Friburgo convive com enchentes desde a sua fundação

Cemitério ficava próximo à Rua Sete de Setembro e foi removido para parte mais alta da vila porque corpos eram arrastados pelas águas
terça-feira, 08 de dezembro de 2020
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Inundação em frente à Sapataria Mastrangelo, na Friburgo de 1938 (Acervo Janaína Botelho/ Fundação Dom João VI)
Inundação em frente à Sapataria Mastrangelo, na Friburgo de 1938 (Acervo Janaína Botelho/ Fundação Dom João VI)

Enchentes em Nova Friburgo são tão antigas quanto a fundação da cidade. Logo que os primeiros imigrantes suíços se estabeleceram, enfrentaram, em janeiro de 1820,  uma enchente que desestruturou o núcleo colonial.

 A historiadora Janaína Botelho lembra, por exemplo, que o cemitério ficava onde hoje é o prédio da Maçonaria, próximo à Rua Sete de Setembro. Foi removido para uma parte mais alta da vila - hoje onde se localiza o São João Batista - justamente porque corpos eram arrastados pelas águas, durante as enchentes.

O Rio Bengalas não tinha o curso retilíneo que tem hoje, e a Praça Getúlio Vargas era entrecortada por inúmeros córregos. As enchentes provocavam extensas formações de pântanos, e acreditava-se que a água estagnada era responsável pelas doenças da época. 

Ainda assim, apesar de tantos danos materiais através dos séculos, a vila se desenvolveu no entorno do Bengalas, onde foi estabelecido o comércio, as melhores residências, as praças, lembra Janaína.

Os historiadores João Raimundo de Araújo e Agnes Weidlich  contam que houve enchentes lendárias nos anos de 1938, 1945, 1978, 1979, 1996 e 2007. Sem falar na mãe de todas as tragédias, em janeiro de 2011, prestes a completar dez anos. 

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TAGS: Clima