Lembro de minha mãe fazendo café no coador. Aqueles de pano colocado em uma armação de metal com uma base de madeira com azulejo colado e aparentemente pintado à mão. Talvez minha memória infantil esteja falhando ou inventando desenhos que sequer existiam. O que sei é que o gosto do café ficava ainda melhor conforme o pano que coava ia ficando ainda mais surrado.
A mania materna de fazer café assim, todas as manhãs e fins de tarde, é herança de minha avó. Ela fazia café com os grãos colhidos e secados por meu avô. Tinha gosto do trabalho suado e do tempo que o serviço levava.
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