A volatilidade te assusta?

Gabriel Alves

Educação Financeira

Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.

sexta-feira, 05 de março de 2021

De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor. Este é meu propósito profissional! Portanto, conheça e respeite suas limitações. Não dê passos maiores do que pode e seus investimentos vão refletir o seu conhecimento.

Contudo, antes de aprofundarmos os impactos psicológicos do investidor, é hora de definir volatilidade para você tirar a própria conclusão de se isso é, ou não, condizente com suas características e objetivos. Por definição, volatilidade é medida em um determinado período de tempo e representa a intensidade da variação de preço de um ativo. Matematicamente, a volatilidade é calculada a partir do desvio padrão de preços durante um determinado período de tempo. Em outras palavras, ativos muito voláteis oscilam fortemente sua cotação; por outro lado, ativos mais perenes (menos voláteis) mantém pequenas variações no preço da cotação ao longo do tempo.

A noção de volatilidade vai te auxiliar no processo de elaboração da sua estratégia de investimentos e o conhecimento vai te deixar mais à vontade e confiante na hora de acompanhar o desempenho da sua carteira. Agora, vou pontuar algumas classes de investimentos em escala das menos voláteis para as mais voláteis: caderneta de poupança, tesouro direto, renda fixa (com cobertura do FGC), fundos de renda fixa, renda fixa (sem cobertura do FGC), fundos multimercado, COEs, fundo de ações, derivativos e contratos futuros.

Vale ressaltar, a possibilidade de ganhos é diretamente proporcional ao risco assumido pela volatilidade e ao conhecimento do investidor. Portanto – volto a ponderar – entenda seu perfil e busque estratégias condizentes com o seu conhecimento. Afinal, você pode viver boas experiências com seus investimentos e não precisa correr riscos desnecessários.

Num exemplo clássico, é comum novos investidores se encantarem com as possibilidades de ganhos na renda variável (Ações, Derivativos e Contratos Futuros) e entrarem com tudo em um novo mundo que fora muito pouco explorado por eles. Tudo parece estar caminhando maravilhosamente até que a volatilidade entra em cena e mostra que a força de valorização é ainda menor que a de desvalorização dos ativos. Numa conta simples, pense comigo: após uma queda de 50%, seus investimentos precisam valorizar 100% para voltar aos antigos patamares.

Percebe como a minha ideia aqui – ao contrário de te assustar – é te conscientizar? Você pode viver tranquilamente e com a consciência limpa de que seus investimentos foram uma ótima escolha, basta ter paciência. Pense nisso!

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