Um mês de maio cheio de interrogações!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 04 de maio de 2020

Inaugurando o quinto mês do ano, o Caderno Z nos trouxe considerações sobre o Dia do Trabalho. Salve 1º de maio! E a nossa diretora de A VOZ DA SERRA, Adriana Ventura, nos guia para que possamos entender  “o desafio de um novo tempo”. E ela explica: “De uma hora para outra, tivemos que decidir pelo home office...”. E continua: “Começamos então a trabalhar de casa remotamente...”. Para o leitor, que recebe o jornal pronto e confiável, seja impresso ou online, tudo pode parecer igual. Mas, a mudança tem sido uma novidade até para equipe, já acostumada com as tecnologias do mundo digital.

Como bem disse Guilherme Alt, “trabalhar de casa” não diminui o rendimento. Fernando Moreira vive sua primeira experiência longe do trabalho presencial e não descarta que isso venha a ser “uma tendência no futuro”. Thiago Lima vê o novo modelo com muito otimismo, pois “facilita a inspiração, aumentando a produtividade”. Para Vitória Nogueira, apaixonada por ficar em casa, o que mais pesa é se privar do contato com as pessoas, entre “conversas, risadas, abraços, piadas internas, ensinamentos, trabalho em grupo”. Adriana Oliveira, editora do site do jornal, ressalta que é “imprescindível manter a rotina do trabalho presencial, como vestir-se de acordo, profissionalmente e manter horários”. Carlos Rapiso, conceituado contador de nossa cidade, vê os avanços com o home office de forma positiva, “para colher frutos que sejam benéficos para todos”. No momento, parece mesmo ser o melhor que nós temos.

Deixando o Caderno Z, em “Esportes”, Vinicius Gastin entrevista Rogério ALbertini, meu querido amigo do Túnel do Tempo, da Rádio Nova Friburgo AM. Rogerinho, além de mandar muito bem na história da música brasileira, entende de carros e de futebol como poucos. Sua coleção sobre Ayrton Senna é de valor inestimável não só para ele, mas para todos nós que lamentamos aquele 1º de maio de 1994. Nem preciso dizer mais, pois, Ayrton hoje é cena da nossa eterna saudade. Falando em esportes, o corredor Reginaldo Azevedo encontrou seu troféu de vencedor da Maratona Internacional do Rio de Janeiro de 2000. A peça ficou soterrada nos escombros de sua casa, desde 2011. Emocionado, ele deixa a mensagem: “nunca devemos perder a fé e a esperança”.

Em “Há 50 anos” a manchete anunciava a chegada de “300 toneladas de moderno maquinário, em 520 caixas, oriundas da Suíça, transportadas para Nova Friburgo...”. A importação do grande negócio era encomenda da Fábrica de Rendas Arp S/A. Passados 50 anos, a Rendas não funciona mais e a cidade, que entrou no ramos das indústrias do vestuário, agora se vê às margens da dificuldade de retomada de algumas empresas até mesmo após a pandemia do coronavírus. E os debates sobre a flexibilização do comércio continuam. Eu não gostaria de estar à frente dessas decisões, pois, na atual situação, tudo pode ter um preço muito alto. Muito difícil!

Informações não faltam para elucidar estratégias a serem tomadas. A advogada, especialista em direito do trabalho, Paula Farsoun, fez um importante depoimento, de página inteira, sobre como empregadores e empregados podem agir para amenizar os impactos da crise. Paula deixou claro que “cada caso merece uma análise quanto às suas particularidades e que estamos frente a muitas questões ainda sem gabarito”.  

Por outro lado, lives e apresentações culturais online são programadas para ajudar a transpor a quarentena. Não só a constelação dos famosos nacionais e internacionais, pois Nova Friburgo tem gente artista de alta categoria aderindo as transmissões virtuais. Podemos considerar, sem exagero, que a missão é de utilidade pública e dá gosto ver os artistas conscientes, passando bons exemplos para todos nós, incentivando o “Fiquem em casa!”.

O serviço de delivery na cidade também é louvável e a experiência, mesmo após a pandemia, se manterá no mercado gourmet, provavelmente. Em “Massimo”, uma dica: “Certo é que vivemos dias nos quais pequenas posturas podem poupar vidas, e nada pode ser mais motivador do que isso”. Sábias palavras para a nossa reflexão!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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