03/06/2021

O ano era 1905. Felicidade Emmerick vivia em companhia da tia Maria José Trannin desde os 10 anos de idade, a quem tratava com o desvelo e o carinho que mereceria uma filha. Educava-a nos rígidos princípios da virtude e do bem. Quando sucedia da menina adoecer costumava procurar o farmacêutico Alberto Henrique Braune. Felicidade começou a sofrer de “órgão delicado”, problema normal nas mocinhas que começam a menstruar.

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27/05/2021

Muitas pessoas pediram a minha opinião sobre o projeto de revitalização da Praça Getúlio Vargas. Sou contra alguns aspectos do projeto e notadamente o de escavações arqueológicas. A revitalização dos eucaliptos e dos canteiros de flores, a reforma dos bancos são evidentemente intervenções muito bem vindas. No entanto, cortar a praça em dois pontos para dar passagem aos automóveis, bem como a instalação de quiosques de alimentos é uma sabotagem ao mais importante espaço de sociabilidade dos friburguenses e uma traição à nossa história.

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20/05/2021

Quando eu fazia a seleção de fotografias para um artigo que escrevi sobre a história de uma instituição de caridade para o meu blog, um detalhe me chamou a atenção em relação às imagens. Refiro-me a Casa São Vicente de Paulo que a população de Nova Friburgo se habitou a chamar de Casa dos Pobres. Esta instituição de caridade iniciou suas atividades em 1933 com as irmãs trapistas, para o acolhimento de idosos carentes e desprovidos de assistência. Somente na década de 1950, a instituição passou a receber também pessoas com necessidades especiais.

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13/05/2021

A partir o terceiro quartel do século 19, os produtores rurais da Região Serrana fluminense foram substituindo progressivamente o café pelo gado em seus tratos de terra. Igualmente começaram a se preocupar com a seleção das raças, na escolha de matrizes, na formação de pastagens com gramíneas nutritivas, com o registro de linhagens objetivando o aprimoramento genético e com a vacinação periódica. As raças existentes no Brasil como a caracu, a mocha, a curraleira e a crioula eram basicamente as mesmas que os portugueses haviam trazido para o Brasil-Colônia.

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06/05/2021

Na coluna de hoje faço uso de uma narrativa escrita por Adolpho Hartmann, aluno de engenharia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro e publicada no periódico Brazil Illustado no ano de 1887. Fiz uma adaptação do texto sem prejudicar a sua estrutura em razão de sua extensão e foquei no assunto que nos interessa nesta ocasião. O texto escrito por Hartmann é apenas um exemplo, entre muitos outros que tenho pesquisado, para analisar o tipo de representação, ou seja, a imagem que os cariocas tinham sobre Nova Friburgo no século 19.

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29/04/2021

Na virada do ano de 1849 para 1850, o Rio de Janeiro foi assolado por uma devastadora epidemia de febre amarela. As estimativas indicam que 15 mil cariocas morreram desta doença. Com variável intensidade, a febre amarela provocaria mortes no Brasil praticamente a cada verão pelos 60 anos seguintes. Os médicos recomendavam no verão, durante a canícula, as cidades serranas como lugares mais seguros. A família imperial, assessores e políticos elegeram Petrópolis como refúgio. Nova Friburgo era igualmente o destino dos cariocas que fugiam do flagelo da epidemia.

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23/04/2021

Antônio Alves Pinto Martins, natural do Minho, em Portugal, estabeleceu domicílio em 1914 em Nova Friburgo com a esposa Carolina, os sete filhos e a enteada. O Seu Martins ou Seu Pinto, como era conhecido, mesmo aos 52 anos, considerada à época como uma idade bem avançada, migrou do comércio para a lavoura adquirindo uma chácara que ficou conhecida como Vila Amélia. Produzia e comercializava laticínios, verduras, legumes, frutas frescas e em conserva, mel e linguiças defumadas com a marca V.A., de Villa Amélia.

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15/04/2021

Na história de Nova Friburgo não podemos deixar de trazer sempre a memória do seu mais importante protagonista, Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. Nascido em Portugal em 6 de janeiro de 1795, no Vilarejo de Ovelha do Marão, veio para o Rio de Janeiro em 1807, com 12 anos, na companhia de seu tio João Clemente Pinto Filho. Antônio Clemente Pinto iniciou o garimpo no município de Cantagalo na década de 1820. Recebeu sesmarias, ou seja, terras do governo devendo em contrapartida desenvolver alguma atividade econômica.

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08/04/2021

Na coluna de hoje faço um pequeno resumo sobre as características dos povos formadores de Nova Friburgo. Antes mesmo que os suíços se instalassem na colônia de Nova Friburgo havia na região fazendeiros originários de Minas Gerais e colonos portugueses dos Açores e da Ilha da Madeira. Merece destaque Antônio José Mendes, nascido em 1822, natural dos Açores, que se estabeleceu nas Terras Frias atual distrito do Campo do Coelho.

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01/04/2021

Inicialmente é preciso esclarecer quem é a família Nova Friburgo. O patriarca é Antônio Clemente Pinto, o primeiro Barão de Nova Friburgo. Um de seus dois filhos, Bernardo Clemente Pinto Sobrinho passou a adotar como nome de família a denominação “Nova Friburgo” em substituição a Clemente Pinto.  O primeiro Barão de Nova Friburgo foi um dos homens mais ricos no Império, tendo a sua fortuna origem no tráfico de escravos africanos, no plantio e na comercialização de café e como usurário realizando empréstimo de dinheiro aos fazendeiros.

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