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Analice com níver e livro

terça-feira, 14 de junho de 2022

​Analice com níver e livro

Ontem, 13, a jovem Analice Barroso (foto) completou 16 anos sendo uma bênção especial na vida dos pais Alan e Aline Barroso. Seu aniversário foi motivo de alegria também para os irmãos Cassiano e Heitor, as cunhadas Ana Carolina e Gabriela, assim como demais familiares e todos aqueles que têm a felicidade de desfrutar do seu convívio.

​Analice com níver e livro

Ontem, 13, a jovem Analice Barroso (foto) completou 16 anos sendo uma bênção especial na vida dos pais Alan e Aline Barroso. Seu aniversário foi motivo de alegria também para os irmãos Cassiano e Heitor, as cunhadas Ana Carolina e Gabriela, assim como demais familiares e todos aqueles que têm a felicidade de desfrutar do seu convívio.

Nesta oportunidade, os parabéns para a querida Analice não devem se limitar apenas a sua mudança de idade. Isso, porque ela como uma admirável serva do Senhor, assim como seus pais, que são pastores, lançou recentemente o livro "A Conversa no Poço", uma tocante ficção cristã pela editora Denisdu.art. Quem desejar conferir esta publicação da Analice, adquirindo um exemplar do livro, pode acessar o site www.aprincesacrista.com

Aniversário com violeiro

No próximo sábado, 18, o simpático professor e morador do Cônego, Márcio Folly, que é professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em Campos dos Goytacazes, vai comemor com familiares e amigos seu aniversário.

Na oportunidade, as comemorações ganharão contornos ainda mais alegres, já que haverá apresentação do seu filho, Matheus Folly, que com apenas 18 anos, é um super talento musical com sua inseparável viola.

Com maior idade

Nesta quinta-feira, 16, a jovem Nicolly Duarte de Abreu (foto) estará completando 21 anos, para alegria de seus pais Maxione e Michelle, irmãos Lucas e Jhully, assim como demais familiares e muitos amigos.

Para a querida Nicolly, que além de instrutora de jazz, sapateado e balé em algumas escolas da cidade, cursa o 7º período de odontologia na UFF, nossos parabéns com votos de mais sucessos e felicidades sempre.

Faz total sentido!

Dois conhecidos comerciantes amigos durante um café na Superpão no último domingo, 12, falavam com satisfação das excelentes vendas alcançadas no fim de semana por conta do Dia dos Namorados que, segundo eles, foram muito melhores que o Dia das Mães.

Um deles, bem humoradamente mandou essa: "Mãe só se tem uma!". Já as namoradas....

Grêmio Português com 8.9

Na última sexta-feira, 10, foi o Dia Nacional de Portugal e no sábado, 11,  o tradicional Grêmio Português de Nova Friburgo que congrega a colônia portuguesa em nosso município e região, chegou à marca de 89 anos de fundação.

Por isso em tempo de registro de satisfação, nossos cumprimentos a vice e ao presidente do GPNF vistos respectivamente na foto, Vera Cintra e Marco Krämer. A equipe congega esforços desde já para uma grande celebração no ano que vem por conta dos 90 anos de existência. Saudações.

Shows nas alturas

Independentemente do que a Prefeitura de Cordeiro poderá ao não enfrentar junto ao Tribunal de Contas em razão do elevado custo para realização de sua famosa exposição agropecuária deste ano em sua 100ª edição que ficará em torno de R 3,5 milhões e será de 16 a 24 do mês que vem com ingresso gratuito para todos, a programação de shows dá o que refletir a respeito dos valores dos artistas.

Em ordem, do mais baixo para o mais elevado custo, somente os shows abiscoitarão dos cofres da municipalidade cordeirense mais R$ 2 milhões, da seguinte forma: Roupa Nova R$ 170 mil; Marcelo Falcão R$ 180 mil; Gustavo Mioto R$ 193,5 mil; Raça Negra R$ 225 mil; Zé Vaqueiro R$ 252,5 mil; Leonardo R$ 265 mil; Luan Santana R$ 274 mil; Simone & Simária R$ 350 mil e Maiara & Maraísa R$ 368,5 mil.

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Santíssima Trindade

terça-feira, 14 de junho de 2022

Depois de celebrar as solenidades da Páscoa e Pentecostes, a Igreja Católica festejou no último domingo, 12, a Solenidade da Santíssima Trindade, o grande mistério da fé cristã. O Deus que é Uno e Trino, é glorificado por suas maravilhas em favor da humanidade.

Longe de poder compreender este grande mistério de amor, o crente percebe-se envolvido e inserido nos laços que unem a indivisível tríade: Pai, Filho e Espírito Santo. Todo aquele que professa a fé no Deus uno e trino reconhece que tudo provém do Pai, passa pelo Filho e se completa no Espírito Santo.

Depois de celebrar as solenidades da Páscoa e Pentecostes, a Igreja Católica festejou no último domingo, 12, a Solenidade da Santíssima Trindade, o grande mistério da fé cristã. O Deus que é Uno e Trino, é glorificado por suas maravilhas em favor da humanidade.

Longe de poder compreender este grande mistério de amor, o crente percebe-se envolvido e inserido nos laços que unem a indivisível tríade: Pai, Filho e Espírito Santo. Todo aquele que professa a fé no Deus uno e trino reconhece que tudo provém do Pai, passa pelo Filho e se completa no Espírito Santo.

Há de se esclarecer que não se trata de três deuses, mas um único Deus em três pessoas. Ao longo dos séculos o dogma trinitário foi se moldando no aprofundamento do conhecimento da Sagrada Escritura, na riqueza da Sagrada Tradição e na fidelidade do Sagrado Magistério.

Os esforços em purificar a fé das impurezas e imperfeições foram enormes. Muitos homens e mulheres escreveram os seus nomes na história da fé percorrendo os sinais revelados por Deus. A fé batismal teve suas raízes na experiência pascal das comunidades primitivas na pessoa de Jesus de Nazaré, que unido ao Pai e ao Espírito Santo, falava em nome de seu Pai, fez a sua vontade e morreu para a salvação da humanidade.

Não nos interessa aqui fazer um tratado teológico sobre o Mistério Trinitário, mas, na contemplação, buscar traduzir em atos o que professamos com as palavras. “O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo. É, portanto, a fonte de todos os outros mistérios da fé, é a luz que os ilumina” (Catecismo da Igreja Católica, 234).

Pelo Batismo, o cristão é inserido na comunhão divina de amor e nos tornamos responsáveis pela unidade de todo gênero humano, promovendo a reconciliação de todos os corações em Cristo, base da civilização do amor que todos queremos.

A perfeita união vivida no Deus uno e trino é fonte de inspiração da comunhão entre as pessoas. Toda forma de divisão e intolerância fere em sua essência a humanidade criada para o amor. A Palavra de Deus exorta: “Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12,14) e “mantendo um bom entendimento uns com os outros” (Rm 12, 16). Quando não enxergamos o próximo como templo onde Deus habita, mas a partir de nossos próprios interesses, ferimos esta paz.

É sempre difícil conviver com as diferenças e, no entanto, este é nosso ambiente natural. Portanto, a paz com os vizinhos, com os amigos e, sobretudo, na família não é puramente resultado dos elementos convergentes de nossos ideais e comportamentos, mas do mútuo entendimento, da tolerância e do amor recíproco.

A paz só será uma realidade possível pela unidade. São Paulo nos ensina que, para sermos com Cristo um só corpo, é preciso jogar fora o velho fermento da maldade e da iniquidade, vivendo como pães ázimos da pureza e da verdade (cf. I Cor 5, 7-8).

Deste modo, compreendemos que a verdadeira paz tem sua raiz na comunhão da Trindade Divina. E que só é verdadeiramente pacífico quem se deixa vencer pela Verdade e vive a comunhão com Deus e com os irmãos na prática da justiça e da caridade.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação.

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As águas que navegamos

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Navegar é preciso para sermos únicos e deixarmos nossos registros pelos
caminhos que passamos.

***

Navegar é preciso para sermos únicos e deixarmos nossos registros pelos
caminhos que passamos.

***

Estamos lendo no Clube do Livro Vivências o livro “Correnteza”, de
Adriana Falcão, da Ventania Editorial, publicado em 2021. O romance traz ao
enredo a interação de quatro mulheres de gerações diferentes, interligadas por
laços familiares, vivendo momentos de vida distintos. Bisavó, avó, mãe e filha.
Do presente ao passado, cada uma delas constrói a vida em contextos
culturais próprios, sendo que o da última geração integra e desintegra as
relações humanas, afetivas e culturais entre elas. São quatro tempos em um
só, em conflitos de emoções, incompreensões e identidades entre os modos de
viver e o findar, no sentido mais figurativo da expressão.
E aí, nós leitoras, mergulhamos num debate amplo, até porque somos
mulheres. Vou falar por mim. Mas acredito que minhas conjecturas perpassem
o pensamento do grupo. Do adolescer ao envelhecer, ninguém escapa dos
processos de transformação que sofremos ao longo dos anos. Sim, senhor,
todos nós vamos morrer. Será que devemos nos deter a isso? Ou pensar nos
modos como estamos vivendo cada dia, com todos as perdas, conquistas e
desafios. Para quem a vida é fácil? Ora pois...
Posto que, hoje, estamos também inseridos num mundo mutante, dado
que os referenciais mudam. A cada instante. Quero reafirmar que as
correntezas da vida nos fazem surfar a primeira onda mais de uma vez por dia.
O que nos desafia a reconstruir a identidade individual constantemente e a
desenvolver prestezas inéditas. “Quem sou?”, “O que e como fazer para ser?”.
O mundo nos impõe muitos “Tu és!”. A começar pela identidade sexual que nos
exige a definição de gênero. E quantos são? Mais de trinta. Ufa! Quanto tempo
o sujeito, que sujeitado somos a tudo e a todos, precisa para se definir? Não
sei... Será uma definição tranquila, sem conflitos? Ou um processo sofrido?
Será preciso experimentar quantos gêneros se somos seres de experiências?

Fora isso o que é preciso desvendar num mundo em que o real e o virtual
se confundem e se interagem como se estivessem no mesmo plano? Ou seja,
somos dois em um. A criança engatinha com um computador nas mãos,
misturando os sentimentos reais com os virtuais e, desde a mais tenra idade,
vive a intermitência entre a perfeição e a imperfeição. O que há de verdade? O
que há de certo ou errado?
E os valores humanos? Ah, será que os valores estão submetidos ao
conceito imediatista de felicidade? Zygmunt Balmam foi brilhante ao conceituar
“Modernidade Líquida” em que os conceitos e os valores tendem a ser
evaporados com facilidade na realidade concreta.
Nosso destino é feito de fluxos e refluxos, passamos por várias correntes
e contracorrentes.
Quem não passa a vida aprendendo a lidar com suas águas doces e
salgadas?

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Lista de prefeitos que não têm contas aprovadas

sábado, 11 de junho de 2022

Edição de 10 e 11 de junho de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 10 e 11 de junho de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Tribunal prepara lista de prefeitos que não têm contas aprovadas - É da lei que candidatos que não tenham contas de gestões passadas devidamente aprovadas pelo Tribunal de Contas da União, não poderão ser registrados e consequentemente estão impedidos de concorrer em qualquer eleição. O número de ex-prefeitos cujas prestações de contas ainda não foram aprovadas é bastante grande, com processos iniciados em 1967.
  • Batalha Naval do Riachuelo: Sanatório Naval a frente das comemorações - A direção do Sanatório Naval de Nova Friburgo com o seu dinâmico e fidalgo diretor, o Capitão de Mar e Guerra (MD) dr. Djalma da Rocha Santos Filho no comando das comemorações, vai promover cerimônia de formatura em frente ao busto de Marcílio Dias, na praça que tem o nome do Imperial Marinheiro, pela passagem de mais um aniversário da Batalha Naval de Riachuelo: feito enobrecedor da Armada Brasileira. O Sanatório Naval aqui sediado modelar unidade da Marinha Brasileira que presta os mais relevantes serviços ao município, anualmente promove festejos comemorativos da efeméride, considerada realmente magna em todo o Brasil. 
  • Fundação Anchieta estuda novas regionais - Os estudos para a implantação de novas regionais da Fundação Anchieta em municípios fluminenses continuam sendo realizados junto às prefeituras municipais, segundo a professora Diva Palma, sua diretora. Até o momento a fundação já instalou as regionais de Cachoeiras de Macacu, Santo Antônio de Pádua, Campos, Aperibé, Duque de Caxias, Macaé, Quissamã, Monte Alegre, Miracema, São Matheus, São Gonçalo, Teresópolis e Venda das Flores. Parece mentira, mas é verdade patente que Friburgo tenha sido esquecida até hoje… 

Pílulas:

  • A medida que os dias passam, o panorama da política friburguense mais se desanuvia, marcando-se posições e estabelecendo-se situações, numa engrandecedora luta democrática. As arestas são aparadas, as dificuldades são amainadas, os pontos de vista são expostos e cada qual se situa dentro do que sente e pretende que seja a respectiva situação pessoal. É a política partidária trazendo para cada um e para todos uma série de implicações que estranhos não podem aquilatar e muito menos deitar cátedra… 
  • E viva os que não sabem trair, os que não se acomodam, os que não se subordinam, não são calhordas nem ineficientes. Aos “salvadores da pátria”, aos que não se atrelam pretensas e espúrias lideranças, salve enfim pela glória da nossa comunidade. 
  • Mas agora, a Inês é morta, não podendo prevalecer a oração da mea culpa, e muito menos o choro do não sabemos por quê, do não fazemos nada, do estamos surpreendidos, etc, etc. 

E mais… 

  • Ritmo acelerado na pavimentação da estrada da Serra…
  • Asfaltamento da Rua Alberto Braune… 
  • Moratória na Amae… 
  • Nova sede da Faculdade de Odontologia…

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Luiz Carlos Cheles Rosa (30 de maio); Frederico Sichel e Antonio Lima (11); Geraldinho Ventura, Antonio Roberto Oliveira e Sérgio Felga Filho (12); Mary Silva (14); Arlete Cordeiro Machado, Guy Dutra da Costa, Maria June Ximenes de Castro Nunes e Gilson Burckhardt (15); Elias Nami, Pedro Rodrigues, Lucas Bohrer e Ludgero José da Silva (16); Nacyra Jabour e Renato Luiz Penna Lopes (17). 

 

Foto da galeria
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Carta para um amor

sábado, 11 de junho de 2022
Foto de capa
(Foto: Pexels)

Meu amor, te conheço mesmo sem sequer saber seu nome, mas já suponho te adorar e ao adorar, te prometo cuidado. Sabe, sei que vamos nos entender, mesmo quando não concordarmos. Porque seremos sempre dois, indivíduos, mas nós. Não me iludo com essas tolices de perfeição, mas acredito na felicidade. 

Meu amor, te conheço mesmo sem sequer saber seu nome, mas já suponho te adorar e ao adorar, te prometo cuidado. Sabe, sei que vamos nos entender, mesmo quando não concordarmos. Porque seremos sempre dois, indivíduos, mas nós. Não me iludo com essas tolices de perfeição, mas acredito na felicidade. 

Quero me molhar com você na chuva, bronzear de Sol sua Lua. Estudar seu signo, ascendente, Vênus, cada casa zodiacal. E, a cada inferno astral que tiver, enfrentar a astrologia e contradizê-la, provocando em você paraíso. Nesses dias, vou caçar conchas com você na beira da praia, vou subir montanhas e roubar estrelas. Da constelação adquirida, te fazer um cordão e quem sabe, através desses amuletos, flutuar seu corpo e me fazer voar nas asas das suas imaginações. 

Amor, chega logo. O jantar está posto. Velas acesas. Luz para fazer a sombra de nós dois se entranhar em beijos, corpo inteiro dentro de outro corpo. Seus lábios arrepiando lugares que sequer sabia que arrepiavam. Te beijar sem querer parar de beijar. Te respirar mesmo perdendo ar nas telas que te pintarei. Tantas cores existem na galáxia dos seus pensamentos e somadas aos meus sentimentos dão trilhões de aquarelas. 

Me veste de flores e sem pudores me arranca desses farrapos que mordem as sinas de quem, às vezes, esquece que pode amar mais do que sonha. Vem e amansa a imensidão que finge infinito, mas revela eternidade interrompível. 

Sorrio, finjo não chorar. Quero o sossego do amor sensato, o exagero do amor que se estende para além dos janeiros de cada ano. Bobagem não colecionar coragem de se dar e se entregar. Entregue, meu coração te conhece e me guia a aprender você e te descobrir e seguir te descobrindo a cada novo segundo. Salto no som de seus sussurros e pelas vozes da paixão tremem as minhas pernas, que bambas, seguem cheias de propósito para te acarinhar os pelos. 

Amor meu, não tarde. Mas ainda que não se apresse, não demore, estou aqui. Não precisa bater na porta, só venha. Na dança dos átomos, na velocidade da luz, entre espaçonaves alienígenas, no recanto das flores de baunilha, se achegue nas correntes de vento que fazem evaporar as casquinhas dos machucados sarados. Tatuo você no peito e mais forte do que sou, por admitir fraquezas, doo a dor que tenho para sangrar menos do que morrer. Vivo e vivendo você, sou mais do que pretendo.

Saudade já visita e arrebenta o coração antes mesmo de sair e fico ansioso para que a cesse rápido, que volte logo. Redenção à liberdade de perecer com você. Mergulho são, sem ser racional. Acordo mais cedo para não te perder e fazer das manhãs alimento para espantar a fome que sentirei nas horas da tarde. Tem bombons belgas na prateleira. 

Na fadiga do fim do dia, descansar no seu colo e ser repouso, sofá, cadeira, rede e cama. Deixei recados para você na gaveta. Declarações de amor para o Dia dos Namorados e para os demais dias de namorar você. 

Estampo a capa da revista em tom de procura, te acho, me deixo ser achado por você. Disfarço paciência, não escondo a ansiedade, a qualquer hora sei: você vai chegar. Reconheço a recusa a bocas fáceis, não quis desacatar os erros, nem quem me quis, mas no canto do espelho já vejo você e canto para me encantar de você. 

Meu amor, vem e só venha costurar esses laços invioláveis que se criaram antes mesmo de tudo existir. Estão protegidas as utopias para você surgir naquela esquina onde, o músico que não sei o nome, toca violoncelo. Serei a tempestade de seus verões, como a fortaleza de suas perdições. Tem sonhos no cume das árvores da floresta que plantei, no terreno lunar do quintal da nossa casa, no interior. 

Os imãs na geladeira perfilam o alfabeto que formam seu nome. O silêncio dos burburinhos das mesas dos bares, comentam sobre nós. E não escondo o quanto te quero, meu amor futuro que pretendo antecipar para esse presente que me presenteia energia e motivos para te sorrir largo. Sentimento bom de calma que toca a alma e faz a existência prazerosa. 

Não sei ainda o seu nome, mas agora e depois da hora vou te chamar de meu amor.

 

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Novo Ciep em Nova Friburgo

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Novo Ciep em Nova Friburgo
O Ciep Luiz Carlos Veronese, no distrito de Conselheiro Paulino, foi um dos 50 escolhidos em todo o Estado do Rio para passar por um completo processo de reformulação, através do projeto E-Tec, Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades. Os 50 cieps escolhidos terão novas estruturas físicas e pedagógicas.

Novo Ciep em Nova Friburgo
O Ciep Luiz Carlos Veronese, no distrito de Conselheiro Paulino, foi um dos 50 escolhidos em todo o Estado do Rio para passar por um completo processo de reformulação, através do projeto E-Tec, Escolas de Novas Tecnologias e Oportunidades. Os 50 cieps escolhidos terão novas estruturas físicas e pedagógicas.

Escola TEC
Atualmente, Nova Friburgo conta com apenas com um Ciep. O Glauber Rocha, também no distrito de Conselheiro Paulino, foi descontinuado e abriga, atualmente, a unidade regional do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Já o Licínio Teixeira, em Olaria, serve a municipalidade e ao polo Cederj. Na Região, Serrana, ainda foram contemplados mais dois cieps, o de Cachoeiras de Macacu e o de Cantagalo.

IDH
Segundo o Governo do Estado do Rio, a escolha desses cieps para reformulação tomou como base o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das localidades com maior vulnerabilidade social. A maioria dos 50 escolhidos fica na Região Metropolitana, notadamente capital, São Gonçalo e Nova Iguaçu.

Distribuição de chromebooks
Entre os recursos tecnológicos empregados no projeto estão a distribuição de mais de 24 mil chromebooks, sistemas de monitoramento por câmera, conexão à internet de alta qualidade, lousa digital e área destinada às atividades de produção audiovisual, robótica e salas makers. Todas as unidades E-Tecs serão sustentáveis e receberão painéis solares e lâmpadas de LED, além de reuso de água, coleta seletiva de lixo e horta comunitária.

Unificação de impostos
Segue longe de ser realidade a unificação de impostos que tem tido forte resistência, especialmente, por parte de prefeituras de todo o país. A Frente Nacional de Prefeitos – que reúne as capitais e a cidades com mais de 80 mil habitantes –, assim como outras associações alertam que a proposta trará prejuízos à população. Argumentam queda de receita para os municípios (principais prejudicados), além do aumento da carga tributária.

ISS e ICMS
A ideia em discussão desde 2019 é reunir o ISS, receita própria dos municípios, ao ICMS (Estados) para a instituição do IVA. A proposta coloca todas as empresas prestadoras de serviço no modelo do ICMS, evidentemente mais complicado e com custos mais altos de apuração. Estudos técnicos apontam que o IVA retira dos municípios cerca de R$ 354 bilhões em 15 anos. Ou seja, cerca de R$ 23,6 bilhões por ano.

Municípios perdem
Segundo a Frente de Prefeitos, o IVA, nos moldes propostos, possivelmente representará aumento de carga tributária, cenário no qual estados e municípios potencialmente perdedores de receitas deverão aumentar alíquotas, enquanto os ganhadores não necessariamente baixarão as suas.

Passos de tartaruga
A contraproposta é a simplificação do ISS por meio da edição de uma nova lei complementar nacional, que unifique as legislações locais, extinga a atual lista de serviços, preveja a cobrança do imposto em alíquota única municipal, com obrigações acessórias uniformes, cobrança do tributo por fora, incidência majoritariamente no destino e sistema de arrecadação nacional. Por enquanto, fica tudo como está. A proposta de unificação segue engatinhando. 

Reestruturação carreira Judiciário
Analista Judiciário e Técnico de Atividade Judiciária do Estado passarão a ser divididos em quatro classes (de A a D), com escalonamento remuneratório de 4% sobre o anterior - exceto para os servidores da classe D, cujo índice de aumento será de 8%. A reestruturação já foi aprovada e deve ser consumada nos próximos dias.

Inativos beneficiados
A maior novidade, no entanto, nessa reestruturação da carreira do judiciário estadual é a extensão do auxílio-educação, concedido na forma de reembolso, para todos os servidores inativos - benefício antes previsto apenas para os servidores da ativa. O auxílio contempla até três filhos por servidor. O valor mínimo do reembolso passa de R$ 953,47 para R$ 1.238,11. Há também a inclusão do Adicional de Qualificação: 7,5% para os graduados, 10% para os funcionários com certificado de especialização, 12,5% para os mestres e 15% para os doutores.

Estagiários
Os benefícios para a turma do judiciário não param por aí. Ficou ainda autorizado o reajuste do auxílio transporte mensal dos estagiários, sempre no mês de janeiro, levando em consideração a inflação acumulada dos 12 meses. O valor vai poder custear, no mínimo, duas passagens de maior tarifa cobrada em transporte coletivo, tendo como parâmetro a capital fluminense.

Diversidade em pauta
Depois de três anos seguidos como prioridade de empresas, a diversidade e a inclusão perderam para a preocupação com a saúde mental. Reflexo direto da pandemia. A pesquisa anual que analisa a percepção das prioridades das empresas mostra que em 2019, 24% tinham diversidade e inclusão como prioridade. Em 2020, o número subiu para 30%, e em 2021, para 32%. Neste ano, entretanto, a prioridade caiu para 18%.

Saúde mental
Segundo o relatório, uma das razões da queda seria a impressão de que o tema já está resolvido. Como iniciativas já foram tomadas nos últimos anos, as empresas decidiram focar em outros tópicos — como saúde mental, por exemplo. Além disso, com a pandemia e as novas políticas de trabalho, muitas empresas não incluíram a diversidade na pauta estratégica, focando em questões que pareciam mais urgentes para os resultados do negócio.

Palavreando
“Quero o sossego do amor sensato, o exagero do amor que se estende para além dos janeiros de cada ano. Bobagem não colecionar coragem de se dar e se entregar. Entregue, meu coração te conhece e me guia a aprender você e te descobrir e seguir te descobrindo a cada novo segundo”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Como você lida com seus imprevistos?

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Você trabalha, se dedica para conseguir pagar suas contas e aproveitar a vida. Se esforça e até abdica de muita coisa para proporcionar qualidade de vida a você e sua família. Mas quando a situação aperta e um imprevisto acontece, como você reage? Numa situação de emergência, tem alguma reserva a pronta disposição que possibilite superar a adversidade ou vai tentar dar “nó em pingo d’água” para superar uma fase ruim?

Você trabalha, se dedica para conseguir pagar suas contas e aproveitar a vida. Se esforça e até abdica de muita coisa para proporcionar qualidade de vida a você e sua família. Mas quando a situação aperta e um imprevisto acontece, como você reage? Numa situação de emergência, tem alguma reserva a pronta disposição que possibilite superar a adversidade ou vai tentar dar “nó em pingo d’água” para superar uma fase ruim?

É sobre segurança financeira que vamos falar hoje, com o objetivo claro de elucidar e orientar a consolidação da sua reserva de emergência. Se você, de fato, é um entusiasta acerca dos conhecimentos de finanças pessoais – ou, pelo menos, interessado no assunto –, é bastante provável que já conheça o assunto e talvez até esteja com sua reserva formada ou em formação. Agora, se você ainda não começou a se planejar, esse texto é especial para você!

O primeiro passo para começar a pensar na sua reserva, é conhecer a fundo suas finanças pessoais para chegar num valor médio e fidedigno (dedique um tempo ao estudo de suas finanças ou recorra ao auxílio profissional) de padrão de consumo mensal.

Com o valor médio das despesas mensais em mãos, é hora de colher outros dados: a segurança do seu emprego, acesso à auxílios de seguridade social e planos de seguro privado, a realidade pessoal de cada integrante familiar responsável pela participação da manutenção financeira doméstica, e alguns outros pontos mais singulares para cada pessoa – mas já não há a necessidade em me estender mais.

Enfim, são esses dados, a base para concluir o segundo passo: por quantos meses você pensa em suprir suas despesas sem contar com nenhuma geração de renda? Reserva de emergência é isso, pensar em suprir necessidades extremas e considerar a geração nula de renda. Portanto, com relação ao tempo, dependendo da singularidade de cada pessoa e contexto familiar, o prazo de abrangência desta reserva pode variar de três a nove meses. Defina, dentro destes critérios, o período mais adequado a sua realidade.

Somente aqui, no terceiro passo, você vai ser capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas: 1º passo - Valor médio de consumo mensal = R$ 3.500; 2º passo - Tempo suprindo o consumo mensal = nove meses; 3º passo - Valor da Reserva de Emergência: R$ 31.500.

Por fim, é fundamental saber onde alocar sua reserva. Opte sempre por produtos financeiros de alta liquidez (de preferência imediata ou D+1), com rentabilidade suficiente para suprir a inflação (rentabilidade alta não é o foco aqui) e baixa volatilidade (você não pode resgatar menos do que investiu para esta reserva). Para facilitar a interpretação, títulos públicos, CDBs de liquidez diária e fundos referenciados DI podem ser boas opções de alocação para a sua reserva de emergência.

Nunca sabemos quando e nem conseguimos prever o porquê, mas no futuro você pode passar por adversidades que farão ter valido a pena construir sua reserva de emergência. Pense nisso com carinho, pode representar a segurança da sua saúde financeira e o bem-estar familiar (ainda que sua família seja apenas você).

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Elos

sexta-feira, 10 de junho de 2022

O poder de um bom exemplo é inestimável, sobretudo quando advém de um fluxo sincero de querer bem, de fazer o bem.  Por muitas razões. Fomenta uma esperança de dias melhores. Relembra que ainda há o bem despretensioso entre nós. Que podemos nos salvar uns aos outros. Não sei se acontece com vocês, mas por vezes, quando me sinto parte dessa onda positiva, chego a me emocionar. Como se não fosse possível. Ou pela raridade que consigo perceber. Realmente está difícil estimar por dias melhores. Ver a luz entrando. Portar boas notícias para a sociedade.

O poder de um bom exemplo é inestimável, sobretudo quando advém de um fluxo sincero de querer bem, de fazer o bem.  Por muitas razões. Fomenta uma esperança de dias melhores. Relembra que ainda há o bem despretensioso entre nós. Que podemos nos salvar uns aos outros. Não sei se acontece com vocês, mas por vezes, quando me sinto parte dessa onda positiva, chego a me emocionar. Como se não fosse possível. Ou pela raridade que consigo perceber. Realmente está difícil estimar por dias melhores. Ver a luz entrando. Portar boas notícias para a sociedade. Mas o trabalho “de formiguinha”, de contribuir com uma parte, de ser sorriso em meio ao caos, também pode ser poderoso, sobretudo se for compromisso de um número cada vez maior de pessoas.

É importante nutrirmos a chama da esperança acesa. Essa esperança que a gente tem ou teve um dia, pura e genuína, que nos inspira a acreditar em tudo outra vez. “Prima-irmã” da fé de que tudo vai dar certo. É dela que estou falando, não de uma ilusão. Infelizmente não existe o gênio da lâmpada capaz de resolver todos os pedidos desejados como em um toque de mágica. As mudanças devem partir de nós. E a onda positiva desempenha seu papel de extrema relevância.

Os noticiários convencionais nos dão conta de que vivemos uma ruína social. Não raras vezes sentimo-nos desestimulados a fazermos nossa pequena parte. Por outro lado, precisamos gerir as oportunidades que nos chegam de fazer o certo, de promover a diferença, de incentivar pessoas. Ainda que assimilemos que somos nós os reais propulsores e entusiastas das mudanças, mesmo que acreditemos que um passo por vez é que constrói o caminho, não vivemos sós. Não somos sós. Precisamos integrar um todo em constante evolução, com perspectivas reais de melhoras.

E não para por aí. Nossas demandas são tão gigantescas e profundas, que se torna muito difícil inclusive direcionar os rumos das boas práticas, como se fossem obrigações sem foco, daquelas que sobrecarregam e não surtem efeitos, levando à alguma frustração e poucos resultados. Ainda que sejam absolutamente necessárias as grandiosas ações coletivas, que se concretize algum dia a utopia de que o Poder Público em sentido amplo se apodere das suas missões constitucionais e institucionais, é inegável a força que o trabalho “de formiguinha” tem um poder inenarrável.

O bem sendo o bem, praticado naturalmente, desde as pequenas coisas. As falas que consagram um otimismo. Os estudos que incrementem o saber para o bem. Os exemplos valorosos que inspiram, ajudam, contribuem. O respeito cotidiano. O orgulho por fazer o bem, por fazer o certo, por ser certo, por conceber uma escala de valores em que agir de forma correta seja prioridade. Há esperança de que essa onda pegue. Sejamos elos dessa corrente. Não o mais fraco, que se rompe. Mas o incorruptível.

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“CPI dos Sertanejos” e Lei Rouanet

quinta-feira, 09 de junho de 2022

Uma declaração do artista Zé Neto durante show no Mato Grosso, no meio do mês passado, reverberou e vem abalando o mundo milionário dos sertanejos. Após a alfinetada do cantor à Anitta e a Lei Rouanet, internautas, por conta própria começaram a buscar sobre valores de cachês pagos por prefeituras e órgãos públicos para artistas que se apresentam em shows por todo país.

Uma declaração do artista Zé Neto durante show no Mato Grosso, no meio do mês passado, reverberou e vem abalando o mundo milionário dos sertanejos. Após a alfinetada do cantor à Anitta e a Lei Rouanet, internautas, por conta própria começaram a buscar sobre valores de cachês pagos por prefeituras e órgãos públicos para artistas que se apresentam em shows por todo país.

 A polêmica declaração acabou respingando em uma série de artistas da indústria sertaneja, e incentivou a abertura de investigação de muitos contratos – grande parte sem licitação – com valores milionários por parte do Ministério Público. A #CPIdosSertanejos está reacendendo o debate do incentivo à cultura no Brasil.

Piada virou investigação

Durante um show, no Mato Grosso, em maio a declaração do artista Zé Neto trouxe à tona algumas polêmicas que vem abalando o mundo milionário dos cantores sertanejos. O artista, em um show, afirmou: “Não dependemos da Lei Rouanet, nosso cachê quem paga é o povo.” Em seguida, disparou: “A gente não precisa fazer tatuagem no ‘t*ba’ para mostrarmos se estamos bem ou não”.

Os comentários do cantor deram a entender de que ele estaria falando da cantora pop, Anitta, que mostrou publicamente que fez uma tatuagem íntima. Fato é que, com tatuagem ou sem tatuagem em locais delicados, o tiro saiu pela culatra e a declaração de Zé Neto trouxe à tona um verdadeiro embate polarizado politicamente, acerca dos gastos em cultura no país.

Em meio às declarações do cantor sertanejo, fãs e famosos decidiram investigar um pouco mais a fundo. E passaram a publicar em suas redes sociais muitos contratos pactuados pelas prefeituras e os artistas para a realização dos shows, pagos sem licitação. Polêmica!

Zé Neto tinha total razão ao dizer que o dinheiro gasto no show deles era de origem pública, contudo, os números vieram a assustar um pouco. Ao que parece quem jogou a pedra, tinha teto de vidro. A prefeitura de Sorriso, no Mato Grosso, gastou a bagatela de R$ 400 mil na contratação da dupla artística sertaneja, mas conta com apenas 90 mil habitantes.

Apenas um estopim. Ministérios públicos de vários estados começaram uma série de investigações de contratos feitos com outros cantores sertanejos. Em São Luiz, menor município de Roraima, paupérrimo, com apenas oito mil habitantes, pagou um cachê de R$ 800 mil para o cantor Gusttavo Lima. Até aí, ok! Se o orçamento do ano para merenda, transporte escolar e Vigilância Sanitária, somados, não fosse de apenas R$ 180 mil.

Mesmo sem energia elétrica para toda população, saneamento básico, asfalto ou postos de saúde, 48 cidades investigadas – com menos de 50 mil habitantes – investiram mais de R$ 14 milhões em shows de cantores sertanejos nesse ano eleitoral. Grande parte das cidades contratantes dos shows receberam R$ 28,5 milhões diretamente de Brasília, contudo dos 48 shows bancados com a verba pública, em apenas 35 é possível consultar o cachê pago.

Dentre eles, a cidade de Mar Vermelho, em Alagoas, que gastou R$ 370 mil para a apresentação do cantor Luan Santana, apenas dois meses antes das eleições. O município está entre os 100 com menor renda no país. Apenas 14,9% das casas possuem saneamento básico em uma cidade com apenas 3.474 habitantes. Somente 24% das moradias tem pavimentação adequada e, até 2019, só 9,4% da população estava empregada.

Depois dos shows sertanejos, os religiosos também entraram na mira das CPI’s. Pertinho da gente, o famoso festival do Tomate, em Paty dos Alferes, no Sul fluminense, passou a ser alvo de denúncias pelo motivo do dinheiro público para programação religiosa ter sido usado apenas para atender a programação de fiéis de vertentes evangélicas, deixando de fora, católicos e umbandistas.

No fim das contas, Zé Neto e Gusttavo Lima foram às redes sociais pedirem desculpas. Ainda não existe formalmente uma CPI instalada. Há promessas, mas até então, somente especulação e investigação. Mas enfim, qual a diferença entre a Lei Rouanet e o dinheiro público?

Lei Rouanet x dinheiro público

 A Lei Rouanet é um incentivo fiscal. Ou seja: é um investimento indireto, em que o governo abre mão de impostos que tem a receber das empresas e elas investem esse imposto em projetos culturais. Há um crivo do governo, mas a empresa acaba indicando os artistas que tenham uma identidade artística que tenha a ver com a imagem que querem passar. Evidentemente, tem sua problemática.

Mas para resumo da ópera: a Lei Rouanet é um dinheiro que deveria ser pago aos cofres públicos, mas é revertido em shows pelas empresas. As verbas públicas, somos nós que pagamos. Farinha do mesmo saco, apenas muda o posicionamento político de quem defende.

No fim das contas: É ilegal financiar shows com dinheiro público? Obviamente, que não! Mas, a partir do momento em que se critica artistas que fazem uso da Lei Rouanet, é no mínimo contraditório aceitar verbas públicas espantosas. Deixemos a politicagem de lado!

O incentivo à cultura é necessário, afinal, o que seriamos de nós sem a cultura? Uma população sem identidade. Não podem existir os abusos como vem acontecendo. Tudo deve ser contratado dentro da legalidade (licitação), impessoalidade (sem lado A ou B), moralidade (de um respeito), publicidade (transparência) e eficiência (necessário, somente o necessário, o extraordinário, é demais). Assim que deveria ser.

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Café: bom para a saúde?

quinta-feira, 09 de junho de 2022

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

Os adventistas do Sétimo Dia têm muita informação sobre saúde, têm mais de 300 hospitais em vários países, várias faculdades de Medicina e de outras áreas das ciências da saúde e muitas universidades no mundo todo. Em seu trabalho educacional eles defendem a alimentação vegetariana, abstinência de bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas, recomendam a prática de atividades físicas, uso de água pura em abundância, exposição adequada à luz solar, usar com equilíbrio mesmo os alimentos saudáveis, boa respiração de ar puro, repouso apropriado, convívio o mais possível na natureza e confiança no poder de Deus.

Há alguns anos a revista Geográfica Nacional publicou matéria de capa, mostrando que existem três povos no mundo com maior longevidade: de Okinawa no Japão, Sicilianos na Itália e Adventistas do Sétimo Dia. Uma das recomendações de saúde dos adventistas é evitar o consumo de cafeína, seja em refrigerantes, em chás como o chá mate, chá preto, chá verde, ou no café. Não é uma proibição do uso de cafeína, mas uma recomendação. A dra. Elizabeth diz que por 100 anos os Adventistas do Sétimo Dia se destacaram por apresentarem o que chamavam de “esquisitices sociais” por exemplo, por não fumarem. De décadas para cá a ciência tem provado os malefícios do consumo de tabaco. Não era esquisitice. E a ciência também reconhece que eles estão corretos ao recomendar os benefícios de um estilo de vida sem álcool e sem carne.

Kenneth Kendler, diretor do Instituto Virginia para Genética Psiquiátrica e Comportamental, estudou 3.600 gêmeos. Devido ao uso generalizado da cafeína, é difícil encontrar pessoas suficientes que não usem cafeína para formar a população de pessoas em situação semelhante necessária para comparar com as que usam. Assim, o estudo deste cientista só pôde mostrar o que uma redução no uso de café revelou. Ele descobriu que mais de cinco xícaras de café por dia dobravam o risco de transtornos de personalidade antissocial, ataques de pânico, ansiedade, depressão e uso de maconha, cocaína e álcool. Ele disse que o café é uma substância que “influencia a maneira como você pensa”.

A cafeína em uma “xícara de café” é em geral medida por uma xícara de café tradicionalmente fabricado. Mas a quantidade de cafeína em uma xícara varia bastante. Um estudo dos EUA descobriu que o café de uma cafeteria famosa tinha cerca do dobro do teor de cafeína de outras marcas disponíveis. Além disso, os tamanhos das xícaras de café se expandiram muito. Um grande café desta cafeteria famosa tem cerca de 3,3 vezes o volume de uma xícara de tamanho padrão, assim, apenas uma xícara desta cafeteria pode ter o teor de cafeína de 6,6 xícaras padrão.

A cafeína aumenta a pressão arterial, o colesterol no sangue e a taxa de bebês que nascem mortos, está associada ao aumento de ataques cardíacos em pessoas com uma variante genética específica e aumenta os distúrbios do sono.

Mas e os benefícios de desempenho não valem a pena? A Biblioteca Cochrane, principal coleção mundial de informações médicas baseadas em evidências, conclui que não há evidências de que a cafeína melhore o desempenho físico ou mental. O benefício mais comum apontado para o café é que ele é rico em antioxidantes. Qual a alternativa? Antioxidantes são prevalentes em frutas, vegetais, legumes e nozes, cujo consumo não produz problemas para a saúde como o café.

Conclusão: a cafeína é cada vez mais reconhecida pela comunidade científica como causadora de problemas de saúde. Bebidas cafeinadas não melhoram a qualidade de vida; elas apenas aumentam os custos financeiros e de saúde. Você pode substituir por café de milho, de cevada. É gostoso também e saudável!

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