Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

28/01/2022

Nem todo mundo quer o barulho a todo instante. Nem toda hora é hora para expressar uma opinião. Aliás, não necessariamente temos opinião formada sobre todas as coisas o tempo todo. Tem gente que gosta de ficar quietinho. Que precisa maturar suas ideias. Que prefere retrair para depois avançar. Há silêncios necessários. Pausas estratégicas. Pensamentos que precedem as falas. Um passinho de cada vez.

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21/01/2022

Cabe uma vida? Cabe a mudança de vida? Cabe a efemeridade da vida? Cabe! Proponho uma reflexão a cada um dos leitores: há 30 dias, estávamos em dezembro, há poucos dias do Natal.

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10/12/2021

Há bons anos, parafraseei alguns textos de um dos meus escritores preferidos, Rubem Alves. Li, reli, refleti sobre vários deles. E naquela época, pensando sobre adversidades que a vida nos impõe a todo instante, lembrei-me de um texto chamado “A Pipoca” de que eu particularmente gosto muito.  A metáfora principal compara nossa vida com um milho de pipoca antes de estourar e nossa evolução com a transformação dele propriamente em pipoca. Estreei esta coluna com esta reflexão. E ainda hoje, faz todo sentido.

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03/12/2021

Caros leitores, me permitam hoje abordar um assunto importante de uma forma um pouco diferente da usual. Como mulher, cidadã e profissional do Direito, sinto-me no dever de abordar um assunto sério neste espaço, sobretudo ante os números de casos em nossa cidade. O intuito é informar e chamar atenção para a necessidade de evolução enquanto sociedade. O tema é violência doméstica e familiar contra a mulher.

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26/11/2021

Desapegar-se. Verbo simples. Prática difícil. Nada simples, porém muitas vezes, necessária. É preciso ter o pulso firme e o coração leve para não nos prendermos demasiadamente a tudo e todos que têm valor para nós.

Ouvi dizer que o apego ofusca a luz, como se embaçasse a clareza que pudesse existir. Senti também. É verdade, o apego atrapalha, amarra, atravanca, pesa. Sentimento estranho e mal aplicado, por assim dizer.

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19/11/2021

A data de aniversário passou, mas faço questão de registrar. Quatro anos. Sem pausas. Este é o tempo em que tenho a honra de assinar semanalmente esta coluna “Com a palavra”, publicada todas as sextas-feiras aqui em A VOZ DA SERRA. E o faço com muito orgulho.

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12/11/2021

”Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo que existe. E acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes.” Quem me dera! Faço minhas as palavras do grande Renato Russo.

Quem diria que chegaríamos no século 21 e tanta coisa permaneceria desalinhada e socialmente mal resolvida. Posso recordar que havia na década de 1990 uma esperança turbinada por ocasião da virada do século. Um misto de medo, de desconfiança, de graça, de ilusão e bastante esperança. Quem se lembra?

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05/11/2021

O tema, metamorfose. A metáfora, as borboletas. O sentimento, transformação. Sobre as borboletas ... que seres especiais - e lindos! Jamais ví uma borboleta sem beleza. Não me recordo de alguma vez ter olhado para uma delas sem admirá-la. Desde o seu nascimento, as borboletas estão fadadas a sofrerem uma completa metamorfose para se transformarem no que são. A vida delas começa com o ovo, passando pela etapa da larva (lagarta), até a formação da crisálida e finalmente a saída da borboleta de seu interior. Não é à toa que a borboleta é tida por muitos como símbolo da transformação.

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29/10/2021

Simplicidade hoje em dia é ostentação. Ausência de complicação. Desnecessidade de dificultar as coisas. Capacidade em atribuir valor àquilo que muitas vezes não tem preço. Apreciar um pôr do sol, por exemplo. Respirar o ar puro do campo. Conversar com pessoas que têm estórias para contar. Contemplar uma árvore, comer um bom arroz com feijão, receber um abraço de uma pessoa querida, desinteressada, que só deseja a partilha do afeto, fazer uma caminhada, dormir em paz, com a consciência tranquila e deleitar o bom sono dos justos.

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22/10/2021

Há quem tenha uma espécie de intolerância ao uso excessivo de verbos no modo imperativo. Eu sou uma dessas pessoas. “Faça. Pegue. Diga. Vá. Venha.” Dependendo do contexto em que essas palavras são ditas, não soam bem aos ouvidos.

O imperativo quando utilizado por aquele que fala ou escreve, comumente expressa a intenção de que seu interlocutor realize uma ação, em tom de ordem. O incômodo acontece quando o modo verbal é empregado em uma frase desacompanhado das palavras básicas da gentileza.

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