Blogs

A manhã da Ressurreição

terça-feira, 19 de abril de 2022

A terra toda estava envolta em trevas. A esperança havia sido sepultada com o corpo de Jesus. Os discípulos estavam dispersos, incrédulos, retomavam as atividades que exerciam antes de se encontrarem com Jesus. Invadia seus pensamentos a ideia de que tudo havia sido uma grande ilusão. As palavras de paz e fraternidade que ouviram de seus lábios cederam lugar às cenas de terror. Ver o corpo do Mestre pregado no madeiro, a mais terrível morte, transpassou, como uma espada lancinante a alma dos que o seguiam. Tudo perdeu o sentido.

A terra toda estava envolta em trevas. A esperança havia sido sepultada com o corpo de Jesus. Os discípulos estavam dispersos, incrédulos, retomavam as atividades que exerciam antes de se encontrarem com Jesus. Invadia seus pensamentos a ideia de que tudo havia sido uma grande ilusão. As palavras de paz e fraternidade que ouviram de seus lábios cederam lugar às cenas de terror. Ver o corpo do Mestre pregado no madeiro, a mais terrível morte, transpassou, como uma espada lancinante a alma dos que o seguiam. Tudo perdeu o sentido.

Na manhã de Páscoa, também os nossos olhos são levados a verem somente os sinais de morte. O Santo Padre chama de Páscoa de guerra, na qual somos bombardeados a todo instante com as mais cruentas notícias. “Demasiado sangue, vimos; demasiada violência. Também os nossos corações se encheram de medo e angústia, enquanto muitos dos nossos irmãos e irmãs tiveram de se fechar nos subterrâneos para se defender das bombas” (Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, Páscoa 2022).

Parece que a possibilidade de um mundo de paz, amor e fraternidade não passa de uma utopia inalcançável. “Sentimos dificuldade em acreditar que Jesus tenha verdadeiramente ressuscitado, que tenha verdadeiramente vencido a morte” (idem).

Mas, não podemos nos esquecer que as palavras de vida e verdade que ouvimos de Jesus superam toda a dificuldade. Vejamos o exemplo de Maria Madalena. A dor que envolvia o seu coração era imensurável, só não era maior que o amor que ela sentia pelo seu Mestre. Sem compreender o que estava acontecendo; sem entender como as palavras Dele iriam se cumprir, Madalena pôs-se a caminho, ficaria o mais próximo possível do seu Senhor.

Ao longo do caminho, ela, certamente, recordava os momentos felizes ao lado do Mestre; por vezes, a alegria das memórias era tamanha que aliviava a dor e o sofrimento. Ao mesmo tempo, as lembranças das cenas de terror atroz roubavam-lhe o ar. Mas sua persistência e amor a Jesus a mantiveram firme no caminho e a tornaram a primeira testemunha do ressuscitado.

Bastou ver a pedra removida e os panos no chão, mesmo sem compreender, que a chama da esperança reacendeu em seu coração. Correu ao encontro dos seus e os animou com a notícia.

O exemplo de fé e perseverança desta mulher nos motiva a não desistir. “Hoje mais do que nunca precisamos d’Ele, no termo de uma Quaresma que parece não querer acabar. Temos atrás de nós dois anos de pandemia, que deixaram marcas pesadas. Era o momento de sairmos do túnel juntos, de mãos dadas, juntando as forças e os recursos…” (idem). Em vez disso, somos atormentados pelo terror da guerra.

Contudo, anima-nos o Papa Francisco a encontrarmos os sinais do ressuscitado. Como Madalena, perseverantes no amor e na esperança, precisamos encontrar os sinais que animam e restauram nossas forças e fazê-los serem conhecidos por todo o canto. “No meio da angústia da guerra, não faltam também sinais encorajadores, como as portas abertas de tantas famílias e comunidades que acolhem migrantes e refugiados em toda a Europa. Que estes numerosos atos de caridade se tornem uma bênção para as nossas sociedades, por vezes degradadas por tanto egoísmo e individualismo, e contribuam para torná-las acolhedoras com todos”.

Sejamos, pois, também nós, sinais do ressuscitado! Feliz Páscoa!

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Um antigo poema a ser recitado sempre

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Ontem, terça-feira, dia 12 de abril de 2022, tive a alegria de falar a respeito do poema “Cisnes...” na Livraria Macondo, durante o lançamento do livro Cisnes e outros poemas de Júlio Salusse”, patrono da Academia Friburguense de Letras, por ela editado. 

“Cisnes...”, no final do século XIX e início do século XX, traduzido para mais de trinta idiomas, foi um dos poemas mais recitados no mundo. Infelizmente, agora, está esquecido, guardado em estantes, quando deveria ser declamado com frequência pelos quatro cantos do planeta. 

Ontem, terça-feira, dia 12 de abril de 2022, tive a alegria de falar a respeito do poema “Cisnes...” na Livraria Macondo, durante o lançamento do livro Cisnes e outros poemas de Júlio Salusse”, patrono da Academia Friburguense de Letras, por ela editado. 

“Cisnes...”, no final do século XIX e início do século XX, traduzido para mais de trinta idiomas, foi um dos poemas mais recitados no mundo. Infelizmente, agora, está esquecido, guardado em estantes, quando deveria ser declamado com frequência pelos quatro cantos do planeta. 

Ao preparar a apresentação refleti sobre os sentimentos que envolvem o amar. “Cisnes...” é um poema de amor. Amor. Palavra banalmente usada, todavia, guarda tamanha grandeza e plenitude, sendo quase impossível expô-lo através de palavras. Aliás, o amor não é dito. É apenas sentido. Vivenciado. 

Passei um tempo me perguntando por que o poeta incluiu reticências no título. De um modo geral, o autor se utiliza das reticências para expressar uma emoção forte ou indicar uma omissão de algo significativo que não quer ou nem mesmo consegue revelar. Em “Cisnes...”, caso o leitor passe despercebidamente pelo título, deixa de notar o portal à imaginação que esta pontuação sutilmente representa, deixa de mergulhar no sentimento de amar e experimentar as imagens, as sensações e os sonhos que podem surgir livremente. Ah, o amor suscita devaneios... E, por que não nos deixarmos levar pelas sensações que nos dão a vida? Júlio poderia estar sob fortes emoções amorosas ao compô-lo. E o leitor, certamente, ao perceber a sutilidade do título terá oportunidade de ir ao encontro dos próprios afetos. 

A beleza do soneto está na fidelidade, no compromisso que o amor suscita. Sim, quem ama se responsabiliza pela pessoa a quem se afeiçoa. É um sentimento que se sustenta na veracidade do sentir, na lealdade para com o parceiro, na constância do estar presente.  Caso o amor seja banalizado é porque este nobre modo de sentir inexiste ou quem o coisifica não conhece o seu significado. Quem ama sabe honrar o outro, vivencia um sentimento envolvente e sente vontade de experimentá-lo com merecimento.  

Quem vive ama! Amamos pessoas. Amamos animais. Amamos objetos. Amamos projetos. Amamos a nós mesmos. Amamos a natureza. Enfim, tudo e todos são passíveis de ser amados. E aí está o grande desafio que a vida nos apresenta: aprender a amar.  Quem se nega a amar ou se fecha ao amor, deixa de viver. Morre em vida, o pior modo de findar. 

Ontem, no lançamento, conversei com uma amiga, já idosa, que me disse ter sido feliz porque amou tudo o que teve e o que viveu. Que tudo o que fez foi consequência das suas opções. Ana Claudia Quintana Arantes em “A morte é um dia que vale a pena viver” nos disse que os momentos finais da vida revelam o modo como vivemos. Ou melhor dizendo, como vivenciamos o amor vida afora.

Fecho a coluna com o soneto “Cisnes...” para que os leitores possam viajar pelos meandros do amor.

A vida, manso lago azul algumas

Vezes, algumas vezes mar fremente,

Tem sido para nós constantemente

Um lago azul sem ondas, sem espumas...

 

Sobre ele, quando, desfazendo as brumas

Matinais, rompe um sol vermelho e quente,

Nós dois vagamos indolentemente,

Como dois cisnes de alvacentas plumas!

 

Um dia um cisne morrerá, por certo:

Quando chegar esse momento incerto,

No lago, onde talvez a água se tisne,

 

Que o cisne vivo, cheio de saudade,

Nunca mais cante, nem sozinho nade,

Nem nade nunca ao lado de outro cisne...

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Minoritário, MDB elege maioria do Legislativo

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Edição de 15 e 16 de abril de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 15 e 16 de abril de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Embora minoritário, o MDB elegeu a maioria da mesa do legislativo - O MDB (Movimento Democrático Brasileiro) elegeu toda a executiva da Câmara Municipal, com exceção do presidente. A reviravolta ocorreu, pela razão de cumprimento das ordens do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, qual seja a de que fossem realizadas eleições, nas Câmaras que não o tivessem feito em 1º de março.
  • Mais água para Olaria - O prefeito Feliciano Costa, atendendo ao aumento populacional do bairro Olaria, mandou abrir concorrência para a construção de um reservatório de concreto armado, com capacidade de 150 mil litros de água, beneficiando os moradores daquele logradouro público, que cresce dia a dia. As propostas deverão ser entregues na Secretaria de Obras da prefeitura, onde encontrarão outros detalhes sobre o melhoramento. 
  • Jornalista lança novo livro - O jornalista e escritor Reginaldo Miranda - diretor e editor-chefe de O Nova Friburgo - confirmou o lançamento do seu terceiro livro, cujo título é “III Volume”, para julho deste ano. Em 1964, Reginaldo Miranda publicou “Contrastes”, para, em 1966, editar “Provincianos”. Segundo o autor, ambos os lançamentos “obtiveram aceitação da crítica e boa ressonância entre o público”. Ainda sobre o poeta, anuncia-se a sua participação na II feira de artes de Nova Friburgo, em novembro, quando deverá ser encenado um espetáculo teatral de sua autoria. 
  • João Saldanha em Buenos Aires e Bariloche - Em companhia de sua mãe seguiu para Buenos Aires, a capital argentina, e em seguida para Bariloche, o nosso amigo João Saldanha. Após estadia na requintada estação de veraneio, ambos passarão alguns dias em Porto Alegre, Itajaí, Blumenau e São Paulo. A viagem de João Saldanha e de dona Glorinha, terá duração de 40 dias, servindo, também, para que ela visite alguns parentes seus na Argentina. 

Pílulas:

  • O impacto sofrido pela população com o descomunal, inoportuno, irritante e sobretudo aberrante aumento das tarifas de consumo de água, continuava a repercutir junto ao povo friburguense de maneira revoltante que há notícia, nos últimos cinco anos. Não era possível, nem admissível, que prevalecesse a sangria que estava sendo operada em direção ao bolso dos usuários do serviço. Muito bem, prefeito! 
  • Já contávamos o prefeito Feliciano Costa a “tomar o pião na unha”, como é do seu feitio, pois que, estávamos certos, o diligente chefe do Executivo desconhecia a verdadeira dimensão do autêntico conto que foi manipulado na Amae, a nossa Autarquia de Águas e Esgotos. Não se tratava de majoração. A “história” iniciava-se com o dobro, às vezes o triplo, às vezes o quádruplo, às vezes o quíntuplo e às vezes mais sobre a antiga tarifação… Poderia ser permitido tamanho abuso, tamanha irresponsabilidade? 

E mais… 

  • Aumento no consumo da água, que ultrapassou a casa dos 400%: anulação de todo e qualquer aumento tarifário foi a decisão tomada pelo Executivo Municipal… 
  • Prefeito Feliciano Costa agraciado com medalha da PM do Estado do Rio… 
  • Aviso da Cia. de Eletricidade de Nova Friburgo… 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Luzia Bazzetti Oliveira (15); Dilma Ventura, Gisele Maria Magliano, Terezinha Rangel, Roberto Abicalil, Waldyr Ramalhete e Hilda Thurler (16); José Brasil Emerick e Cristiane Couto (17); Eliana Maria Pereira, Márcio Cláudio Pereira, Galdino Cariello e Rosane Vieitas (18); Johannes Schullup (19); Esther Jordão, Péricles Alves, Zally Spinelli, Virgininha Azevedo e Ricardo Ribeiro Vassalo (20); Aryosaldo Ventura Filho, Walter Saldanha, Jupiter José Nicolau e Marina Cúrio (21); e Francisco Santos (22). 

 

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Diante do Sol

sexta-feira, 15 de abril de 2022
Foto de capa

A Agência Espacial Europeia apresentou a imagem do Sol com a maior resolução já feita. A fotografia é um mosaico de 25 imagens individuais tiradas por telescópio de alta resolução, em luz ultravioleta extrema, a uma distância de 75 milhões de quilômetros da estrela de fogo. A foto final contém mais de 83 milhões de pixels. Para mostrar o tamanho gigante do Sol ou como nosso planeta é minúsculo, a Agência colocou a Terra, na posição das duas horas, no canto superior direito da imagem. Um pontinho quase que não identificado de tão miúdo. 

A Agência Espacial Europeia apresentou a imagem do Sol com a maior resolução já feita. A fotografia é um mosaico de 25 imagens individuais tiradas por telescópio de alta resolução, em luz ultravioleta extrema, a uma distância de 75 milhões de quilômetros da estrela de fogo. A foto final contém mais de 83 milhões de pixels. Para mostrar o tamanho gigante do Sol ou como nosso planeta é minúsculo, a Agência colocou a Terra, na posição das duas horas, no canto superior direito da imagem. Um pontinho quase que não identificado de tão miúdo. 

A comparação pode ser vista como cruel, mas também poética. Não que não haja crueldade na poesia. O Planeta Terra diante do Sol é um pontinho minúsculo, quase um grão de areia. Mais assustador ainda é saber que o Sol é até considerado uma Estrela mediana. Do pouco que se conhece do nosso Universo, há pelo menos 15 estrelas maiores. Muito maiores do que nosso astro maior. 

A Terra, esse planeta em que bilhões como nós vivemos, é 109 vezes menor do que o Sol. Até agora, a maior estrela conhecida do Universo é a Stephenson 2-18, volume equivalente a 2.158 vezes ao do nosso astro. Para se ter uma ideia, no lugar do Sol, Stephenson 2-18 engoliria a órbita de Saturno.

Os astrofísicos conhecem ou já catalogaram 70 septilhões de estrelas no Universo. Não sei nem dizer quantos zeros tem nisso. Os especialistas não sabem dizer quanto ainda temos para conhecer nessa vastidão infinita de possibilidades. Certo é que, mais cedo ou mais tarde, surgirão notícias de astros ainda maiores do que a tal da Stephenson 2-18, que fica a 18.900 anos luz da Terra. Um ano-luz é igual 9,46 trilhões de quilômetros. Distante, né? Um ano-luz é a distância de nós para Plutão. 

Parecem apenas números e distâncias que nos reduzem a menos que formigas do açúcar, científica e ironicamente, também chamadas de formiga-faraó. No final, somos. Se diante do Sol e o Sol diante de Stephenson 2-18 temos a realidade, também ganhamos entrada para uma existência de sabedoria e humildade. 

Dificilmente, viveremos para atingir a velocidade da luz, tampouco teremos vida suficiente para chegar a supostos planetas semelhantes e talvez habitáveis, por nós, como a Terra. A não ser por teletransporte. Vai saber o que nos aguarda. 

O que temos é aprendizado com a nossa própria ordinária história. Não precisamos ir à Exosfera ou sair da Via-Láctea ou mesmo chegar à Galáxia do Escultor para saber daquilo que sequer aprendemos aqui, nesse minúsculo Planeta que nada tem a ver com as trajetórias controversas que escrevemos entre nós. 

Avançamos, retrocedemos, crucificamos quem não deveria ser crucificado, exploramos e nos deixamos ser explorados. Inventamos simbolismos, experimentamos o sobrenatural, mas o quanto de verdade vivemos o que o sol significa para nós? Pouco aplicados, displicentes com o outro, indisciplinados... Renascemos para morrer de novo e matar de novo e crucificar de novo.

Buscar respostas viajando para além das Nebulosas não nos fará melhores, ainda que menores. Para encontrar o que se busca, sempre bastou, daqui mesmo, olhar para o Sol e perceber que os ciclos diários mostram que não podemos deter o Universo, mas podemos deter a nós mesmos. 

Amar mais uns aos outros é boa sugestão dada mais de dois mil anos atrás.                    

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Risco baixo para a Covid-19

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Risco baixo para a Covid-19
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a pandemia da Covid-19 ainda não acabou. Apesar de reconhecer as quedas, avalia que o comportamento do vírus ainda é imprevisível, por isso mantém o alerta. Segundo o Mapa de Risco da Covid-19 do Estado do Rio de Janeiro, a Região Serrana é uma das quatro das nove existentes que segue em bandeira amarela, ou seja, risco baixo. As demais entraram em bandeira verde que significa na escala risco muito baixo.

Risco baixo para a Covid-19
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS) a pandemia da Covid-19 ainda não acabou. Apesar de reconhecer as quedas, avalia que o comportamento do vírus ainda é imprevisível, por isso mantém o alerta. Segundo o Mapa de Risco da Covid-19 do Estado do Rio de Janeiro, a Região Serrana é uma das quatro das nove existentes que segue em bandeira amarela, ou seja, risco baixo. As demais entraram em bandeira verde que significa na escala risco muito baixo.

Sucessivas quedas
Além da Região Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba e Noroeste permaneceram com bandeira amarela. O número de internações no Estado caiu 55%, passando de 88 internações na semana 11, para 40, na semana 13. Os óbitos tiveram redução de 50%, passando de 44 óbitos, na mesma semana. Os indicadores apontaram que, no período de 29 de março a 4 de abril, a taxa de positividade dos testes PCR foi de 2%.

Dados estaduais
A média móvel de atendimentos de síndrome gripal em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no período de 30 de março a 5 de abril foi de 339 casos diários. O dado corresponde a uma queda de 9,52% nos atendimentos nos últimos 14 dias. A média de solicitações de internação no período foi de oito pedidos, o que indica uma queda de 14% de solicitações.

Números municipais
Segundo dados divulgados pela Prefeitura de Nova Friburgo, todos os leitos do município voltados para a Covid-19, tanto na rede pública como particular, estão zerados. Do total de testes realizados, apenas 11% testaram positivo. No entanto, o número é relativamente maior do que o da semana passada, quando foram apenas 4,55% de positivados para Covid-19 entre os testados. A prefeitura não tem divulgado em suas redes a taxa de vacinação. A última foi em 17 de março. 

Próximo dos 100%
O Brasil reciclou aproximadamente 33 bilhões de latinhas de alumínio em 2021, o que representa 98,7% de reaproveitamento do material produzido ao longo do ano. Os números são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal) e a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas), através do Recicla Latas.

Catadores em alta
O objetivo nacional é manter índice de reciclagem das latinhas no patamar de 95%, em cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Trata-se do maior índice da história da reciclagem de latas no país, desde o início do mapeamento em 1990, sendo também um dos maiores do mundo. As dificuldades financeiras que o país atravessa com desemprego e subemprego eleva o número de catadores, inclusive, em Nova Friburgo.  

Ciclo
As taxas de reciclagem de alumínio no Brasil são consideradas exemplares, especialmente nos últimos anos, com índices que superam os 96% de latinhas reaproveitadas, após cumprirem seu ciclo de produção, consumo e descarte. Esse ciclo de vida costuma ser curto, de aproximadamente 60 dias separam a fabricação de uma nova latinha de alumínio e seu retorno, como matéria prima, para a indústria.

Índice geral baixo
Apesar dos excelentes resultados do setor de alumínio, a reciclagem de outros produtos largamente consumidos no país é baixa. O caso mais desafiador é o do plástico. Apesar de ser o quarto maior consumidor da matéria-prima no mundo, o Brasil recicla apenas 1,29% de plástico. A política pública de reciclagem em Nova Friburgo é medíocre.

Saudosa usina de reciclagem
O índice geral de reciclagem dos resíduos sólidos no país ainda é de cerca de 5,3% do total potencialmente recuperável, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Desde 2016, o programa de coleta seletiva foi praticamente abandonado. A antiga Usina de Asfalto, pioneira nos anos 90, é apenas saudosismo de tempos de empreendedorismo de Nova Friburgo.   

Ideias inovadoras
A cidade vizinha de Teresópolis programa uma usina moderna de reciclagem, onde vai transformar o lixo em combustível. Projeto semelhante já foi apresentado em Nova Friburgo, mas ao que parece não houve interesse. No Brasil, há vários exemplos de transformação do lixo em empregos e riqueza. Além de combustíveis, há usinas que transformam o lixo em tijolos, perfazendo um ciclo de geração de emprego e programa de habitação, além é claro da questão ambiental.

Prova do Censo
O fim de semana é de feriadão, mas não para milhares de pessoas que disputarão uma vaga para trabalhar no Censo, cujo processo seletivo ocorrerá neste domingo, 17. Nova Friburgo é uma das cidades em que abrigará a realização das provas. Às 9h será aplicado o exame para recenseador, com duração de três horas. Às 14h30 começa a prova para agente censitário municipal, com duração de três horas e meia.

Mais de 200 vagas em Nova Friburgo
O IBGE vai selecionar 206.891 servidores temporários para o Censo, sendo 183.021 para recenseador, 18.420 para agente censitário supervisor (ACS) e 5.450 para agente censitário municipal (ACM). Em Nova Friburgo são 188 vagas para recenseador, 20 para agente censitário supervisor e três para agente censitário municipal. As informações para o Censo 2022 começam a ser coletadas a partir de 1º de agosto, quando mais de 213 milhões de habitantes, em mais de 70 milhões de domicílios, serão visitados pelos recenseadores nos 5.570 municípios do país. As remunerações variam de R$ 998 a mais de R$ 4,2 mil.

Palavreando
“Buscar respostas viajando para além das Nebulosas não nos fará melhores, ainda que menores. Para encontrar o que se busca, sempre bastou, daqui mesmo, olhar para o Sol e perceber que os ciclos diários mostram que não podemos deter o Universo, mas podemos deter a nós mesmos”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra no Caderno Z que, excepcionalmente, devido ao feriado da Sexta-feira da Paixão, está circulando com esta edição.

Que o sol da Páscoa ilumine os friburguenses e faça renascer uma Nova Friburgo em cada um de nós. Feliz Páscoa!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Perfil de investidor. Você conhece o seu?

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Você já reconhece a necessidade da proteção patrimonial, entende a importância de rentabilizar seu dinheiro, quer começar a investir e não sabe qual o primeiro passo para atingir esses objetivos. Pois já pode começar a se tranquilizar, porque a ideia deste texto, hoje, é promover o conhecimento do pontapé inicial para seus investimentos financeiros. Aqui, vamos conversar sobre algo de enorme relevância que é desconsiderado por uma parcela bastante relevante dos investidores iniciantes: o suitability (ou, em tradução bastante livre, o seu perfil de investidor).

Você já reconhece a necessidade da proteção patrimonial, entende a importância de rentabilizar seu dinheiro, quer começar a investir e não sabe qual o primeiro passo para atingir esses objetivos. Pois já pode começar a se tranquilizar, porque a ideia deste texto, hoje, é promover o conhecimento do pontapé inicial para seus investimentos financeiros. Aqui, vamos conversar sobre algo de enorme relevância que é desconsiderado por uma parcela bastante relevante dos investidores iniciantes: o suitability (ou, em tradução bastante livre, o seu perfil de investidor).

Ao se deparar com a enorme abrangência de possibilidades em meio ao mercado financeiro, pode ser difícil entender e selecionar quais ativos têm relação com suas necessidades e seus objetivos. Portanto, ao abrir sua conta em um banco ou corretora de investimentos, reserve um tempo (é rápido, prometo) para responder o formulário suitability de maneira fidedigna; é aqui que será definido o seu perfil de investimentos. Basicamente, é a partir da definição do seu perfil de investidor(a) que as instituições financeiras, seus assessores e – até mesmo – você podem entender quais os produtos mais se adequam a sua realidade.

Antes de classificarmos alguns investimentos disponíveis dentro de cada perfil definido pelo suitability, vamos pontuar quais são os pontos considerados nesta pesquisa: conhecimento e experiência com investimentos; prazo estipulado de tempo para manter os investimentos; objetivos ao investir; tolerância aos riscos; realidade financeira e necessidades futuras dos recursos; patrimônio e disponibilidade de capital. Contudo, como são informações voláteis podem variar ao longo do tempo e é proveniente deste motivo a necessidade de a pesquisa ser feita de forma periódica pelas instituições.

O seu perfil vai ser classificado em uma de três possibilidades abaixo:

  • Conservador: investidor averso ao risco e/ou pouco experiente com relação aos seus investimentos. Risco, no mercado financeiro, é a possibilidade de um resultado diferente do esperado no ato do investimento. Por isso as maiores alocações – para este perfil – tendem a ser em produtos de renda fixa e uma pequena parte em fundos de investimentos multimercados e ou ações.
  • Moderado: aqui, há um equilíbrio interessante entre produtos de renda fixa, fundos de investimentos multimercados e ativos negociados em bolsa de valores.
  • Arrojado: para este investidor, a estratégia torna-se mais ativa e, além de pesar as alocações para a renda variável, o investidor pode adquirir produtos diretamente e sem o intermédio de fundos de investimentos; o que diminui custos e potencializa rentabilidade.

Perceba como as possibilidades (que até agora eram quase infinitas) se delimitam apenas por conta da definição do perfil suitability e as estratégias de composição de carteira se tornam mais concretas. Pode parecer algo simples e sem muito valor, mas é de grande relevância para seus investimentos. Portanto, agora faça bom uso deste conhecimento.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Um bom favor

sexta-feira, 15 de abril de 2022

Maria circulava por aí. Todo santo dia, mil tarefas por fazer, atividades de não dar conta, alguma energia vital, e a vontade de fazer dar certo. Seu simples viver dentro da normalidade a intrigava por uma razão: ela não conseguia compreender a razão de alguém sempre exigir-lhe recompensas por alguma coisa ou indagar-lhe sobre seus interesses pelos feitos. Ela sequer conseguia explicar, mas relatava o que lembrava.

Maria circulava por aí. Todo santo dia, mil tarefas por fazer, atividades de não dar conta, alguma energia vital, e a vontade de fazer dar certo. Seu simples viver dentro da normalidade a intrigava por uma razão: ela não conseguia compreender a razão de alguém sempre exigir-lhe recompensas por alguma coisa ou indagar-lhe sobre seus interesses pelos feitos. Ela sequer conseguia explicar, mas relatava o que lembrava.

Certo dia, em seu trabalho, no executar normal de sua função, precisou se debruçar um pouco mais sobre algumas questões para entregar um resultado melhor a um cliente, cujo caso era menos rotineiro e mais complexo. O fez por dever de ofício, responsabilidade e intenção de solucionar a demanda. Ao terminar o serviço, aliviada e com sorriso no rosto, informou que tudo estava dentro da conformidade e finalizou a demanda. Eis que um colega, em sequência, indagou-lhe se aquele cliente era alguém importante a merecer tamanho empenho e exclamou que agora ele lhe devia um bom favor. Ela, que sequer havia pensado nisso, manteve-se calada e pôs-se a refletir.

Outro dia, ao se deslocar de carro, percebeu que o pneu estava furado. Encostou o veículo e em seguida, foi ajudada por uma pessoa do bairro que vinha logo atrás. Com o auxílio, sentiu-se aliviada e grata. Simpatizou-se com aquele que havia trocado seu pneu, e antes mesmo de perguntar como poderia retribuir a gentileza, ele afirmara em tom de brincadeira: “- você me deve essa, vou aparecer para cobrar.” Rindo, ela respondeu que sim. E seguiu.

Coisas assim aconteciam todos os dias, desde gestos brandos a propostas absurdas. Existir fazendo a coisa imputada como certa já lhe colocaria em posição de credora e também de desconfiança, afinal, qual a necessidade de dedicar-se tanto sem querer nada em troca? Começou a reparar, então, como parte da sociedade se coloca, talvez de forma inconsciente, sobre um tabuleiro de jogo, em que ganhar vantagens, dever favores, passar a frente, eliminar adversários, somar pontos passa a incorporar o cotidiano. Esse jogo, Maria, simplesmente, não queria jogar.

Ela queria que sentir gratidão bastasse, que dever comprometimento fosse o necessário e conviver com cooperação, harmonia, sensibilidade e responsabilidade fosse regra e não exceção. Sentiu-se a “estranha no ninho”, o “peixe fora d´água”, o “patinho feio”. E conformou-se. E resistiu. Segue circulando por aí e esforçando-se em suas mil atividades, sem interesses escusos. Prefere um olhar grato. E lhe basta.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A festa com dinheiro público

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Desde o cafezinho na padaria até a compra de um aparelho eletrônico em uma loja de conveniência, ou mesmo se abrir a torneira e beber um pequeno copo de água, você paga imposto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil está entre os 30 países que mais cobram imposto no mundo. Em contrapartida, está na pior colocação entre àqueles que transformam os tributos em benefícios para a sociedade.

Desde o cafezinho na padaria até a compra de um aparelho eletrônico em uma loja de conveniência, ou mesmo se abrir a torneira e beber um pequeno copo de água, você paga imposto. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil está entre os 30 países que mais cobram imposto no mundo. Em contrapartida, está na pior colocação entre àqueles que transformam os tributos em benefícios para a sociedade.

Somente em 2021, o Brasil arrecadou R$ 1,878 trilhão em impostos, quase 20% a mais do que no ano anterior. Em números mais palpáveis, quer dizer que nós trabalhamos e nos esforçamos cerca de 150 dias do ano, somente e tão somente para pagar tributos para o governo.

De acordo com o Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, que registra o montante de tributos pagos pelos brasileiros, do começo do ano até ontem, 13, foram arrecadados R$ 838 bilhões em imposto em todo país. Somente em Nova Friburgo, o valor alcançado até o momento chega ao montante de R$ 316 milhões.

É inegável que o imposto é necessário e o Estado precisa arrecadá-los, afinal, essa é a única forma de manter os hospitais e demais repartições públicas em pleno funcionamento, seja através do pagamento de funcionários públicos ou por meio das obras em infraestrutura. A grande questão é, o dinheiro vem sendo bem empregado?

O uso duvidoso dos recursos públicos

Na última segunda feira, 11, uma notícia ganhou atenção de todos os portais de notícia, após a divulgação da lista de compra do Exército de mais de 35 mil unidades do remédio Sildenafila, popularmente conhecido como Viagra - o mais usado no mundo para tratar a disfunção erétil. O Exército Brasileiro afirma que o medicamento será utilizado para o tratamento de hipertensão pulmonar arterial – e de fato, é viável como uma alternativa mais barata, segundo médicos.

Contudo, surpreende que além de Viagra, o Ministério da Defesa também aprovou a compra de medicamentos estéticos, usados no tratamento contra calvície. E se já não parecesse suficiente, foram adquiridas 60 unidades, variando de 10 a 25 centímetros - algo em torno de R$ 4 milhões – em, pasmem, próteses penianas infláveis! Sim, o dinheiro que contribuímos está sendo usado para pagar tratamentos capilares e cirurgias contra disfunção erétil.

Práticas de abuso com o dinheiro público ocorrem sempre e em tempos não muito distantes. Em 2019, o STF licitou um cardápio que incluía desde o café da manhã, passando pelo “brunch”, almoço, jantar e coquetel. Mesmo com os questionamentos acerca da real necessidade da compra de medalhões de lagosta e vinhos premiados para refeições servidas aos seus integrantes e convidados, a casa maior da Justiça realizou o polêmico jantar de R$ 480 mil.

Em 2020, o Exército contratou um buffet regado a whisky 12 anos, cerveja e vinhos - contando com quatro tipos de uvas diferentes - para festividades no interior do Mato Grosso do Sul. Além de muita bebida, a festa contou com mesa de frios, camarão, peixes da melhor qualidade e filé mignon. A cereja do bolo é a exigência da utilização de guardanapos em tecido Oxford ou cambraia de linho. E o custo? R$ 8 milhões aos cofres públicos.

Aqui em Nova Friburgo, recentemente a prefeitura abriu um processo licitatório para contratação de serviços de alimentação para eventos e recepções. A repercussão foi negativa entre os friburguenses e após descoberta que empresa vencedora da licitação, conforme apurado pela TV Zoom, teria como seu ramo principal de atuação, o aluguel de máquinas e equipamentos para construção, a prefeitura optou por acatar a recomendação do Ministério Público e voltou atrás, cancelando a licitação.

E cá entre nós, apesar de não sermos os gestores, deveríamos ser os verdadeiros beneficiados do dinheiro público, já que, todo santo dia, contribuímos - e de uma forma muito árdua - para que os cofres públicos encham. Deveria ser lógico que os nossos representantes, eleitos pelo povo – sejam eles de direita, centro ou de esquerda - tragam melhorias para a população como um todo, e não em detrimento de uma minoria!

 Há um sentimento de revolta dos donos dos lares brasileiros, se esforçam muito para conseguir comprar a cesta básica enquanto as repartições públicas realizam grandes banquetes regados a regalias. É uma aberração saber que enquanto pessoas morrem por falta de estrutura e medicamentos nos hospitais, o nosso dinheiro esteja sendo empregado em próteses penianas e remédios para crescimento capilar para militares.

Enquanto isso, seguimos nós, brasileiros, inconformados e impotentes, contribuindo 150 dias de trabalho ao Estado e vendo que vivemos num país que oferece muito para uma parcela extremamente seleta da sociedade. E pior, à nossas custas.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Transtorno de personalidade Borderline

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Transtorno de personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. O Transtorno Borderline também chamado de Limítrofe, atinge a personalidade produzindo desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas.

Transtorno de personalidade é uma alteração grave do caráter da pessoa. O Transtorno Borderline também chamado de Limítrofe, atinge a personalidade produzindo desregulação emocional, raciocínio extremista e relações caóticas.

“Borderline” vem do inglês que significa “limítrofe”, “linha de demarcação de uma fronteira”. Uma pessoa com diagnóstico de Borderline apresenta humor instável, problemas com a identidade, tendência a comportamento briguento, impulsividade sobretudo autodestrutiva, manipulação e chantagem, conduta suicida, sentimentos crônicos de vazio e tédio, age de modo imprevisível sem se preocupar com as consequências.

Isto surge mais no fim da adolescência e se concretiza nos primeiros anos da fase adulta. Cerca de 2% da população tem Transtorno Borderline, 76% em mulheres e em 20% da população carcerária. As causas deste transtorno incluem: infância traumática, diversas formas de abusos, sexuais, emocionais, separação dos pais, predisposição genética. 80% dos Borderlines relatam que o casamento de seus pais foi muito conflituoso. Apesar disto, cerca de 20 a 25% vêm de famílias estruturadas.

Para se dizer que uma pessoa tem o Transtorno de Personalidade Borderline ela precisa apresentar: instabilidade afetiva acentuada, ira inapropriada de difícil controle, sentimentos crônicos de vazio e tédio, repetição de tentativas ou ameaças de suicídio, automutilação, relacionamentos interpessoais instáveis e intensos com extremos amor e ódio, impulsividade em áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa como vida financeira, sexo, uso de substâncias.

Os que sofrem do Transtorno de Personalidade Borderline afastam aqueles de quem mais precisam. Precisam do afeto e da companhia dessas pessoas, mas podem afastá-las de forma cruel e, muitas vezes, assustadora. São exigentes de atenção e excessivamente manipuladoras, embora dificilmente o admitam.

Borderlines são como crianças num corpo de adulto. Imaturos emocionalmente, não sabem esperar, querem sempre recompensas imediatas, não toleram frustrações e tendem a colocar a culpa sempre em outros por suas falhas.

O tratamento deste transtorno envolve medicação, psicoterapia e orientação da família. Se um Borderline se esforçar para analisar sua tendência doentia de pensar, sentir e de se relacionar, será possível flexibilizar a rigidez de sua personalidade. Isto diminuirá o sofrimento para si e com quem ela convive. Ciúmes doentios que geram brigas diminuirão ao ela aprender a controlar impulsos agressivos.

Quando o Borderline decide fazer o possível para melhorar seu comportamento, pode sair deste estado doentio e pouco a pouco se tornar mais agradável, confiável, flexível, menos dramático, menos histérico, menos agressivo e explosivo, menos frio e calculista, passando a ter apenas traços não dominantes do que antes era rígido e muito entranhado em sua personalidade.

O Borderline pode melhorar se: (1) admitir que tem problema de personalidade; (2) procurar e receber ajuda para mudar; (3) entender e perceber que existem formas de pensar distorcidas em sua mente, baseadas em crenças errôneas desenvolvidas na vida; (4) cultivar o conceito de que precisa desidealizar as coisas, aceitando que a perfeição é uma meta que não atingimos plenamente. Aceitando esta limitação, a ansiedade, a agressividade, a explosão emocional, a hostilidade podem diminuir, melhorando o contato agradável com as pessoas; (5) olhar para seus erros cometidos involuntariamente como momentos para aprender em vez de se depreciar e angustiar e (6) aprender a se permitir ter momentos de relax, lazer, desfrutando amizades. O primeiro profissional a ser procurado para iniciar o tratamento borderline é o médico psiquiatra.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Semanas curtas

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Semanas curtas
As duas próximas semanas terão além de três feriados, três pontos facultativos no Estado do Rio de Janeiro. Ou seja, a segunda quinzena terá praticamente apenas cinco dias úteis. Feriados da Sexta-Feira Santa (dia 15) e Tiradentes (21), ambos nacionais. Já o feriado de São Jorge (23) é apenas estadual, mas cairá em um sábado. Já foram decretados pontos facultativos antes e entre esses feriados.

Semanas curtas
As duas próximas semanas terão além de três feriados, três pontos facultativos no Estado do Rio de Janeiro. Ou seja, a segunda quinzena terá praticamente apenas cinco dias úteis. Feriados da Sexta-Feira Santa (dia 15) e Tiradentes (21), ambos nacionais. Já o feriado de São Jorge (23) é apenas estadual, mas cairá em um sábado. Já foram decretados pontos facultativos antes e entre esses feriados.

Carnaval em feriadão
Neste ano, diferente dos anteriores, por conta da pandemia da Covid-19, o carnaval na capital e em boa parte dos municípios brasileiros acontecerá em meio ao feriadão de Tiradentes. Assim, a semana seguinte tem ponto facultativo na quarta-feira (20) e na sexta-feira (22). O primeiro dia de ponto facultativo, no entanto, já é nesta quinta-feira (14), antecedendo a Sexta-Feira da Paixão.

Comércio abre ou não?
O comércio poderá funcionar nos feriados, desde que os empregadores oficializem o acordo junto aos sindicatos patronal e de empregados. Os pontos facultativos valem apenas para as repartições públicas, portanto, não afetam a abertura do comércio.

Atípico
Tradicionalmente, a adesão à abertura a partir do acordo coletivo é baixa, principalmente na Sexta-Feira da Paixão, 21. São Jorge, por ser feriado estadual, teve sempre maior adesão nos anos anteriores. Neste ano como cai no sábado e tem carnaval em outras cidades, é mais difícil prever. Mas como já terá Tiradentes na quinta, 21, é provável que a maioria opte por abrir, com tendência maior para a quinta-feira.

Festival de Costela
A volta dos eventos às praças públicas. O marco será no próximo feriadão, que repito, será carnaval na capital fluminense e em várias outras cidades brasileiras. A folia friburguense ficou para o frio de maio. Por aqui, a costela é quem desfila, na Praça do Suspiro, na 2ª edição do Costela Day. Os organizadores prometem três toneladas de costelas assadas no fogo de chão.

Gastronomia e música
A costela é apenas um dos ingredientes que acaba por dar nome ao festival. Outros cortes de carne, hamburgueres, doces e cerveja são mais delícias que se somam a atrações musicais ao vivo e espaço para crianças. Além de DJs, estão confirmadas Cuca Livre, Janael Costa, Giovana Aguilera, Edu Barcelos, Bela Zaremba, Banda Manifesto e Opiun. O evento será dos dias 22 a 24.

Bye, bye Brasil
Difícil, ultimamente não conhecer um amigo, vizinho ou mesmo parente que tenha ou esteje se mudando para o exterior. Números recentes de uma pesquisa comprovam: a taxa de brasileiros indo morar em outros países é a maior dos últimos 11 anos. Em 2021, 17% dos brasileiros que deixaram o país não retornaram. Só para efeito de comparação, em 2019, essa parcela foi de 5%.

Ir e não voltar
O desejo de morar fora foi intensificado pela piora da crise econômica e o ambiente político conturbado do país. Os EUA é o principal destino, seguido de Portugal. O número de profissionais e famílias que buscam vistos, especialmente dos EUA, aumentou, assim como a entrada por meios ilegais. O total de remessas enviadas por brasileiros vivendo no exterior passou de US$ 2,9 bilhões em 2019 para US$ 3,8 bilhões em 2021.

Promessas não cumpridas
O Procon do Rio de Janeiro entrou com uma Ação Civil Pública contra uma empresa de consultoria e tecnologia e instaurou processo administrativo contra outras quatro, de investimentos e criptoativos. Na ação, a autarquia solicitou tutela de urgência para nomear um administrador judicial, a fim de impedir que os gestores das empresas exerçam qualquer função até que o mérito da ação seja julgado.

Investimentos falsos
Quatro empresas estão sendo investigadas e terão que responder os questionamentos feitos pelo Procon-RJ. Denúncias apontam que as empresas prometeram retorno aos seus investidores, porém  não realizaram por completo o repasse dos rendimentos. O propósito é reaver os valores investidos pelos clientes, fazer com que as empresas cessem estas práticas e desestimular que outras assessorias de investimento realizem este tipo de negócio.

Não há retorno certo em mercado financeiro
O Procon-RJ alerta que o consumidor precisa ficar muito atento para não cair em golpes e desconfiar de empresas que usam expressões como: renda certa, rentabilidade fixa ou garantida. Consumidores de uma dessas empresas, por exemplo, relatam que ela prometeu retorno financeiro mensal e, que ao final de seis meses, o capital investido seria devolvido. Segundo as queixas, a empresa encerrou as atividades, entregou uma confissão de dívida de devolução de capital que seria feita em seis parcelas, porém não cumpriu o que foi afirmado.

Facilidade demais...
Clientes reclamam que contrataram o serviço de investimento em criptoativos com a promessa de que receberiam 14% de rendimento mensal. Não receberam o repasse dos rendimentos, nem os valores investidos. Já os clientes de outra empresa relataram que a empresa influenciava os clientes a contratarem empréstimos em bancos tradicionais, com a promessa de que as parcelas seriam pagas por eles, caso o valor total fosse investido no mercado financeiro pela empresa. O investidor receberia uma rentabilidade acima do valor total do empréstimo, porém a empresa não repassava o valor prometido ao consumidor.

Real digital
Por falar em mercado, criptomoedas, o Banco Central inicia a versão piloto do Real Digital no segundo semestre desse ano. A ideia é começar a digitalização da moeda brasileira com testes estruturais. O Real digital terá o mesmo valor do dinheiro físico e poderá ser convertido para qualquer outra forma de pagamento. Parece um caminho sem volta.

Palavreando
“As folhas se desprendem das árvores para alimentar a raiz. A lei da vida não é como a lei das letras frias dos homens. Mas também não quer dizer que não seja um tanto doída”.

A Vilage no Samba apresentou, em grande festa, os protótipos das fantasias que apresentará no carnaval deste ano, em maio. A atual campeã cantará o sertão. Pelo que foi apresentado, muitas referências ao que está no samba-enredo: do campo à fé, da cultura às agruras. Os dias têm sido agitados em todas as agremiações, com muitos eventos e quadras bastante cheias. 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.