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Prazos

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Para pensar:
"Se alguém quer transformar sonhos em realidade, primeiro precisa acordar.”
Corina Crawford

Para refletir:
“O culto dos heróis é mais forte onde a liberdade humana é menos respeitada.”
Herbert Spencer

Prazos

Para pensar:
"Se alguém quer transformar sonhos em realidade, primeiro precisa acordar.”
Corina Crawford

Para refletir:
“O culto dos heróis é mais forte onde a liberdade humana é menos respeitada.”
Herbert Spencer

Prazos

O leitor deve se lembrar que há pouco mais de uma semana registramos aqui que o juiz Fernando Luís Gonçalves de Moraes havia determinado prazo de dez dias para que a empresa que venceu a licitação para compra de 29 ventiladores pulmonares (respiradores) fizessem a entrega dos equipamentos à Prefeitura de Nova Friburgo.

E, bom, adivinhem só, esse prazo já se esgotou e nada dos respiradores chegarem.

E agora?

Cá entre nós, não chega a surpreender.

A logística envolvida é complexa, para dizer o mínimo, tanto mais diante da maneira como tais equipamentos têm sido disputados, no Brasil e no mundo.

Mas compromisso é compromisso, e determinação judicial precisa ser cumprida.

Nesse caso específico, inclusive, foi estabelecida uma pesada multa diária de R$ 50 mil até que a entrega seja feita.

E aí, a multa será aplicada?

Espaço aberto

A coluna pode confirmar que a Procuradoria-Geral do Município está mobilizada para amparar a Justiça em seu esforço por assegurar que o empenho por adquirir tais equipamentos não seja frustrado, e deixa aqui o espaço aberto a todos os envolvidos: PGM, o juiz Fernando Luís e também a empresa fornecedora, a fim de que a população tenha acesso a informações atuais e sob vários ângulos a respeito dessa situação que nos interessa tanto.

De novo?

E já que estamos falando sobre o enfrentamento à Covid-19, nos bastidores da política muita gente já aposta que a abertura do hospital de campanha ainda deve atrasar mais um pouco.

É esperar para ver.

Está funcionando?

E também se multiplicam os relatos vindos de dentro de hospitais em nossa cidade lançando dúvidas sobre a eficiência dos sistemas de isolamento que vêm sendo aplicados.

Novamente são depoimentos inconclusivos, uma vez que não dispomos de meios para confrontar tais alegações.

Mas, se a Secretaria de Saúde ou alguma unidade particular quiser se manifestar a respeito, parece oportuno detalhar as medidas que estão sendo tomadas para proteger pacientes com outras enfermidades.

Eleições

Além dos prazos para a entrega dos respiradores e para o início das atividades do hospital de campanha, outro prazo que tem sido questionado nos bastidores diz respeito à realização das eleições municipais, previstas para outubro deste ano.

Em entrevista recente, o ministro José Roberto Barroso, novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou considerar a hipótese de adiar a ida às urnas em um mês.

Cobertor curto

A situação naturalmente é delicada, pois gera impactos sobre etapas posteriores.

Nesse cenário hipotético o período de transição seria encurtado em um mês, com impactos fáceis de antever?

Ou o próprio mandato seria encurtado em alguns dias, para que tudo retorne ao normal no próximo ciclo?

Cobertor curto, frio intenso, escolhas difíceis.

Aspas

A esse respeito, o publicitário e escritor João Miras defendeu que “adiar as eleições municipais e dar mais tempo para que os que pleiteiam a representação (candidatos) se encontrem com os representados (eleitores), amalgamando a sagrada simbiose do compromisso, representa hoje, na verdade, um ato de respeito à democracia e às liberdades”.

Novos tempos

Cabe considerar, no entanto, que a internet e as redes sociais têm servido como notória plataforma de pré-campanha, com um novo perfil de vantagens e riscos à democracia.

Afinal, se a rede oferece maiores oportunidades de interação e contato com projetos de governo, e também reduz - ao menos em tese - a influência da compra direta de votos; por outro lado ela é território fértil para a disseminação de ações populistas/propagandistas e notícias falsas.

Tudo isso talvez deva ser levado em consideração antes que qualquer decisão a respeito dos prazos originalmente previstos seja tomada.

Argumentos (1)

A coluna falou ontem, 20,  sobre a derrubada do veto parcial do Executivo Municipal em relação à Lei de Transparência em relação às atividades levadas adiante durante o período excepcional do combate à Covid-19.

Pois bem, parece justo que registremos aqui que, de acordo com a Procuradoria-Geral do Município, o veto parcial foi enviado à Câmara de Vereadores por entender que, no artigo terceiro, a lei legisla sobre matéria que não é de sua competência, ou seja, que a lei criaria uma punição que a somente a União pode criar.

Argumentos (2)

Membro da Comissão de Constituição e Justiça, o vereador Zezinho do Caminhão discordou ao argumentar que “o citado artigo não gera disposição de cunho processual, eleitoral, ou sobre direitos políticos e cidadania e sim faz referência à aplicação do decreto federal que trata de infrações político-administrativas”.

O veto, como os leitores sabem, acabou sendo derrubado por 11 votos a 8.

Dia importante

A Câmara Municipal realiza uma importante sessão remota na manhã desta quinta-feira, 21, na qual deverá aprovar a proposição da mesa diretora a partir da qual “Fica instituído na Câmara Municipal de Nova Friburgo o Método de Deliberação Remota, permitindo, nas situações em que se exigir, a discussão e votação de matérias por meio digital”.

Na prática, tal medida permitirá a retomada das atividades de plenário, enquanto não for possível retomar as reuniões presenciais.

E, uma das primeiras pautas nessa fila, claro, é a apreciação das contas de 2018 da Prefeitura Municipal.

Requerimentos (1)

A ordem do dia traz ainda três requerimentos de informações.

O primeiro deles, apresentado pelo vereador Cascão do Povo, solicita “informações relativas à distribuição dos alimentos que estavam no estoque das unidades escolares da rede pública municipal”.

Requerimentos (2)

Já o segundo, protocolado por Joelson do Pote, requer “informações relativas às ações de fiscalização das aglomerações nos ônibus urbanos da empresa Faol”.

E, por último, o vereador Wellington Moreira reuniu perguntas “relativas ao pregão para contratação de serviços funerários”.

A sessão remota está prevista para começar às 9h.

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Do cauim a aguardente - A vida cotidiana dos índios coroados e puris

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Habitavam a província fluminense nas regiões serrana e noroeste os índios das tribos Coroado e Puri. Vamos conhecer neste artigo algumas práticas culturais e a vida cotidiana dessas tribos sob o olhar de viajantes que tiveram contato com eles no século 19. São eles o mineralogista John Mawe, o botânico francês Auguste de Saint-Hilarie, o pintor francês Jean Baptiste Debret, o paleontólogo, médico, geólogo e zoólogo alemão Hermann Burmeister e o barão suíço Johann Von Tschudi.

Habitavam a província fluminense nas regiões serrana e noroeste os índios das tribos Coroado e Puri. Vamos conhecer neste artigo algumas práticas culturais e a vida cotidiana dessas tribos sob o olhar de viajantes que tiveram contato com eles no século 19. São eles o mineralogista John Mawe, o botânico francês Auguste de Saint-Hilarie, o pintor francês Jean Baptiste Debret, o paleontólogo, médico, geólogo e zoólogo alemão Hermann Burmeister e o barão suíço Johann Von Tschudi.

Na tribo, enquanto os homens se dedicam tão somente à caça e a pesca, as mulheres e filhos executam trabalhos domésticos como cuidar da pequena roça, da alimentação e da fabricação de vasilhas em cerâmica. Parece que herdamos do indígena o churrasco. Quando as mulheres da tribo recebiam a caça a limpavam, sapecavam e a cortavam em pedaços enfiados na ponta de pequenos espetos. Acendiam o fogo e colocavam os espetos por cima de um braseiro.

Em outra ocasião pegaram um boi a laço, cavaram a terra, fizeram um buraco enchendo-o de galhos e em seguida acenderam o fogo. Quando a madeira se transformava em carvão colocavam sobre o braseiro ardente o pedaço de carne envolvido na pele. Adicionavam mais galhos sobre a carne e ateavam fogo novamente. A carne cozida entre duas brasas conservava todo o sabor de seu suco. Notem que não faziam uso do sal e da pimenta. Existia uma operação que competia exclusivamente às mulheres. Tratava-se da mastigação de substâncias vegetais necessárias à composição das bebidas espirituosas, o cauim, licor com o qual se embebedavam nos seus divertimentos.

As mulheres reunidas dedicavam várias horas consecutivas à mastigação dos grãos de milho. Depois de triturados eram cuspidos dentro de um vasilhame. Esta pasta fermentava na água quente durante 12 a 16 horas. Após essa primeira fase de preparação era despejada em um grande recipiente para novamente fermentar, sendo misturada a uma maior quantidade de água igualmente quente. Durante essas duas operações agitava-se esse líquido com uma vareta. Esse licor espirituoso manipulado sem cessar sobre o fogo devia ser consumido ainda quente. A batata-doce e a mandioca podiam produzir o mesmo resultado. Porém, as mulheres preferiam o grão de milho por ser mais agradável para mastigação. Frutos como a ananás, o caju, entre outros, produziam pela maceração licores extremamente capitosos que os indígenas bebiam com paixão.

Todos os viajantes mencionavam o problema do alcoolismo entre os indígenas produzido pela aguardente, que tem teor alcoólico muito maior do que o cauim.  Os moços não bebiam, os de mais idade faziam-no com moderação e os mais velhos em excesso. Cada um comprava um copo de aguardente e fazia-o rodar de boca em boca até esvaziá-lo. Depois era a vez do outro.

Para se obter o favor de um índio ou mesmo remunerá-lo por um serviço prestado bastava presenteá-lo com algumas garrafas de aguardente. Normalmente quando se presenteava apenas um deles originava-se uma briga geral e o homem ou a mulher que pegava primeiro a garrafa bebia todo o seu conteúdo para não compartilhar com os demais. Dando-se preferência a um deles, os outros do grupo se tornavam insolentes e desenfreados até que obtivessem o mesmo favor. Quando embriagados ficavam agressivos “tornando-se repugnantes e animalescos”, sendo necessário prendê-los.

Os homens e as mulheres lançavam gritos agudos e os espectadores riam como se assistissem a um espetáculo engraçado. Os “negros” gostavam de incitar os índios a beberem ainda mais para divertirem-se com as cenas “de brutalidade animalesca”. Em seu estado inconsciente jaziam embriagados e sem sentido no chão. Ninguém se incomodava com essas cenas. Esse comportamento dos índios dava grande satisfação aos “pretos”, pois se sentiam superiores, assim como os brancos se acham superiores em relação à eles, observou Burmeister.

Para satisfazerem a paixão que tinham pela aguardente trabalhavam nas habitações portuguesas; porém, mal possuíam com que embebedar-se, entregavam-se a indolência. Cenas de decadência dos indígenas como essas descritas pelos viajantes, não contextualizam que a degradação desses povos tinham origem na usurpação de suas terras coletivas por posseiros fazendo uso da violência e pela política de miscigenação incentivada pelo governo.

No próximo mês, vamos conhecer os traços físicos dos índios coroados e puris, sobre suas choças, a moral e o matrimônio nessas tribos. 

  • Foto da galeria

    Homens brancos chegam a tribo dos Puri, presenteando-os com aguardente

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    Litografia dos índios Coroados

  • Foto da galeria

    Preparação do Cauim pelos Coroados

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Seu sistema nervoso e a ansiedade

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Nosso corpo tem vários sistemas, respiratório, imunológico, circulatório ou cardiovascular, digestório, nervoso, e outros. O sistema nervoso se divide em central e periférico. O sistema nervoso central é composto de encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e medula. Já o sistema nervoso periférico é composto dos nervos, dos gânglios e das terminações nervosas.

Sob o ponto de vista funcional, o sistema nervoso é dividido em somático e visceral. Na parte visceral existe o sistema nervoso autônomo o qual se subdivide em dois: simpático e parassimpático. Este sistema nervoso autônomo é responsável pelas ações espontâneas em nosso corpo, aquilo que você não precisa controlar, como a respiração, os batimentos do coração, a digestão, o controle da temperatura do corpo, entre outras.

O sistema nervoso simpático é responsável pelas alterações no organismo diante de eventos de estresse ou emergenciais. É ele que prepara a pessoa para o estado de alerta, no qual todo o organismo se prepara para lutar ou fugir. Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático é o que atua para fazer o organismo voltar ao estado de serenidade que havia antes da situação estressante ocorrer.

Quando há uma situação de emergência, por exemplo, um cachorro bravo vem em sua direção na rua, o sistema nervoso simpático entra em ação para produzir reações em seu corpo a fim de preparar você para lidar com o problema. Daí poderá ocorrer a liberação de cortisona e adrenalina que aumentam os batimentos do coração e a pressão arterial, causa a contração da musculatura, dilatação da pupila, aumento da frequência respiratória, e outras reações.

Depois que você enfrentou o problema emergencial, o sistema nervoso parassimpático, entre outras funções, faz com que os batimentos cardíacos voltem ao normal, a pressão fica em níveis normais, diminuindo a produção de adrenalina, cortisol e glicose, entre outras funções.

Nosso corpo tende a interpretar sinais de estresse como um motivo para ativar o sistema simpático, mesmo que seja algo imaginário, como um medo exagerado, porque ele não sabe distinguir o que é real do que é imaginário, como o caso de uma pessoa muito ansiosa, que se preocupa demais com pagar contas atrasadas, que tem muito estresse conjugal ou no trabalho. Pessoas com vida muito agitada, correria, engarrafamento, consumo de cafeína, prazos curtos demais para realizar um trabalho, isto e muito mais ativa o sistema simpático.

Fatores que ajudam a ativar o sistema parassimpático e, portanto, reduzir o estresse e o impacto dele sobre nosso corpo, incluem: meditação em temas que acalmam, orações espontâneas feitas com fé, massagem, convívio com a natureza, respiração profunda e lenta, brincar com crianças e com animais e a prática de atividades físicas não competitivas.

Na página 81 do livro “Fé – Evidências Científicas”, de George E. Vaillant, psiquiatra de Harvard, explica: “A confiança e a segurança, como as demais emoções positivas, estimulam o nosso sistema nervoso parassimpático, não o simpático. O sistema nervoso simpático é catabólico: a reação de luta ou fuga esgota as reservas do organismo. O sistema nervoso parassimpático é anabólico: fé, esperança e aconchego contribuem para aumentar as reservas do organismo.” (Editora Manole, 2010, itálico do autor).

Assim, o desafio para a redução da ansiedade excessiva, que dispara o sistema simpático e gera vários sintomas em nosso corpo, tem que ver, sob o ponto de vista emocional, com o cultivo de sentimentos de confiança, esperança, fé, aproximação afetiva que gera aconchego. Isto pode ser feito, por exemplo, com oração, crença num Deus criador e bondoso que fornece proteção, leitura e meditação em textos religiosos como a Bíblia, e focar a mente naquilo que promove esperança. Tudo isso pode reduzir a ansiedade para níveis normais.

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Retomando

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Para pensar:
"Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber.”
Confúcio

Para refletir:
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.”
Leonardo da Vinci

Retomando

Para pensar:
"Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira? Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe, saber que não se sabe; na verdade é este o saber.”
Confúcio

Para refletir:
“Os que se encantam com a prática sem a ciência são como os timoneiros que entram no navio sem timão nem bússola, nunca tendo certeza do seu destino.”
Leonardo da Vinci

Retomando

A Câmara Municipal realizou mais uma sessão remota nesta terça-feira, 19, para deliberar a respeito de assuntos relacionados ao enfrentamento da pandemia.

Como tem sido hábito, o plenário aprovou quase todas as medidas em votação.

Do gabinete do vereador Wellington Moreira veio um requerimento de informações  questionando os critérios para distribuição de cestas básicas em substituição à merenda escolar.

Requerimentos

O vereador Johnny Maycon, por sua vez, trouxe perguntas ‘relativas aos gêneros alimentícios, materiais de higiene e limpeza (Pnae e Pnate) da Secretaria Municipal de Educação neste período de pandemia.

Ambos os requerimentos foram aprovados.

Veto

O plenário também apreciou o veto parcial do Executivo à lei municipal 4.733, que “estabelece obrigatoriedade ao Poder Executivo de divulgar no Portal da Transparência as informações relacionadas às contratações formalizadas para o combate à Covid-19”.

E, mantendo uma linha que marcou o atual mandato, novamente derrubou o veto do Palácio Barão de Nova Friburgo a uma proposta nascida na Câmara, ainda que o placar tenha sido apertado: 11 votos a favor da derrubada, e oito contrários.

Lista

Votaram pela derrubada do veto os vereadores Joelson do Pote, Professor Pierre, Nazareth Catharina, Luis Fernando, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Marcinho Alves, Norival, Wellington Moreira, Cascão e Isaque Demani.

Votaram de forma favorável ao veto os vereadores Alcir Fonseca, Marcio Damazio, Vanderléia Abrace essa Ideia, Carlinhos do Kiko, Jânio Carvalho, Christiano Huguenin, Luiz Carlos Neves e Nami Nassif.

A coluna, claro, apoia toda e qualquer ação em favor da transparência, e vê com bons olhos a derrubada do veto.

Indicações

Também foram apresentadas duas indicações legislativas.

O vereador Isaque Demani solicitou ao Executivo a elaboração de um projeto de lei “que crie a gratificação extraordinária aos servidores da Guarda Civil Municipal de Nova Friburgo”, ao passo que o vereador Zezinho do Caminhão solicitou projeto de lei “que institua o auxílio pecuniário para costureiras e funcionários comprovadamente demitidos do setor de confecções de Nova Friburgo, em decorrência da situação de emergência face à pandemia”.

Ambas foram aprovadas.

Agora vai?

A deliberação mais importante no entanto, ficou para a semana que vem.

Afinal, na reunião desta terça-feira a Câmara decidiu que, com o sistema de reuniões remotas já devidamente testado e aprovado, é chegada a hora de ampliar a gama de votações e não mais se restringir a temas relacionados à Covid-19.

A nova regulamentação deve ser apreciada nos próximos dias e, entre outras implicações, a mudança deve permitir que as contas da prefeitura referentes ao exercício de 2018 finalmente sejam apreciadas.

Demanda represada

O projeto de mudança foi proposto pela mesa diretora, composta pelos vereadores Alexandre Cruz (presidente / Partido Cidadania), Marcio Damazio (primeiro vice-presidente / Cidadania), Wellington Moreira (segundo vice-presidente / PSL), Professor Pierre (primeiro secretário / PSB) e Carlinhos do Kiko (segundo secretário / Pros).

A próxima sessão virtual está marcada para iniciar às 9h de quinta-feira, 21.

Oportunidade

O secretário municipal de Ciência e Tecnologia, Marcelo Verly, informa a respeito da realização, entre os próximos dias 22 e 24, do Hacking Help, primeiro hakcathon online do Hacking Rio, em busca de soluções que minimizem os efeitos da Covid-19.

As inscrições são gratuitas, e os grupos podem ter de três a cinco participantes.

As verticais disponíveis são Saúde, Educação Logística, Empregabilidade, Assistência Social, Cooperativismo, e as atividades se darão ao longo de uma maratona de 42 horas.

Ao fim, um prêmio de R$ 30 mil será distribuído entre os vencedores.

Mais informações podem ser obtidas na página http://hackingrio.com/hackinghelp .

Muito justo

O amigo Girlan Guilland levantou uma bandeira muito oportuna, que já tem o apoio deste espaço e parece contar também com o apoio do prefeito Renato Bravo, ainda que, em última análise, o martelo tenha de ser batido pelo Palácio Guanabara.

A proposta é que o hospital de campanha, tão logo inicie seu funcionamento, receba o nome da enfermeira Teresa Cristina Miranda, que infelizmente foi vítima da Covid-19 tendo cumprido seu juramento até o fim.

Certamente não há gratidão que faça justiça ao sacrifício destes profissionais. Mas, ainda assim, a homenagem parece muito justa.

Desafio

Em tempos de quarentena, nossa magnífica Regina Lo Bianco nos brinda com uma série diferente de desafios.

A Cruz Vermelha teve a brilhante ideia de colocar máscaras em alguns dos monumentos de nosso patrimônio público, e Regininha tratou de fazer lindas imagens que hão de eternizar para as futuras gerações um pouco do que estamos vivendo nesses dias tão atípicos.

E então, alguém consegue identificar quem está por trás da máscara?

Foto da galeria
Desafio (Foto: Regina Lo Bianco)
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Mais 1 à venda

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Está à venda o imóvel que abrigou por muitos anos a casa noturna Mais 1. Antes, foi uma casa de bingo, quando o jogo ainda era permitido no Brasil. O imóvel, em frente à antiga rodoviária urbana, pode ser adquirido pela bagatela de R$ 22 milhões. Além da loja, estão inclusos a sobreloja e o estacionamento que tem acesso para a Avenida José Ruiz Boléia, perímetro urbano da RJ-116.

Sonho de bingo

Está à venda o imóvel que abrigou por muitos anos a casa noturna Mais 1. Antes, foi uma casa de bingo, quando o jogo ainda era permitido no Brasil. O imóvel, em frente à antiga rodoviária urbana, pode ser adquirido pela bagatela de R$ 22 milhões. Além da loja, estão inclusos a sobreloja e o estacionamento que tem acesso para a Avenida José Ruiz Boléia, perímetro urbano da RJ-116.

Sonho de bingo

Segundo o anúncio de venda são 800 metros quadrados de loja, 250 metros de sobreloja e mais 800 metros de estacionamento. Não dá para não associar o espaço a dois tipos de negócios já experimentados: casa de eventos ou bingo/cassino. O primeiro, obteve sucesso por um tempo, mas tem altos custos de manutenção e necessita de alto fluxo de pessoas, especialmente jovens.

Decisão federal

Já bingo ou cassino depende de aprovação do Congresso e sanção presidencial. Especula-se que um dos sonhos era retomar o negócio dos jogos, principalmente depois dessa discussão ter aflorado em 2014, após a proibição em 2000. Esperava-se que ganhasse mais força sob o novo parlamento e o novo Governo Federal há quase dois anos.

Economia X evangélicos

Mas as expectativas vêm sendo sucessivamente frustradas. O lobby é grande das duas partes. A favor estão associações, o mercado estrangeiro e no Congresso, o Centrão. Contra está a bancada evangélica que tem forte influência sobre o presidente Bolsonaro. Então candidato, Bolsonaro disse que era contra a legalização de bingos e cassinos, mas que estava aberto ao diálogo.

Discussão em suspenso

Antes da pandemia, houve um ensaio para que a discussão voltasse com tudo. Mas por conta da prioridade em matérias de socorro aos estados e municípios com as medidas econômicas, a discussão foi para segundo plano, ainda que tenha parlamentares que argumentam que é oportuna, pois poderá injetar bilhões na economia, gerando empregos no cenário pós-pandêmico.

Casa noturna, cassino ou igreja

Nesse contexto nacional, a notícia de venda do espaço da Mais 1, que já foi casa de bingo, tem sua ironia. No fogo cruzado, nada surpreenderia se o imenso espaço caísse exatamente nas mãos de quem não é muito favorável às farras noturnas e muito menos aos jogos: uma das igrejas evangélicas que arrecadam recursos com programas televisivos. Afinal, quem teria dinheiro dessa ordem para adquirir o espaço?

Empreendedorismo digital

Um grupo de friburguenses está prestes a lançar uma plataforma digital de liquidação para o comércio local. Fazem parte da criação da ferramenta Fábio Luís Oliveira, José Manoel Pereira e Edson Almeida (Biá). A ideia é ajudar e promover os empreendedores locais com um shopping virtual, onde várias lojas vão se reunir em um só lugar.

Liquidação

O lançamento contará com lojas do comércio de Nova Friburgo incluindo as que estavam programadas para participar da edição presencial da Feira de Promoção de Nova Friburgo (Fepro). Com a proibição de eventos e aglomerações, a Fepro será virtual. O lançamento da plataforma LiquiAqui está prevista para os próximos dias e tem ao apoio da Associação Comercial de Nova Friburgo (Acianf).

Palavreando

“O jornalismo é mais que um ofício. Se engana quem acredita que a frieza seja requisito para a profissão. O jornalismo exige, acima de tudo, sensibilidade. O jornalista não é e não pode ser um mero relator de acontecimentos”.

 

 

 

Foto da galeria
Que o sol ilumine mais do que nossas montanhas, mas as mentes e corações friburguenses para novos tempos
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A polêmica sobre usar ou não a hidroxicloroquina

quarta-feira, 20 de maio de 2020

É muita leviandade querer atribuir ao presidente da República a imposição do uso da hidroxicloroquina, no tratamento da infecção pela Covid-19. Mas, da mesma maneira que um leigo consulta a opinião de médicos ou vai ao Google, é claro que Jair Bolsonaro tem seus contatos na área médica e deve ter conhecimento da utilidade desse fármaco, como coadjuvante do tratamento da virose chinesa.

É muita leviandade querer atribuir ao presidente da República a imposição do uso da hidroxicloroquina, no tratamento da infecção pela Covid-19. Mas, da mesma maneira que um leigo consulta a opinião de médicos ou vai ao Google, é claro que Jair Bolsonaro tem seus contatos na área médica e deve ter conhecimento da utilidade desse fármaco, como coadjuvante do tratamento da virose chinesa.

Como clínico que sou, sei que ela surgiu no mercado para tratamento e prevenção da malária ou febre terçã. Para essa enfermidade a dose prescrita é de 600 mg no primeiro dia e 300 mg no segundo e terceiro dias, cerca de 25 mg por quilo de peso, num adulto. De acordo com um trabalho publicado pelo Instituto Oswaldo Cruz, da Fundação Fiocruz, “na dose habitual do tratamento de doenças agudas, a cloroquina tem poucos efeitos adversos. A toxicidade aguda pode ocorrer após a ingestão de uma única dose de 1,5-2,0 gramas, ou seja, 2-3 vezes a dose diária de tratamento”.

Ainda, segundo a Fiocruz, “é necessário gerar evidências sobre a segurança e eficácia da cloroquina para tratar pacientes infectados com o SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19. O medicamento deve ser administrado sob estrita supervisão médica em ensaios clínicos e por um tempo curto. É fundamental avaliar cuidadosamente a quem a cloroquina pode ser efetivamente prescrita”. Não foi o que aconteceu nessa terra esquecida por Deus, pois logo que se divulgou os primeiros informes sobre a sua utilidade, ela sumiu das prateleiras das farmácias. Isso obrigou as autoridades a só permitirem sua venda com prescrição médica. Para a Covid-19 a hidroxicloroquina é mais segura e com toxicidade menor.

Num recente debate entre os médicos Marcos Boulos e Paolo Zanotto, ficou claro que mesmo entre os mais entendidos, muitas dúvidas permanecem. Mas, apesar de Boulos dizer que esse vírus não tem tratamento, estudos “in vitro’ mostram a eficácia da cloroquina contra o SARS-CoV-2, agente etiológico da Covid-19. Devido a inexistência de medicamentos seguros e efetivos para enfrentar essa doença, ela pode ser uma alternativa terapêutica, pois é um medicamento usado há mais de 70 anos e relativamente seguro. Baseado em que? Estudos “in vitro” mostram que o fosfato de cloroquina pode inibir a replicação de vários coronavírus “in vitro”, numa concentração próxima à alcançada durante o tratamento da malária aguda.

A CQ inibe a replicação do vírus reduzindo a glicosilação terminal dos receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) na superfície das células Vero E6 e interferindo na ligação dos receptores SARS-CoV e ACE2. Foi o que mostrou Paolo Zanotto, se referindo ao sucesso do tratamento da doença, no hospital da operadora de saúde Prevent Senior, em São Paulo. Ela tem de ser usada do segundo ao quarto dia do aparecimento dos sintomas e manifestações clínicas.

Segundo ele, em três dias já se nota uma diminuição acentuada da atividade viral. Numa outra entrevista, essa no jornal da TV Cultura, ele enfatizou que a partir do quinto dia, quando o paciente passa do estágio de transmissão viral para a inflamatória, quando o pulmão já está com mais de 50% de comprometimento, ela já não tem a mesma ação. Em média, a partir do sétimo dia, caso a infecção se agrave, o paciente vai precisar ser entubado e a eficácia do tratamento é muito baixa. Esse mesmo procedimento foi feito pelo professor Vladimir Zelenka, em Nova Iorque.

Tem protocolos que usam a Azitromicina associada ao sulfato de zinco. Como disse o doutor Boulos, vírus não responde a antibióticos, mas aqui o seu uso é também em função da inibição da replicação viral. Os protocolos variam muito, mas na nota técnica Covid-19 09/2020 – SESA/GS, do SUS, preconiza-se hidroxicloroquina 400 mg de 12 em 12 horas durante o primeiro dia e 400 mg por dia durante quatro dias. Num debate promovido pelo laboratório Sandoz, o geriatra Marcos Valente sugeriu hidroxicloroquina 200mg de 12 em 12 horas, no primeiro dia e 200 mg por dia por mais quatro dias.

Pelo sim pelo não, se numa infelicidade, eu me contaminar, vou querer usar a hidroxicloroquina, juntamente com a Azitromicina e o Sulfato de Zinco. Se tivesse na ativa, desde que meu paciente não tivesse comorbidades que impedissem o uso do medicamento, eu o prescreveria. O importante é salvar uma vida e não se perder em embates políticos, que não vão levar a nada.

A hidroxicloroquina é uma droga barata, o Remdesivir, recém lançado nos Estados Unidos terá um custo de US$ 4.650 por tratamento. Entenderam?

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A lição da semente

quarta-feira, 20 de maio de 2020

  Diante da perplexidade dos ouvintes, falou Jesus, convincente:

  Diante da perplexidade dos ouvintes, falou Jesus, convincente:

— “Em verdade, é muito difícil vencer os aflitivos cuidados da vida humana. Para onde se voltem nossos olhos, encontramos a guerra, a incompreensão, a injustiça e o sofrimento. No templo, que é o lar do Senhor, comparecem o orgulho e a vaidade nos ricos, o ódio e a revolta nos pobres. Nem sempre é possível trazer o coração puro e limpo, como seria de desejar, porque há espinheiros, lamaçais e serpentes que nos rodeiam. Entretanto, a ideia do reino divino é assim como a semente minúscula do trigo. Quase imperceptível é lançada à terra, suportando-lhe o peso e os detritos, mas, se germina, a pressão e as impurezas do solo não lhe paralisam a marcha. Atravessa o chão escuro e, embora dele retire em grande parte o próprio alimento, o seu impulso de procurar a luz de cima é dominante. Desde então, haja sol ou chuva, faça dia ou noite, trabalha sem cessar no próprio crescimento e, nessa ânsia de subir, frutifica para o bem de todos. O aprendiz que sentiu a felicidade do avivamento interior, qual ocorre à semente de trigo, observa que longas raízes o prendem às inibições terrestres... Sabe que a maldade e a suspeita lhe rondam os passos, que a dor é ameaça constante; todavia, experimenta, acima de tudo, o impulso de ascensão e não mais consegue deter-se. Age constantemente na esfera de que se fez peregrino, em favor do bem geral. Não encontra seduções irresistíveis nas flores da jornada. O reencontro com a divindade, de que se reconhece venturoso herdeiro, constitui-lhe objetivo imutável e não mais descansa, na marcha, como se uma luz consumidora e ardente lhe torturasse o coração. Sem perceber, produz frutos de esperança, bondade, amor e salvação, porque jamais recua para contar os benefícios de que se fez instrumento fiel. A visão do pai é a preocupação obcecante que lhe vibra na alma de filho saudoso.”

O mestre silenciou por momentos e concluiu:

— “Em razão disso, ainda que o discípulo guarde os pés encarcerados no lodo da terra, o trabalho infatigável no bem, no lugar em que se encontra, é o traço indiscutível de sua elevação. Conheceremos as árvores pelos frutos e identificaremos o operário do céu pelos serviços em que se exprime.”

A essa altura, Pedro interferiu, perguntando:

— “Senhor: que dizer, então, daqueles que conhecem os sagrados princípios da caridade e não os praticam?”

Esboçou Jesus manifesta satisfação no olhar e elucidou:

— “Estes, Simão, representam sementes que dormem, apesar de projetadas no seio dadivoso da terra. Guardarão consigo preciosos valores do céu, mas jazem inúteis por muito tempo. Estejamos, porém, convictos de que os aguaceiros e furacões passarão por elas, renovando-lhes a posição no solo, e elas germinarão, vitoriosas, um dia. Nos campos de nosso pai, há milhões de almas assim, aguardando as tempestades renovadoras da experiência, para que se dirijam à glória do futuro. Auxiliemo-las com amor e prossigamos, por nossa vez, mirando a frente!”

Em seguida, ante o silêncio de todos, Jesus abençoou a pequena assembleia familiar e partiu.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

 

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

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Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

 

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Fatos novos

terça-feira, 19 de maio de 2020

Para pensar:
"Mude o foco e mudará a direção; mude os pensamentos e mudará o comportamento; mude o rumo e mudará os resultados. As coisas só mudam para quem muda!”
Marcilene Dumont

Para refletir:
“Se temos a possibilidade de tornar mais feliz e mais sereno um ser humano, devemos fazê-lo sempre.”
Hermann Hesse

Fatos novos

Para pensar:
"Mude o foco e mudará a direção; mude os pensamentos e mudará o comportamento; mude o rumo e mudará os resultados. As coisas só mudam para quem muda!”
Marcilene Dumont

Para refletir:
“Se temos a possibilidade de tornar mais feliz e mais sereno um ser humano, devemos fazê-lo sempre.”
Hermann Hesse

Fatos novos

Os leitores habituais certamente irão se lembrar de que no dia 17 de janeiro deste ano a coluna noticiou o repasse do governo estadual a Nova Friburgo no valor de R$ 18 milhões, através do Programa de Financiamento aos Municípios na Área de Saúde (FinanSUS).

E também deve recordar que desde então buscamos incentivar figuras centrais em nosso governo municipal para que aproveitassem parte desse montante para o pagamento da rescisão trabalhista dos ex-funcionários da UPA, uma vez que havia dívida para com a Organização Social (OS) em valor próximo, e que a prefeitura é responsável solidariamente pelo pagamento desses direitos.

Ultraje

Os leitores também devem saber que jamais chegamos a ter a alegria de dar essa notícia.

Em vez disso, a prefeitura efetuou o pagamento diretamente ao Instituto Unir, sem qualquer garantia de que eles seriam repassados aos ex-funcionários, conforme havia sido prometido em ofício divulgado pela OS em novembro de 2019.

E assim o que era para ter sido uma notícia positiva ao Palácio Barão de Nova Friburgo converteu-se numa série de relatos de ex-funcionários, a partir do momento em que passaram a ser procurados com propostas ultrajantes que giravam em torno de 50% do que deveriam receber.

Por quê?

Há várias semanas a coluna vem tentando entender por que a prefeitura agiu como agiu, e em meio a esse esforço de apuração recebeu uma explicação técnica por parte da Controladoria, que essencialmente aponta para o alegado desequilíbrio econômico do contrato após dois termos aditivos em que o valor mensal original de R$ 1.362.000 foi repetidamente reduzido em pouco mais de 8%. A partir de então o Instituto passou a fazer uso do provisionamento de férias, 13° salário e FGTS, e em 2016 ele apresenta planilha com um saldo devedor na ordem de R$ 10 milhões.

Plano original

Quando a Controladoria teve ciência dessa situação, entendeu que caberia a aplicação do reajuste previsto no contrato sobre o valor atual, e após aplicar o reajuste e mais dois meses de repasses atrasados, chegando ao valor de R$ 5,2 milhões.

Na ocasião a Controladoria sugeriu que o pagamento fosse realizado diretamente aos funcionários para cobrir o passivo correspondente às rescisões de contrato, no qual a prefeitura é responsável solidariamente, pois havia o receio de que a conta bancária da Unir estivesse bloqueada. Ou seja, o banco poderia segurar o dinheiro assim que ele entrasse em conta.

Valores

Pouco tempo antes a Unir havia entrado na Justiça pedindo o bloqueio de pouco mais de R$ 6 milhões para cobrir as despesas, havendo determinação judicial para isto.

No início de março deste ano, no entanto, um advogado da Unir esteve na prefeitura querendo informações sobre o repasse. Na ocasião, a prefeitura alegou ter informado que repassaria apenas o valor de R$ 5,2 milhões, calculado acima, e também ter acordado que o repasse só aconteceria caso fosse retirada a denúncia. Agindo dessa forma, a prefeitura alega ter gerado uma economia superior a R$ 1 milhão.

Rota convencional

Nessa mesma reunião a Controladoria questionou se a conta bancária da Unir estava bloqueada, e em resposta ouviu que não. Sendo assim, “não havia obstáculos em repassar o recurso, pois este é o correto em um contrato”. A prefeitura, a esse respeito, alega ter confiado “que a Unir iria fazer os pagamentos corretamente, como fez durante todo o período do contrato. Em nenhum momento a administração imaginou que a Unir iria fazer negociação com os funcionários.”

Em resumo, a prefeitura defende que não tinha a obrigação de pagar diretamente os funcionários. Essa obrigação seria da Unir.

Puxando o fio

Pois bem, todo esse episódio retornou à superfície com as prisões de Mário Peixoto e Luiz Roberto Martins, na última quinta feira, 14, durante a operação Lava Jato.

Informações reunidas pelo Ministério Público Federal, através de interceptações telefônicas, revelaram ligações entre os empresários presos e o Instituto Unir Saúde, OS que administrou a UPA de Conselheiro Paulino.

E também houve referência aos valores recebidos da Prefeitura de Nova Friburgo em um diálogo interceptado em 20 de março deste ano.

Calabar

O fato novo tornou ainda mais importante esclarecer em detalhes o posicionamento de nossa prefeitura, e foi a partir de então que a coluna teve ciência de que o vereador Professor Pierre havia acabado de finalizar e protocolar mais uma Operação Legislativa, esta batizada de “Calabar”, na qual foram reunidas incontáveis informações a respeito de todo o episódio, adicionando diversos pontos que vão demandar novos esclarecimentos por parte do Executivo Municipal nos próximos dias.

Só começando

Em matéria específica, na página 3 desta edição, A VOZ DA SERRA traz alguns detalhes sobre a peça, cujo conteúdo foi remetido até mesmo à cúpula da Lava Jato.

Certamente voltaremos a este tema de maneira mais aprofundada nos próximos dias.

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Friburgo, 202 anos com a sensibilidade à flor da pele!

terça-feira, 19 de maio de 2020

Não tem sido fácil vencer os dias da quarentena pelas razões que nos mantém em isolamento social. E o Caderno Z, consciente de seu papel de companheiro de jornada de todos nós, trouxe o tema “Saúde Mental”, justamente para nos ajudar a transpor o momento difícil da pandemia da Covid-19. Em pesquisa recente, constatou-se, entre as causas da depressão, ausência de crianças em casa e, paralelamente, a presença de idosos no “ambiente familiar”.

Não tem sido fácil vencer os dias da quarentena pelas razões que nos mantém em isolamento social. E o Caderno Z, consciente de seu papel de companheiro de jornada de todos nós, trouxe o tema “Saúde Mental”, justamente para nos ajudar a transpor o momento difícil da pandemia da Covid-19. Em pesquisa recente, constatou-se, entre as causas da depressão, ausência de crianças em casa e, paralelamente, a presença de idosos no “ambiente familiar”.

Eu penso que não resta dúvida de que a graça da criança é um bálsamo e não se discute. Mas, a presença dos idosos também encanta pela história de vida se soubermos respeitar esses queridos, que também já foram jovens. O especialista em psiquiatria, Danilo Cassane, observou que antes da pandemia, um dos grandes fatores para os transtornos mentais era a falta de tempo e, agora, com o tempo sobrando, muita gente não sabe o que fazer. Até porque o tempo ocioso está tomado por “uma carga emocional e medo que a gente tem diante do quadro alarmante da pandemia do coronavírus”.

Para amenizar a situação, o doutor Danilo ressalta: “Estamos ficando muito tristes, então, qualquer medida que usarmos para nos fazer rir é muito importante”. Igor Fonseca, instrutor do Estúdio Samsara, lembra que, no momento, a prática do yoga “torna-se uma das ferramentas mais disponíveis e eficientes para manter a saúde do corpo e da mente”. As redes sociais e muitos sites “viram comunidades de apoio” e atuam intensamente “oferecendo suporte emocional às pessoas que estão sofrendo com o isolamento social”.

Por tudo o que temos visto e vivido, que nós possamos fazer da reflexão a janela para um novo tempo. Como diz Wanderson Nogueira; “Quando esses dias estranhos passarem e as ruas estiverem cheias de novo, que não seja euforia vazia... consumo insano, brigas por nada, efemérides, superficialidades...”. Que seja mesmo um novo tempo de amadurecer.

Deixamos o Caderno Z e Vanessa Melnixenco, historiadora, está radiante numa bela entrevista para A VOZ DA SERRA. Perguntada sobre a sua expectativa quanto à pós-pandemia, “se as pessoas sairão melhores dessa tragédia?”, Vanessa responde: “Confesso que tenho certa desconfiança da humanidade, mas, ainda assim, prefiro acreditar que nada será como antes. É impossível sair ileso dessa pandemia...”.

Vinicius Gastin trouxe algumas curiosidades sobre o bolão, modalidade esportiva que existe há mais de 3.500 anos. Muito antes de o Brasil ser “descoberto” já existia o esporte. Para nossa cidade, sua prática é uma herança das colonizações suíça e alemã, difundida pelo Nova Friburgo Country Clube e pela Sociedade Esportiva Friburguense”, desde a década de 1950. Parabéns Vinicius, batendo sempre um bolão na história.

Sobre histórias antigas, quem tem sempre boas informações é a professora Janaína Botelho. Desta vez, ela nos relata sobre pandemias passadas e lembra como Nova Friburgo era procurada para tratamentos de saúde, sendo conhecida como “região salubre”. Lembra ainda que Machado de Assis, em 1879, tendo a saúde abalada, veio para se tratar, com aparência “cadavérica” e saiu daqui até “gordo”, se refazendo das “carnes perdidas e do ânimo abatido”. E concluiu: “Nova Friburgo é terra abençoada”.

A situação da pandemia continua exigindo muitos cuidados e restrições e há um impasse muito grande a se resolver entre flexibilização e quarentena. A saúde precisa da economia e, essa, por sua vez, precisa da saúde do povo. Que dilema! Há quem alegue que os dados de contaminação e mortes por aqui estão razoáveis. Mas, a cada dia, os números crescem. Há muitas perguntas no percurso dos acontecimentos. Que haja muita consciência para que as decisões sejam todas acertadas em nome da segurança de todos.

Os 202 anos de nossa cidade são festejados de forma diferente. Além das facilidades de festejar a data de modo virtual, que nós possamos fazer a festa dentro do nosso coração. Na bela página que o jornal promoveu para marcar o 16 de maio estou lá com uma trova: Com o céu azul que enfeita / nossa vida e diretriz, / Nova Friburgo é perfeita / para a gente ser feliz! Feliz cidade para todos nós...

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Aniversário da Rosi

terça-feira, 19 de maio de 2020

O último sábado, 16, foi de congratulações para a querida Rosi, que somou mais um ano de vida nesta data especial. Devido ao atual momento do necessário isolamento social, não houve celebração, mas a aniversariante não ficou sem receber o carinho merecido e os votos de muita saúde, paz e felicidade do marido, o jornalista gente boa, Girlan Guilland, dos filhos Ilana e Ilan, além dos familiares e amigos que assim como nós desejam a Rosi tudo de bom. Parabéns!

Aniversário da Maria Fernanda

O último sábado, 16, foi de congratulações para a querida Rosi, que somou mais um ano de vida nesta data especial. Devido ao atual momento do necessário isolamento social, não houve celebração, mas a aniversariante não ficou sem receber o carinho merecido e os votos de muita saúde, paz e felicidade do marido, o jornalista gente boa, Girlan Guilland, dos filhos Ilana e Ilan, além dos familiares e amigos que assim como nós desejam a Rosi tudo de bom. Parabéns!

Aniversário da Maria Fernanda

O dia de hoje, 19, se torna ainda mais belo para o querido casal Michele e Jorginho Sorrentino e com um motivo mais que especial: é o aniversário da filha Maria Fernanda Ferreira Sorrentino (foto) que completa 17 anos.

 Para a bela jovem, enviamos os parabéns com votos de muitas felicidades e um brilhante futuro.

Euterpe é sempre show!

 A nossa querida banda Euterpe Friburguense não perde oportunidade de fazer por merecer efusivos e justos aplausos.

 No último sábado, 16, quando Nova Friburgo completou seus 202 anos, além de fazer circular pelas redes sociais uma bela mensagem musical com alguns músicos sob a batuta do maestro Nelsinho, a Euterpe também fez breve homenagens em bairros e distritos a bordo de um caminhão com seu quinteto musical composto por Kelvin Torres (trompete), Tiago Silva (trompa), Guilherme Tardin (tuba), Lucas Coutinho (trombone) e Francisco Duarte (trompete).

Bem-vindo, Benício!

Grande figura humana, o admirado músico, Erick Panniset de Oliveira, viveu recentemente uma das grandes emoções de sua vida, além da inesquecível oportunidade de ter cantado ao vivo com Ivete Sangalo, em março, durante um evento corporativo em São Paulo. 

 É que para sua felicidade plena junto a esposa Déborah dos Santos Almeida, nasceu no último dia 11, no Hospital São Lucas, o primeiro filhinho do casal: o Benício. O garotão veio ao mundo, com 3.460 quilos e medindo 49 centímetros.

Ao casal de amigos Déborah & Erick na foto com o lindo príncipe Benício, nossas congratulações com votos de imensas e eternas felicidades.

Deus os proteja!

Temos visto a quantidade de motoboys aumentar cada vez mais nestes tempos de deliverys em alta e grande parte deles trabalhando como loucos no seu dia-a-dia. Pedimos a Deus que os cuidados dessa turma no trânsito sejam também ainda mais intensificados, já que em movimentadas vias públicas de mão dupla, chega a causar medo ao ver como alguns os motoboys ultrapassam os carros arriscando-se para prestar um bom e ágil serviço.

Onze anos

No próximo domingo, 24, o dia será de ainda mais celebração para a gatinha da foto, a Carolina Heckert Martins Pereira que começa a fazer sucesso com seu canal Carolina HMP no YouTube e sonha em se tornar uma grande jogadora do voleibol.

Neste dia 24, para satisfação especial da mãe Carine, pai Rafael e avós corujas Júlia (materna) e Helena e Eugênio (paternos), a Carolina vai completar seu 11° aniversário. Parabéns e felicidades!

Adeus, Frederico!

Tivemos uma sentida perda no último fim de semana: o sr. Frederico Martins de Oliveira, que foi funcionário por muitos anos da Ferragens Haga, assim como por longos tempos presidiu a LFD - Liga Friburguense de Desportos, naquela ocasião em que realmente existia e de forma muito imponente o futebol amador de nosso município.

Nossos sentimentos aos familiares do querido Frederico que deixa saudades.

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    Aniversário da Rosi

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    Bem-vindo, Benício!

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    Onze anos (Carolina Heckert Martins Pereira)

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