O pior da região e um dos piores do Estado

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

sexta-feira, 01 de julho de 2022

O alerta está ligado. Nova Friburgo tem a pior variação percentual na geração de empregos com carteira assinada da Região Centro-Norte dos últimos 12 meses. É também um dos piores índices do Estado do Rio de Janeiro, ocupando no mesmo período (junho de 2021 a maio de 2022), a 73ª posição entre os 92 municípios fluminenses.

Abaixo da média

A variação de Nova Friburgo foi de apenas 3,5%. Araruama teve a melhor variação percentual (37,7%), seguida de Arraial do Cabo (34,8%). A média estadual está em 6,8%, quase o dobro do número obtido por Nova Friburgo. A situação municipal se agrava quando se compara ao Brasil e à Região Sudeste. O Brasil está com variação de empregos em 6,8%, enquanto o Sudeste em 6,5%, ou seja, tanto as médias estadual, nacional e do Sudeste estão bem acima da local.

Puxando a região para baixo

A capital fluminense acompanha a tendência geral e está em 6,4%. Já contando apenas os municípios da Região Serrana, Nova Friburgo também está abaixo da média (4,7%). Explica-se que por sua importância para a região, Nova Friburgo acaba sendo o vilão por puxar a média para baixo. A melhor variação de empregos nos últimos 12 meses é de Santa Maria Madalena (20,9%), seguida de Bom Jardim (13%). Os piores índices do Estado estão em São Francisco de Itabapoana, Rio das Flores e São José do Vale do Rio Preto.

17º em números gerais

Quanto ao saldo de emprego, ou seja, o número de empregos gerados subtraindo os de desligamentos, Nova Friburgo ocupa a 17ª colocação estadual, com 1.762 empregos, nos últimos 12 meses. O Rio de Janeiro é quem tem o melhor saldo, seguido de Macaé e Niterói. O estudo é do professor Mauro Osório, com base nos dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Previdência. O professor, um dos maiores estudiosos do Estado do Rio de Janeiro, alerta para o baixo dinamismo friburguense na geração de empregos. Os números são claros de que o momento é dos piores.      

Logística reversa

O Rio de Janeiro passou a ter um Programa Estadual de Logística Reversa. Trata-se do Retorna RJ. Fundamentado na Política Nacional de Resíduos Sólidos, o programa tem como objetivo fomentar políticas públicas sobre o conceito de logística reversa no Rio de Janeiro a partir de três eixos principais: implementação, legislação e fiscalização dessa atividade no Estado.

O que é?

O conceito de logística reversa diz respeito a um conjunto de ações que visam o descarte correto dos resíduos sólidos ou o reaproveitamento desses materiais por parte das empresas, fazendo com que estes retornem à cadeia produtiva.

Início

O primeiro passo do Retorna RJ será capacitar os municípios fluminenses para a plena implementação da logística reversa, emitir certificados e selos para empresas que cumprirem com as normas, desenvolver um decreto regulamentador com diretrizes gerais sobre o tema e fiscalizar, por meio do Inea, o Instituto Estadual do Ambiente, a aplicação do conceito em todo o Estado.

Integração

Já a partir do próximo ano, o Retorna RJ contará com um sistema integrado, no qual irá reunir todos os dados relativos à comprovação da logística reversa no Rio de Janeiro. A ideia é facilitar a comunicação com os órgãos estaduais interessados, bem como promover o acesso à informação pela população.

Friburguense

O Friburguense precisa vencer o Macaé pela 3ª rodada do Estadual da Segundona. O confronto acontece neste domingo, 3, às 14h45, em Cardoso Moreira. Com desempenho melhor fora de casa do que como mandante, a esperança de vitória é maior. O Tricolor da Serra é atual o antepenúltimo colocado na classificação geral, a apenas um ponto da zona de rebaixamento.

Voltar a vencer

A vitória é importante para afastar o time da zona de degola. Já na briga do 2º turno, igualmente a vitória é essencial para manter vivas as chances de classificação para as semifinais. O jovem time tem mostrado evolução. Faltando somente quatro rodadas para o fim da competição, no entanto, os erros não podem seguir acontecendo.

Dificuldades

Aspecto fundamental a se observar é o peso que tem a questão financeira. Contando com raros apoios, destaque para o patrocínio master da Unimed Serrana, a diretoria de futebol do Friburguense tem sido criativa e vem contando com sua credibilidade no mercado para ter um time. Com a concorrência cada vez mais difícil, os salários pagos pelo clube estão se afastando da realidade, o que dificulta montar plantéis equilibrados. Ainda sim, o Friburguense tem time para estar em situação melhor do que a que se encontra na competição. 

Palavreando

“Eu sou vendaval em tempos nublados. Eu sou tempestade nas fortalezas dos corações vazios pesados. Eu sou múltiplas extensões que iluminam o horizonte e sou também a utopia em alcançá-lo. No infinito de mim mesmo, eu sou quase imperecível, mas não invencível. E contemplo esse sentimento de não ser imbatível”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Legenda foto

Pouca gente sabe, mas o famoso Palácio do Catete, local onde Getúlio Vargas cometeu suicídio e deixou sua icônica carta-testamento, também é chamado Palácio Nova Friburgo. Mas afinal, qual é o nome? Pode-se dizer que ambos, e, ainda Palácio das Águias. O nome Palácio do Catete se instituiu a partir da aquisição do Governo Federal para ser sua sede, em 1896. Construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Levou o nome da família que adotou Nova Friburgo como sobrenome para as gerações sucessoras. Na exposição permanente do museu, inclusive, há várias referências ao nome Palácio Nova Friburgo. Indo à capital, vale uma visita pela proximidade com a história local   

Até já!

Por conta da legislação eleitoral, a coluna terá uma pausa de aproximadamente três meses, retornando logo após as eleições gerais de outubro. O calendário eleitoral determina que pré-candidatos não podem comentar ou apresentar programas de rádio e televisão. Ainda que a medida não se aplique a jornais impressos, este colunista e a direção de A VOZ DA SERRA têm por praxe optar pelo afastamento, por uma questão de isonomia e ética. Como sou cotado para ser candidato a deputado estadual ou deputado federal, o que se estabelecerá até a convenção partidária, dou um até breve, tanto da coluna Observatório, como da coluna Palavreando, do Caderno Z, publicada nos fins de semana. Também estou me licenciando dos demais programas de rádio e TV que participo. Agradeço a compreensão de todos e expresso meu agradecimento ao grande carinho que os leitores têm comigo ao longo dessa trajetória iniciada em 2006.

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    Pouca gente sabe, mas o famoso Palácio do Catete, local onde Getúlio Vargas cometeu suicídio e deixou sua icônica carta-testamento, também é chamado Palácio Nova Friburgo. Mas afinal, qual é o nome? Pode-se dizer que ambos, e, ainda Palácio das Águias. O nome Palácio do Catete se instituiu a partir da aquisição do Governo Federal para ser sua sede, em 1896. Construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Levou o nome da família que adotou Nova Friburgo como sobrenome para as gerações sucessoras. Na exposição permanente do museu, inclusive, há várias referências ao nome Palácio Nova Friburgo. Indo à capital, vale uma visita pela proximidade com a história local

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