Maragogi, um paraíso em Alagoas

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Como faço há muitos anos, fui comemorar o meu aniversário (no último dia 7) viajando. Depois de irmos duas vezes a Bonito-MS, uma a Fernando de Noronha e uma Anchieta-ES, dessa vez o local escolhido foi Maragogi. É um município do litoral norte alagoano e localizado a 125 quilômetros da capital, Maceió. Está a uma altitude de cinco metros, em relação ao nível do mar, sendo, na realidade, uma grande planície. Sua população está estimada em 36 mil habitantes e a temperatura média é de 27 graus Celsius, com pouca precipitação pluvial nessa época do ano. O que ocorre mais são as pontuais tempestades de verão. Sua economia é baseada no turismo, na pesca e na agricultura e a beleza de suas praias faz com que seja um dos mais importantes polos turísticos da região.

A cidade em si lembra muito a Cabo Frio de 40 anos atrás, mas a sua beleza natural é deslumbrante. Os passeios são vários e é difícil escolher o mais interessante. Como chegamos numa quarta feira à tardinha, tivemos tempo suficiente para conhecer quase todos. Começamos com as praias ao norte de Maragogi, todas com um mar azul turqueza de encher os olhos e uma água límpida que dá para ver os peixinhos e os dedos do pé se mexendo no fundo. Diferentemente do litoral sul e sudeste, a temperatura da água gira em torno dos 26 a 28 graus, o que torna o banho muito agradável.

No dia seguinte fizemos São Miguel dos Milagres, com direito a uma visita às várias piscinas naturais da região. Essas piscinas situam-se há cerca de três a quatro quilômetros da costa e, na maré baixa nos deixam com água na altura das pernas. O mais interessante é que os barqueiros levam comida para os peixes e eles se misturam com as pessoas, na busca pelo alimento. E, são peixes grandes, pois, na realidade, já se está em alto mar. Terminado o passeio ficamos num beach club para drinks e um almoço à base de peixe, carne mais comum na região.

Fizemos uma parada de um dia, ficando na praia do Centro, em frente ao nosso hotel, Pousada dos Jangadeiros. Na realidade, para recarregar as baterias e aproveitar a piscina da pousada. No dia seguinte fomos conhecer as praias do litoral sul. Aliás, muito mais bonitas e com águas mais quentes e mais límpidas. São passeios mais curtos já que as praias são muito próximas uma das outras, mas o banho em cada uma delas é uma delícia. Os passeiois são feitos de buggy, mas sem emoção pela ausência das tão famosas dunas de Natal.

Depois fomos visitar o Caminho de Móises e outras piscinas, essas com recifes pelo trajeto. O Caminho de Móises é interessante pois é uma faixa de areia (uma restinga) que avança no mar por quase um quilômetro. A característica desse passeio é que quando a maré esta na cota 0-1, os pés ficam diretamente na areia. No dia em que estivemos lá, essa cota estava em 0-3, o que nos deixou com água nas canelas. Os passeios são feitos de acordo com as marés, podendo ser pela manhã bem cedo ou à tarde. Nas piscinas é obrigatório olhar o fundo do mar para evitar machucar a pele.

O único senão é que a gastronomia deixa a desejar. Apesar de ter muitos locais para se alimentar, não têm a mesma sofisticação que um local tão bonito merece. Todos, exceto os restaurantes a quilo, que são poucos, têm o mesmo preço e os mesmos pratos no cardápio. Vi muita peixada, mas nenhuma moqueca, que quando bem feita, com pirão, arroz e uma pimentinha é deliciosa. Talvez, as coisas tendam a melhorar com a inauguração do aeroporto local, que segundo os moradores é para o segundo semestre. Com isso o fluxo de turistas tende a aumentar e a alimentação, seguramente, vai melhorar.

Para chegar a Maragogi, pode-se ir de carro a partir de Macéio (125 km) ou de Recife (130 km). A vantagem de se escolher Recife é que o voo é mais barato, pos não tem escalas. Mas, seja por um ou por outro, para nós friburguenses é cansativo. São duas horas e meia, em média de Friburgo ao Rio, mais o tempo de espera no aeroporto, três horas de voo do Rio a Recife e mais duas horas da capital pernambucana até o destino; na volta, o trajeto e o tempo de viagem é o mesmo. O resultado é que se leva quase 12 horas viajando, o que obriga os mais idosos a reservar um dia de repouso na ida e outro na volta, para recarregar as baterias e ter disposição para os passeios. Aliás, protetor solar e chapéu são indispensáveis, pois o astro rei bate forte e queima que nem brasa.

Como sempre, foi mais um aniversário bem comemorado e com gosto de quero mais para o próximo ano.

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