Blogs

Urgente

sábado, 23 de maio de 2020

A necessidade de mudar existe há tempos, mas é a urgência que nos faz agir. Sabemos que as coisas não vão bem, no entanto nos acomodamos até que algo imperioso ocorre e torna urgente a nossa mudança de comportamento. É a urgência - mais do que a necessidade - que muda atitudes.

A necessidade de mudar existe há tempos, mas é a urgência que nos faz agir. Sabemos que as coisas não vão bem, no entanto nos acomodamos até que algo imperioso ocorre e torna urgente a nossa mudança de comportamento. É a urgência - mais do que a necessidade - que muda atitudes.

Não sei quem foi o primeiro a dizer que o futebol é a melhor metáfora da vida. Mas está aí uma ilustração perfeita para exemplificar como a urgência muda scripts. Comum numa final de campeonato de futebol, um time, melhor ou pior, estar perdendo a partida e deixar para os instantes finais a gana de vencer. 

Parte para o ataque com todas as forças, deixando a defesa à deriva. O risco de tomar um gol se torna menos importante do que fazer gols para conquistar o título. É a falta de opção, é o fim próximo que torna urgente se lançar em fé para conquistar o que se vislumbrou. Mas por que não ter iniciado a partida assim desde o começo? 

Porque a urgência dos instantes finais impõe ímpeto de sobreviver no sonho. Alguns times sucumbem, outros conseguem viradas históricas e muitos, mesmo que não consigam o objetivo, saem com o reconhecimento de seus torcedores.       

No leito de morte, relatos mostram ser comum o paciente pedir perdão a um filho, chamar um amigo que não falava há tempos por conta de uma briga, pedir para ser amigo do ex-cônjuge, deixar teimosias de lado para simplesmente expressar o que nunca expressou. Não se trata de a doença terminal fazer com que o ser humano seja mais sensível, é a escassez de tempo que faz ser urgente terminar a história bem. Até os mais brutos cedem para que não cessem sem finalizar suas histórias como um bom biógrafo gostaria. 

Estamos em tempos de urgências. O tempo de mudar passou faz tempos. Nós no tempo... Resposta do tempo. Não ouvimos o tempo. Até que o tempo unido ao planeta deu um basta ao nosso ego, à nossa ignorância em rechaçar se mover diante de tantos apelos por mudanças. A necessidade foi rebaixada, porque não se pode deixar brecha para escolhas.

É urgente que cuidemos melhor uns dos outros, que nos sintamos pertencentes ao coletivo, que nos percebamos como parte essencial da natureza para como tal, cuidar da natureza para que assim estejamos cuidando de nós, dos nossos, dos que virão de nós mesmos... 

A desigualdade, esse abismo que colocaram entre todos, exige passos urgentes para que através de equidade diminuam-se essas diferenças que estão pondo fim a todos! Não se livrarão os mais abastados. Ninguém está seguro. O barco é um só.

Por mais impactante que possa parecer, a urgência, ainda que imponha pressa, é bondosa por enviar convite de última chance. O prazo é esse do a partir de agora e do agora em diante. Não há mais garantia de nada, a não ser a certeza de que não haverá outra possibilidade. 

E aí? Como vamos finalizar essa história? Discutindo consigo mesmo sobre verdades erráticas? Supondo profecias de messias de ocasião? Apostando na sorte, no herói hollywoodiano, no terraplanismo? 

O que há de óbvio é que é com você, com a gente, com todos nós. E é urgente. O planeta é mais importante que nós. Entre morrer e eliminar o que o mata – há legítima defesa. É urgente a mudança de atitude nessa nossa relação com a Terra. Para que ela respire. E nós também.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Fluxo liberado

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Para pensar:
"Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra.”
Claude Bernard

Para refletir:
“À medida que acumulam poder, as burocracias se tornam imunes aos próprios erros. Em vez de mudar sua história para se adequar à realidade, elas são capazes de mudar a realidade para adequá-la a suas histórias.”
Yuval Noah Harari

Fluxo liberado

Para pensar:
"Quem não sabe o que procura, não entende o que encontra.”
Claude Bernard

Para refletir:
“À medida que acumulam poder, as burocracias se tornam imunes aos próprios erros. Em vez de mudar sua história para se adequar à realidade, elas são capazes de mudar a realidade para adequá-la a suas histórias.”
Yuval Noah Harari

Fluxo liberado

Confirmando expectativas, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade, na manhã desta quinta-feira, 21, o projeto de resolução legislativa 764/2020, apresentado pela Mesa Diretora, que amplia o leque de pautas a serem apreciadas nas sessões ordinárias remotas da Câmara Municipal de Nova Friburgo.

Pautas acumuladas

Assim, já a partir da próxima terça-feira, 26, o plenário deixa de deliberar apenas sobre matérias relacionadas à pandemia e assuntos urgentes, e passa a dar andamento a todas as matérias que se acumularam ao longo dos últimos dois meses.

Não vai faltar assunto…

A sessão, como tem sido hábito, deve ter início às 9h.

Dialética

Paralelamente, o Legislativo vem trabalhando na elaboração de um documento propositivo que deve ser entregue ainda hoje ao prefeito Renato Bravo, a fim de estabelecer o debate a respeito daquilo que pode ser feito para preservar a economia municipal dentro da margem de atuação permitida pelos interesses da saúde pública.

Representatividade

O relator mais uma vez foi o vereador Professor Pierre, com apoio de Isaque Demani e Johnny Maycon, com a colaboração de Zezinho do Caminhão, e sugestões de outros vereadores e também de “empreendedores, profissionais técnicos e demais trabalhadores do polo econômico de Nova Friburgo”.

Caso o texto seja endossado de forma unânime pelos parlamentares, o encaminhamento se dará em nome do Legislativo.

Do contrário, será feito em nome dos vereadores que subscreverem.

Aspas

A coluna teve acesso a uma versão ainda prévia do documento, e divide parte dele com os leitores.

“Entende-se que as medidas de isolamento, após cerca de 60 dias, em cenário não tão agudo, apesar da estação de inverno que se aproxima, podem ser conjugadas com paulatino e controlado movimento de reavivamento econômico do município, de forma similar ao que vem sendo promovido por outros entes da federação. Mesmo porque tem havido tensão social e econômica progressiva que vem exigindo uma alternativa eficaz que, ainda que em linha tênue, enfrente tanto o alastramento da Covid-19 para proteção à vida quanto o impacto socioeconômico que a sociedade vem sofrendo. E isso, por certo, exigirá participação e esforço de todos os organismos públicos em combinação com os setores econômicos e a população.

Base para o debate

O documento, no entanto, se destaca pela listagem de mais de 30 propostas concretas, que lançam uma base muito ampla para o debate que precisa ocorrer, de forma respeitosa e baseada em evidências.

Abaixo, a coluna lista a primeira dezena dessas sugestões, prometendo terminar a lista completa em edições futuras.

Propostas (1)

“Todos deverão usar máscaras de proteção em todos os lugares fechados e, recomendavelmente, conforme regulação, nas ruas do município e deverá ser fixado nas entradas de todos os recintos um aviso: “Proibido entrar sem máscara”.

Residências que possuam moradores de grupo de risco e tenham pessoas que circulam em áreas públicas devem seguir protocolos do Ministério da Saúde para evitar levar contágio para sua residência.

Pessoas pertencentes aos grupos vulneráveis, idosos acima de 75 anos, crianças abaixo de 7 anos, pessoas com imunidade reduzida por quaisquer fatores de saúde e demais grupos definidos por equipe médica, não poderão circular dentro dos estabelecimentos comerciais, salvo em casos comprovadamente necessários.”

Propostas (2)

“Funcionários comprovadamente de grupo de risco ou acima de 60 anos não poderão voltar ao trabalho durante a quarentena.

Será facultativo, neste período de quarentena, os funcionários voltarem ao trabalho, por razões pessoais ou por terem pessoas em sua residência de grupo de risco que não possuam meios próprios para sua subsistência, sendo que a empresa terá a liberdade de colocar este funcionário em suspensão de contrato neste período conforme decreto federal, sugerindo-se, sempre que possível, intermediação da representação legal de natureza coletiva.”

Propostas (3)

“Os funcionários, sobretudo na indústria, deverão trabalhar distantes, no mínimo de dois metros do colega mais próximo, inclusive com o respectivo afastamento nos refeitórios, observada a inaplicabilidade devidamente justificada em casos específicos.

Todos os estabelecimentos comerciais e industriais deverão ter álcool em gel ou spray à disposição dos funcionários e clientes, para a higienização das mãos.

Cada estabelecimento comercial poderá receber, no máximo, um cliente para cada quatro metros quadrados de área livre no seu salão de atendimento e jamais permitir agrupamentos.”

Propostas (4)

“Os comércios deverão priorizar o atendimento delivery.

Nas filas, as pessoas terão que obrigatoriamente manter distanciamento de um metro e meio do indivíduo à sua frente e usarem máscaras de proteção. O comércio deverá providenciar as marcações dentro e fora dos seus estabelecimentos.”

 

Prevenção

Ciente de que os rodoviários são um grupo bastante exposto ao contágio do novo coronavírus, a empresa de ônibus Faol informa que passou a verificar a temperatura de seus funcionários preventivamente.

De acordo com a empresa, “os que apresentarem febre serão encaminhados para atendimento médico, seguindo protocolos das autoridades de saúde”.

Respostas

Os parceiros Girlan Guilland, Marcelo Machado e Rosemarie Künzel reconheceram no busto mascarado que ilustrou nossa coluna de quarta-feira, 20, o semblante do tenente Renato, que comandou a instrução no querido TG 01-010, aqui em Nova Friburgo, e também exerceu a advocacia por aqui.

Parabéns a todos!

Foto da galeria
​Respostas (Foto: Regina Lo Bianco)
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Aumento na gasolina

sexta-feira, 22 de maio de 2020

A forte queda de preço nos combustíveis em Nova Friburgo deverá ser brecada e um aumento nos preços já poderá ser percebido nos próximos dias. Postos que vendiam gasolina na faixa de R$ 5 o litro, tiveram redução de mais de R$ 0,50. Em média, a percepção é de queda de mais de 10% em praticamente todos os postos da cidade.

Fim da queda

A forte queda de preço nos combustíveis em Nova Friburgo deverá ser brecada e um aumento nos preços já poderá ser percebido nos próximos dias. Postos que vendiam gasolina na faixa de R$ 5 o litro, tiveram redução de mais de R$ 0,50. Em média, a percepção é de queda de mais de 10% em praticamente todos os postos da cidade.

Fim da queda

No entanto, com o valor do barril do petróleo volta a subir, a Petrobrás anunciou a inflação de 8% na gasolina. O aumento oficializado nesta quinta-feira, 21, não chega de imediato aos postos, o que deve levar de sete a dez dias. Alguns, no entanto, podem aproveitar a informação e encarecer o preço, mesmo que tenha comprado a valores menores.

Próximos dias

A subida de 8% também não quer dizer que o preço do litro na bomba vá subir exatamente esse mesmo percentual. Pode ser menor ou maior, levando em conta outras variáveis, entre as quais, os impostos embutidos. O fato é que a queda nos preços por agora se encerra e o preço deve voltar a subir. É arriscado dizer, no entanto, se voltará aos patamares de antes da crise Rússia-Arábia e da pandemia. Esperamos que não.

13º salário

Vem aí uma injeção de dinheiro na economia através de antecipação do 13º salário para os aposentados e pensionistas que começam a receber o abono na próxima segunda-feira, 25, junto com o benefício de maio, seguindo o calendário regular. Assim, não se duplica o temor de aglomeração nos bancos já que o pagamento é feito conjuntamente com o salário mensal.

Calendário

Para aqueles que recebem um salário mínimo (R$ 1.045), o depósito da segunda metade da antecipação do 13º salário será feito entre os dias 25 e 5 de junho, de acordo com o número final do benefício, sem levar em conta o dígito verificador. Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados entre os dias 1º e 5 de junho.

Proporcional

A primeira parcela foi paga entre os dias 24 de abril e 8 de maio. Além de aposentados, recebem os segurados com pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão. Os que estão recebendo auxílios-doença terão a metade do abono calculada proporcionalmente ao número de meses de afastamento.

Serviços digitais

A Secretaria estadual de Fazenda implantou o sistema Atendimento Digital RJ, que oferece ferramentas que agilizam a solução de demandas que não eram atendidas de maneira 100% automatizada. O sistema pode ser utilizado por pessoas físicas ou jurídicas, com ou sem inscrição estadual, por meio de requerimentos disponíveis no portal, que serão solucionados de acordo com a sua particularidade.

Acompanhamento pela internet

Com a suspensão do atendimento presencial em função da Covid-19, a medida permite que os cidadãos apresentem as suas demandas, por meio de requerimentos específicos a serem preenchidos no sistema, e acompanhem as soluções pela internet.

Serviços

Certidões de regularidade fiscal para casos residuais – como decisões judiciais não lançadas no sistema e impossibilidade de acesso à emissão online – e a e-procuração a pedido do contribuinte (em decorrência de baixa do CNPJ junto à Receita Federal) já estão disponíveis. Os demais serão implantados de forma gradual.

Palavreando

“Que a fragilidade de viver nos faça perceber a força do nosso querer bem ao próximo e ao lugar que adoramos compartilhar nossas existências. Que todo esse sentimento também não seja de culpa ou responsabilidade vil, mas de libertação do aguçar da nossa sensibilidade em cuidar melhor de si, dos nossos, dos outros e do planeta”.

 

 

 

.  

  • Foto da galeria

    A campanha Acianf do Bem com apoio do Comitê das Entidades Beneficentes de Nova Friburgo (Cebenf) entregou só nessa semana mais de mil kits de produtos de higiene pessoal e limpeza de ambientes. Entidades como a CCA, LBV, Apac, Afape, Creche São José, Casa dos Pobres, Pestalozzi, Cáritas, Laje, Humedica e Aldeia da Criança foram algumas das beneficiadas. Os kits estão sendo montados e organizados na Casa da Criança

  • Foto da galeria

  • Foto da galeria

  • Foto da galeria

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Maquinário novo

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Máquina nova interessante essa. Que de nova não tem nada, mas está sendo revisitada, recebendo uma releitura “à la 2020”. A potência é boa, produz bastante, apresenta resultados e até pensa. Que maravilha. Não tem a ver com inteligência artificial, é gente de verdade. Esse aparato super moderno é humano. Se adapta às mais variáveis circunstâncias, é flexível, multitarefas, inovador, apresenta ideias, as executa, faz reparos e prospecções futuras. Pensa, sente e até se emociona.

Máquina nova interessante essa. Que de nova não tem nada, mas está sendo revisitada, recebendo uma releitura “à la 2020”. A potência é boa, produz bastante, apresenta resultados e até pensa. Que maravilha. Não tem a ver com inteligência artificial, é gente de verdade. Esse aparato super moderno é humano. Se adapta às mais variáveis circunstâncias, é flexível, multitarefas, inovador, apresenta ideias, as executa, faz reparos e prospecções futuras. Pensa, sente e até se emociona.

Às vezes, a máquina perece. Adoece. Sucumbe às dores mundanas, não apresenta a melhor performance, rateia e até para de funcionar. Fala mais do que deve, faz mais do que pode e até reclama. Há que diga que é super econômica, custa muito pouco pelo tempo que trabalha. Há quem pense ser cara demais, afinal de contas, há várias peças custosas agregadas, mais conhecidas como direitos e prerrogativas.

A grande verdade é que os trabalhadores do século 21, essas máquinas da metáfora, são essenciais ao funcionamento de tudo, embora o incremento da tecnologia agregue possibilidades ao mesmo passo em que tenta substituí-las. Nessa crise inesperada provocada pela pandemia, o maquinário anda oscilante. Parte dele, inclusive, nunca produziu tanto. Outra parte, está sendo descartada, por ser dispensável ou onerosa demais. O “equipamento” humano é subjugado, sobrecarregado, desvalorizado, descartado. Exige-se de gente de carne e osso o que nem máquina faz.

Fato é que deveríamos repensar as estruturas que fazem a máquina funcionar. Tudo funcionar. Não basta a reflexão e preocupação quanto espaços físicos, viabilidades econômicas e o seu bom e produtivo uso. Deve-se, principalmente, considerar sua própria formação, seus cuidados, suas necessidades. Pode parecer difícil para muitas pessoas compreenderem, mas a máquina humana, sente, pensa, necessita, respira. Sinto informar, mas esse “maquinário novo”, nem máquina é. Nosso planeta ainda não é habitado por robôs. Não percamos a noção disso.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Quer investir? Comece pela diversificação.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, você pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Não é segredo; para começar a investir seu capital no mercado financeiro, é preciso estudar. Costumo dizer – e volto a enfatizar – sobre a necessidade de entender o mínimo (pelo menos os conceitos de rentabilidade, segurança e liquidez) antes de se tornar um investidor. Você não precisa ser um especialista, afinal, você pode deixar isso para seu consultor ou assessor de investimentos; mas entender o que será feito com o seu dinheiro é fundamental para manter uma relação saudável entre investidor e investimentos.

Contudo, meu assunto hoje vai para aqueles que buscam ir um pouco mais além em seus investimentos. Antes, um passo atrás: vale ressaltar a necessidade de uma carteira de investimentos diversificada, num primeiro momento, entre ativos de renda fixa e renda variável de acordo com o seu perfil. Este ponto é fundamental, pois será responsável pelo seu planejamento orçamentário; considerando reservas, caixa, e boas oportunidades de rentabilidade.

Dando prosseguimento ao plano de carteira, vamos destrinchar, agora, a necessidade de manter a estratégia de diversificação de ativos; contudo, considerando somente a alocação em renda variável: os investimentos na Bolsa de Valores. Existem duas formas de investir em ações: a primeira é optar por bons fundos de investimentos, optando por gestoras com bom histórico operacional e com taxas justas de acordo com o serviço oferecido (tema desta coluna da última sexta-feira, 15. Vale conferir se surgir o interesse); a segunda opção de investimento em ações é através do home broker de sua corretora e aqui começamos a elaborar nosso planejamento.

Voltando à lei máxima dos investidores – diversificação –, precisamos falar sobre a correlação de ativos, uma relação estatística para metrificar (variando de -1 a 1) a relação entre ativos. Já ouviu falar?

Esta correlação pode se dar de três maneiras distintas:

  • Correlação perfeitamente positiva (índice igual a 1)
  • Correlação negativa
  • Correlação positiva
  • Correlação perfeitamente negativa (índice igual a -1)

As correlações perfeitas são situações ideais e – praticamente – impossíveis de acontecer. Contudo vamos estudar as positivas e negativas para entendermos qual é a mais indicada para o seu portfólio de ações.

Basicamente, as correlações positivas se dão quando dois ativos (por haver relação estrita de mercado) fazem movimentos semelhantes entre valorizações e desvalorizações: como exercício, busque comparar os gráficos do barril de petróleo Brent e as ações de Petrobrás e verá a influência da cotação do barril de petróleo sobre uma empresa petrolífera. Por outro lado, há a correlação negativa quando dois ativos se movimentam de maneira graficamente opostas: também, como exercício, compare os gráficos de dólar e Ibovespa e repare um movimento espelhado entre os ativos; e faz sentido, afinal, quando o Ibovespa está em crescimento há uma tendência de valorização do real perante o dólar.

Não obstante, ao planejar uma carteira de investimentos é importante saber o que são as correlações de ativos, mas busque sempre alcançar a correlação negativa: isso lhe trará rentabilidade mais estável e menor impacto em momentos de crise. Busque essa correlação entre setores e ativos e sua carteira terá um bom planejamento de longo prazo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Prazos

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Para pensar:
"Se alguém quer transformar sonhos em realidade, primeiro precisa acordar.”
Corina Crawford

Para refletir:
“O culto dos heróis é mais forte onde a liberdade humana é menos respeitada.”
Herbert Spencer

Prazos

Para pensar:
"Se alguém quer transformar sonhos em realidade, primeiro precisa acordar.”
Corina Crawford

Para refletir:
“O culto dos heróis é mais forte onde a liberdade humana é menos respeitada.”
Herbert Spencer

Prazos

O leitor deve se lembrar que há pouco mais de uma semana registramos aqui que o juiz Fernando Luís Gonçalves de Moraes havia determinado prazo de dez dias para que a empresa que venceu a licitação para compra de 29 ventiladores pulmonares (respiradores) fizessem a entrega dos equipamentos à Prefeitura de Nova Friburgo.

E, bom, adivinhem só, esse prazo já se esgotou e nada dos respiradores chegarem.

E agora?

Cá entre nós, não chega a surpreender.

A logística envolvida é complexa, para dizer o mínimo, tanto mais diante da maneira como tais equipamentos têm sido disputados, no Brasil e no mundo.

Mas compromisso é compromisso, e determinação judicial precisa ser cumprida.

Nesse caso específico, inclusive, foi estabelecida uma pesada multa diária de R$ 50 mil até que a entrega seja feita.

E aí, a multa será aplicada?

Espaço aberto

A coluna pode confirmar que a Procuradoria-Geral do Município está mobilizada para amparar a Justiça em seu esforço por assegurar que o empenho por adquirir tais equipamentos não seja frustrado, e deixa aqui o espaço aberto a todos os envolvidos: PGM, o juiz Fernando Luís e também a empresa fornecedora, a fim de que a população tenha acesso a informações atuais e sob vários ângulos a respeito dessa situação que nos interessa tanto.

De novo?

E já que estamos falando sobre o enfrentamento à Covid-19, nos bastidores da política muita gente já aposta que a abertura do hospital de campanha ainda deve atrasar mais um pouco.

É esperar para ver.

Está funcionando?

E também se multiplicam os relatos vindos de dentro de hospitais em nossa cidade lançando dúvidas sobre a eficiência dos sistemas de isolamento que vêm sendo aplicados.

Novamente são depoimentos inconclusivos, uma vez que não dispomos de meios para confrontar tais alegações.

Mas, se a Secretaria de Saúde ou alguma unidade particular quiser se manifestar a respeito, parece oportuno detalhar as medidas que estão sendo tomadas para proteger pacientes com outras enfermidades.

Eleições

Além dos prazos para a entrega dos respiradores e para o início das atividades do hospital de campanha, outro prazo que tem sido questionado nos bastidores diz respeito à realização das eleições municipais, previstas para outubro deste ano.

Em entrevista recente, o ministro José Roberto Barroso, novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou considerar a hipótese de adiar a ida às urnas em um mês.

Cobertor curto

A situação naturalmente é delicada, pois gera impactos sobre etapas posteriores.

Nesse cenário hipotético o período de transição seria encurtado em um mês, com impactos fáceis de antever?

Ou o próprio mandato seria encurtado em alguns dias, para que tudo retorne ao normal no próximo ciclo?

Cobertor curto, frio intenso, escolhas difíceis.

Aspas

A esse respeito, o publicitário e escritor João Miras defendeu que “adiar as eleições municipais e dar mais tempo para que os que pleiteiam a representação (candidatos) se encontrem com os representados (eleitores), amalgamando a sagrada simbiose do compromisso, representa hoje, na verdade, um ato de respeito à democracia e às liberdades”.

Novos tempos

Cabe considerar, no entanto, que a internet e as redes sociais têm servido como notória plataforma de pré-campanha, com um novo perfil de vantagens e riscos à democracia.

Afinal, se a rede oferece maiores oportunidades de interação e contato com projetos de governo, e também reduz - ao menos em tese - a influência da compra direta de votos; por outro lado ela é território fértil para a disseminação de ações populistas/propagandistas e notícias falsas.

Tudo isso talvez deva ser levado em consideração antes que qualquer decisão a respeito dos prazos originalmente previstos seja tomada.

Argumentos (1)

A coluna falou ontem, 20,  sobre a derrubada do veto parcial do Executivo Municipal em relação à Lei de Transparência em relação às atividades levadas adiante durante o período excepcional do combate à Covid-19.

Pois bem, parece justo que registremos aqui que, de acordo com a Procuradoria-Geral do Município, o veto parcial foi enviado à Câmara de Vereadores por entender que, no artigo terceiro, a lei legisla sobre matéria que não é de sua competência, ou seja, que a lei criaria uma punição que a somente a União pode criar.

Argumentos (2)

Membro da Comissão de Constituição e Justiça, o vereador Zezinho do Caminhão discordou ao argumentar que “o citado artigo não gera disposição de cunho processual, eleitoral, ou sobre direitos políticos e cidadania e sim faz referência à aplicação do decreto federal que trata de infrações político-administrativas”.

O veto, como os leitores sabem, acabou sendo derrubado por 11 votos a 8.

Dia importante

A Câmara Municipal realiza uma importante sessão remota na manhã desta quinta-feira, 21, na qual deverá aprovar a proposição da mesa diretora a partir da qual “Fica instituído na Câmara Municipal de Nova Friburgo o Método de Deliberação Remota, permitindo, nas situações em que se exigir, a discussão e votação de matérias por meio digital”.

Na prática, tal medida permitirá a retomada das atividades de plenário, enquanto não for possível retomar as reuniões presenciais.

E, uma das primeiras pautas nessa fila, claro, é a apreciação das contas de 2018 da Prefeitura Municipal.

Requerimentos (1)

A ordem do dia traz ainda três requerimentos de informações.

O primeiro deles, apresentado pelo vereador Cascão do Povo, solicita “informações relativas à distribuição dos alimentos que estavam no estoque das unidades escolares da rede pública municipal”.

Requerimentos (2)

Já o segundo, protocolado por Joelson do Pote, requer “informações relativas às ações de fiscalização das aglomerações nos ônibus urbanos da empresa Faol”.

E, por último, o vereador Wellington Moreira reuniu perguntas “relativas ao pregão para contratação de serviços funerários”.

A sessão remota está prevista para começar às 9h.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Do cauim a aguardente - A vida cotidiana dos índios coroados e puris

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Habitavam a província fluminense nas regiões serrana e noroeste os índios das tribos Coroado e Puri. Vamos conhecer neste artigo algumas práticas culturais e a vida cotidiana dessas tribos sob o olhar de viajantes que tiveram contato com eles no século 19. São eles o mineralogista John Mawe, o botânico francês Auguste de Saint-Hilarie, o pintor francês Jean Baptiste Debret, o paleontólogo, médico, geólogo e zoólogo alemão Hermann Burmeister e o barão suíço Johann Von Tschudi.

Habitavam a província fluminense nas regiões serrana e noroeste os índios das tribos Coroado e Puri. Vamos conhecer neste artigo algumas práticas culturais e a vida cotidiana dessas tribos sob o olhar de viajantes que tiveram contato com eles no século 19. São eles o mineralogista John Mawe, o botânico francês Auguste de Saint-Hilarie, o pintor francês Jean Baptiste Debret, o paleontólogo, médico, geólogo e zoólogo alemão Hermann Burmeister e o barão suíço Johann Von Tschudi.

Na tribo, enquanto os homens se dedicam tão somente à caça e a pesca, as mulheres e filhos executam trabalhos domésticos como cuidar da pequena roça, da alimentação e da fabricação de vasilhas em cerâmica. Parece que herdamos do indígena o churrasco. Quando as mulheres da tribo recebiam a caça a limpavam, sapecavam e a cortavam em pedaços enfiados na ponta de pequenos espetos. Acendiam o fogo e colocavam os espetos por cima de um braseiro.

Em outra ocasião pegaram um boi a laço, cavaram a terra, fizeram um buraco enchendo-o de galhos e em seguida acenderam o fogo. Quando a madeira se transformava em carvão colocavam sobre o braseiro ardente o pedaço de carne envolvido na pele. Adicionavam mais galhos sobre a carne e ateavam fogo novamente. A carne cozida entre duas brasas conservava todo o sabor de seu suco. Notem que não faziam uso do sal e da pimenta. Existia uma operação que competia exclusivamente às mulheres. Tratava-se da mastigação de substâncias vegetais necessárias à composição das bebidas espirituosas, o cauim, licor com o qual se embebedavam nos seus divertimentos.

As mulheres reunidas dedicavam várias horas consecutivas à mastigação dos grãos de milho. Depois de triturados eram cuspidos dentro de um vasilhame. Esta pasta fermentava na água quente durante 12 a 16 horas. Após essa primeira fase de preparação era despejada em um grande recipiente para novamente fermentar, sendo misturada a uma maior quantidade de água igualmente quente. Durante essas duas operações agitava-se esse líquido com uma vareta. Esse licor espirituoso manipulado sem cessar sobre o fogo devia ser consumido ainda quente. A batata-doce e a mandioca podiam produzir o mesmo resultado. Porém, as mulheres preferiam o grão de milho por ser mais agradável para mastigação. Frutos como a ananás, o caju, entre outros, produziam pela maceração licores extremamente capitosos que os indígenas bebiam com paixão.

Todos os viajantes mencionavam o problema do alcoolismo entre os indígenas produzido pela aguardente, que tem teor alcoólico muito maior do que o cauim.  Os moços não bebiam, os de mais idade faziam-no com moderação e os mais velhos em excesso. Cada um comprava um copo de aguardente e fazia-o rodar de boca em boca até esvaziá-lo. Depois era a vez do outro.

Para se obter o favor de um índio ou mesmo remunerá-lo por um serviço prestado bastava presenteá-lo com algumas garrafas de aguardente. Normalmente quando se presenteava apenas um deles originava-se uma briga geral e o homem ou a mulher que pegava primeiro a garrafa bebia todo o seu conteúdo para não compartilhar com os demais. Dando-se preferência a um deles, os outros do grupo se tornavam insolentes e desenfreados até que obtivessem o mesmo favor. Quando embriagados ficavam agressivos “tornando-se repugnantes e animalescos”, sendo necessário prendê-los.

Os homens e as mulheres lançavam gritos agudos e os espectadores riam como se assistissem a um espetáculo engraçado. Os “negros” gostavam de incitar os índios a beberem ainda mais para divertirem-se com as cenas “de brutalidade animalesca”. Em seu estado inconsciente jaziam embriagados e sem sentido no chão. Ninguém se incomodava com essas cenas. Esse comportamento dos índios dava grande satisfação aos “pretos”, pois se sentiam superiores, assim como os brancos se acham superiores em relação à eles, observou Burmeister.

Para satisfazerem a paixão que tinham pela aguardente trabalhavam nas habitações portuguesas; porém, mal possuíam com que embebedar-se, entregavam-se a indolência. Cenas de decadência dos indígenas como essas descritas pelos viajantes, não contextualizam que a degradação desses povos tinham origem na usurpação de suas terras coletivas por posseiros fazendo uso da violência e pela política de miscigenação incentivada pelo governo.

No próximo mês, vamos conhecer os traços físicos dos índios coroados e puris, sobre suas choças, a moral e o matrimônio nessas tribos. 

  • Foto da galeria

    Homens brancos chegam a tribo dos Puri, presenteando-os com aguardente

  • Foto da galeria

    Litografia dos índios Coroados

  • Foto da galeria

    Preparação do Cauim pelos Coroados

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Seu sistema nervoso e a ansiedade

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Sob o ponto de vista funcional, o sistema nervoso é dividido em somático e visceral. Na parte visceral existe o sistema nervoso autônomo o qual se subdivide em dois: simpático e parassimpático. Este sistema nervoso autônomo é responsável pelas ações espontâneas em nosso corpo, aquilo que você não precisa controlar, como a respiração, os batimentos do coração, a digestão, o controle da temperatura do corpo, entre outras.

O sistema nervoso simpático é responsável pelas alterações no organismo diante de eventos de estresse ou emergenciais. É ele que prepara a pessoa para o estado de alerta, no qual todo o organismo se prepara para lutar ou fugir. Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático é o que atua para fazer o organismo voltar ao estado de serenidade que havia antes da situação estressante ocorrer.

Quando há uma situação de emergência, por exemplo, um cachorro bravo vem em sua direção na rua, o sistema nervoso simpático entra em ação para produzir reações em seu corpo a fim de preparar você para lidar com o problema. Daí poderá ocorrer a liberação de cortisona e adrenalina que aumentam os batimentos do coração e a pressão arterial, causa a contração da musculatura, dilatação da pupila, aumento da frequência respiratória, e outras reações.

Depois que você enfrentou o problema emergencial, o sistema nervoso parassimpático, entre outras funções, faz com que os batimentos cardíacos voltem ao normal, a pressão fica em níveis normais, diminuindo a produção de adrenalina, cortisol e glicose, entre outras funções.

Nosso corpo tende a interpretar sinais de estresse como um motivo para ativar o sistema simpático, mesmo que seja algo imaginário, como um medo exagerado, porque ele não sabe distinguir o que é real do que é imaginário, como o caso de uma pessoa muito ansiosa, que se preocupa demais com pagar contas atrasadas, que tem muito estresse conjugal ou no trabalho. Pessoas com vida muito agitada, correria, engarrafamento, consumo de cafeína, prazos curtos demais para realizar um trabalho, isto e muito mais ativa o sistema simpático.

Fatores que ajudam a ativar o sistema parassimpático e, portanto, reduzir o estresse e o impacto dele sobre nosso corpo, incluem: meditação em temas que acalmam, orações espontâneas feitas com fé, massagem, convívio com a natureza, respiração profunda e lenta, brincar com crianças e com animais e a prática de atividades físicas não competitivas.

Na página 81 do livro “Fé – Evidências Científicas”, de George E. Vaillant, psiquiatra de Harvard, explica: “A confiança e a segurança, como as demais emoções positivas, estimulam o nosso sistema nervoso parassimpático, não o simpático. O sistema nervoso simpático é catabólico: a reação de luta ou fuga esgota as reservas do organismo. O sistema nervoso parassimpático é anabólico: fé, esperança e aconchego contribuem para aumentar as reservas do organismo.” (Editora Manole, 2010, itálico do autor).

Assim, o desafio para a redução da ansiedade excessiva, que dispara o sistema simpático e gera vários sintomas em nosso corpo, tem que ver, sob o ponto de vista emocional, com o cultivo de sentimentos de confiança, esperança, fé, aproximação afetiva que gera aconchego. Isto pode ser feito, por exemplo, com oração, crença num Deus criador e bondoso que fornece proteção, leitura e meditação em textos religiosos como a Bíblia, e focar a mente naquilo que promove esperança. Tudo isso pode reduzir a ansiedade para níveis normais.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Retomando

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Para pensar:
"Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber.”
Confúcio

Para refletir:
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.”
Leonardo da Vinci

Retomando

Para pensar:
"Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber.”
Confúcio

Para refletir:
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.”
Leonardo da Vinci

Retomando

A Câmara Municipal realizou mais uma sessão remota nesta terça-feira, 19, para deliberar a respeito de assuntos relacionados ao enfrentamento da pandemia.

Como tem sido hábito, o plenário aprovou quase todas as medidas em votação.

Do gabinete do vereador Wellington Moreira veio um requerimento de informações  questionando os critérios para distribuição de cestas básicas em substituição à merenda escolar.

Requerimentos

O vereador Johnny Maycon, por sua vez, trouxe perguntas ‘relativas aos gêneros alimentícios, materiais de higiene e limpeza (Pnae e Pnate) da Secretaria Municipal de Educação neste período de pandemia.

Ambos os requerimentos foram aprovados.

Veto

O plenário também apreciou o veto parcial do Executivo à lei municipal 4.733, que “estabelece obrigatoriedade ao Poder Executivo de divulgar no Portal da Transparência as informações relacionadas às contratações formalizadas para o combate à Covid-19”.

E, mantendo uma linha que marcou o atual mandato, novamente derrubou o veto do Palácio Barão de Nova Friburgo a uma proposta nascida na Câmara, ainda que o placar tenha sido apertado: 11 votos a favor da derrubada, e oito contrários.

Lista

Votaram pela derrubada do veto os vereadores Joelson do Pote, Professor Pierre, Nazareth Catharina, Luis Fernando, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Marcinho Alves, Norival, Wellington Moreira, Cascão e Isaque Demani.

Votaram de forma favorável ao veto os vereadores Alcir Fonseca, Marcio Damazio, Vanderléia Abrace essa Ideia, Carlinhos do Kiko, Jânio Carvalho, Christiano Huguenin, Luiz Carlos Neves e Nami Nassif.

A coluna, claro, apoia toda e qualquer ação em favor da transparência, e vê com bons olhos a derrubada do veto.

Indicações

Também foram apresentadas duas indicações legislativas.

O vereador Isaque Demani solicitou ao Executivo a elaboração de um projeto de lei “que crie a gratificação extraordinária aos servidores da Guarda Civil Municipal de Nova Friburgo”, ao passo que o vereador Zezinho do Caminhão solicitou projeto de lei “que institua o auxílio pecuniário para costureiras e funcionários comprovadamente demitidos do setor de confecções de Nova Friburgo, em decorrência da situação de emergência face à pandemia”.

Ambas foram aprovadas.

Agora vai?

A deliberação mais importante no entanto, ficou para a semana que vem.

Afinal, na reunião desta terça-feira a Câmara decidiu que, com o sistema de reuniões remotas já devidamente testado e aprovado, é chegada a hora de ampliar a gama de votações e não mais se restringir a temas relacionados à Covid-19.

A nova regulamentação deve ser apreciada nos próximos dias e, entre outras implicações, a mudança deve permitir que as contas da prefeitura referentes ao exercício de 2018 finalmente sejam apreciadas.

Demanda represada

O projeto de mudança foi proposto pela mesa diretora, composta pelos vereadores Alexandre Cruz (presidente / Partido Cidadania), Marcio Damazio (primeiro vice-presidente / Cidadania), Wellington Moreira (segundo vice-presidente / PSL), Professor Pierre (primeiro secretário / PSB) e Carlinhos do Kiko (segundo secretário / Pros).

A próxima sessão virtual está marcada para iniciar às 9h de quinta-feira, 21.

Oportunidade

O secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Marcelo Verly, informa a respeito da realização, entre os próximos dias 22 e 24, do Hacking Help, primeiro hakcathon online do Hacking Rio, em busca de soluções que minimizem os efeitos da Covid-19.

As inscrições são gratuitas, e os grupos podem ter de três a cinco participantes.

As verticais disponíveis são Saúde, Educação Logística, Empregabilidade, Assistência Social, Cooperativismo, e as atividades se darão ao longo de uma maratona de 42 horas.

Ao fim, um prêmio de R$ 30 mil será distribuído entre os vencedores.

Mais informações podem ser obtidas na página http://hackingrio.com/hackinghelp .

Muito justo

O amigo Girlan Guilland levantou uma bandeira muito oportuna, que já tem o apoio deste espaço e parece contar também com o apoio do prefeito Renato Bravo, ainda que, em última análise, o martelo tenha de ser batido pelo Palácio Guanabara.

A proposta é que o hospital de campanha, tão logo inicie seu funcionamento, receba o nome da enfermeira Teresa Cristina Miranda, que infelizmente foi vítima da Covid-19 tendo cumprido seu juramento até o fim.

Certamente não há gratidão que faça justiça ao sacrifício destes profissionais. Mas, ainda assim, a homenagem parece muito justa.

Desafio

Em tempos de quarentena, nossa magnífica Regina Lo Bianco nos brinda com uma série diferente de desafios.

A Cruz Vermelha teve a brilhante ideia de colocar máscaras em alguns dos monumentos de nosso patrimônio público, e Regininha tratou de fazer lindas imagens que hão de eternizar para as futuras gerações um pouco do que estamos vivendo nesses dias tão atípicos.

E então, alguém consegue identificar quem está por trás da máscara?

Foto da galeria
Desafio (Foto: Regina Lo Bianco)
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mais 1 à venda

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Está à venda o imóvel que abrigou por muitos anos a casa noturna Mais 1. Antes, foi uma casa de bingo, quando o jogo ainda era permitido no Brasil. O imóvel, em frente à antiga rodoviária urbana, pode ser adquirido pela bagatela de R$ 22 milhões. Além da loja, estão inclusos a sobreloja e o estacionamento que tem acesso para a Avenida José Ruiz Boléia, perímetro urbano da RJ-116.

Sonho de bingo

Está à venda o imóvel que abrigou por muitos anos a casa noturna Mais 1. Antes, foi uma casa de bingo, quando o jogo ainda era permitido no Brasil. O imóvel, em frente à antiga rodoviária urbana, pode ser adquirido pela bagatela de R$ 22 milhões. Além da loja, estão inclusos a sobreloja e o estacionamento que tem acesso para a Avenida José Ruiz Boléia, perímetro urbano da RJ-116.

Sonho de bingo

Segundo o anúncio de venda são 800 metros quadrados de loja, 250 metros de sobreloja e mais 800 metros de estacionamento. Não dá para não associar o espaço a dois tipos de negócios já experimentados: casa de eventos ou bingo/cassino. O primeiro, obteve sucesso por um tempo, mas tem altos custos de manutenção e necessita de alto fluxo de pessoas, especialmente jovens.

Decisão federal

Já bingo ou cassino depende de aprovação do Congresso e sanção presidencial. Especula-se que um dos sonhos era retomar o negócio dos jogos, principalmente depois dessa discussão ter aflorado em 2014, após a proibição em 2000. Esperava-se que ganhasse mais força sob o novo parlamento e o novo Governo Federal há quase dois anos.

Economia X evangélicos

Mas as expectativas vêm sendo sucessivamente frustradas. O lobby é grande das duas partes. A favor estão associações, o mercado estrangeiro e no Congresso, o Centrão. Contra está a bancada evangélica que tem forte influência sobre o presidente Bolsonaro. Então candidato, Bolsonaro disse que era contra a legalização de bingos e cassinos, mas que estava aberto ao diálogo.

Discussão em suspenso

Antes da pandemia, houve um ensaio para que a discussão voltasse com tudo. Mas por conta da prioridade em matérias de socorro aos estados e municípios com as medidas econômicas, a discussão foi para segundo plano, ainda que tenha parlamentares que argumentam que é oportuna, pois poderá injetar bilhões na economia, gerando empregos no cenário pós-pandêmico.

Casa noturna, cassino ou igreja

Nesse contexto nacional, a notícia de venda do espaço da Mais 1, que já foi casa de bingo, tem sua ironia. No fogo cruzado, nada surpreenderia se o imenso espaço caísse exatamente nas mãos de quem não é muito favorável às farras noturnas e muito menos aos jogos: uma das igrejas evangélicas que arrecadam recursos com programas televisivos. Afinal, quem teria dinheiro dessa ordem para adquirir o espaço?

Empreendedorismo digital

Um grupo de friburguenses está prestes a lançar uma plataforma digital de liquidação para o comércio local. Fazem parte da criação da ferramenta Fábio Luís Oliveira, José Manoel Pereira e Edson Almeida (Biá). A ideia é ajudar e promover os empreendedores locais com um shopping virtual, onde várias lojas vão se reunir em um só lugar.

Liquidação

O lançamento contará com lojas do comércio de Nova Friburgo incluindo as que estavam programadas para participar da edição presencial da Feira de Promoção de Nova Friburgo (Fepro). Com a proibição de eventos e aglomerações, a Fepro será virtual. O lançamento da plataforma LiquiAqui está prevista para os próximos dias e tem ao apoio da Associação Comercial de Nova Friburgo (Acianf).

Palavreando

“O jornalismo é mais que um ofício. Se engana quem acredita que a frieza seja requisito para a profissão. O jornalismo exige, acima de tudo, sensibilidade. O jornalista não é e não pode ser um mero relator de acontecimentos”.

 

 

 

Foto da galeria
Que o sol ilumine mais do que nossas montanhas, mas as mentes e corações friburguenses para novos tempos
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.