Sambas friburguenses

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

quarta-feira, 17 de março de 2021

Sambas friburguenses
Mesmo com a pandemia e o mundo do samba em compasso de espera, há boas expectativas quanto aos talentos friburguenses no maior carnaval do mundo. Pelo menos dois friburguenses têm chances de emplacar sambas de suas autorias no grupo especial carioca.

Composições na Sapucaí
Na Mangueira, cuja disputa da escolha de samba está mais avançada, os friburguenses Guto Guimarães e Marlon Caetano levaram sua obra às semifinais da competição, após passar por uma das três eliminatórias, promovidas de forma virtual. A verde e rosa traz o enredo “Angenor, José e Laurindo”. De autoria do carnavalesco Leandro Vieira, faz tripla homenagem e exaltação à Cartola o poeta; Jamelão, sua voz mais famosa; e Delegado, o bailarino que foi mestre-sala.    

Samba elogiado na Mangueira
A dupla aposta na poesia para emplacar seu samba, bem ao estilo Mangueira. No refrão principal, sua obra canta: “Das mãos de Cartola nasceu a canção/ Uma voz deu a vida, cantou Jamelão/ Bailou Delegado, honrando a bandeira/ É festa no morro! É samba! É Mangueira!”. Guto Guimarães faz parte da diretoria da Vilage, já Marlon emplacou sambas no Alunão, Saudade e Imperatriz de Olaria.

Friburguense favorito na Imperatriz
Também da Vilage, o campeoníssimo Jeferson Lima tem seu samba apontado como o grande favorito na disputa da Imperatriz Leopoldinense. A escola que voltaria ao grupo especial em 2021 (por conta de não ter carnaval nesse ano), viu esse triunfal retorno adiado para 2022. O enredo será "Meninos eu vivi... Onde canta o sabiá, onde cantam Dalva e Lamartine", que vai homenagear o carnavalesco Arlindo Rodrigues.

Retorno ao Especial
A missão caberá a carnavalesca Rosa Magalhães que está de volta à escola onde conquistou cinco dos seus sete campeonatos. No refrão principal, Jefinho escreve: “Quem vai querer, quem vai querer?/ Só dá lalá até o amanhecer/ Onde canta o sabiá, canta Dalva de Oliveira/ Meninos, eu vivi, feliz, a vida inteira”.

Ligação verde e branco
Jefinho já ganhou samba na Imperatriz. Em 2004, foi dele a autoria do empolgante “Hoje eu quero ver/ Caldeirão ferver nessa magia/ O Brasil deu a cor/ Pra tingir de amor nossa folia”. Nas análises da disputa da verde e branco, o samba do friburguense é apontado como “o que tem pegada e cara de Imperatriz”. Sucesso na disputa, que por conta da pandemia, não tem datas definidas ainda para ocorrer.

Da Vilage para o Rio
Lembrando que Jeferson Lima é o compositor dos sambas da Vilage. A escola foi a única a já ter lançado não só o enredo como o samba para a próxima folia friburguense. A maior campeã do carnaval local vai cantar o som do sertão. As demais três escolas da cidade ainda aguardam o fim da pandemia para definir seus desfiles, ainda que internamente já tenham ideias e planejamento em curso.

Martinho da Vila
Voltando ao carnaval carioca, que tem um friburguense como estandarte de ouro - Evandro Malandro - intérprete oficial da Grande Rio, os desfiles de 2022 prometem a consagração de outro filho da região. O bibarrense mais famoso, Martinho da Vila, é o enredo da sua escola, Vila Isabel. Há muito tempo esperado, o tema da azul e branco tem o título, “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho!”. Aos 82 anos de idade, 65 dedicados à Vila, Martinho certamente vai mexer com a Sapucaí mais uma vez. Dessa, no entanto, não com um samba seu, mas que fala dele.

Identidade digital
Não há data, ainda que nunca estivemos tão perto, para ter a identidade digital. Ela será gerada por aplicativo gratuito a ser ofertado pelo Governo Federal. A ferramenta terá o formato wallet, ou seja, poderá congregar outros documentos, como o Cadastro Pessoa Física (CPF), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e título eleitoral. No estado do RJ, a CNH digital já é disponível a todos os motoristas.

Friburguenses aptos
A identificação utilizará dados biométricos, que são únicos em cada indivíduo. Os dados são os mesmos coletados pela Justiça Eleitoral quando o cidadão se cadastra como eleitor. Quase toda população friburguense já possui cadastro biométrico. No país, metade dos brasileiros também tem a biometria cadastrada. A expectativa, após acordo assinado nesta semana é de que a identidade digital esteja disponível ainda neste ano.    

Palavreando
“Peço, só peço o direito de ser eu. Respeitar seu direito de ser você. Abandonei o julgamento e me faço vigilante para não ser algoz do perdão. Não tenho e ninguém tem o poder de perdoar”.

Foto da galeria
As forças policiais de Nova Friburgo estão de luto. Faleceu no último fim de semana José Carlos Pinheiro Spitz que trabalhava há 35 anos na Polícia Civil. Mais uma vítima da Covid-19. A perda, reforça um movimento das forças de segurança sobre a prioridade de vacina para a população carcerária e profissionais que lidam com presos e custodiados. Zé, como era carinhosamente chamado pelos colegas de trabalho, por exemplo, entre outras funções, fazia o transporte de detentos. Mais do que isso, o movimento entende que as forças de segurança não podem parar e lidam com todo tipo de situação que coloca os seus profissionais em risco constante com a Covid. Filho e pai de policiais, José Carlos era considerado um apaixonado pela carreira. Nossos sentimentos aos amigos e familiares.
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