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O que fazer com o auxílio emergencial?
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Tem direito ao auxílio de R$ 600 do Governo Federal? Seu pedido foi aprovado? Agora é só esperar a liberação da quantia de acordo com o calendário de pagamentos. Mas o que fazer com o dinheiro?
Como medida de incentivo à desaceleração da economia global, o Governo elaborou programas de auxílio financeiro para empresas e trabalhadores informais – e, também, cidadãos em situação de vulnerabilidade cadastrados no Bolsa Família pelo CadÚnico – com o intuito de promover dignidade em meio a tanto caos decorrente da crise sanitária mundial provocada pela proliferação de casos do Covid-19.
Contudo, parece que uma crise econômica vem sendo fabricada no país; é desumano demorar tanto tempo para a liberação de uma verba emergencial. Aos que ainda aguardam a aprovação da solicitação, mantenham-se esperançosos. Aos que já aguardam o pagamento ou receberam a primeira parcela, aqui vão algumas dicas para usar esta quantia da forma mais inteligente financeiramente em tempos de crise.
O primeiro ponto é saber o que você precisa pagar. Diante do atual cenário, alguns compromissos passaram por revisões que podem aliviar as despesas: como, por exemplo, a isenção de pagamento das faturas de energia elétrica para os inclusos na tarifa social até 30 de junho e a pausa na cobrança de parcelas de empréstimos e financiamentos – tendo como credor os grandes bancos de varejo – por até 60 dias (é necessário o contato com a instituição financeira para fazer a solicitação da suspensão).
Procure saber um pouco mais sobre seus direitos individuais diante do contexto econômico nacional e consiga um fôlego a mais para enfrentar tempos tão difíceis. Sabendo quais continuam sendo suas obrigações fiscais, é possível remapear seu orçamento e identificar possíveis soluções para manter o mínimo viável do seu custo de vida; lembre-se, são tempos atípicos, reduza suas finanças apenas ao necessário.
Recalculado seu custo de vida, faça os ajustes necessários: caso o auxílio seja sua única receita atual, não há muito o que fazer, infelizmente será apenas uma ajuda pontual então gaste todo o dinheiro mas de forma racionada; agora, caso o auxílio seja uma renda complementar, estude se há realmente a necessidade de usá-lo totalmente, pois a criação de uma reserva – por mais que um tanto tímida – pode ser importante num futuro que ainda não sabemos como será.
Também não é tempo de superficialidade, se estiver passando por momentos difíceis, evite despesas desnecessárias e gastos supérfluos. Dê espaço à compaixão, saiba ouvir suas necessidades mas não feche os ouvidos para as súplicas do próximo. Emprestar dinheiro – principalmente o do “Coronavoucher” – vai contra todas as recomendações para o momento, mas arcar com pequenas despesas que podem fazer a diferença no dia de quem precisa ainda mais do que você, é um ato honroso e merecedor de todas as bençãos.
Identifique as despesas obrigatórias, enxugue os gastos, evite superficialidades e ajude alguém. São esses os passos para sairmos juntos deste momento tão delicado.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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