Nesta existência não dá para não ter dor. Geralmente o bem estar vem depois da dor e não sem ela. Parece que para todos nós, seres humanos, o prazer vem depois da dor, depois do sofrimento. Mas a dor volta. O que sentimos de bom passa. Mas o que sentimos de ruim, também passa. Mas volta.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Cesar Vasconcellos de Souza
Saúde Mental e Você
O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.
É uma pena que ideologias sem fundamento científico sólido determinem tanta coisa em nossa sociedade, como assuntos apresentados em sala de aula em qualquer nível de ensino, decisões políticas, legislações de conselhos profissionais, entre outros.
Parece epidemia, jovens se automutilando. Automutilação é agredir a si mesmo, sem necessariamente desejar o suicídio. A ideia do automutilador é que ao se ferir obtém alívio da dor emocional a qual ainda não sabe resolver maduramente. É uma troca entre a dor emocional e a dor física. Por que alguém decide machucar seu próprio corpo?
Quando se estuda o alcoolismo e seus efeitos sobre o corpo humano, nos deparamos com um amplo espectro de doenças ligadas ao consumo do álcool, o TEAF, Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal. Uma delas é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que é um conjunto de alterações no bebê durante a gravidez pelo fato da mãe ingerir bebidas alcoólicas.
Em julho de 2017 a revista “Psychology Today” publicou um artigo escrito pelo doutor em psicologia Leon Seltzer, com o título: “Sim, você não pode! – Por que você deve afirmar suas limitações.” Nos acostumamos, talvez desde que Barack Obama era presidente dos Estados Unidos, a escutar a frase: “Yes, you can!”, “Sim, você pode!”. Mas não podemos? Vamos pensar nisso compartilhando ideias minhas e do dr. Seltzer.
Algumas pessoas perguntam isso, qual é o pior tipo de dor: física ou emocional? Vários autores cientistas defendem a ideia de que a dor emocional ou mental é a pior. Mas nem sempre. Creio que vai depender de que tipo de dor emocional é, a intensidade que ela atinge a pessoa, quais recursos psicológicos a pessoa sabe usar, entre outros fatores.
Na última segunda-feira, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Esta obra prima do criador, cheia de graça, de feminilidade e sensibilidade que ajuda o homem a ser mais afetivo. Primeiro a menina, uma florzinha, bela, gentil, que alegra nossa vida. Jeitinho especial de ser, de gesticular, sorrir, brincar e que nos encanta. Depois, a menina-moça, antes com inocência encantadora, hoje maculada por incentivos doentios da sensualidade precoce, ainda com graça encantadora.
Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade.
Não podemos mudar as pessoas. Elas continuarão a ser o que são apesar de nossos esforços para tentar mudá-las. Uma pessoa só muda quando ela quer e decide fazer algo neste sentido. Já é difícil mudar a nós mesmos, não é? Imagine tentar mudar uma outra pessoa! A ideia de que você pode mudar outra pessoa é uma ilusão.