ETFs: simplificando o que parece complexo

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 01 de julho de 2022

Dia desses, conversando com um grande amigo, perguntei sobre qual poderia ser o tema desta semana. Sobre o que escrever e qual assunto poderia ser trazido aqui hoje. Sua resposta? “Fale sobre inflação!”, respondeu. O problema é que já ninguém mais aqui aguenta falar mais sobre o assunto. Passamos algumas semanas seguidas falando sobre escassez de produção, oferta monetária e como isso impacta o bolso do consumidor. Hoje vou falar sobre um assunto diferente. Ironicamente, mais uma semana sem falar de inflação enquanto este é o grande problema econômico global, mas na próxima semana eu garanto: vem texto bom sobre algumas atualizações necessárias sobre os choques de oferta monetária, produtos e como isso reflete em aumento de preços. Por ora, vamos falar sobre algo bastante diferente (mas, é claro, como tudo no mundo das finanças, está correlacionado), o texto desta semana é sobre fundos de investimentos negociados em bolsa de valores, os ETFs.

Basicamente, esses ativos englobam determinadas empresas que se enquadram em características predefinidas e, assim, está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas enquadradas no que você acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

Abaixo, vou listar alguns ETFs (Exchange Traded Fund) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, que nenhum destes se enquadra como recomendação; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de análise aprofundada e qualidade dos ativos.

  • BOVA11 - Busca refletir a performance, do Índice Bovespa (composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);
  • ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);
  • GOVE11 - Busca refletir a performance do Índice Governança Corporativa Trade (composto por empresas com padrões de governança corporativa diferenciados);
  • SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas com menor capitalização na B3);
  • IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).
  • HASH11 - Busca refletir a performance do índice Nasdaq Crypto (reflete, globalmente, o movimento do mercado de criptoativos).

Investimentos em ETFs costumam ser mais simples e, apesar da volatilidade, tem liquidação em dois dias úteis e podem ser uma porta de entrada para novos investidores na Bolsa de Valores. Por se tratar de uma administração terceirizada, estes ativos também podem sofrer incidência de taxas, como administração e performance, por exemplo. Portanto, cabe ao investidor analisar seus objetivos e necessidades pessoais para contratar este investimento.

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