias que temos pela frente.

Sei que será preciso ter abertura de pensamento e curiosidade aguçada para construirmos diferentes modos de colocar nossa vida em prática. Agora não é época para teorias e divagações. É, sim, um tempo de mudar a roupa. 

Deixo, para terminar, a letra da música do nosso Raul, O Dia em que a Terra Parou. Como todas suas obras, cada verso contém uma riqueza de ideias extravagantes. Mas a vida é assim.

 

Essa noite eu tive um sonho

De sonhador

Maluco que sou, eu sonhei

Com o dia em que a Terra parou

Com o dia em que a Terra parou

 

Foi assim

No dia em que todas as pessoas

Do planeta inteiro

Resolveram que ninguém ia sair de casa

Como se fosse combinado em todo

O planeta

Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém

 

O empregado não saiu pro seu trabalho

Pois sabia que o patrão também não tava lá

Dona de casa não saiu pra comprar pão

Pois sabia que o padeiro também não tava lá

E o guarda não saiu pra prender

Pois sabia que o ladrão, também não tava lá

E o ladrão não saiu pra roubar

Pois sabia que não ia ter onde gastar

No dia em que a Terra parou (êê)

No dia em que a Terra parou (ôô)

No dia em que a Terra parou (ôô)

No dia em que a Terra parou

 

E nas igrejas nenhum sino a badalar

Pois sabia que os fiéis também não tavam lá

E os fiéis não saíram pra rezar

Pois sabiam que o padre também não tava lá

E o aluno não saiu pra estudar

Pois sabia que o professor também não tava lá

E o professor não saiu pra lecionar

Pois sabia que não tinha mais nada pra ensinar

 

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (uuu)

No dia em que a Terra parou

 

O comandante não saiu para o quartel

Pois sabia que o soldado também não tava lá

E o soldado não saiu pra ir pra guerra

Pois sabia que o inimigo também não tava lá

E o paciente não saiu pra se tratar

Pois sabia que o doutor também não tava lá

E o doutor não saiu pra medicar

Pois sabia que não tinha mais doença pra curar

 

No dia em que a Terra parou (oh, heah)

No dia em que a Terra parou (ôôô)

No dia em que a Terra parou (eu acordei)

No dia em que a Terra parou (acordei)

No dia em que a Terra parou (justamente)

No dia em que a Terra parou (eu não sonhei acordado)

No dia em que a Terra parou (êêê)

No dia em que a Terra parou

No dia em que a Terra parou

 

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Surreal

sábado, 21 de março de 2020

Para pensar:

“A verdadeira serenidade não é ausência de paixão, mas a paixão contida, ímpeto domado.”

Georges Duhamel

Para refletir:

É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.

Antoine de Saint-Exupéry

Surreal

Num momento em que pede-se que a população friburguense permaneça em casa e lave as mãos o máximo que puder, bairros como o Cônego vêm sofrendo há vários dias com desabastecimento de água.

Para pensar:

“A verdadeira serenidade não é ausência de paixão, mas a paixão contida, ímpeto domado.”

Georges Duhamel

Para refletir:

É sempre no meio, no epicentro de nossos problemas que encontramos a serenidade.

Antoine de Saint-Exupéry

Surreal

Num momento em que pede-se que a população friburguense permaneça em casa e lave as mãos o máximo que puder, bairros como o Cônego vêm sofrendo há vários dias com desabastecimento de água.

É uma situação surreal, para dizer o mínimo.

Recomendações (1)

Diante da seriedade do caso, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Trabalho resolveram apresentar cinco recomendações ao diretor-presidente da concessionária Águas de Nova Friburgo.

A saber: reforçar, inclusive mediante contratação temporária, equipes de manutenção e logística para restabelecimento, no menor prazo possível, do serviço de água e esgoto interrompido na sua área de concessão.

Recomendações (2)

Reforçar, inclusive mediante contratação temporária, a distribuição de carros-pipas, para atendimento à população em situação de interrupção de serviço de água e esgoto; divulgar, no mínimo, três boletins de informação diários (manhã, tarde e noite) sobre a existência de interrupção de serviço de água e esgoto nos bairros e ruas dentro de sua área de concessão, com esclarecimentos sobre a causa da interrupção e estimativa realista de seu restabelecimento, assim como orientações sobre racionamento de água, se couber.

Recomendações (3)

Divulgar, de imediato e em tempo real, a ocorrência de interrupção do serviço de água e esgoto em determinada localidade, assegurando o maior tempo possível à população para promover o racionamento indispensável ao enfrentamento da pandemia por Covid; realizar a divulgação das informações e boletins diários por todos os veículos de comunicação disponíveis à população, inclusive mediante TV, rádio, imprensa, canais de notícias na internet, Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp.

Fiscalizar

Paralelamente, os MPs também decidiram recomendar ao prefeito Renato Bravo e ao Comitê Operativo de Emergência em Saúde Pública Municipal que fiscalize a execução do serviço de água e esgoto, adotando as medidas de emergência disponíveis para assegurar a continuidade dos serviços essenciais, e orientando à população na hipótese de racionamento e interrupção dos referidos serviços.

Quem avisa...

O ofício, assinado conjuntamente pela promotora de Justiça, Cláudia Canto Condack, pelo procurador do Trabalho Jefferson Luiz Maciel Rodrigues e pelo procurador da República João Felipe Villa do Miu, lembra, por fim, das várias consequências cabíveis quanto ao descumprimento das recomendações expedidas pelo Ministério Público.

Ou seja: quem avisa, amigo é.

E, cá entre nós, não é mesmo admissível que alguém fique sem água num momento como o atual.

Merecem e precisam

O Ministério Público do Trabalho também encaminhou recomendação a todas as secretarias de Saúde dos 13 municípios abrangidos pela atenção do MPT de Nova Friburgo-RJ para que adotem medidas de proteção (equipamentos de proteção) aos profissionais de saúde, que estão na linha de frente do combate à pandemia.

A estes profissionais, aos quais a coluna agradece mais uma vez, todo o amparo da sociedade ainda será pouco.

Em tempo

A coluna também pode confirmar que nesta sexta-feira, 20, o vereador Professor Pierre protocolou um projeto de lei voltado a assegurar que, na eventualidade de qualquer decreto de calamidade que se dê em razão de problemas de natureza epidemiológica que afete diretamente os sistemas público e privado de saúde local, a cobrança de água e esgoto se dê em conformidade com os valores praticados junto à categoria de menor consumo.

Categorias de consumo

O projeto parte do princípio que o consumo de água aumenta em períodos como este que vivemos, no qual as pessoas precisam ficar em casa mais tempo, e também lavam mais as mãos.

Assim, não seria justo que a empresa obtivesse lucros com a alteração da tarifa praticada, a partir do momento em que consumidores passassem a ingressar em categorias de maior volume consumido.

Incógnita

Impossível, no entanto, avaliar quando tal projeto poderia ser efetivado, já que o prefeito Renato Bravo suspendeu, por decreto, as atividades da administração municipal, a princípio por uma semana, como detalha reportagem na página 3 desta edição.

Lumiar e São Pedro

A coluna tem recebido mensagens de diversos moradores de Lumiar e São Pedro da Serra bastante preocupados com a presença e o fluxo de turistas nos dois distritos, nesses tempos que precisam ser de isolamento social.

Diante de tais manifestações a coluna entrou em contato com a Secretaria de Saúde, e confirmou que por lá as mesmas mensagens também haviam sido recebidas.

Visita

Pois bem, a coluna pode confirmar que nesta sexta-feira, 20, uma equipe da secretaria visitou os dois distritos, e em especial as pousadas que haviam sido citadas nas denúncias, e as encontrou de portas fechadas.

Também havia rumores sobre a presença de turistas italianos.

A equipe da Secretaria de Saúde, contudo, encontrou apenas pessoas que haviam estado na Itália recentemente, e não apresentam quaisquer sintomas do novo coronavírus.

Espaço aberto

A coluna mantém este espaço aberto a qualquer informação que possa colaborar para o sucesso do isolamento social, sem contudo deixar de enfatizar a importância do bom senso e da serenidade nesses tempos em que é tão fácil passarmos adiante informações não devidamente comprovadas.

É momento de darmos exemplo, de sermos maduros, e agirmos com objetividade e consciência, trocando a agressividade por argumentos.

Respostas

De forma compreensível, poucos leitores se manifestaram a respeito de nosso desafio fotográfico mais recente.

Reconheceram corretamente a imagem de Nossa Senhora, no jardim interno do Colégio Anchieta, os parceiros Marcelo Machado, Antônio Lopes e Rosemarie Künzel.

Parabéns a todos, e cuidem-se bem.

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Cerimônia marca obras de concretagem do 3º andar do Sase em Olaria

sábado, 21 de março de 2020

Edição de 21 e 22 de março de 1970 
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

Edição de 21 e 22 de março de 1970 
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes: 

  • Obras no Hospital do Sase - Com marcantes solenidades e a presença do deputado Edgard de Almeida, homenageado especial, serão realizadas as cerimônias de concretagem da terceira laje do Hospital do Sase – em Olaria do Cônego, nosocômio que tem o nome do mencionado representante de Friburgo na Câmara Federal. Vultosos recursos, em espécie, em materiais médico-cirúrgico-hospitalares, assim como remédios e utilidades foram subscritos e estão sendo encaminhados à direção do aludido hospital pelo deputado Edgard de Almeida, que irá falar ao nosso povo pelo microfone da Rádio Sociedade de Friburgo.
  • Não obstante as ondas… e as notícias contraditórias que inevitavelmente surgem ao serem colocadas no teatro dos acontecimentos, o deputado Álvaro de Almeida continua a ser candidato à presidência da Assembleia Legislativa, cujo recesso deverá ser interrompido brevemente, voltando assim a funcionar, novamente, o poder conhecido como Cúpula de Democracia, título com o qual concordamos plenamente. Julgamos infantilidade política a tese de que somente após a reabertura da Assembleia deverá ser cogitado o problema da mesa diretora da casa do povo. O deputado Álvaro de Almeida entrou no assunto devida oportunidade e com aquela perspicácia que lhe é característica. A verdade é que, o dedicado e operoso delegado dos friburguenses no parlamento estadual, postulou a função, junto aos seus companheiros de bancada, no que foi atendido sem restrições, pois de fato e realmente possui todas as condições para bem desempenhá-la, se eleito, é claro.

Pílulas:

  • O ritmo impresso aos serviços do novo abastecimento d’água da cidade é impressionante. Não só a barragem, como a complexa estação de tratamento, como ainda o assentamento da tubulação e as três caixas-depósito nos mais altos pontos da zona urbana, ficarão terminadas dentro de pouco tempo. A notícia deve alegrar os friburguenses.
  • Água de excelente qualidade e em quantidade suficiente para o abastecimento de Friburgo até o ano 2000, eis o que está prestes a acontecer em nossa terra. Vamos ver o que ainda tem a dizer sobre a monumental iniciativa, os mocinhos do contra.
  • A moçada realizou outra grande investida junto a Secretaria de Educação para o retorno. Houve preparo psicológico e até recepção pela volta com entrega de flores. O time do puxa esteve ativo, mas a coisa não colou. E não colará jamais.
  • Nota-se um movimento diferente nos clubes esportivos da cidade. Parece que um sopro renovador vai derruir os alicerçes carcomidos de uma estrutura imposta pela visível incapacidade de grupos - em os quais, somente se salvam umas poucas e honrosas exceções – fazendo surgir algo com o valor das organizações esportivas locais. Lamentavelmente não resta muita coisa no que respeita aos arcabouços dos grandes clubes da cidade, precisando salvar-se urgentemente os vultosos patrimônios, os nomes e tradições que precisam ser cultuadas.
  • A decadência do futebol de Friburgo foi por nós prevista e anunciada desde 1958, época em que começou a agravar-se o problema da não seleção de dirigentes. Qualquer figurinha inexpressiva e por vezes desconhecida no meio ambiente, amanhecia presidente ou diretor de clube, apenas para satisfazer vaidades e apetites. A não ser em diminuto número de casos, o agravamento do mal era patente. Com a enxurrada muitos legítimos desportistas recolheram-se, deixando o campo aberto para os incapazes, mormente para os “artigos de importação”. O resultado não se fez esperar, para desgraça do nosso futebol, do nosso esporte em geral. Agora, só existe um remédio: Detefon em alta escala.  

Sociais:

  • AVS registra os aniversários de: Juvenal Goulart (20); João Batista Bussinger, Maria Lessa Ventura, Flora Sertã da Silveira (21); Margarida de Almeida Ventura, João Batista Spinelli (22); Aracy Cúrio, Arlindo Angelino Polo, José Dutra da Costa, Gisele Passenato (23); Richard Ihns (24); Neuza Ruiz, Elvirinha Tufy Gandur (25); Lázaro Matheus Garcia (26); Wilson Campos, João Alves Pessoa (27) e João Marcos Alves Pessoa (29).

 

Foto da galeria
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Espalhe amor

sábado, 21 de março de 2020

Sou fã confesso do Papa Francisco. Não sou fã por ser católico ou por conta da minha história ter ligação com os jesuítas. Sou adepto de sua liderança, de seus ensinamentos, por ser discípulo de um Deus que habita na simplicidade. É uma besteira gostar de um padre ou de um pastor porque ele é da mesma religião que a sua.    Temos o direito de discordar. Assim, a religião não deve nos obrigar a gostar do pastor ou do padre porque somos da mesma congregação.

Sou fã confesso do Papa Francisco. Não sou fã por ser católico ou por conta da minha história ter ligação com os jesuítas. Sou adepto de sua liderança, de seus ensinamentos, por ser discípulo de um Deus que habita na simplicidade. É uma besteira gostar de um padre ou de um pastor porque ele é da mesma religião que a sua.    Temos o direito de discordar. Assim, a religião não deve nos obrigar a gostar do pastor ou do padre porque somos da mesma congregação. Mas voltando ao Papa Francisco, em uma de suas recentes missas, sem público por conta da pandemia que se alastra pelo mundo, dizia ele: “o vírus da indiferença desumaniza”.

Tão fatal quanto a peste negra, tão avassalador como o COVID-19 é o vírus da indiferença. Tão mal quanto o ódio, por um ser subproduto do outro. A vacina para o coronavírus será encontrada em breve pela ciência. A vacina para a indiferença sempre existiu e está dentro de cada um de nós como anulador dos maus sentimentos que permitimos se manifestar dentro de nós. Qual usaremos? Qual de fato nos faz bem e ao universo?

Os livros de história, certamente, terão capítulo para esse período. Além das mortes, da geopolítica, está o declínio da economia. O que fechará esse capítulo ainda não sabemos. Mas o que ficará para nós como sociedade? O que estamos aprendendo com tudo isso? Passou da hora de usarmos em constância a vacina boa que existe em nós. É esse o grande ensinamento desse momento que vivemos.

A proibição de abraçar nos faz lembrar do quão importante é o abraço. Que nesse momento possamos abraçar de outras formas e esse abraço será tão ou mais forte do que aquele que possibilita o contato. A proibição de apertar as mãos nos faz recordar do quanto é prazeroso tocar o outro. Que nesse momento possamos apertar as mãos pelo olhar e nos cumprimentar como irmãos. 

Só o amor nos faz irmãos. Que nossos afetos sejam mais do que os beijos que não podem ser dados para descobrirmos que não é o físico que nos conecta, mas algo extraordinário: o sentimento que flui e rompe a barreira do ar e sem qualquer risco de vírus nos chega e se achega no colo da alma. É momento de cuidar uns dos outros para cuidarmos de nós mesmos e do planeta. E a fatura do nosso consumismo, soberba e ignorância nem chegou ainda. E olha que não acredito em Deus punitivo, mas tenho certeza do homem que se auto pune sem sequer se julgar. Espalhemos amor. 

Quem poderia supor que um micro-organismo, invisível aos olhos como a fé, ensinaria a humanidade que precisamos é espalhar amor? Não dá para esperar até dezembro. O mundo pede que espalhemos amor - agora. Pois não espalhamos amor ontem. Quantos se deixaram levar pelo ódio, disseminaram o rancor e estão amargurados? O egoísmo enfraquece elos. A que tempo nos traz a desigualdade? A raiva causa indiferença. E indiferença desumaniza. 

Não é preciso sofrer para aprender. A dor não faz ninguém evoluir. O que faz crescer é a urgência de nos resolver como irmãos. E a fórmula não é nenhuma decodificação de décadas de ensaios e conclusões acadêmicas. 

Espalhar amor é a mais simples das matemáticas, a mais retumbante filosofia, a mais antiga das ciências. Difícil negar sua eficácia. Se falta coragem para colocar em prática, o medo que nos atravessa, obriga atitude imediata: espalhe amor! 

Talvez seja um apelo infantil suplicar para que espalhemos amor. Mas é dos corações infantis que o amor mais simples se transforma no grande amor coletivo que tanto necessitamos para vencer esse instante de isolamento físico, mas ao mesmo tempo de grande união imaterial. A vacina do amor desperta o que há de mais humano em nós!     

 

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