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O que podemos fazer

sábado, 28 de março de 2020

Para pensar:

“Estamos todos no mesmo barco. Todos.”

Papa Francisco

Para refletir:

“Ninguém se salva sozinho.”

Papa Francisco

O que podemos fazer

Para pensar:

“Estamos todos no mesmo barco. Todos.”

Papa Francisco

Para refletir:

“Ninguém se salva sozinho.”

Papa Francisco

O que podemos fazer

A correria a cada vez que são disponibilizadas novas doses de vacina contra a Influenza e a circulação a todo momento de informações falsas que prometem resultados milagrosos no combate ao novo coronavírus não deixam dúvidas de que existe, entre a população, o forte desejo de atuar no sentido de aumentar a proteção individual e coletiva.

Essa constatação é evidentemente positiva, mas demanda informações de qualidade e também serenidade, para que não se perca a dimensão de que recursos devem ser divididos e utilizados com parcimônia, uma vez que nossa segurança depende da do vizinho, e vice-versa.

O que podemos fazer (2)

A essa altura a população já está familiarizada com os protocolos do isolamento social, da higienização e dos chamados cuidados de etiqueta, como as formas mais seguras de tossir, espirrar ou mesmo cumprimentar outras pessoas.

Mas, será que existem outras medidas ou outros hábitos que possam reforçar a proteção pessoal e coletiva?

Com base nas informações que vêm sendo acumuladas nos meses mais recentes, a comunidade científica começa a levantar sim algumas possibilidades a esse respeito.

Alimentação saudável

Renato Sippli de Moraes, respeitado nutricionista friburguense, dividiu com o colunista alguns apontamentos a partir de recente estudo publicado pela Universidade de Turim que indica um contingente significativo de pessoas com carência de vitamina D entre a população mais atingida pela Covid-19.

Evidentemente são estudos preliminares, mas que sugerem o efeito positivo de alguns velhos hábitos para fortalecer o sistema imunológico.

Preparar o corpo

“Dados epidemiológicos sugerem que, mais cedo ou mais tarde, todos nós seremos expostos ao novo coronavírus, assim como não conseguimos fugir a vida inteira da gripe comum e de outros vírus espalhados pelo mundo.

No entanto, estudos já mostram que pelo menos 2/3 das pessoas que contraem o novo coronavírus são assintomáticas, e isso provavelmente ocorre porque essas pessoas contam com um sistema imunológico mais bem preparado do que as que estão no grupo de risco. É importante, portanto, cuidar para que nosso organismo esteja pronto para responder da melhor forma possível em caso de contaminação.”

Frutas e legumes

“Para um sistema imunológico fortalecido, alguns aspectos são fundamentais: sono de qualidade, prática regular de atividade física, redução de estresse crônico, não fumar, e é claro, uma alimentação saudável.

É importante aumentar o consumo de frutas e verduras de forma geral. Recomendada-se o consumo de três porções de frutas distribuídas ao longo do dia, e deve-se dar preferência às que são ricas em vitamina C (acerola, goiaba, laranja, limão, kiwi). Além de vitaminas e minerais, frutas e verduras são ricas em polifenóis e fibras, indispensáveis para saúde imunológica e intestinal.”

Vitamina D

“Outra substância de fundamental importância para melhora da imunidade é a vitamina D, sintetizada principalmente pela exposição ao sol. Um estudo da Universidade de Turim publicado nesta semana relacionou os casos mais graves de Covid-19 à deficiência de vitamina D.

Assim, devemos nos expor ao sol por pelo menos 30 minutos diários, e, caso isso não seja possível, pode-se fazer a suplementação de vitamina D3. Uma dose de 5.000 U.I por dia até o final do inverno é suficiente para elevar a vitamina D sanguínea a níveis ótimos na maioria das pessoas.”

Zinco e selênio

“Assim como a vitamina D, outros nutrientes que a população costuma apresentar deficiência e que são indispensáveis para um sistema imune forte são zinco e selênio. Por isso devemos consumir oleaginosas (castanhas do Pará e de caju, amêndoas e nozes) frequentemente. Outros alimentos que podemos usar diariamente para fortalecer nosso sistema imunológico são: alho, cebola, aveia, gengibre, cúrcuma, cogumelos, mel e própolis em gotas (que podemos diluir em sucos ou em água). Os menos conhecidos kefir e kombucha, que são fontes de probióticos, também são de grande importância.”

Dietas

“Evidentemente essas são sugestões genéricas, somente consultas regulares a médicos ou nutricionistas poderão indicar carências e específicidades de cada indivíduo. Em alguns casos, por exemplo, a suplementação torna-se necessária. Zinco, ferro, magnésio, equinácia, probióticos, ômega 3, chlorella, N-acetil cisteína e glutamina são alguns dos principais suplementos voltados para imunidade e prevenção.

E é bom reforçar que este não é um bom momento para dietas restritivas. Dietas pobres em carboidratos e gorduras de boa qualidade normalmente baixam a imunidade.”

Gratidão

A coluna agradece ao nutricionista Renato Sippli pelas orientações, e tentará, dentro do possível, abrir espaço para atualizações científicas confiáveis que possam ser de interesse de nossa população, à medida que elas sejam publicadas.

Digitalização

Conforme a coluna já antecipou algumas vezes, está prevista para a próxima terça-feira, 31, a licitação para a digitalização de nossa rede municipal de saúde pública.

A conclusão deste processo é de grande importância para elevar a eficiência de nosso sistema, não apenas em termos econômicos, mas também dos serviços prestados à população.

A coluna aguarda os acontecimentos, esperando que os friburguenses sejam devidamente informados sobre todas as etapas de algo que nos interessa tanto, sob tantos aspectos.

Juntos

A imagem do Papa Francisco atravessando sozinho, debaixo de chuva, parte da Praça São Pedro nesta sexta-feira, 27, é, desde já, uma das mais icônicas produzidas neste século.

Aos leitores de todos os credos e religiões - ou de nenhuma delas - o colunista agradece pela parceria de sempre e deseja muita paz e proteção.

Foto da galeria
(Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters)
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Vistoriadas as obras do ex-Paço Municipal, na Rua General Osório

sábado, 28 de março de 2020

Edição de 28 e 29 de março de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

Edição de 28 e 29 de março de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes

  • Vistoriadas pela Comissão Técnica, superintendida pelo professor Luiz de Gonzaga Malheiros, presidente do Conselho Estadual de Educação, as grandes obras do palacete que pertenceu ao Barão de Duas Barras (ex-Paço Municipal, na Rua General Osório) para funcionamento neste primeiro semestre de 1970, das Faculdades de Engenharia e de Odontologia. Considerado muito acima das perspectivas da mencionada comissão, o que já foi feito pela administração Amâncio Azevedo, em matéria de instalações, mobiliários, instrumentais e aparelhagens. Renomados técnicos dão assistência diuturna ao programa que está sendo levado a efeito.
  • Homenageando a revolução - Às 20h do dia 3 de abril, na sede do Tiro de Guerra local – Praça do Suspiro – o oficial superior da Armada, capitão de mar e guerra médico Elcio Martins, diretor do Sanatório Naval de Nova Friburgo, realizará uma palestra em homenagem à Revolução de 31 de março. Julgamos desnecessário falar sobre a personalidade do conferencista, figura das mais queridas em nossa sociedade, verdadeiro ‘gentleman’ e que alia aos predicados de dedicado comandante de uma unidade, os sentimentos em prol dos direitos do homem e do respeito aos princípios basilares da família. Homem talentoso e possuidor de vasta cultura, o dr Elcio Martins, colherá por certo, em sua palestra a que acima aludimos muitos outros louros para a trajetória de intelectual que é o de fato e realmente.
  • Ecos da inauguração do Jardim de Infância Maria D. Estrada Laginestra - O clichê mostra o momento em que a senhora Liege Laginestra Motta (filha da saudosa homenageada) juntamente com a professora Dilva Maria de Moraes desatava a fita simbólica, inaugurando assim a bonita unidade construída pelo prefeito Amâncio Azevedo – o mais moderno e funcional Jardim de Infância do município. 
  • Deputado Edgard de Almeida: 3ª laje do Hospital do Sase - O deputado Edgard de Almeida juntamente com seus familiares, passou o último fim de semana em Friburgo. Sábado pela manhã visitou as obras do hospital que tem o seu nome – Olaria do Cônego – cuja construção está sendo realizada pelo Sase e pela Organização Médico Hospital Fluminense por ele presidida. No local participou intensamente dos trabalhos da implantação – da 3ª laje do edifício onde será instalado modelar hospital, ocasião em que fez entrega ao Serviço de Assistência Social Evangélica, de dezenas de caixas de amostras de medicamentos, bem como de parcela em espécie para aquisição de materiais para o referido nosocômio.
  • Ecos da inauguração da Escola Batista – Olaria do Cônego - O deputado Álvaro de Almeida discursou na cerimônia de inauguração da Escola Batista, de Olaria do Cônego, mantida pela prefeitura e onde estão matriculados mais de seis centenas de alunos que recebem instrução gratuita, merenda, livros, cadernos, lápis e utilidades dos cursos. Ao lado do orador, a professora Dilva Maria de Moraes, diretora do Ensino Primário Municipal, e a professora Regina Lehrer, diretora da mencionada escola.

Pílulas

  • Não sendo candidato a cargos eletivos, na vindoura eleição, o governador Geremias de Mattos Fontes dá exemplo de desprendimento. Em nenhum momento, a  “mosca azul" picou o ilustre chefe do Executivo. Convenhamos que é necessário para que tal aconteça que o homem esteja revestido de uma fortíssima couraça, já que é descomunal, impossível de ser descrita ou avaliada, a "Força" vem da turma dos profissionais em garantir votos e afirmar vitórias eleitorais estratosféricas.
  • Aqueles que pensaram em "facilidades” oficiais ou mesmo benécies a torto e a direito da parte de órgãos públicos e em torno de arranjar votos para eleger-se ou eleger alguém, estão desorientados com a atitude de renúncia do governador Geremias, que em entrevista à imprensa afirmou a sua permanência no cargo até o final do mandato — 31 de janeiro de 1971. Sabíamos que o chefe do Executivo do Estado do Rio jamais se prestaria ao papel de cabo-eleitoral de uns tantos políticos profissionais que pululam por aí.
  • Dentro de poucos dias  o Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais estará inaugurando seu edifício na principal artéria da cidade. Dez andares, esquadria de alumínio, construção de primeiríssima qualidade em todos os detalhes. Um portentoso arranha-céu, muito de acordo com o desenvolvimento da cidade e que prova o arejamento da atual diretoria do grande estabelecimento de crédito.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra o aniversário de: Carlos Alberto Vasconcelos (30).

 

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Campanha da vez

sexta-feira, 27 de março de 2020

Tempos complexos. Crise sanitária, social, econômica, política. Vidas de pessoas em risco, o invisível nos assolando de forma assustadora, relações de trabalho por um fio, empresas pedindo socorro, equipe da área de saúde na linha de frente, e a descrição do cenário que beira o caos poderia não terminar nessas páginas. Temos um longo e árduo caminho pela frente.

Tempos complexos. Crise sanitária, social, econômica, política. Vidas de pessoas em risco, o invisível nos assolando de forma assustadora, relações de trabalho por um fio, empresas pedindo socorro, equipe da área de saúde na linha de frente, e a descrição do cenário que beira o caos poderia não terminar nessas páginas. Temos um longo e árduo caminho pela frente.

Vimo-nos imbuídos nesses assuntos e os cuidados são tantos que sentimo-nos sobrecarregados de tanto nos precavermos. Pois é. Nesses dias em que somos convocados à introspecção, que os incrementos tecnológicos batem às nossas portas para que finalmente aprendamos a lidar com todos os mecanismos, que o temos pela escassez e o medo de perder alguém é tão mais forte do que podemos suportar, acabamos por levantar bandeiras de várias campanhas.

Eu mesma já me engajei em várias. Campanha para conscientização de que devemos ficar em casa, campanha de incentivo para não deixarmos os trabalhadores autônomos sem receber pagamentos pelos serviços, campanha para darmos suportes às diaristas, campanha para nos conectarmos com a arte nesses dias sombrios, campanhas em favor do autoconhecimento, em prol dos profissionais de saúde, para segurarmos os idosos em casa, campanha pelo isolamento, pelo trabalho em home office, campanha para lavarmos as mãos, para darmos abraços virtuais, e até mesmo para deixarmos de ser tolos. Campanha de tudo. As bandeiras? Redes sociais.

E os efeitos? São reais. Não tenho estatísticas, mas sinto que os silêncios eloquentes e os gritos coletivos têm provocado consequências a todo instante. Só queremos a vida de volta. Continuemos, pois.

 

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Crise

sexta-feira, 27 de março de 2020

Crise
Uma das maiores e mais sólidas confecções de Nova Friburgo está passando por um momento de turbulência. Desde o início do ano, a Jescri que conta com mais de 200 funcionários, tem evitado demissões. A empresa friburguense tomou um tombo da gigante  da Leader Magazine que, inclusive, está em recuperação judicial. 

Crise
Uma das maiores e mais sólidas confecções de Nova Friburgo está passando por um momento de turbulência. Desde o início do ano, a Jescri que conta com mais de 200 funcionários, tem evitado demissões. A empresa friburguense tomou um tombo da gigante  da Leader Magazine que, inclusive, está em recuperação judicial. 

Plano de ação
O calote da Leader quebrou várias empresas Brasil a fora. Apesar do impacto financeiro, a Jescri traçou um plano de médio e longo prazo para assegurar sua continuidade e a maioria dos empregos. Mas agora, meses depois, se viu novamente em dificuldades. Magazines, principal destino de suas produções, começaram, já na semana passada, a cancelar pedidos que estavam prontos para serem entregues.

Efeito dominó
Com as mercadorias no galpão e a certeza de não receber por elas, as demissões que estavam sendo evitadas não mais poderão ser prorrogadas. A empresa continuará em funcionamento, mas com capacidade bastante reduzida. Segundo o proprietário, Wanderson Barroso Nogueira, o esforço é demitir o mínimo possível, o que já configura um impacto na economia local. 

Volta por cima
O trabalho agora é atuar para pagar os direitos trabalhistas. A empresa acredita que se houver uma recuperação econômica mais a frente, poderá novamente contratar os profissionais demitidos, mas que por hora se vê sem saídas. Para quem conhece a história da empresa que também enfrentou em 2011 a tragédia climática, torce para que a volta por cima venha o mais rápido possível. Não apenas pela idoneidade e espírito coletivo de seus idealizadores, mas pela própria cidade - capital da moda íntima.   

Não há escolha de Sofia
O momento é delicado e, claro, todo o foco tem que ser a saúde. Se compartilha a máxima de que a economia deve servir à vida e não o contrário. Os desafios serão grandes, por isso, desde já governos das diferentes esferas, associações e federações devem traçar planos de injetar recursos na economia pós-pandemia.

Ação do Estado
Salvar empregos, pequenos e médios negócios e microempreendedores deve ser a prioridade. Sabendo-se que 95% dessa tarefa fica com o Governo Federal que é quem tem a maior parcela dos impostos e, consequentemente, recursos e poder. O Estado ficaria com aproximadamente 4% dessa parcela, enquanto municípios com 1% ou menos. 

Novas cidades
No entanto, mesmo com pouco poder, o cenário aponta a necessidade de reinvenção e criatividade por parte dos municípios: antever e planejar. Nessa pandemia, há exemplos de municípios que estão atuando de maneira muito mais eficiente do que outros. Enquanto há cidades cujas atuações beiram o patético de uma incompetência que não surpreende. 

Espelho
Citemos o bom exemplo de Niterói. O município arrendou um hospital privado para, exclusivamente, atender pacientes com sintomas do coronavírus, ampliando o número de respiradores. Além disso, suspendeu a cobrança de estacionamento rotativo, proibiu o corte de água por inadimplência, mesmo o serviço lá ser privatizado. Ainda anunciou ajuda de R$ 500 mensais pelo período de três meses aos MEIs (microempreendedores individuais).         

Dia após dia
Quando a vida voltará ao normal, ninguém ainda sabe. Com a previsão de situação mais crítica para as duas próximas semanas, há quem já projete o fim da quarentena total para a partir de 7 de abril. Mas isso dependerá do resultado do isolamento dessa semana que finda. Ou seja, o resultado de nossas atitudes refletirá se as atividades voltam antes ou depois. 

Palavreando
“Minha cidade diz no seu bom dia: já podemos recomeçar! Não sou ruína, nem escuridão. Sou um lugar em transformação. Ou nasce um novo povo ou não nasce uma nova cidade”.

 

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Nosso compromisso

sexta-feira, 27 de março de 2020

Para pensar:

“A comoção é um momento propício que permite estabelecer um novo sistema de Governo”

Naomi Klein

Para refletir:

“A cada dia basta o seu cuidado.”

Jesus Cristo

Nosso compromisso

Como os leitores estão cansados de saber, muita gente tem acusado a imprensa de promover histeria, ao difundir informações oficiais, que estão em sintonia com a comunidade científica internacional e os ministérios de Saúde dos mais diversos países, incluindo o nosso próprio.

Para pensar:

“A comoção é um momento propício que permite estabelecer um novo sistema de Governo”

Naomi Klein

Para refletir:

“A cada dia basta o seu cuidado.”

Jesus Cristo

Nosso compromisso

Como os leitores estão cansados de saber, muita gente tem acusado a imprensa de promover histeria, ao difundir informações oficiais, que estão em sintonia com a comunidade científica internacional e os ministérios de Saúde dos mais diversos países, incluindo o nosso próprio.

Há quem acredite que não dar a devida importância ao problema que enfrentamos seria o melhor a se fazer.

Confiança mútua

A coluna, no entanto, sempre aposta na maturidade do leitor, e tem acumulado muito mais experiências positivas do que negativas nesse sentido.

Por aqui, acreditamos que a maneira mais sólida e honesta de evitar o pânico é justamente falar francamente, e reduzir nas pessoas - ao menos na parte que nos cabe - a sensação de que possam estar lhes escondendo a verdade, ou parte importante dela.

A coluna confia em seus leitores, e sabe que o sentimento é recíproco.

Precisa melhorar

Certo, mas por que toda essa conversa agora?

Bom, porque ao longo desta quinta-feira, 26, algumas situações não correram nada bem aqui em nossa cidade.

Em especial os esforços para a vacinação contra a Influenza acabaram redundando em aglomerações de idosos que vão contra tudo o que se faz necessário para achatar a curva de contágio da Covid-19.

Hora da razão

A coluna ouviu muitas pessoas a esse respeito, tentando compreender o que deu errado.

A primeira leitura é de que o lado emocional prevaleceu em detrimento da razão, uma vez que várias pessoas com menos de 70 anos ignoraram as orientações e não esperaram o momento planejado para que fossem imunizadas.

Além disso, pessoas vindas de outros municípios também chegaram em busca da vacina, causando filas enormes e o trânsito deu um nó em torno do Colégio Anchieta que demorou horas para se desfazer.

Insegurança

E por que isso aconteceu?

Uma leitora manifestou sua opinião, após esperar por muitas horas pela vacina no engarrafamento do Anchieta.

“Todo mundo entendeu que o sistema drive-thru seria oferecido apenas nesta quinta-feira, 26, e que o número de vacinas disponíveis neste lote não era suficiente para vários dias. Então, todos que tinham a possibilidade de levar os idosos em carros quiseram aproveitar essa oportunidade, daí a procura tão elevada.”

Ampliar o foco

A mesma leitora enfatiza que uma vez dentro do terreno do colégio, encontrou tudo bem organizado e funcionando a contento. Um relato semelhante a outros vindos de postos de saúde, que também descrevem organização satisfatória no local da aplicação, mas filas e aglomerações do lado de fora.

Cuidados maiores

Parece claro, portanto, que a população precisa fazer a sua parte e respeitar os cronogramas estabelecidos - inclusive porque doses da vacina vão continuar a chegar sistematicamente.

Entrar em pânico, definitivamente, não é um luxo que possamos nos permitir nesse momento.

Da mesma forma, parece evidente que a organização precisa de apoio para proteger também o que acontece nas áreas externas aos postos de vacinação.

Prevenção máxima

Porque gente, é sério, não podemos mais nos arriscar dessa forma.

Por aqui muitos testes ainda aguardam resultado, e temos todos de ser responsáveis em relação a essas informações.

Ninguém quer se antecipar aos fatos, mas lidamos hoje com a perspectiva - tomara que ela não se confirme! - de que uma cadeia de transmissão já pode ter se estabelecido entre nós.

Mesmo que o tempo nos dê a alegria de derrubar essa hipótese, é com ela que devemos trabalhar no momento de definir o nível de precaução que estamos dispostos a adotar.

Vox populi

Muitos leitores pedem à Secretaria de Saúde de Nov Friburgo que tente distribuir a vacinação em maior variedade de espaços e ao longo de período de tempo mais amplo, a fim de reduzir as aglomerações.

A coluna não tem condições de informar se os recursos para tanto estão disponíveis, mas cumpre seu papel de dar voz aos desejos de quem frequenta este espaço.

Esperança

É certo que, quando a poeira baixar, nossa economia irá precisar de muita criatividade, empatia, e consciência coletiva para se recuperar.

A esse respeito, a coluna encerra os trabalhos de hoje com uma notícia pequenininha, mas ainda assim animadora.

Firmes e fortes

A InovAtiva Brasil registrou 694 inscrições em todo o território nacional para seu ciclo de aceleração 2020.1.

Dessas, 59 partiram do Estado do Rio de Janeiro.

E, na lista dos 92 municípios fluminenses, Nova Friburgo aparece na segunda posição, com sete inscrições (equivalentes a 11,86% do total estadual), atrás apenas da capital.

Tempos difíceis virão, sim. Mas a história friburguense é marcada pela resiliência, e a coluna tem total confiança em nossa capacidade para superar mais este desafio.

Seguimos juntos.

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Dia lindo, ativos valorizando! Ou: como suportar perdas

quinta-feira, 26 de março de 2020

 

Intitulei esta coluna logo antes de começar o texto; enquanto olho minha tela com a listagem de ações que compõem o Índice Bovespa, meu rosto está esverdeado pelo reflexo de tantas altas no dia.

 

Intitulei esta coluna logo antes de começar o texto; enquanto olho minha tela com a listagem de ações que compõem o Índice Bovespa, meu rosto está esverdeado pelo reflexo de tantas altas no dia.

 Agora, 25 de março – enquanto vos escrevo esta coluna – com o mercado já fechado, apenas três ações do Ibovespa finalizaram o dia em queda. Ao todo, são 73 ações de diferentes empresas que formam a carteira teórica do Ibovespa no quadrimestre de janeiro a abril deste ano. Ou seja, 70 ações valorizaram no dia de hoje. A propósito, o índice fechou o dia em alta de 7,50%; com destaque para GolL4 com a maior valorização (+37,65%) e CRFB3 com a maior desvalorização (-4,22%).

Identificou o grande problema do parágrafo anterior? Não lhe dei nenhum parâmetro comparativo extraordinário para saber se tal cenário é bom ou ruim. O Ibovespa está agora (claro, não estará no mesmo patamar enquanto estiver fazendo sua leitura) em 74.955,57 pontos, valor muito abaixo de seu topo histórico. No dia 23 de janeiro o Brasil comemorava mais um recorde de máxima, aos 119.527,63; exatos dois meses depois, no dia 23 de março, o Brasil se assustava com grandes quedas consecutivas e o gráfico do índice alcançava seu fundo com 62.502,43 pontos, somando uma queda total de - 47,71%. Vê agora como um cenário a parte não reflete o panorama geral? É necessário, sempre, afastar-se do que vê para analisar o contexto.

Voltando a comentar o título, poderia ser completo oposto se eu escrevesse sobre este tema durante a semana passada (e talvez não faça sentido se esta edição fosse publicada no jornal impresso desta sexta-feira, 27). Isso é reflexo da volatilidade do mercado financeiro. 

Mas, então, o que fazer diante de tanta oscilação?

Antes de mais nada, vamos aos termos: essa oscilação é determinada pela volatilidade de que tanto falo: é a medida estatística calculada entre frequência e a intensidade das oscilações de preço de um ativo. Logo, quanto maior a volatilidade, maiores são as variações de preço de uma determinada ação.

Entendido o que é a volatilidade, precisamos saber se você está disposto a ela. Para isso, existe um protocolo a ser estudado em cada investidor para identificar seu perfil e evidenciar sua disponibilidade e vontade de exposição à volatilidade.

Existem, basicamente, três tipos de investidor, e é sobre o arrojado – o com maior apetite à volatilidade e, com isso, à rentabilidade – que vamos falar hoje. Se você se considera deste perfil, precisa entender: num surto pandêmico de coronavírus, seus R$ 119.527,63 investidos em Bova11 (fundo replicador do Ibovespa) virariam R$ 62.502,43 em dois meses e seu estômago precisaria aguentar passar por isso. Costumo dizer aos meus clientes: o prejuízo só existe quando você finaliza suas posições; enquanto não o faz, são números que precisam ser recuperados. E, de fato, crises passam, economias voltam a se recuperar e, mais cedo ou mais tarde, voltará aos três dígitos e passará a ter R$ 150 mil.

Contudo, o investidor disposto ao investimento em ações precisa ter algum conhecimento ou, se não for um apaixonado pelo conhecimento financeiro, suporte profissional para minimizar as perdas e potencializar os ganhos. Existem proteções para fugir de tanta volatilidade e, ainda assim, ser um investidor arrojado.

Por fim, como reagir ao mercado em baixa?

Saiba que é uma ótima oportunidade de aumentar suas posições em participações acionárias. As empresas precisam de você (quando adquire ações de uma determinada empresa, você se torna sócio desta), as ações vão estar com o preço abaixo do valor de mercado e com grande potencial de valorização.

Atente-se para uma dica importante: não é por estar barata que a ação é uma oportunidade. Em tempos como os de agora, analise os dados da empresa. Estude se é um setor pouco impactado pela crise, confira os valores de suas dívidas e o caixa líquido; estes, entre alguns outros, são indicadores fundamentalistas essenciais para identificar boas oportunidades.

A renda variável é assim, confira os gráficos: “sobe caindo”. Por isso, respeite seu perfil de investidor e planeje sua carteira com auxílio profissional.

Gabriel Alves é consultor financeiro.        

 

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Lidando dia a dia com a incerteza da Covid-19

quinta-feira, 26 de março de 2020

Estamos atualmente vivendo num mundo de muita incerteza com a situação de evolução rápida da Covid-19. Não sabendo o que ocorrerá adiante ou temendo se nós ou um dos membros de nossa família poderá adoecer, é cabível surgir ansiedade e medo. 

Devemos agora adaptar nossas rotinas diárias para incluir distância social, trabalhar em casa e para muitos limitar o contato direto com aqueles que amamos. Em função deste momento de isolamento, queremos prover a você algumas dicas para ajudá-lo a lidar, prestando atenção particular à sua saúde emocional e bem estar. 

Estamos atualmente vivendo num mundo de muita incerteza com a situação de evolução rápida da Covid-19. Não sabendo o que ocorrerá adiante ou temendo se nós ou um dos membros de nossa família poderá adoecer, é cabível surgir ansiedade e medo. 

Devemos agora adaptar nossas rotinas diárias para incluir distância social, trabalhar em casa e para muitos limitar o contato direto com aqueles que amamos. Em função deste momento de isolamento, queremos prover a você algumas dicas para ajudá-lo a lidar, prestando atenção particular à sua saúde emocional e bem estar. 

Seja você um paciente, cuidador, membro do staff do hospital ou de família recentemente enlutada, estas dicas podem ajudar a administrar a incerteza, a ansiedade e o medo.  

Crie uma rotina – isto provê uma estrutura para seu dia e aumenta seu senso de controle. Tenha como alvo levantar-se cada dia no mesmo horário. Planeje seu dia com “pedaços” de tempo – para as refeições, trabalho, estudo, exercício, trabalho doméstico e conexão on line com amigos e familiares. Escreva diariamente uma lista dos “para fazer” e assinale como “feito” na medida em que você completa a tarefa.

Permaneça conectado – isto é especialmente importante já que agora temos que limitar nosso contato pessoal com os outros. Aumente o uso de tecnologia para ficar em contato com aqueles que você veria pessoalmente. Use recursos on line com modalidades de vídeos porque ver outros realmente aumenta a sensação de conexão. Comece um chat (conversa) com um grupo familiar, de amigos ou com seus vizinhos como uma forma de entrar em conexão. Convide seus amigos para uma reunião social on line. Procure se comunicar mais regularmente pelo telefone ou por texto com aqueles que estão mais isolados, como os idosos ou pessoas que vivem sozinhas. 

Coloque atenção no seu autocuidado – isto é ainda mais importante em tempos de aumentado estresse e vulnerabilidade. Pratique maior higiene, especialmente lavar as mãos com sabão. Atente para uma boa nutrição na medida em que o estresse causa impacto no seu desejo de comer. Ouça música. Faça algo criativo. Exercite sua mente e aprenda algo novo. Tente usar um aplicativo sobre relaxamento. Comece uma lista de gratidão escrevendo cada dia sobre o que você é grato hoje.

Limite sua exposição à mídia – isto é uma coisa que você pode controlar. Se prenda a fontes confiáveis de informações sobre a Covid-19, tais como a Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde ou agências governamentais locais. Limite a quantidade de tempo que você ouve e vê as notícias cada dia – especialmente se existem crianças em sua casa. Tente restringir a observação de notícias para um horário regular agendado do seu dia. Somente encaminhe informação para outros que venham de uma fonte confiável. 

Verifique seu pensar – o modo como pensamos afeta a maneira como sentimos e nos comportamos. Examine seu pensar fazendo a si mesmo algumas perguntas simples: Está meu modo de pensar contribuindo para minha ansiedade ou estresse? Que pensamentos estão me deixando mais estressado? Como mudar meu modo de pensar para meu bem estar? Escreva seus pensamentos preocupantes e suas respostas para as perguntas acima e tente se ater aos fatos, e faça este exercício conversando com alguém. 

Aproxime-se – não sinta medo sozinho. Telefone para um amigo. Telefone para um serviço comunitário de ajuda. Tente falar com um conselheiro pelo telefone. Procure informações de organizações confiáveis sobre suas preocupações particulares, por exemplo, como falar com crianças ou pais idosos sobre a Covid-19.

Este documento é somente para fins de informação. O conteúdo não tem a intenção de substituir um conselho, diagnóstico e tratamento de profissional médico. Sempre procure o conselho de seu médico ou outro qualificado prestador de serviço de saúde com qualquer pergunta que você possa ter quanto à condição médica. 

Obs.: O texto acima é de um psicólogo do Departamento Psicossocial de Oncologia e Cuidado Paliativo do Instituto do Câncer Dana-Faber, da rede de hospitais da Universidade de Harvard, nos EUA. É uma tradução livre editada que fiz e as recomendações são do documento original.

 

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Sapucaia: uma história desconhecida de Friburgo

quinta-feira, 26 de março de 2020

O município de Sapucaia atualmente é constituído por cinco distritos, Sapucaia, Anta, Jamapará, Nossa Senhora da Aparecida e Pião. Esse artigo objetiva informar sobre a nossa relação com o distrito de Nossa Senhora da Aparecida, uma história desconhecida de Nova Friburgo. Na primeira metade do século 19, nos arredores da Vila de Nova Friburgo os povoados vão se desenvolvendo notadamente pelo assentamento de colonos suíços e alemães que abandonam o distrito colonial. Capelas curadas são construídas e se tornam freguesias em razão de seu crescimento econômico e da população. 

O município de Sapucaia atualmente é constituído por cinco distritos, Sapucaia, Anta, Jamapará, Nossa Senhora da Aparecida e Pião. Esse artigo objetiva informar sobre a nossa relação com o distrito de Nossa Senhora da Aparecida, uma história desconhecida de Nova Friburgo. Na primeira metade do século 19, nos arredores da Vila de Nova Friburgo os povoados vão se desenvolvendo notadamente pelo assentamento de colonos suíços e alemães que abandonam o distrito colonial. Capelas curadas são construídas e se tornam freguesias em razão de seu crescimento econômico e da população. 

Além da Freguesia de São João Batista, sede da vila surgem as freguesias de Nossa Senhora da Aparecida (1842), Nossa Senhora da Conceição do Paquequer (1844), São José do Ribeirão (1857) e Nossa Senhora da Conceição do Ribeirão da Sebastiana (1862). Porém, em 1847, Nova Friburgo perdeu a freguesia de Nossa Senhora da Aparecida que é incorporada ao município de Magé. Os colonos suíços abandonaram o distrito colonial possivelmente por duas razões. Inicialmente pela má qualidade da terra de alguns lotes que receberam. Por outro lado, um dos motivos da diáspora foi o período da história agrária do Brasil que favorecia os posseiros. 

Bastava tomar posse de terras devolutas, ou seja, terras abandonadas que retornavam ao domínio do governo geral e dar-lhes uma atividade produtiva durante um ano consecutivo. A seguir pleiteavam o reconhecimento dessa posse não havendo contestação de terceiros confrontantes. Esse dispositivo legal será possível tão somente até o ano de 1850, já que a Lei de Terras coibiu essa prática. A família Leimgruber pode ter obtido terras através da lei de sesmarias que vigorou até o ano de 1822, ou por meio da posse. 

Banhada pelo Rio Paraíba do Sul, Sapucaia era habitada pelos índios puri. Como as terras eram próprias para o cultivo do café muitos se aventuraram para essa região a exemplo do major José de Souza Brandão, futuro Barão de Aparecida, os Leimgruber e outras famílias suíças. O colono suíço Anton Ignaz Leimgruber tomou posse de terras nessa região e por sua interveniência elevou-a a curato de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. O patriarca da família Ignaz Leimgruber, casado com Luzia Hartmann chegou ao Brasil em dezembro de 1819, acompanhado dos filhos Anton Ignaz, Fridolin, Johann Batista, Marcus, Maria Carolina e Fidel. A ascensão patrimonial da família foi surpreendente. 

Em relação aos filhos do patriarca há o registro de que Marcus Leimgruber adquiriu a Fazenda São Feliciano onde hoje é o município de São Sebastião do Alto, Fidel Leimgruber adquiriu a Fazenda São Pedro do Monte Alegre na Freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, Fridolin Leimgruber tinha uma posse na Freguesia de Santa Rita do Rio Negro, em Cantagalo, e Johann Batista Leimgruber possuía igualmente uma posse em São Sebastião do Alto. O que mais enriqueceu na cafeicultura foi o primogênito Anton Ignaz Leimgruber.

De acordo com o almanaque Laemmert, de 1848, ele está entre os principais fazendeiros de café da Freguesia de Aparecida. Era casado com Mariana Ubelhard, filha de Vicente Ubelhard, igualmente colono suíço que migrara para essa região. Com o falecimento de Anton Ignaz seu único filho Manoel Ubelhard Leimgruber herda um expressivo patrimônio. Conhecido como Manduca, Manoel Leimgruber era graduado em engenharia e mecânica com formação na Inglaterra e na Alemanha. Além de produtor de café era proprietário de uma indústria de fundição no Rio de Janeiro. Fabricava variados tipos de peças de metal como rodas d’água, arquibancadas, cremalheiras para a ferrovia, placas, grades, etc. Em 1878, quando fora participar de uma feira de produtos metalúrgicos na Alemanha conheceu a raça zebu ongole proveniente da Índia e passou a importar lotes de touros e vacas. 

Foi na Fazenda Santo Antônio de Sapucaia que Manoel Leimgruber desenvolveu a criação dessa raça e iniciou a atividade econômica da pecuária no Estado do Rio de Janeiro. O município de Nova Friburgo fazia divisa com Minas Gerais e tinha um território bem mais extenso no século 19. Depois de perder Nossa Senhora da Aparecida ao longo do século foi perdendo outras freguesias para a formação de municípios como Sumidouro, Teresópolis e Bom Jardim. 

A história da família Leimgruber na Fazenda Santo Antônio de Sapucaia é mais um exemplo do êxito dos colonos suíços que abandonaram o distrito colonial.

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    Fazenda Santo Antônio de Sapucaia. (Fotos: Acervo pessoal)

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    Raça zebu ongole proveniente da Índia

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    Carroça dos eventos realizados na Fazenda Santo Antônio

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Objetividade

quinta-feira, 26 de março de 2020

Para pensar:

“Um homem de bom senso saberá criar melhores oportunidades do que aquelas que se lhe deparam.”

Francis Bacon

Para refletir:

“A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades.”

Marxwell Maltz

Objetividade

Para pensar:

“Um homem de bom senso saberá criar melhores oportunidades do que aquelas que se lhe deparam.”

Francis Bacon

Para refletir:

“A vida está cheia de desafios que, se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades.”

Marxwell Maltz

Objetividade

O leitor certamente entende que, por várias razões que podemos listar mais uma vez, a avaliação precisa dos riscos atuais à saúde pública não pode ser feita com base apenas nos números absolutos já confirmados.

Primeiro porque a demora para a confirmação dos testes positivos gera um atraso informativo de vários dias, de modo que vivemos hoje um quadro que só veremos lá na frente.

E depois porque o volume de testes ainda está longe do suficiente, e fatalmente não reflete o universo dos contágios assintomáticos, ou de sintomas mais brandos.

Nossa parte

Dito isso, é igualmente importante lembrar que as medidas pessoais e coletivas devem levar em conta o potencial da ameaça, mais do que seu alcance efetivo.

Se tudo der certo, se coletivamente dermos o nosso melhor, no fim os esforços podem parecer que foram exagerados.

Pois que assim seja então, pois seria infinitamente melhor do que o cenário oposto, e constatarmos lá na frente que pessoas queridas acabaram pagando o preço de nossa negligência.

Ainda podemos evitar isso!

Sem distrações

Mais do que nunca, o momento é para que sejamos práticos.

Atribuir culpa a grupos políticos divergentes não nos ajuda em nada, muito ao contrário.

Da mesma forma, especular se já temos ou não algum caso entre nós apenas distrai a atenção, uma vez que independentemente de qualquer confirmação temos todos que considerar sim que o vírus esteja circulando em nossa cidade e região, porque esta é uma possibilidade real.

Se isso irá se confirmar ou não, é algo que não altera em nada as posturas que precisamos adotar.

Transporte coletivo

Algumas pessoas andaram manifestando terem tido dificuldades para utilizar o transporte coletivo friburguense nesses dias de isolamento.

Sempre lembrando que apenas deslocamentos de grande necessidade devem ser realizados nesse momento, a coluna questionou a empresa de ônibus Faol a respeito do que vem ocorrendo, e reuniu as seguintes informações.

Como recarregar

Postos de recarga dos cartões eletrônicos vale-transporte foram fechados em Olaria, Conselheiro e Mury, pois funcionam em estabelecimentos comerciais.

Na Estação Livre, a empresa Riocard tem duas máquinas de recarga, mas a coluna recorre aos usuários para saber se elas estão funcionando adequadamente.

Também na Estação Livre a Fricard mantém o atendimento, das 8h às 16h.

Se houver qualquer inconsistência nessas informações, que não foram checadas na prática, a coluna agradece desde já pelo retorno dos leitores.

Oportunidade preciosa

Nossos governantes têm neste momento a oportunidade de realizar mandatos históricos, avançar esse país de forma sólida e humanitária em curto espaço de tempo.

Unir os espíritos em torno de um objetivo comum, demonstrar maturidade para compreender que as pautas econômicas e humanitárias podem e devem ser harmonizadas, repelir iniciativas oportunistas.

Infelizmente, no entanto, na maioria dos casos possibilidades tão preciosas vêm sendo lamentavelmente perdidas, em razão de despreparo ou interesses menores.

Esperança

Existe a expectativa de que, com o passar dos meses, a população desenvolva a chamada imunidade de grupo, embora ainda não seja conhecido o patamar de contágios necessário para isso, e seja cedo para mensurar a eficiência (ou a janela) do sistema imunológico para evitar um segundo contágio.

De qualquer modo, países como China, Coreia do Sul e Japão estão muito mais avançados nesses processo, não apenas por terem sido expostos antes, mas também em quantidade muito maior.

Visão restrita

Por isso, afrouxar o isolamento por aqui, no contexto atual, certamente traria consequências muito sérias, não apenas sobre a saúde, mas também sobre a economia, pois medidas ainda mais restritivas logo se fariam necessárias.

Não é sinal de coragem ir às ruas agora para enfrentar um vírus que provavelmente não vai te derrubar.

É apenas uma demonstração de ignorância, de visão restrita da realidade.

Amparo

Nosso país vai precisar, isso sim, é de grande volume de crédito acessível e a juros baixos, para que acumule o equivalente a três ou quatro meses de despesas em dívidas, mas preserve empregos, empresas e a capacidade produtiva, ainda que o consumo seja afetado.

Uma união madura e consciente de esforços nos atrasaria num punhado de anos, mas preservaria vidas e a circulação de capital.

Meter os pés pelas mãos nessa altura dos acontecimentos poderia, aí sim, deixar a situação fora de controle.

Solidariedade

Ao longo deste período é especialmente importante que todos tenham olhos e ouvidos atentos a pedidos de socorro por vezes discretos e silenciosos.

Pedintes, ambulantes e pessoas em situação de rua podem estar com as vidas ameaçadas por razões paralelas ao contágio, da mesma forma como algumas instituições de cunho social que dependem de ações arrecadatórias para que consigam fechar seus orçamentos.

Superação

Paralelamente, também é sempre válido lembrar a importância de que pessoas continuem doando sangue.

O momento é de demonstrar carinho, de cuidar de quem precisa, de enfatizar a importância que damos aos nossos idosos e a gratidão por tudo o que fizeram.

O momento é de curar feridas, renovar laços, e reinventar nossa história a partir de mudanças pessoais há muito necessárias.

Sair da pandemia não é o bastante. É preciso que saiamos melhores do que entramos.

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Sessões suspensas

quarta-feira, 25 de março de 2020

Para pensar:

“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.”

Martin Luther King

Para refletir:

“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”

Sócrates

Sessões suspensas

Para pensar:

“A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.”

Martin Luther King

Para refletir:

“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”

Sócrates

Sessões suspensas

De modo previsível, e talvez até inevitável, o presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo, vereador Alexandre Cruz, determinou a suspensão de todas as atividades do Poder Legislativo pelos próximos 15 dias, como parte das medidas preventivas à propagação do novo coronavírus.

Prazo imprevisível

A ação poderá ter seu prazo prorrogado ou cessado antecipadamente de acordo com a necessidade de adoção de novas ações, mas a tendência atual - e tudo tem mudado muito rapidamente - é que a suspensão seja prorrogada por período maior, com a convocação de reuniões específicas sempre que alguma deliberação se fizer necessária.

Deve ser o caso, por exemplo, em relação à tradicional sessão dos títulos de cidadania.

Canal de diálogo

Durante o período de suspensão das atividades, todos os servidores do âmbito administrativo estarão à disposição para as demandas necessárias por meio de home office.

A população também pode manter contato com a Câmara através do e-mail ouvidoria@novafriburgo.rj.leg.br.

Avanço doloroso

Antes da paralisação, o setor de RH tomou algumas medidas importantes, atendendo a orientações do Ministério Público.

Três servidores nomeados foram exonerados, e cinco concursados foram convocados.

A medida naturalmente causou comoção, uma vez que vivemos a perspectiva de uma recessão muito profunda, e ninguém quer ver amigo algum perder o emprego num momento como este.

Mas, por mais doloroso que seja - e de fato é -, a troca de nomeados por concursados é um processo necessário e alinhado aos interesses coletivos.

Sobrevida

A suspensão das atividades legislativas se soma aos prazos que foram sendo obtidos à custa de largas doses de teatralidade, e acaba representando mais um período de sobrevida a uma gestão municipal que, antes dos efeitos da pandemia da Covid-19, se encontrava em situação extremamente delicada.

Mais que isso, as possibilidades de que as eleições venham a ser adiadas pode representar a continuidade da atual gestão municipal por mais tempo do que o previsto.

É esperar para ver.

Quem apanha não esquece

Mas, olhando um pouquinho para a frente, não dá para dizer que alguém possa ter motivos para respirar aliviado.

Afinal, enquanto as receitas continuam a pingar e os salários estão em dia, ninguém se importa tanto com os recursos que foram desperdiçados, para não usar termo mais pesado.

Mas quando o cinto começa a apertar, aí todo mundo se lembra daqueles episódios em que recursos públicos foram mal gerenciados.

E, cá entre nós, Friburgo viu muitos desses nos últimos anos.

Casa sobre a areia

É triste, muito triste, ter a consciência de que nossa cidade poderia estar em situação muito mais fortalecida se não tivesse sido palco para tantas demonstrações de incompatibilidade com a boa gestão, e não vamos entrar aqui na discussão sobre ter havido dolo ou apenas incompetência, uma vez que os efeitos importam mais do que as causas neste momento.

O fato é que muita gente vai sofrer as consequências de tudo de errado que andou acontecendo por aqui, na hora em que o dinheiro começar a faltar.

Prioridades

Uma situação que tem sido bastante lembrada nesse sentido diz respeito à adesão à ata do município de Araguaína (TO) para a troca de todo o parque de iluminação pública friburguense por um valor que pode chegar a R$ 47 milhões.

O ex-vereador Cláudio Damião, inclusive, criou um abaixo-assinado na internet para solicitar que o contrato seja cancelado e os recursos sejam direcionados à Saúde, argumentando que já há um contrato para a troca de lâmpadas queimadas no valor de R$ 820 mil por um ano.

Em análise

Cabe dividir com os leitores que a coluna não tem tocado muito nesse assunto por ter conhecimento a respeito do teor da peça que foi protocolada junto ao Ministério Público pelo vereador Professor Pierre em dezembro de 2019, justamente dedicada a este tema.

A análise de detalhes importantes do contrato, bem como do contexto em que foi elaborado e firmado, sugere a necessidade de investigações aprofundadas, e a coluna entende não ser oportuno dividir tudo o que sabe e, dessa forma, correr o risco de prejudicar o trabalho institucional que precisa ser levado adiante.

Seguimos aguardando.

Vacinação

Pouco após o fechamento da coluna de terça-feira a prefeitura comunicou que a primeira remessa de vacinas contra a gripe H1N1, enviadas pelo Governo do Estado, havia se esgotado ainda na segunda-feira, 23.

Para se ter uma ideia, apenas no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (Clube Xadrez) foram imunizados 2.042 idosos.

O contingente parece muito alto, para um momento em que aglomerações precisam ser evitadas a todo custo.

Nesta quinta

Conforme A VOZ DA SERRA já noticiou, a campanha de vacinação será retomada nesta quinta-feira, 26, voltada especificamente para idosos (acima de 70 anos) e profissionais da saúde.

Os trabalhos serão realizados das 9h às 13h nas seguintes unidades: posto de saúde Tunney Kassuga, em Olaria; posto de Saúde Waldyr Costa, em Conselheiro; posto de saúde José Copertino Nogueira, em São Geraldo; Policlínica Sylvio Henrique Braune, Suspiro (apenas para profissionais da saúde); Centro de Convivência da Pessoa Idosa, Clube Xadrez (apenas para idosos); Colégio Anchieta, em esquema drive thru (apenas para idosos).

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