Ele é um dos grandes nomes da história do esporte de Nova Friburgo. Ganhou tudo o que poderia no muay thai, e o Brasil ficou pequeno para tanto talento. Foi então ganhar o mundo, e mesmo com todas as dificuldades apresentadas por um desafio deste tamanho, ele venceu. Foi e continuará sendo referência, exemplo de que, com disciplina, talento e persistência, os sonhos podem se tornar realidade. Marlon Moraes foi um dos maiores nomes do MMA do Brasil nos últimos anos. Uma história que, pelo menos por enquanto, ganha um ponto final.
O peso-galo friburguense, aos 33 anos de idade, anunciou que está se aposentando do esporte. Marlon Moraes havia tirado as luvas ainda no octógono após a última luta no UFC, um gesto característico de quem planeja interromper a trajetória. Desde então havia muita especulação sobre o assunto, mas a decisão já estava tomada.
“Quero agradecer todo mundo. Sean Shelby, Hunter Campbell, Dana White e o UFC por me dar tantas oportunidades. Quero agradecer minha família, treinadores, manager, todos que foram parte da minha carreira. Ainda estarei envolvido no MMA, ajudando jovens e meus amigos. Também agradeço a Mark Henry, Ricardo Almeida, Frankie Edgar e Anderson França”, disse Moraes em mensagem enviada por Ali Abdelaziz, seu empresário, aos meios de comunicação norte-americanos.
Marlon encerrou oficialmente a carreira no MMA um dia antes do aniversário de 15 anos da primeira luta profissional oficial, em 14 de abril de 2007. Vindo do muay thai, Moraes decolou nas artes marciais mistas após se mudar para Nova Jersey e passar a treinar com a equipe de Frankie Edgar. Ele ficou quase seis anos invicto, com 13 vitórias seguidas, entre 2011 e 2017. Neste período, se sagrou campeão do World Series of Fighting (WSOF), evento embrião da atual Professional Fighters League (PFL), e defendeu o cinturão cinco vezes antes de assinar com o UFC.
Após estrear com uma contestada derrota contra Raphael Assunção, Moraes venceu quatro lutas consecutivas, incluindo dois nocautes e uma finalização no primeiro assalto, e recebeu a oportunidade de disputar o cinturão peso-galo, que estava vago, contra Henry Cejudo, em 2019. No entanto, Marlon acabou derrotado por Cejudo no terceiro round.
Foi a primeira numa sequência de cinco derrotas em seis lutas, incluindo quatro derrotas consecutivas por nocaute. A última delas foi em março passado, no UFC Marreta x Ankalaev. Na ocasião, o brasileiro retirou as luvas ainda no octógono, gesto geralmente feito por lutadores que estão se aposentando. Marlon se aposenta com um cartel de 23 vitórias, dez derrotas e um empate.
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