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Nova decepção

terça-feira, 14 de abril de 2020

Para pensar:

“As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia.”

Jorge Luís Borges

Para refletir:

“A esperança não será a prova de um sentido oculto da existência, uma coisa que merece que se lute por ela?”

Ernesto Sábato

Nova decepção

Para pensar:

“As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia.”

Jorge Luís Borges

Para refletir:

“A esperança não será a prova de um sentido oculto da existência, uma coisa que merece que se lute por ela?”

Ernesto Sábato

Nova decepção

Na semana passada a coluna dividiu com os leitores a forma como diversas vezes, nos bastidores da política, manifestou o quanto estaria disposta a elogiar o governo municipal caso o Palácio Barão de Nova Friburgo optasse por utilizar parte dos R$ 18 milhões recebidos do governo estadual para a quitação das rescisões dos ex-funcionários da UPA de Conselheiro Paulino.

E, talvez de forma ingênua, o colunista chegou mesmo a acreditar que isso aconteceria, a partir dos esforços levados adiante por alguns profissionais do corpo técnico municipal.

Triste

Em vez disso, vejam só, temos hoje o dever de informar que o Ministério Público do Trabalho (MPT) teve de instaurar inquérito civil para apurar o procedimento efetivamente adotado, uma vez que a Prefeitura de Nova Friburgo fez o pagamento ao Instituto Unir e agora os ex-funcionários têm sido confrontado com “propostas” ultrajantes, que giram em torno de 50% do valor que seria devido a cada profissional.

A decepção deste que vos escreve para com o atual governo municipal continua a se aprofundar, mesmo quando isso já não parecia ser possível.

Atuação necessária

A coluna já levantou muitas informações a este respeito, e chegou a manifestar publicamente o entendimento de que o Ministério Público do Trabalho deveria ser provocado em relação ao caso.

De fato, a apreciação prévia assinada no último dia 7 pelo procurador do Trabalho, Leandro Moreira Batista, aponta que “inegavelmente o elemento denunciado enseja a atuação do Ministério Público do Trabalho, uma vez que o presente caso envolve, em tese, violação a direitos mínimos da sociedade”.

Determinações

Além da instauração do procedimento investigatório na forma de inquérito civil, o procurador também determina que “inclua-se o Município de Nova Friburgo no polo passivo do inquérito civil”; que “expeça-se ofício à investigada Unir Saúde, (...) a fim de que se manifeste sobre os fatos narrados em dez dias”;  que “intime-se o procurador do Município (...) e a Controladora do Município, (...) com cópia do presente despacho, bem como da NF, (...) para que busquem apurar os fatos narrados, com a máxima urgência, ante a responsabilidade subsidiária do município, no prazo de dez dias”.

Aviso

A peça acrescenta ainda que a manifestação deve ser remetida “com os documentos, à assessoria, para análise. Não atendido, considerarei o desinteresse da inquirida a solucionar de forma extrajudicial a demanda e iniciarei o aprofundamento da investigação para o fim de se for o caso, proceder à necessária responsabilização judicial”.

Desnecessário

Cá entre nós, num momento em que o MPT já vem sendo demandado para uma infinidade de questões, parece um absurdo que toda essa situação não tenha sido evitada por quem tinha poder para fazê-lo.

É muito triste não poder contar com muitos daqueles que, em tese, deveriam representar os interesses da população.

Problema crescendo

A coluna não se furta a cobrar ou questionar o que entende não ser correto, e o transporte coletivo não é exceção à regra.

Todavia, com a mesma franqueza com que eventualmente manifesta opiniões sobre medidas relacionadas a este tópico, a coluna agora chama atenção para a crescente prática das chamadas “lotadas” em nossa cidade, amparada por fartos registros sobre horários, locais e mesmo de veículos envolvidos na prática.

Nocivo

Existem várias abordagens possíveis sobre o assunto, e todas elas nocivas quando se considera o quadro completo.

Poderíamos, por exemplo, falar sobre a (falta de) segurança de circular num carro cheio e de alta rotatividade, que muito dificilmente estará sendo submetido aos processos de higienização dispensados aos ônibus, por exemplo.

Ou poderíamos falar sobre os impactos sobre os serviços regularizados, e as consequências previsíveis para quem teimosamente segue jogando pelas regras.

Respeito às regras

Por qualquer ângulo que se encare, a prática precisa ser combatida.

Se existe insatisfação em relação ao transporte coletivo, é apenas agindo de forma correta que podemos preservar a estrutura existente e cobrar com o máximo de respaldo ações que promovam as melhorias desejadas e necessárias.

Seguir por atalhos, aqui ou em qualquer seara, serve apenas para aumentar os problemas, e é o próprio cerne daquilo que historicamente mantém o Brasil tão distante daquilo que poderia ser.

Arte necessária

A Fundação Cultural Ormeo Junqueira Botelho, através da Usina Cultural Energisa Nova Friburgo, vem fazendo um convite a todos os artistas nesse período de quarentena: gravar um vídeo na horizontal contando o que estão fazendo para se divulgar ou trabalhando em projetos.

O conteúdo será publicado na página do Facebook da Usina Cultural (https://www.facebook.com/usinaculturalfriburgo), que em junho completa 19 anos.

Vai passar

Segundo a coordenadora do espaço, Elizabeth Maldonado, "em breve haverá uma grande festa para comemorar a vida, porque isso tudo vai passar".

Outras informações podem ser obtidas pelo WhatsApp 22-98146-2493.

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Nesta Páscoa

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Sentimento urgente

                                              Clarice Linspector

Saudade é um pouco como fome
Só passa quando se come a presença
Mas, às vezes, a saudade é tão
profunda que a presença é pouco
Quer-se absorver a outra pessoa toda
Essa vontade de um ser o outro para
uma unificação inteira
É um dos sentimentos mais
urgentes que a vida tem

 

Sentimento urgente

                                              Clarice Linspector

Saudade é um pouco como fome
Só passa quando se come a presença
Mas, às vezes, a saudade é tão
profunda que a presença é pouco
Quer-se absorver a outra pessoa toda
Essa vontade de um ser o outro para
uma unificação inteira
É um dos sentimentos mais
urgentes que a vida tem

 

Escrevo esta coluna no domingo de Páscoa, inspirada pela poesia de Clarice, a sábia escritora nossa, brasileira. A saudade sobrevoa este dia, marcado pelo isolamento que abraça nossos sentimentos.

O Covid 19 está mudando o mundo, reafirmando o movimento da vida que vai se fazendo e refazendo ao acontecer, se esperado ou não. O acontecer desta Páscoa foi inesperado e exigiu o distanciamento entre pessoas como forma de preservar a vida e como expressão do desejo que o outro sobreviva ao Corona vírus, esta terrível ameaça viral. Ah, como este sentimento diferente nos invadiu ante a impossibilidade de participar daqueles momentos de encontro presenciais entre familiares e amigos, característicos desta época do ano. A distância se tornou a possibilidade de amar e respeitar.

Mas não deixou de haver a aproximação virtual entre as pessoas, tão afetiva, quanto a presencial. Se, ao mesmo tempo, o sentimento de tristeza e vazio tomou conta de nós, a sensação de enternecimento preencheu a ausência, através das mensagens e conversas.

O prazer de saborear o chocolate não foi maior do que a responsabilidade de preservar a saúde. Amanhecemos neste domingo de Páscoa, pensando em todos que não estão presentes e tudo o que vivenciarmos terá o sabor da falta.

Sei que esta coluna está triste. Mas faço questão de terminá-la com um toque de esperança, acenando a bandeira branca e orando o Pai Nosso, traduzido do aramaico, que está escrito numa pedra de mármore branca, no Monte das Oliveiras, em Jerusalém.

 

Pai-Mãe, respiração da vida,
Fonte do som, ação sem palavras, Criador do Cosmos!
Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós
Para que possamos torná-la útil.

Ajude-nos a seguir nosso caminho,
Respirando apenas o sentimento que emana do Senhor...

... Nosso Eu, no mesmo passo, possa estar com o Seu
Para que caminhemos como Reis e Rainhas
Com todas as outras criaturas.
Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz,
Assim como em todas as formas, em toda existência individual,
Assim como em todas as comunidades...

... Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós,
Pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo.
Não permita que a superficialidade
E a aparência das coisas nos iluda,
E nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento...

... Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento
De que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo,
A canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo
embeleza.

Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

Que assim seja

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Poeminha sobre esses dias

sábado, 11 de abril de 2020

Esses dias de pandemia
Nos vacinam de empatia,
Pois só a empatia pode nos salvar.
Mesmo quando a pandemia passar
(e há de passar),
Nos sobrará a empatia,
Para a empatia imperar.
Empatia pelo dia a dia,
Já que passamos por cada dia
Sem glorificar:
O irmão,
O aperto de mão,
O coração noutro coração,
O prazer de trabalhar.

Esses dias de pandemia
Nos vacinam de empatia,
Pois só a empatia pode nos salvar.
Mesmo quando a pandemia passar
(e há de passar),
Nos sobrará a empatia,
Para a empatia imperar.
Empatia pelo dia a dia,
Já que passamos por cada dia
Sem glorificar:
O irmão,
O aperto de mão,
O coração noutro coração,
O prazer de trabalhar.

Tanta falta faz essa paz das multidões.
Mais paz nos traz saber que esse momento...
Não é em vão.
A terra,
Esse grande organismo vivo,
Está nos chamando a atenção!
Aceite a convocação!
Esses dias,
De oração em oração,
Nos levarão a novo dia,
De harmonia
Propulsão a elevação.

Retração?
E-vo-lu-ção!

Não estamos sós
E nenhum de nós
Pode fugir da missão.
Coragem para se desfazer dessa miragem
Em que a imagem é a desigualdade,
E, será realidade,
Se invocada a nossa humanidade,
Para a existência da tal sustentabilidade
Que há de nos salvar.

Que esses dias de ruas vazias
Cheias de saudades das ruas cheias,
Nos injete nas veias
O antídoto que se anseias
Desde nossos mais remotos ancestrais:
O amor e só o amor
Pode cessar essa dor
De não sermos considerados como iguais.

Empatia, empatia e empatia
Para esse dia que há de surgir desses dias,
Para ir além, muito além desses dias
De despedidas doídas,
Saudades sadias,
Pandemia...
Depois desses dias
Que vigore a alegria
E o comprometimento de nos amarmos mais. 

 

Foto da galeria
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Momento perigoso

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Para pensar:
“Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, Páscoa é amor.” (Albert Einstein)

Para refletir:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Jesus Cristo)

Momento perigoso

Para pensar:
“Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé. A Páscoa ou Pessach é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, Páscoa é amor.” (Albert Einstein)

Para refletir:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Jesus Cristo)

Momento perigoso

No momento em que essas linhas estavam sendo escritas - e a tendência é que, infelizmente, essa informação não tarde a ficar desatualizada - havia 13 casos confirmados de Covid-19 em Nova Friburgo, representando um aumento de quase 86% em relação ao boletim anterior.

E não faltam indícios de que este quadro esteja subnotificado.

Chocolate amargo

Também enquanto essas linhas estavam sendo escritas, grande número de pessoas formavam longas filas em vários pontos da cidade, para comprar… chocolates!

Em Olaria as aglomerações que se formaram foram especialmente chocantes.

(Pausa para respirar)

E aí, o que dizer diante disso? 

Bom senso

Amigos, olha só, é compreensível que uma tradição tão consolidada - por mais comercial que seja - desperte em todos o desejo de celebrar de alguma forma, de não deixar passar em branco, de fazer um agrado a pessoas queridas e, vá lá, ajudar também a preservar empregos de uma indústria milionária, num momento em que preservar empregos é o que de mais importante e efetivo podemos fazer por nossa economia.

No entanto, há que se ter bom senso!

Sem pressa

Se, para comprar um ovo ou uma caixa de bombons, for preciso expor a si mesmo e a tantos outros a riscos evitáveis, num momento em que tantos estão fazendo sacrifícios pesadíssimos pela segurança coletiva, então, perdoem este colunista, que o chocolate seja comprado depois, em outra oportunidade.

O carinho e os efeitos serão os mesmos, e certamente pessoas amadas vão preferir que você esteja com saúde e possa distribuir chocolates por muitos anos no futuro.

Plantar e colher

A partir de tudo o que se passou ao longo desta semana, incluindo aí a multidão nos bancos no 5º dia útil do mês, o colunista teme pelo cenário que poderemos estar enfrentando daqui a dez dias, ou um pouco mais.

Gente, ninguém disse que o isolamento seria fácil.

Consequências econômicas, emocionais e sabe-se lá quais outras certamente viriam.

Está pesado para todos, mas há que se ter a maturidade para compreender que relaxar agora é afundar cada vez mais no problema…

Caso a caso

Bom, em meio a tudo isso, nossa prefeitura publicou mais alguns decretos, que merecem ser vistos caso a caso.

Começando pelo decreto 533, é justo dizer que no papel ele parece interessante, uma vez que autoriza o funcionamento reduzido de empresas industriais de Nova Friburgo que se disponham a fabricar “insumos, matérias-primas, equipamentos de proteção individual (EPIs) e máscaras de barreira, visando à prevenção e combate ao novo coronavírus”.

Beleza real?

De fato, temos por aqui um polo industrial pronto, de qualidade, e com capacidade produtiva para atender a uma carência nacional e ainda lucrar com isso.

Em teoria, o funcionamento restrito, controlado e direcionado de tais empresas talvez pudesse acumular saldo positivo, pesando-se todos os prós e contras envolvidos.

Mas, será que a realidade vai ser - ou já está sendo - assim tão bonita?

Porque a coluna não para de receber relatos sobre empresas friburguenses funcionando já há vários dias, em situações quase que normais.

Gratuidade restrita

O decreto 530, por sua vez, determinou “a suspensão, em caráter excepcional e pelo prazo de 90 dias, do direito de uso à gratuidade nos ônibus pelos idosos, especificamente, em todos os dias da semana e nos horários das 6h às 9h e das 16h às 20h”.

“Também fica limitado, em caráter excepcional e no prazo de 90 dias, o direito de uso da gratuidade pelos idosos à duas passagens diárias, ou seja, ida e volta, considerando a integração.”

Tudo, claro, a título de proteção aos idosos.

Déjà vu

O leitor deve recordar, no entanto, que iniciativas de natureza similar já foram propostas no passado com vistas a promover o reequilíbrio econômico da concessão, de tal modo que, especialmente nesse tempo pascal, a justificativa apresentada pela Prefeitura inevitavelmente faz lembrar um comunicado de uma fabricante de chocolates que justificou o encolhimento de seus produtos argumentando que “o controle de porções, praticado também pelas concorrentes, é uma maneira de incentivar a ingestão de menos calorias”.

E você aí pensando que era para levar menos pelo mesmo preço… Tsc, tsc, tsc.

Relembrando

Não custa repetir que ninguém aqui é contra a proteção aos idosos (muito ao contrário), nem tampouco o equilíbrio econômico do serviço de concessão.

Apenas não dá para ignorar que o contexto criado pela própria gestão municipal ao longo dos últimos anos não lhe dá a credibilidade necessária para convencer muita gente com esse discurso.

Apurações iniciais, inclusive, sugerem que haverá reações a este decreto.

Proteção?

Ainda a esse respeito parece pertinente observar que o decreto 531, que estabeleceu facultativo o ponto nas repartições públicas municipais na quinta-feira, 9, exceto naquelas cujo expediente seja considerado indispensável, foi publicado apenas na noite do dia anterior.

Ora, será que isso parece razoável para algum dos leitores?

Teria sido tão difícil assim publicar com um mínimo de antecedência?

Água

Mas, vamos lá, também há boas notícias.

Afinal de contas, o decreto 529 reconhece que os serviços de tratamento e fornecimento de água potável estão vinculados à saúde pública, e determina a proibição por 60 dias da interrupção da prestação do serviço em caso de inadimplência, garantindo ainda a suspensão da inclusão dos usuários nos cadastros restritivos de créditos.

Terminadas as restrições, antes de proceder a interrupção do serviço em razão da inadimplência anterior a março de 2020, a concessionária Águas de Nova Friburgo também deverá possibilitar o parcelamento do débito pelo consumidor.

Prazos

Também ficam prorrogadas por 30 dias as obrigações de pagamento das contas de água dos usurários que sejam cadastrados com as tarifas sociais, além de comerciantes, estabelecimentos de serviços e indústrias que estejam na faixa de consumo igual, ou menor, que a mínima da sua categoria, considerando a média aferida nos últimos 60 dias anteriores a edição do decreto.

Recomendações

No decreto, o prefeito Renato Bravo também recomenda que as concessionárias de energia elétrica e a de fornecimento de gás, atuem da mesma forma no sentido de não interromper os serviços essenciais de sua competência durante esse período.

Algumas dessas medidas trazem semelhanças com sugestões que haviam sido apresentadas anteriormente pelo vereador Isaque Demani.

Calendário fiscal (1)

Por fim, o decreto 532 alterou o calendário fiscal do exercício de 2020 do município.

Agora, a segunda, terceira e quarta cotas de tributos municipais, como o IPTU e o ISS  passam a ter vencimentos até 10 de setembro, 10 de outubro e 10 de novembro, respectivamente. Já a terceira e quarta cotas terão vencimento em 28 de novembro e 28 de dezembro, respectivamente.

Calendário fiscal (2)

O recolhimento mensal do ISSQN, calculado sobre o movimento econômico das competências de março, abril e maio deverá ser quitado, respectivamente, em 20 de julho, 20 de agosto e 21 de setembro. Já a segunda, terceira e quarta cotas passam a ter vencimento em 30 de setembro, 30 de outubro e 30 de novembro. Enquanto a quarta e quinta cotas terão vencimento em 28 de novembro e 28 de dezembro.

Calendário fiscal (3)

As datas de pagamento previstas para o segundo, terceiro e quarto trimestres passam a ter o vencimento em 20 de outubro, 20 de novembro e 20 de dezembro. Já os parcelamentos referentes à dívida ativa, administrativa ou judicial, cujos vencimentos se operem em abril, maio, junho e julho, passam a ter o vencimento, respectivamente, em setembro, outubro, novembro e dezembro.

Feliz Páscoa!

O que temos diante de nós, neste momento, é uma oportunidade preciosa de vivermos a essência da Páscoa, cuja mensagem há de ser benéfica e proveitosa a qualquer pessoa que esteja aberta ao crescimento pessoal, independente de professar qualquer fé.

Aos amigos que dão sustentação a este espaço, a coluna agradece pela parceria e deseja que possamos nos encontrar novamente por aqui ao longo das próximas semanas, com saúde, unidos, e mais focados no que é essencial.

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Cartilha para confecção de máscaras

sexta-feira, 10 de abril de 2020

O Centro de Formação Profissional (Cevest) de Nova Friburgo lançou uma ficha técnica para a produção de máscaras por confecções ou mesmo em casa, especialmente pelas faccionistas. A cartilha conta com um molde e as recomendações para a eficiência da máscara.

Insumos sugeridos

O Centro de Formação Profissional (Cevest) de Nova Friburgo lançou uma ficha técnica para a produção de máscaras por confecções ou mesmo em casa, especialmente pelas faccionistas. A cartilha conta com um molde e as recomendações para a eficiência da máscara.

Insumos sugeridos

Com sete páginas, o trabalho assinado por Higor Linhares, Monique Breder e Ana Cristina de Carvalho sugere ainda o material a ser usado: tricoline 96% algodão, cotton a partir de 85% de algodão ou microfibra ou suplex a partir de 170/mg. O Cevest motiva a quem produz ou quer produzir que sejam enviados protótipos à unidade para que sejam feitos testes de sua eficácia. A ficha está disponível na internet.

Mudanças repentinas

Muito debate tem sido feito acerca da produção de máscaras. É sempre bom ressaltar que a Anvisa tem mudado quase que diariamente as normas para produção de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) de acordo com a demanda por conta do coronavírus.

Fique atento

Para evitar ilegalidades, reforça-se que a confecção de máscaras cirúrgicas, as usadas pelos profissionais nas unidades hospitalares, requer uma série de atributos na sua produção, dos materiais utilizados à sua forma de fabricação. O que se tem motivado a produzir aqui, são as máscaras domiciliares ou comerciais, que ainda que menos eficazes, protegem em maior ou menor grau, de acordo com a sua técnica.

TNT odontológico

A mais indicada é a de pano duplo TNT, com filtro e molde para se adaptar ao rosto. E não é qualquer um, preferencialmente o popularmente conhecido como TNT odontológico. No entanto, a dificuldade em se encontrar o insumo no mercado, faz com que as de outros materiais também sejam fundamentais no combate a propagação da pandemia.

Debate desnecessário

A comercialização ou doação dessas máscaras auxilia, inclusive as unidades hospitalares. Porque faz com que as máscaras cirúrgicas sobrem para quem mais necessita. O que se observou é que as máscaras cirúrgicas sumiram por conta da alta procura. Levando a uma escassez onde mais se precisava.

É possível

Há quem acredite que a falta das máscaras cirúrgicas leve a uma liberação da Anvisa da compra das máscaras comuns para as unidades hospitalares. Até o fechamento desta edição não havia nenhuma determinação nesse sentido.

Comparação para entender

Para os que são contra o uso de máscaras e pregam que de nada serve, a melhor explicação veio de um infectologista numa comparação com DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Sem o uso do preservativo você está em alto risco. Com as máscaras, mais ou menos eficientes, você diminui o risco de contaminação. 

Pesquisas

Com 79% da população contra o retorno das atividades em Nova Friburgo, de acordo com pesquisa virtual da Associação Comercial (Acianf), como explicar o tanto de gente nas ruas da cidade? Ou são os 21% que discordam ou tem muitos entre os 79% que, apesar de concordarem com o isolamento horizontal, estão nas aglomerações.

Média nacional

Ainda que não tenha base científica para expressar a real opinião dos friburguenses, a pesquisa amplamente divulgada e noticiada aqui também em A VOZ DA SERRA, está em patamares semelhantes às pesquisas realizadas por institutos a nível nacional. O que demonstra que a opinião friburguense está numa média nacional. Será que também para outros temas? Arrisco dizer que bem próximo.

Previsível

Fato é que a primeira semana do mês já previa um aumento de pessoas nas ruas. Salários sendo pagos, boletos vencendo. Naturalmente, aposentados indo aos caixas bancários, sem contar a Páscoa. Previsível, mas mesmo assim o poder público não previu e agiu a reboque.

Antes tarde do que nunca

Fato também é que após o assustador número de aglomerações houve uma ação conjunta efetiva entre prefeitura, polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros para conscientizar e orientar as pessoas da importância de estar em casa. Justiça seja feita, os órgãos estaduais já trabalhavam nesse sentido. Mas com a prefeitura, a força-tarefa fica mais abrangente.

Números

Fato também é que as pessoas ainda não se atentaram que os números agora divulgados de casos de Covid-19 refletem o contágio de duas semanas atrás. Fora a subnotificação. E assim, permanecerá sendo. Não há dados em tempo real, o que dificulta entendimento e até ação pública mais assertiva.

O clamor

Enquanto não houver testes rápidos e em massa haverá de se trabalhar no esquema da previsibilidade. Assim, quem defende a volta imediata das atividades econômicas fica a dica estratégica de cobrar os testes rápidos e em massa. Só eles poderão referendar uma decisão para retomada da vida normal.

Mandamento dos mandamentos

Nem parece que é Páscoa. Na loucura da pandemia, até se pode esquecer a data, uma das mais importantes para o cristianismo. O sentido da Páscoa nunca foi tão pertinente. O mandamento de amar ao próximo nunca fez tanto sentido e pede urgência na sua prática. Praticá-lo significa, proteger aos seus, uns aos outros.

Palavreando

“Em tempos de Páscoa, nada mais notório do que massificar a boa nova: o amor. O amor que olha e enxerga o outro. O amor que respeita a existência do outro como a sua própria existência. O amor que veste a responsabilidade que cada um deve ter com o mundo e o coletivo desse mundo. O amor que acolhe e se doa sem querer ter publicidade com isso. O tal amor puro que não julga e nem se coloca acima de ninguém. Amor que não se conceitua ou que vangloria a sua verdade como sendo a verdadeira”.

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A vida tem dessas coisas

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência. Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Era um dia comum. Tardezinha. A moça, sobrevivente, pôs-se a pensar. A premissa: cada dia em que estamos vivos é mais um dia de sobrevivência. Naquela ocasião, teve a oportunidade de tomar com calma a xícara de chá e por incrível que pareça ficou até o amanhecer sem fazer nada que não fosse pensar. Um privilégio, é verdade. A vida tem dessas coisas. Às vezes, se tem a oportunidade de parar ... e pensar.

Dois pontos de partida tomaram seu tempo e suas reflexões. Primeiro, refletiu sobre as encruzilhadas da vida. Com o dedo da mão direita, desenhou na toalha de mesa e em seu imaginário, aquele ponto central entre dois caminhos, a plaquinha indicando para a esquerda um rumo, para a direita, outro e ela bem ali, no meio. Sem saber para onde ir. Sem saber para qual direção caminhar. É uma situação poética.

A vida tem dessas coisas. A encruzilhada, pelo olhar da moça naquele momento de descontração era uma metáfora. Mas na verdade, sentido na pele o desafio da escolha pelo caminho a perseguir, só conseguia perceber um nó. E a moça, naquele meio distante de um real ponto de equilíbrio, sentia que precisava tomar uma decisão. Só não sabia qual.

A vida tem dessas coisas. E nossa, como é difícil! Aquela velha frase de que cada escolha implica em renúncias é uma verdade sentida no âmago do ser. Há quem viva de olhar pra trás e se arrepender de ter ido pela direita ao invés da esquerda. Há quem olhe para frente e vislumbre um horizonte único que será perseguido em qualquer caminho, desde que se continue a andar adiante.

Às vezes, até mesmo o ponto nevrálgico da dúvida e da decisão pode merecer uma desconstrução. Pode ser que o tamanho do nó, o embaçamento da visão, o peso  preso aos pés e a necessidade de opinião do outro tenham muito a ver com nossas expectativas. Desconstruir barreiras também é um processo. E seguir em frente sem medo de se arrepender pelo que deveria ter sido e não foi é uma baita evolução. Essa foi a segunda reflexão.

A moça percebeu que deveria desconstruir de alguma maneira esse medo de dar errado e o temor de escolher o pior caminho e entender que o processo é assim mesmo e que quanto maior for seu autoconhecimento, maior a probabilidade de celebrar opções que tenham nexo com seus valores e sua trajetória. Percebeu que as questões da vida não vêm com gabarito. E que a encruzilhada não é um enunciado com resposta pronta. Percebeu que mesmo que depois venha a se reconhecer em outro direcionamento na trajetória da vida, aquilo tudo que um dia foi construído, de alguma maneira se permanecerá de pé.

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O vírus não pode ser sua única preocupação

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Não foi rápido, pelo contrário; a liberação do auxílio só começou a ser efetuada a partir de quinta-feira, 9, aos primeiros beneficiados – seguindo a ordem de pagamento – do “Corona Voucher”. Já estamos vivendo a terceira semana de isolamento social e as medidas demoraram muito a acontecer. Boa parte dos trabalhadores informais perderam sua fonte de renda e dependem desse auxílio governamental para continuarem a administrar suas vidas com o mínimo de dignidade.

Não foi rápido, pelo contrário; a liberação do auxílio só começou a ser efetuada a partir de quinta-feira, 9, aos primeiros beneficiados – seguindo a ordem de pagamento – do “Corona Voucher”. Já estamos vivendo a terceira semana de isolamento social e as medidas demoraram muito a acontecer. Boa parte dos trabalhadores informais perderam sua fonte de renda e dependem desse auxílio governamental para continuarem a administrar suas vidas com o mínimo de dignidade.

Entretanto, as preocupações não param por aí. Na última semana eu finalizei a coluna anunciando o que estaria por vir nesta edição, mas devido as circunstâncias abordarei um tema cuja necessidade de explanar conhecimento e informação fala mais alto.

 Ao passo que parte da população passa a ver uma luz no fim do túnel com este programa de injeção de capital na economia brasileira, pessoas de má índole veem – diante do contexto – oportunidades fraudulentas de extorquir dados de muitos cidadãos. Grupos de criminosos criaram aplicativos semelhantes ao da Caixa Econômica Federal (do auxílio) com o intuito de obter dados pessoais daqueles que caírem no golpe. Fique atento, se você se enquadra nos critérios para receber o auxílio e vai recorrer ao direito, confira em qual aplicativo está se cadastrando. Por via das dúvidas, o nome do aplicativo é “Caixa - Auxílio Emergencial” e tem como desenvolvedora do aplicativo a própria instituição.

Contudo, apesar deste fato infortúnio, não param por aí as preocupações em tempo de crise; nosso país viveu no passado uma péssima experiência com o congelamento das cadernetas de poupança e a preocupação vem novamente à tona. Se você recebeu alguma corrente do tipo ou ouviu falar sobre isso e se preocupou, pode ficar tranquilo: trata-se de mais uma fakenews e não vai acontecer desta vez.

Pense comigo, quando houve tal medida (o Plano Collor) durante o governo de Fernando Collor de Mello, o intuito era combater a inflação; o dinheiro existia, só precisava-se controlar os preços – e com isso a inflação. Na época, o planejamento se tornou um grande fracasso e o problema da hiperinflação no Brasil só foi solucionado em 1994 com o Plano Real durante o governo de Itamar Franco.

Hoje, não obstante, o problema é outro. A população não tem o dinheiro e a medida governamental a ser tomada é oposta: ao invés de congelar produtos financeiros, o que será feito é distribuir o dinheiro. Não há lógica econômica e nem amparo legal para haver uma medida como esta, afinal, anos depois foi aprovada a emenda constitucional 32/2001 que passou a vedar a edição de medida provisórias que visem “a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro”.

Ademais, tratando-se de fakenews fique atento a promoções absurdas e ofertas inacreditáveis. Estamos vivendo uma fase difícil demais para nos envolvermos em ainda mais problemas. Desconfie e se informe sobre tudo o que não transmite veracidade.

Se puder, fique em casa. Ajude a salvar vidas.

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Inaugurada a Escola Hortz Garlipp, na Fazenda São José

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Edição de 11 e 12 de abril de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 11 e 12 de abril de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • Inauguração da Escola “Hortz Garlipp” – Fazenda São José - Mais um outro modelar estabelecimento de ensino primário que a administração do prefeito Amâncio Azevedo acaba de construir, sem qualquer auxílio ou participação mínima de outro órgão público. Já ultrapassada a previsão de construção por parte da prefeitura, de colégios da zona rural, neste ano, o Executivo Municipal decidiu duplicar a sua estimativa orçamentária destinada à meritória finalidade.
  • Dr. Raphael Jaccoud - No cargo de secretário de Comunicação e Transportes tomou posse o dr. Raphael Jaccoud, uma das grandes expressões da sociedade e da política friburguense. Nosso ilustre conterrâneo é conhecido, competente e acatado engenheiro, tendo deixado na construção civil de nossa terra traços marcantes, através de imponentes edifícios, verdadeiro pioneirismo no setor, assinalador, inclusive, da sua dedicação ao torrão natal. No campo da política partidária, Raphael Jaccoud foi sempre distinguido pela sua retilínea conduta moral, escravo da palavra empenhada, sempre com atuações límpidas e merecedoras de francos louvores até dos seus adversários. Um homem com “H” maiúsculo, para o qual o combinado vale e o respeito pessoal aos direitos do outro é doutrina.
  • Honoris causa - O nosso assíduo colaborador, jornalista Juvenal Marques, foi eleito, por unanimidade de votos, membro “honoris causa” do Instituto Campograndense de Cultura e do Círculo Brasileiro de Trovadores, do Estado da Guanabara. Ex-presidente, durante seis anos consecutivos, da Academia Friburguense de Letras, membro efetivo da Academia Brasileira de Trova, do Rio de Janeiro; e também “honoris causa” das Academias Campista de Letras e Pedralva de Letras e Artes, de Campos, e da Sala de Letras e Artes “Gabriela Mistral”, de Petrópolis, de longa data, como sócio remido, integra o quadro dos veteranos da Associação Brasileira de Imprensa.  
  • Sorteio “Suas notas” voltará reformulado - O secretário de Finanças, dr. Ednilo Soares, informou que o concurso “Suas notas valem notas” foi suspenso por uma decisão de seu antecessor no cargo, sr. Renato Tinoco Faria, que resolveu acatar, “por julgá-la necessária à avaliação de todas as suas implicações no campo da prática”. A medida foi acordada pelo sr. Renato Tinoco Faria, em princípios do ano, antes de deixar a Secretaria de Finanças, para assumir a coordenação geral do Grupo de Planejamento e Orçamento do Estado. À época, o ex-secretário de Finanças considerou importante a suspensão do concurso, para, depois de levantamentos, optar por sua continuação ou reformulação.
  • Peixe servido no restaurante da Fábrica Filó intoxicou quase uma centena de operários. História precisa ser esclarecida - A peixaria fornecedora entregou ao consumo enorme quantidade de pescado sem que os consumidores sofressem qualquer abalo físico. Foi devidamente apurado o que aconteceu com o produto após a entrega ocorrida às 6h e somente consumido por ocasião do almoço? Quando o médico e o dietista da organização fabril examinaram o produto? As indagações estão sendo feitas a este jornal, em sucessivas chamadas telefônicas, o que é natural, dado que existiram muitas vítimas, embora todas elas estejam fora de perigo.
  • No mais bonito edifício da cidade surge a nova sede da Casa de Crédito - Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais – Inaugurado em 24 de abril de 1932, 38 anos servindo as classes produtoras, colaborando com as iniciativas em prol do progresso de Nova Friburgo, o município que conta com o auxílio de um estabelecimento que executa todas as transações bancárias, atendendo ao seu crescente desenvolvimento. No próximo dia 24 de abril acontecerá a abertura festiva da agência de Friburgo, em prédio próprio, do Banco Comércio e Indústria de Minas, na Praça Dom João VI, 26, no coração da cidade.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Dr. César Guinle, Tânia Lugon (11); Yolanda Mecceni de Souza (12); Laura Milheiros de Freitas (13); Laercio Rangel Ventura e, Irma Marreto (14); Luzia Bazzetti de Oliveira (15); Dylma Ventura, Olga Magliano Bastos, Terezinha Rangel de Almeida, Roberto Abicalil, Hilda Thurler de Lima e Waldir Ramalhete Lemos (16); José Brasil Emerick, Elvira Azevedo Gandur.
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Exemplos externos

quinta-feira, 09 de abril de 2020

Para pensar:
“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” (Antoine de Saint-Exupéry)

 

Para refletir:
“O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais.” John Kennedy

Exemplos externos

O colunista tem ao menos quatro amigos friburguenses que hoje residem nos Estados Unidos e já contraíram a Covid-19.

Para pensar:
“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.” (Antoine de Saint-Exupéry)

 

Para refletir:
“O laço essencial que nos une é que todos habitamos este pequeno planeta. Todos respiramos o mesmo ar. Todos nos preocupamos com o futuro dos nossos filhos. E todos somos mortais.” John Kennedy

Exemplos externos

O colunista tem ao menos quatro amigos friburguenses que hoje residem nos Estados Unidos e já contraíram a Covid-19.

Felizmente, todos estão se recuperando bem.

As identidades serão preservadas, mas a essência dos relatos passados à coluna talvez ajude a reforçar a necessidade da manutenção, dentro do possível, do isolamento e das demais medidas de proteção.

Perfis

Estamos falando de dois homens na faixa dos 40 anos, um menino de 6 e uma mulher também próxima aos 40.

A criança, felizmente, quase não apresentou sintomas.

A mulher, por sua vez, teve febre alta durante apenas dois dias, e perdeu o olfato durante duas semanas.

Casos graves

Os dois homens, no entanto, apresentaram quadros bem mais graves, evoluindo para dupla pneumonia, em meio a febres na casa dos 40 graus ao longo de duas semanas.

Os dois disseram ao colunista que em determinado momento pensaram que iriam morrer, pois a doença continuava a evoluir e não havia leitos para que pudessem ser tratados de maneira adequada.

“Os melhores hospitais de Nova Iorque estavam parecendo as unidades mais precárias do Rio de Janeiro. Vi coisas horríveis, o médico me disse que não havia como me atender, e eu teria de superar a doença sozinho”, relatou um dos infectados.

Capacidade de atendimento

Os relatos que chegam dos EUA enfatizam o verdadeiro risco com o qual estamos lidando: a eventual saturação da capacidade de atendimento, redundando na perda de vidas que, noutro contexto, poderiam ser preservadas.

E é exatamente por isso que a coluna não pode deixar de repercutir a importantíssima confirmação de que um hospital de campanha será erguido no ginásio esportivo Frederico Sichel, no Prado, ainda que informações básicas - como número de leitos, cronograma de atividades, origem da mão de obra e fontes de custeio - ainda não tenham sido divulgadas.

Tomara

A coluna entende que a unidade temporária será erguida aqui porque atendemos a requisitos de interesse regional, mas ainda assim - e apesar dos riscos que a vinda de pacientes de outras cidades pode representar - só pode encarar como uma notícia muito positiva a ampliação de nossa capacidade de atendimento a uma doença tão contagiosa e ainda muito subnotificada.

Tomara que, quando tudo isso passar, nossos esforços tenham parecido excessivos.

Respiradores

Ainda a esse respeito, a coluna pode acrescentar que o Hospital Unimed em Nova Friburgo tem três respiradores/ventiladores, todos em funcionamento, além de uma usina de oxigênio, uma unidade de isolamento e 15 unidades de cuidados intermediários.

Com isso, podemos atestar que a rede particular do município conta com 23 respiradores (dez no São Lucas e dez no Hospital Serrano), além dos 29 que a Secretaria de Saúde informa estarem operacionais na rede pública, dos oito que aguardam reparos, e dos 29 que foram adquiridos e ainda aguardam entrega.

Por vias oficiais, são essas as informações que foi possível reunir.

Contagem iniciada

Por aqui, parece interessante acompanharmos a evolução do contágio, tendo em mente que neste dia 7 foram observadas diversas aglomerações em nossas ruas, sobretudo em agências bancárias.

Como será que estaremos lá pelo dia 22?

A resposta para essa pergunta pode representar um bom termômetro a respeito do nível de isolamento que precisamos sustentar.

Viciante

A recente onda de pedidos de exoneração nos primeiros escalões do governo municipal indica que muitos dos integrantes da atual gestão municipal pretendem seguir na vida pública no futuro próximo, concorrendo a uma das 21 vagas de nosso plenário municipal.

É notório como quem bebe dessa fonte encontra dificuldades para se abster dela.

Lista de proteção

O leitor talvez não se dê conta, mas um candidato nem sempre precisa ser eleito para se perpetuar na vida pública.

Na maioria das vezes, uma boa votação acaba se traduzindo em indicação para cargos que originalmente deveriam ser técnicos, quer seja como “contrapartida” ao reforço prestado à nominata, quer seja como apoio à manutenção do capital político, uma plataforma de visibilidade, a fim de que os votos sejam mantidos, ou eventualmente ampliados, em pleitos posteriores.

Curiosidade

O colunista não nega que desde já fica um pouco curioso para ver o que algumas dessas pessoas dirão no momento de justificar por que deveriam ser eleitas para um cargo que tem na fiscalização e na independência de poderes um de seus pilares mais sagrados...

Passagem

A tradição católica celebra nesta quinta-feira santa, dia 8, a instituição da Eucaristia, na Santa Ceia, e durante toda a madrugada de sexta-feira, 9, o cristianismo relembra a Paixão de Cristo.

O colunista entende que viveremos todos, neste ano de 2020, uma Páscoa muito diferente, mas também especial.

Afinal, a ausência de coisas às quais talvez tivéssemos nos acostumado, certamente vai se fazer sentir e chamar atenção para o que realmente é essencial.

A coluna deseja a todos uma Páscoa plena de significado e reflexão.

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A imigração japonesa em Nova Friburgo

quinta-feira, 09 de abril de 2020

Conforme o historiador Marcionilo Carlos Neto em sua obra “A Imigração Japonesa no Estado do Rio de Janeiro”, os japoneses se dirigiram para o estado fluminense na década de 1930, do século 20, vindos do Estado de São Paulo. Na região serrana, os imigrantes nipônicos se estabeleceram em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Cordeiro e Cantagalo. Um pouco antes dessa imigração, na década de 1920, chegou à Nova Friburgo o primeiro imigrante japonês Tohoru Kassuga em busca de terras em clima temperado.

Conforme o historiador Marcionilo Carlos Neto em sua obra “A Imigração Japonesa no Estado do Rio de Janeiro”, os japoneses se dirigiram para o estado fluminense na década de 1930, do século 20, vindos do Estado de São Paulo. Na região serrana, os imigrantes nipônicos se estabeleceram em Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Cordeiro e Cantagalo. Um pouco antes dessa imigração, na década de 1920, chegou à Nova Friburgo o primeiro imigrante japonês Tohoru Kassuga em busca de terras em clima temperado.

Na chácara do Tingly, Kassuga iniciou a plantação de árvores frutíferas de caqui. Originário da China, essa fruta se tornou muito popular no Japão. Trazido pelos imigrantes japoneses, o caqui se adaptou muito bem nas regiões mais frias do Brasil. No entanto, eclodiu a Segunda Guerra Mundial e o sentimento antinipônico se manifestou. O Brasil e o Japão romperam relações diplomáticas prejudicando a situação dos imigrantes japoneses.

As sanções aplicadas pelo governo brasileiro, a exemplo de confiscar os bens das famílias nipônicas acarretaram o deslocamento interno de japoneses pelo país. No Rio de Janeiro, os jornais incitavam a animosidade contra os japoneses. Embora o clima pós-guerra não fosse tranquilo houve o reinício da imigração japonesa a partir da década de 1950. São famílias que imigraram para Nova Friburgo bem como seus descendentes, Tohoru Kassuga, Hiroshi Higuchi, Hideo Kato, Tunney Kassuga, Kenji Abe, Yoshiyuki Ban, Yasutaka Deguchi, Sadao Fuchigami, Nagamitsu Fujimaki, Hajime Fukuoka, Takuma Hashimoto, Hajime Inoue, Koh Inoue, Nelson Yukio Inoue, Itsuji Itoh, Paulo Kawakami, Kiyoshi Kawamura, Heiji Kikuchi, Masayoshi Matsumoto, Jun-Ichi Matsura, Toshiharu Matsuoka, Takeo Miura,  Hisayoshi Miyamoto, Makoto Miyatake, Sohei Nagai, Masayoshi Nagao, Namizo Nakahara, Hisayoshi Nobata, Kaoru Odawara, Kogorô Ohta, Akira Ôki, Shigeru Ôki, Toshiharu Ôki, Tamotsu Shiratô, Tadashi Takisawa, kin-Ichi Tanizaki, Geizô Yoshimura, Rinji Haga, Jotaro Kashaio, Hideichi Hayanishi, Masao Murakami, Matsuo Murakami, Kazuhiko Zama, Nobukazu Abe, Osamu Abe, Shigemasa Amano, Koichi Furuya, Shokichi Horie, Cecil Ito, Sueo Ito, Yoshihiko, Asayo Kitami, Kinji Kunigami, Mototeru Kokuga Kunigami, Matao Shimizu Mitsunaga,  Hisakichi Nakashima, Konosuke Noguchi, Hiroshi Okazaki, Eitaro Watanabe, Jun Watanabe, Rikei Yamaguchi, Takanosuke Yamaguchi e Kinzo Suzuki.

Em Nova Friburgo entrevistei Hiroshi Higuchi plantador de caqui em sua propriedade no Córrego Dantas. Higuchi chegou ao Brasil em 15 de agosto de 1963 e inicialmente foi para o município de Dourados, no Estado do Paraná. No entanto, optou por residir em Nova Friburgo já que tinha conhecimento de que havia uma colônia de conterrâneos no município. Começou a trabalhar como meeiro em uma plantação de rosas em Conselheiro Paulino.

Higuchi nos informou que o governo japonês incentivava a emigração para o Brasil, subsidiando a aquisição de terras e dando todo o suporte material para que deixassem o país. Segundo ele, o Japão passava por uma crise financeira e com excesso de população. Durante um ano recebeu uma pensão do governo para a sua manutenção.

O governo japonês igualmente financiou uma parte do valor do sítio que adquiriu. Mesmo com todos esses incentivos, alguns japoneses que imigraram com ele retornaram ao Japão. Casou-se com a compatriota Satimi Minato que veio para o Brasil em agosto de 1961. Hiroshi Higuchi cultiva atualmente diversos tipos de caqui como o mikado, ramaroute, guiombo, fuiou e costata. Ele, inclusive, admite que trouxe mudas de caqui do Japão clandestinamente e iniciou uma experiência inédita produzindo caquis desidratados. Os japoneses têm a tradição desidratar o caqui, que denominam de hoshigaki, para que a fruta possa ser consumida durante o ano inteiro. No Japão é um verdadeiro mimo ganhar uma caixa desses caquis desidratados porque são muito caros.

No Campo do Coelho, terceiro distrito de Nova Friburgo, a lavoura de tomate e de outros legumes era rasteira, com muita perda em razão do contato com o solo que deixa os produtos mais vulneráveis às pragas. Os japoneses nessa região ensinaram os agricultores brasileiros a usarem estacas verticalizando a planta e com isso ganharam em produtividade. Igualmente instruíram na preparação de estufas revolucionando o modo de plantio entre os agricultores.

Os japoneses e seus descendentes mantêm suas tradições através de eventos que realizam em sua sede, no distrito do Campo do Coelho. Igualmente faz parte do calendário de Nova Friburgo a festa das cerejeiras promovida pela comunidade nipônica.

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    Hiroshi Higuchi cultiva caquis no Córrego Dantas

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    Os japoneses têm a tradição desidratar o caqui, que denominam de hoshigaki

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    Satimi Minato Higuchi prepara o caqui para ser desidratado

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