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Antigo fórum

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Na vasta coleção de obras realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, em Nova Friburgo, está prestes a ser entregue a revitalização do icônico prédio que por décadas abrigou o Fórum Júlio Vieira Zamith, na Praça Getúlio Vargas. A recuperação total do telhado, que estava com sua estrutura bastante comprometida, já foi finalizada. 

100% Estado

Na vasta coleção de obras realizadas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, em Nova Friburgo, está prestes a ser entregue a revitalização do icônico prédio que por décadas abrigou o Fórum Júlio Vieira Zamith, na Praça Getúlio Vargas. A recuperação total do telhado, que estava com sua estrutura bastante comprometida, já foi finalizada. 

100% Estado

Na parte interna, pisos reformados, mantendo os originais, e outras intervenções recuperaram áreas que estavam bastante desgastadas. Foram mais de 20 anos de abandono, como se pode comparar nas fotos de antes e depois. 

Oficina-Escola de Artes

Restam poucos detalhes para que o Governo do Estado entregue o prédio revitalizado à prefeitura, que deverá usá-lo para fins culturais, como abrigar atividades da Oficina-Escola de Artes. 

Inauguração em julho

O antigo fórum da Praça Getúlio Vargas foi beneficiado pelo programa de Revitalização do Estado. As obras orçadas em aproximadamente R$ 600 mil foram realizadas pela Emop (Empresa de Obras Públicas do Estado) e vão completar quase um ano. A inauguração está prevista para o dia 20 de julho. 

Cultura na berlinda

Segundo dados do Ministério da Cultura que dão base para o Índice das Cidades Sustentáveis, Nova Friburgo é uma das piores do Brasil na relação habitantes e número de centros culturais, casas e espaços de cultura públicos ou privados. Apenas 2,63 para cada 100 mil habitantes, quando o ideal seria acima de 35,28. 

Coleção de problemas

O problema se agrava quando se percebe a descontinuidade dos pontos de cultura, o Centro de Artes fechado há mais de uma década sem perspectivas de ser reaberto e o teatro municipal fechado e passando por reformas após pressão da classe artística. Soma-se aí a ausência de um espaço para grandes eventos e a subutilização da Praça CEU, na Via Expressa. 

 

Golaço 

Marcando mais um gol fora dos campos, o jogador de futebol Lucas Siqueira, criado em Nova Friburgo e formado nas divisões de base do Friburguense, acaba de lançar o seu primeiro livro “Evolução financeira - 30 chaves para a sua evolução financeira”. A publicação tem o selo da Editora Chave Mestra. 

 

Atleta que investe 

Criador do @atletaqueinveste, o jogador que atualmente está no Ituano, que disputa a Série B do Brasileiro, ensina atletas a investir durante a carreira para usar melhor o dinheiro e realizar sonhos para além do futebol e assegurar renda após pendurarem as chuteiras. O livro pode ser adquirido em sites especializados. 

 

Friburguense 

O Friburguense segue sem vitórias e ainda sem ter marcado um gol sequer. Sem pré-temporada e com muitos problemas extra-campo, o elenco vem sendo blindado, ainda que a insegurança jurídica que eleva a crise financeira afete a todos.  

 

Confronto de opostos

A boa notícia foram as duas semanas entre um jogo e outro para tentar acertar o entrosamento. Lanterna da competição, o elenco comandado por Gerson Andreotti tem um desafio e tanto pela frente: o invicto e líder Olaria, em partida fora de casa, no próximo sábado, 17, às 15h, pela 6ª rodada. Além do Olaria, apenas o Maricá segue invicto. 

 

Falta de entrosamento 

Lembrando que diferente dos anos anteriores, nesta edição, os dois últimos colocados caem para a terceirona. O risco de queda é enorme. Inevitável é pensar que uma futura queda tem culpa direta da presidência social do clube. Vale a torcida para que, apesar de todas as trapalhadas, o Friburguense não vivencie o que seria o pior momento da sua história. 

 

Malandro também chora 

Um domingo marcado por muito batuque e emoção que é impossível não fazer o registro. O retorno de Evandro Malandro aos palcos de Nova Friburgo reuniu grandes nomes do samba friburguense, além do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira e a bateria da Grande Rio, na roda de samba “Que beleza”.

 

 

Estandarte de Ouro

O Malandro que brilhou em sua reestreia, também se emocionou ao reencontrar pessoas que fazem parte de sua trajetória profissional e de vida. O bom filho que não se afasta de sua terra e voltou como estandarte de ouro é considerado um dos mais brilhantes intérpretes do maior carnaval do mundo, o do Rio de Janeiro.

 

O xaxado vai invadir a verde e branco  

Preparem a zabumba, o triângulo e a sanfona. Está aberta a temporada de disputa para o samba enredo da Vilage no Samba, que vai mergulhar no mundo do xaxado. Os sambas serão apresentados no dia 9 de julho, na quadra da verde e branco, que promete um encontro com muita história e uma explosão de cores e emoções.

 

Premiação 

Os compositores já tiveram acesso à sinopse completa para fazerem suas obras. Também puderam tirar dúvidas com a comissão de carnaval e a diretoria. A expectativa é de que mais de cinco parcerias concorram, em uma disputa que promete ser acirrada. A agremiação ainda premiará os vencedores com R$ 5 mil. 

 

Palavreando

Rir dos enganos que sempre são ganhos e deixar ir, ainda que se queira muito que fique. Só fica o que pode ficar. Até raízes se soltam da terra profunda”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Foto da galeria
#OMELHORFRIODORIO Uma floresta no meio da cidade. A praça que passamos todos os dias, pode ser capturada de formas e olhares diferentes. Nesses dias de outono, o céu ajuda a caprichar a cena do cotidiano nosso de cada dia.
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Benefícios da humildade para a saúde

quarta-feira, 14 de junho de 2023

No programa dos Doze Passos de AA – Alcoólicos Anônimos, o Passo Sete diz: “Humildemente pedimos a Ele [Deus como cada um concebe] para remover nossas imperfeições.” Imperfeições neste contexto significam defeitos de caráter. Uma coisa é você se submeter a um tratamento físico, por exemplo, desintoxicação alcoólica ou alimentar, e outra é procurar vencer seus defeitos como pessoa que se manifestam pelo seu comportamento. Muitos membros de AA ou outras pessoas se tornam sóbrias, mas continuam orgulhosas.

No programa dos Doze Passos de AA – Alcoólicos Anônimos, o Passo Sete diz: “Humildemente pedimos a Ele [Deus como cada um concebe] para remover nossas imperfeições.” Imperfeições neste contexto significam defeitos de caráter. Uma coisa é você se submeter a um tratamento físico, por exemplo, desintoxicação alcoólica ou alimentar, e outra é procurar vencer seus defeitos como pessoa que se manifestam pelo seu comportamento. Muitos membros de AA ou outras pessoas se tornam sóbrias, mas continuam orgulhosas. Falta nelas um despertar espiritual que as pode levar a entender que será bom também melhorar seu caráter.

Viajo com alguma frequência geralmente para apresentar palestras e algumas vezes uso meu carro para as viagens. Nessa semana estava dirigindo pela rodovia Presidente Dutra em direção a São Paulo. Eu estava na pista da esquerda numa ultrapassagem. Olhei pelo espelho retrovisor e vinha um automóvel piscando os faróis. Não era ambulância, nem bombeiro, nem polícia. Era um indivíduo apressado com um carrão importado.

Claro, tem pessoas que estão apressadas nas estradas porque estão com alguma emergência, mas estou acostumado com este tipo de atitude nas viagens em que um carro atrás de mim vem piscando insistentemente os faróis e lá na frente, ao parar num restaurante ou lanchonete, vejo a pessoa daquele carro tranquilamente tomando um lanche. Então, não era uma emergência que o fazia insistir para eu sair da frente para ele passar. Era arrogância mesmo, falta de humildade, prepotência. O indivíduo ostenta um carrão e quer que todos saiam da sua frente como se ele fosse o dono da rodovia.

Falar de humildade para pessoas assim é tido por elas como xingamento. Elas desdenham a atitude humilde. Mas quando ocorre uma tragédia com elas, algumas se humilham e finalmente admitem que não são deuses. Caem do andor. Muitos confundem humildade com humilhação. Humildade não significa mendigar por misericórdia, mas é o resultado de percebermos que somos todos irmãos como seres humanos, que não somos superiores aos outros. Humilhação tem que ver com você passar vergonha geralmente por ser vítima de abusos de outras pessoas.

O Passo Sete, além de falar em humildade, menciona também o pedir. Pedir a Deus para remover defeitos pessoais de caráter. Alguns têm dificuldade em pedir ajuda. Mas quando descobrimos que nosso conhecimento, nossa capacidade, nossa experiência são limitadas e nos tornamos humildes, então aceitamos que precisamos pedir ajuda. E ela vem e alivia nossa vida.

Este Passo termina com a palavra “imperfeições”. Isto pode significar atitudes criminosas, corruptas no indivíduo, mas em geral tem que ver com defeitos de caráter menos violentos do que estes, como vaidade, inveja, insegurança, tendência de manipular as pessoas, desejos de se exaltar e outros. É muito libertador quando decidimos lutar para vencer estes e outros defeitos de caráter. Permanecer neles é um tipo de prisão, de falta de liberdade, mesmo que renda muito dinheiro.

Se tornar humilde gradativamente é uma força para a vida. Com esta virtude você não precisa competir com os outros. Aceitando ajuda, muitas vezes faz a vida vai ficar mais leve, mais serena e em paz. Ajuda sua imunidade, favorece a recuperação da saúde física, melhora seus relacionamentos. Ao irmos recebendo a humildade porque a queremos, pedimos e praticamos, vamos vencendo, dia a dia, nossos defeitos de caráter, e daí não precisamos ficar piscando os faróis do nosso carro para quem está à nossa frente na rodovia para passarmos com pressa inútil. Ser humilde é aliviante.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

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Ganhar para não fazer nada

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Morimoto adianta que não faz sexo, não carrega peso, não discute

Estava escrito no mural: “O trabalho enobrece o homem”. Alguém, mais realista, ou mais pessimista, corrigiu por cima: “emagrece”. São duas maneiras de se encarar a questão, cada uma delas deve ter algum fundamento, que pouca coisa neste mundo ─ provavelmente nada neste mundo ─ é absolutamente preto ou branco (basta olhar a cara dos brasileiros!).

Morimoto adianta que não faz sexo, não carrega peso, não discute

Estava escrito no mural: “O trabalho enobrece o homem”. Alguém, mais realista, ou mais pessimista, corrigiu por cima: “emagrece”. São duas maneiras de se encarar a questão, cada uma delas deve ter algum fundamento, que pouca coisa neste mundo ─ provavelmente nada neste mundo ─ é absolutamente preto ou branco (basta olhar a cara dos brasileiros!).

Não sei se o leitor acha que o trabalho enobrece ou emagrece. No geral, ele enriquece alguns poucos e deixa a grande maioria a contar os centavos para pagar as contas no fim do mês. Muitos são os que conseguem apenas (se tanto!) pagar a conta (no singular), porque não é fácil acertar tudo de uma tacada só: numa vez paga-se a luz, na outra paga-se a água, na outra compra-se o gás, e assim vai-se levando a vida, até que chegue a morte ou coisa parecida, como dizia o cantor Belchior.

Há trabalhos que, além de pouco reconhecidos, são pesados e mal pagos. Cansa! Quem não gostaria de encontrar uma moleza, um desses empregos em que, em câmaras e palácios, servidores do povo, de terno e gravata, tribunas e assessores e cafezinhos, definem quando e quanto trabalharão, quando e quanto receberão pelo trabalho que fizerem ou mesmo que não fizerem?

Mas em matéria de ganhar dinheiro sem fazer força, ninguém supera o cidadão japonês Shoji Morimoto. Ele mesmo define sua ocupação profissional como “comer, beber e dar respostas simples”. Qual é a mágica que esse sábio nipônico faz para viver bem, sustentar mulher e filho, sem fazer nada? Segundo a Agência Reuters de Notícias, Morimoto se oferece para acompanhar. E daí? Não tem daí nenhum. Sua função é apenas acompanhar pessoas que se disponham a lhe pagar R$ 367,00 para tê-lo ao lado delas por um dia.

Morimoto adianta que não faz sexo, não carrega peso, não discute. Apenas acompanha. Não é muito, mas não lhe faltam fregueses, e ele costuma fazer ao menos dois acompanhamentos por dia. Pode ser que essa profissão seja uma particularidade de países como o Japão, que, tendo gente demais, acaba fazendo com que muitos vivam na solidão. E aí, achar alguém que aceite andar conosco, sem perguntar aonde vamos ou o que vamos fazer, sem dar opinião contra ou a favor de qualquer coisa, é uma bênção dos céus. Quer você chore, quer você dance, quer simplesmente você sente num banco de praça e fique jogando milho aos pombos, o acompanhante está ao seu lado, solidário e inútil.

Como sabe o douto leitor, trabalho vem do latim tripalium, e designava um instrumento de três pontas usado para imobilizar animais a serem ferrados. Como os escravos eram considerados pouco mais ou pouco menos do que os animais, para castigá-los ou fazê-los trabalhar, passou-se a usar o tripalium. Daí que tripalium e trabalho logo tornaram-se sinônimos. É mais ou menos isso, talvez eu tenha distorcido um pouco, não me levem a mal nem me levem a sério.

Um filósofo concluiu que “todo trabalho supõe tendência para um fim e esforço”. Shoji Morimoto descobriu um meio de atingir um fim sem fazer esforço. Realmente, temos que reconhecer a superior inteligência nipônica, que até sem fazer nada consegue ganhar dinheiro.

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Dr. Carlos Alberto Pecci: o médico mais antigo de Nova Friburgo ainda em atividade

quarta-feira, 14 de junho de 2023

Há 15 dias falei do médico mais idoso do mundo, ainda trabalhando, o francês Christian Chenay, de 102 anos, com mais de 70 anos de profissão. Hoje falarei do médico mais antigo, ainda clinicando em Nova Friburgo, com 61 anos no exercício da medicina: trata-se do meu querido amigo Carlos Alberto Pecci. Fiz uma entrevista com ele e colhi dados importantes de sua vida, para tentar, na coluna desta semana, homenagear esse colega muito estimado pela classe médica de nossa cidade.

Há 15 dias falei do médico mais idoso do mundo, ainda trabalhando, o francês Christian Chenay, de 102 anos, com mais de 70 anos de profissão. Hoje falarei do médico mais antigo, ainda clinicando em Nova Friburgo, com 61 anos no exercício da medicina: trata-se do meu querido amigo Carlos Alberto Pecci. Fiz uma entrevista com ele e colhi dados importantes de sua vida, para tentar, na coluna desta semana, homenagear esse colega muito estimado pela classe médica de nossa cidade.

Nascido em Nova Friburgo, em 8 de maio de 1934, na Rua General Osório, desde pequeno sempre quis ser médico, o que talvez fosse complicado, já que era oriundo de uma família humilde, sendo seu pai sapateiro, o que, em princípio, tornava seu sonho pouco provável. Terminado o segundo grau, trabalhando como entregador na quitanda de seu irmão Osmar Pecci, conheceu uma família que passava férias em nossa cidade e, um dia lhe foi perguntado pelo casal o que pretendia ser. Modesto, característica pessoal de Pecci, disse que seria quitandeiro, pois sua vontade de ser médico era impossível, pois sua família não tinha condições de bancar seus estudos em Niterói ou no Rio de Janeiro.

O acaso bateu-lhe à porta, pois um dos filhos desse casal era médico em Niterói, além de secretário de Saúde do antigo Estado do Rio de Janeiro. Este, quando soube do desejo de Pecci, conseguiu um emprego para ele, na secretaria do Hospital Ary Parreiras, na antiga capital do estado. Se dedicando aos estudos para enfrentar um vestibular, conseguiu ser aprovado, em 1954, e matriculou-se na faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense, coroando o sonho de ser médico, em 1961, quando recebeu seu diploma.

Começou a trabalhar como plantonista do antigo Samdu (Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência), em Niterói, e abriu um consultório na Avenida Amaral Peixoto. Nessa época, casou-se com a também niteroiense Iara Pecci e, quatro anos depois, já tendo terminado o curso de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, resolveu voltar para sua terra natal. Assim, sua vida profissional começou em Friburgo no ano de 1965, portanto há 58 anos.

Seu início aqui não foi fácil, pois apesar de friburguense, a classe médica da época era muito fechada e ainda existia dois grupos antagônicos com uma grande competição entre eles. Mas, os horizontes foram se abrindo e Carlos Pecci foi admitido no serviço de urgência que funcionava na então avenida General Osório. Posteriormente, ele conseguiu entrar no Hospital São Lucas e na antiga maternidade da LBA (Legião Brasileira de Assistência), hoje Maternidade Mário Dutra de Castro, no centro da cidade, administrada pela prefeitura.

Uma curiosidade na vida profissional de Pecci é que ele foi obrigado no início, aqui em Friburgo, a especializar-se em Proctologia, curso que foi feito em Niterói, pois a vaga oferecida a ele, no São Lucas era a de proctologista. Tanto que quando abriu seu consultório atendia nas duas especialidades, mesmo que seu sonho, ao entrar para a medicina, fosse ser ginecologista e obstetra. A partir daí sua carreira progrediu e ele passou a ser conhecido e atuante na classe médica friburguense.

Apesar de não ter exercido nenhum cargo político, Pecci foi diretor da maternidade, do Hospital São Lucas, do serviço de Ginecologia e Obstetrícia desse mesmo hospital e, atualmente é diretor do ambulatório do São Lucas e da Associação Médica de Nova Friburgo. Aliás, considerado seu eterno presidente, sua eleição foi fundamental para pacificar a classe médica, na primeira vez em que presidiu aquela instituição, dada a sua índole tranquila e pacificadora. Ele ainda atende, aos mais necessitados, no ambulatório Bento XVI, da Catedral de São João Batista, com o diferencial de ter sido um de seus médicos fundadores.

Aos 89 anos, nosso medico mais idoso em atividade, não pensa em se aposentar e continua a atender seus pacientes, em seu consultório particular, como ginecologista e obstetra. Ele aconselha os colegas que estão chegando em Friburgo, a se darem bem com todo mundo, cumprimentar as pessoas na rua, a serem tolerantes, pois apesar de nossa cidade ter crescido, ainda é provinciana. Aliás, foi essa colocação que sua filha Carla Pecci, também médica, fez questão de ressaltar.

Ele ensinou aos três filhos, Carla, Cláudio Pecci, que seguiu a carreira do pai, e a Ronaldo Pecci, este atuando na área da informática, a serem humildes e a tratarem a todos com cortesia. Na realidade ele quis transmitir aos novos, de que ser médico é um dom e que o paciente tem de ser tratado com respeito e cordialidade. Nada de ser orgulhoso e se dirigir a todos da mesma maneira respeitosa

Como curiosidades desses 58 anos de vida médica na cidade podemos citar dois casos engraçados. Um ocorreu num congresso de Ginecologia aqui em Friburgo. Nessa época, os laboratórios que patrocinavam tais congressos, faziam sorteios de prêmios como televisores, faxes etc. Nesse, especificamente, ia ser sorteado um fax. Estavam reunidos três médicos e o representante perguntou a dois deles se já tinham tal aparelho e eles disseram que não. Ao ser perguntado Pecci, que não tinha entendido direito a pergunta, disse que sim, mas só não se lembrava do nome dela. Ele pensou que fax fosse a faxineira. O outro caso, mostra a sua perspicácia. Com tantos anos de profissão, ele já trouxe ao mundo três gerações a avó, a mãe e a neta. Um dia foi parado na rua por uma antiga cliente que lhe apresentou a mãe e falou: “Foi o senhor que fez o parto de mamãe”. Aí a mãe informou que o parto tinha sido feito na maternidade. Como ele dava plantão às quartas feiras, disse: “Há foi numa quarta-feira”, no que a mulher abriu um sorriso e replicou: “puxa! que memória o senhor tem”.

Foi um prazer enorme ter feito essa entrevista com o médico e colega Carlos Pecci. Desejo vida longa a essa pessoa carismática, que aos 89 anos ainda exerce a profissão que desde pequeno foi a sua paixão.

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AVS em um relacionamento sério com Nova Friburgo!

segunda-feira, 12 de junho de 2023

            Por mais que os tempos mudem, que as tecnologias avancem e que os seres humanos busquem novos modos de vida, o amor romântico está sempre no topo das conquistas existenciais. O Dia dos Namorados ainda é uma data esperada e muito celebrada, basta dizer que as lojas, com vitrines exuberantes,  fazem ofertas mil, apostando nas vendas, prorrogando até o expediente nas vésperas do dia 12 de junho. O Caderno Z, que tem o dom de nos encantar, não deixaria de render homenagens ao dia mais apaixonante do calendário na edição do último fim de semana.

            Por mais que os tempos mudem, que as tecnologias avancem e que os seres humanos busquem novos modos de vida, o amor romântico está sempre no topo das conquistas existenciais. O Dia dos Namorados ainda é uma data esperada e muito celebrada, basta dizer que as lojas, com vitrines exuberantes,  fazem ofertas mil, apostando nas vendas, prorrogando até o expediente nas vésperas do dia 12 de junho. O Caderno Z, que tem o dom de nos encantar, não deixaria de render homenagens ao dia mais apaixonante do calendário na edição do último fim de semana. Na incessante procura pelo par perfeito, alguns se acham para uma vida inteira. Em “Procura-se Love”, Wanderson Nogueira partilhou suas expectativas: “... amor não é uma invenção dos poetas, tampouco é filosofia. Amor é companheirismo, intimidade e admiração, posto que sem esses ingredientes não há rima que o sustente”.

            Em cada canção, em cada poema, o “Z” se derramou em afetos. Aos amores que se foram, o recado é de Roberto e Erasmo: “É tão difícil olhar o mundo e ver / o que ainda existe /pois sem você meu mundo é diferente / minha alegria é triste...”. Mas será que “todas as cartas de amor são ridículas”? Para dizer isso, Fernando Pessoa, a própria pessoa que deu luz ao poema, se meteu numa armadilha, “afinal, / só as criaturas que nunca escreveram / cartas de amor /  é que são / ridículas...”. O Soneto da Fidelidade, de Vinícius, é uma verdadeira obra prima dos achados poéticos: “De tudo ao meu amor serei atento / antes, e com tal zelo, e tanto / que mesmo em face do maior encanto / dele se encante mais meu pensamento...”. Maravilhoso! Redondinho, como se diz na trova.

            A rima de amor e dor está presente nos embates amorosos, como cantam Chitãozinho e Xororó: “o amor é feito de paixões /e quando perde a razão / não sabe quem vai machucar...”. E machuca mesmo, seja qual for o seu destino. Lulu Santos soube definir esses embates: “E a gente vai à luta / e conhece a dor /consideramos justa / toda forma de amor...”. Na verdade, eu acho é que o Caderno Z tinha que ter pena de mim, pois, colocando tanta coisa linda em suas páginas, eu fico na maior saia justa para destacar apenas alguns trechos. Assim, deixamos o “Z” ao som de “Balada do Louco”, pois, somos loucos... loucos por nossa inesquecível Rita Lee!

            Vinícius Gastin nos trouxe boas novas para o esporte: A Câmara Municipal aprovou a criação do Programa Bolsa Atleta, que tem por objetivo “valorizar e apoiar atletas e paratletas participantes do desporto educacional  e em casos específicos de acordo com regulamento de cada categoria”. A prioridade será para atletas que representarem Nova Friburgo em eventos oficiais municipais, estaduais, nacionais e internacionais.  Isso, sim, é marcar um grande gol na área esportiva. Parabéns!

            Uma cidade é cheia de percalços para se resolver. É o comércio ambulante que se espalha pelas ruas, competindo com o comércio local. A poluição visual provocada pelo excesso de fiação nos postes. Os eventos na  Praça do Suspiro que causam transtornos. Nesse mister, aproveito para lembrar da museóloga e historiadora, Lilian Barreto, que enfatizava: “Não pode haver poluição visual perto da Fonte do Suspiro. A distância tolerável de 500 metros tem que ser respeitada!”. Nos festejos de 16 de maio, eu contei: um palmo entre a fonte e uma coluna de sustentação do palco. É preciso aprender a dizer “não, quando é não!”, como disse a querida colunista Paula Farsoun.

            Em “Sociais”, a coluna veio repleta de ilustres aniversariantes, merecedores de toda a felicidade do mundo: Joel de Sá Martins, Teleco Ventura, meu primo Juca e meu personal Google, Girlan Guilland. Vivas também para o doutor Thales Banhato de Oliveira Freitas pela recente formatura no curso de Medicina, em Teresópolis.

            A charge de Silvério foi de fazer bater o queixo. O sol quente do inverno e o frio da noite são dois extremos, sem meio termo. Cuidado com o uso de lareiras e aquecedores. Sigam as dicas! Junho é frio mesmo, porém quente nos festejos. E o Grêmio Português completando 90 anos. “É uma casa portuguesa, com certeza!” Viva!

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Vivas para o Felipe

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Ainda em tempo de alegrias e satisfações, por sinal compartilhadas por muitos amigos, fãs e claro, seus familiares, o admirado músico e cantor Felipe Louzada (foto) mudou de idade no último dia 6.   

Comemorando seu aniversário com quatro dias à frente, o Felipe, que integra a Banda LG - Los Gringos, deu um show com este aplaudido conjunto musical de Nova Friburgo no evento que ocorreu no último fim de semana na Praça do Suspiro. Caro Felipe, parabénSSS com 3 S = saúde, sorte e sucessos.

São Pedro: grande festa à vista

Ainda em tempo de alegrias e satisfações, por sinal compartilhadas por muitos amigos, fãs e claro, seus familiares, o admirado músico e cantor Felipe Louzada (foto) mudou de idade no último dia 6.   

Comemorando seu aniversário com quatro dias à frente, o Felipe, que integra a Banda LG - Los Gringos, deu um show com este aplaudido conjunto musical de Nova Friburgo no evento que ocorreu no último fim de semana na Praça do Suspiro. Caro Felipe, parabénSSS com 3 S = saúde, sorte e sucessos.

São Pedro: grande festa à vista

O simpático distrito friburguense, São Pedro da Serra, através de sua comunidade católica, já está com praticamente tudo pronto para a tradicionalíssima festa em louvor ao seu padroeiro, no próximo dia 29 e também nos dias 1ª e 2 de julho.

A festividade chega a expressiva 185ª edição e contará com procissão luminosa, missas, leilão com muitas prendas, show sertanejo com Leandro, sorteios de prêmios, almoço comunitário no salão da igreja, entre outras atrações e atividades. E, claro, terá ainda muitas barraquinhas com comidas e bebidas típicas, salgadinhos e doces.

 Vale muito à pena já se programar para não perder esta super festa, tradicional em São Pedro da Serra.

73 anos de um amor perfeito

No próximo domingo, 18, o casal, que é um exemplo vivo de amor e compreensão, Sebastiao Donato Thurler e Maria Daudt Thurler (foto) estará celebrando a impressionante marca de 73 anos de feliz e exemplar união matrimonial.

Desde já e com muito carinho, parabéns para este casal super especial e que possui uma bonita história de vida a dois.

Aposentados e imigração japonesa

Entre as datas comemorativas desta ocasião, temos no próximo sábado, 17, a celebração do “Dia do Funcionário Público Aposentado" e no domingo, 18, o “Dia da Imigração Japonesa”.

Mandaram bem no basquete em SP

Dignos realmente de aplausos e parabéns os conhecidos amigos da cidade, apaixonados e empolgados jogadores de basquetebol Nilton Batista e Toni Ventura, que participaram até o último domingo, 11, do concorrido Torneio de Basquete Master 80+ na cidade paulista de Águas de São Pedro.

Convocados, Toni e Nilton jogaram pela seleção do Estado do Rio na competição e fizeram bonito.

Parabéns ao Girlan

Como nunca é demais cumprimentar pessoas amigas e competentes, como destacou este jornal em sua edição do último fim de semana, esta coluna, com muito carinho, também parabeniza o jornalista friburguense Girlan Guilland. Ele, que seguramente é um dos mais competentes e admirados profissionais de imprensa do nosso município, festeja mais um aniversário amanhã, 14. Felicidades, tudo de bom e contínuos sucessos, grande Girlan!

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Reflexão sobre o 10º Domingo do Tempo Comum

segunda-feira, 12 de junho de 2023

O Evangelho do último domingo, 11, apresentou-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem exceção. A Palavra de Deus deste 10º Domingo do Tempo Comum repete, com alguma insistência, que Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. A expressão deve ser entendida no sentido de que, para Deus, o essencial não são os atos externos de culto ou as declarações de boas intenções, mas sim uma atitude de adesão verdadeira e coerente ao seu chamamento, à sua proposta de salvação. É esse o tema da liturgia deste dia.

O Evangelho do último domingo, 11, apresentou-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem exceção. A Palavra de Deus deste 10º Domingo do Tempo Comum repete, com alguma insistência, que Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. A expressão deve ser entendida no sentido de que, para Deus, o essencial não são os atos externos de culto ou as declarações de boas intenções, mas sim uma atitude de adesão verdadeira e coerente ao seu chamamento, à sua proposta de salvação. É esse o tema da liturgia deste dia.

Na primeira leitura, o profeta Oseias põe em causa a sinceridade de uma comunidade que procura controlar e manipular Deus, mas não está verdadeiramente interessada em aderir, com um coração sincero e verdadeiro, à aliança. Os atos externos de culto – ainda que faustosos e magnificentes – não significam nada, se não houver amor (quer o amor a Deus, quer o amor ao próximo – que é a outra face do amor a Deus).

Na segunda leitura, Paulo apresenta aos cristãos (quer aos que vêm do judaísmo e estão preocupados com o estrito cumprimento da Lei de Moisés, quer aos que vêm do paganismo) a única coisa essencial: a fé. A figura de Abraão é exemplar: aquilo que o tornou um modelo para todos não foram as obras que fez, mas a sua adesão total, incondicional e plena a Deus e aos seus projetos.
O Evangelho apresenta-nos uma catequese sobre a resposta que devemos dar ao Deus que chama todos os homens, sem exceção. O exemplo de Mateus sugere que o decisivo, do ponto de vista de Deus, é a resposta pronta ao seu convite para integrar a comunidade do “Reino”.

O relato da vocação de Mateus (vers. 9) não é substancialmente distinto do relato do chamamento de outros discípulos (cf. Mt 4,18-22): em qualquer dos casos fala-se de homens que estão a trabalhar, a quem Jesus chama e que, deixando tudo, seguem Jesus. Os “chamados” não são “super-homens”, seres perfeitos e santos, estranhos ao mundo, pairando acima das nuvens, sem contato com a vida e com os problemas e dramas dos outros homens e mulheres; mas são pessoas normais, que vivem uma vida normal, que trabalham, lutam, riem e choram… No entanto, todos são chamados ao seguimento de Jesus.

O verbo “akolouthéô”, aqui utilizado na forma imperativa, traduz a ação de “ir atrás” e define a atitude de um discípulo que aceita ligar-se a um “mestre”, escutar as suas lições e imitar os seus exemplos de vida… É, portanto, isso que Jesus pede a Mateus. Mateus, sem objeções nem pedidos de esclarecimento, deixa tudo e aceita ser discípulo. A esta adesão ao chamamento de Deus chama-se “fé”.

Deus chama todos os homens sem exceção. Os que se consideram bons e justos, frequentemente acham que não precisam do dom de Deus, pois eles merecem, pelos seus atos, a salvação; mas a verdade é que a salvação é sempre um dom gratuito de Deus, não merecido pelo homem… O que Deus pede ao homem (seja ele bom ou mau, pecador ou santo, justo ou injusto) é que aceite o dom de Deus, escute o chamamento de Jesus e, sem objeções, com total confiança e disponibilidade, aceite o convite para seguir Jesus, para ser seu discípulo e para integrar a comunidade do “Reino”.

Fonte: Vatican News

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Revoada de assessores na prefeitura

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Edição de 9 e 10 de junho de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Revoada de assessores na prefeitura - Prefeito Amâncio Azevedo exonera assessores nomeados ilegalmente. Nos bastidores da administração teme-se a intervenção. Imprensa é bode expiatório para erros do Secretário-Geral.

Edição de 9 e 10 de junho de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Revoada de assessores na prefeitura - Prefeito Amâncio Azevedo exonera assessores nomeados ilegalmente. Nos bastidores da administração teme-se a intervenção. Imprensa é bode expiatório para erros do Secretário-Geral.

Pardieiro teimoso - Mais se assemelha a uma favela é o que chamam de Feira do Suspiro e os apelidamos de “pardieiro”, por mais incrível que possa parecer, continua existindo, inclusive fazendo junto aos turistas uma bela “promoção” de nossa cidade. Continua existindo porque existem interesses pessoais em jogo, pouco importando aos interessados que a imagem da atual administração municipal seja desgastada com a presença e a existência do pardieiro. Para justificar sua existência, fala-se até num cadastramento de barracas e feirantes.  

Telefônica: Prosseguem as reclamações -  Continuam a chegar reclamações dos usuários da CTB local, no que se refere às contas que são entregues para pagamento na rede bancária. Este jornal já a algum tempo examinou o assunto, afirmando que os erros nas contas telefônicas só poderiam ser reclamados após o seu pagamento, Posteriormente recebemos visita de elementos ligados à CTB local, tendo os mesmos afirmado que tal não ocorria. Mas quem se negar a pagar a conta tem seu aparelho desligado, gastando mais de Cr$ 50 para religação. O que nós não entendemos é porque a Cia. de Eletricidade com 18.000 usuários entrega em mãos as contas de energia e a Telefônica com 3.100 clientes precisa colocá-las na rede bancárias.

Correios promovem no Estado do Rio o 1º Seminário de Gerentes - Nova Friburgo será a sede da 3ª etapa do 1º Seminário de Gerentes, uma promoção da Diretoria Regional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Estado do Rio, de 15 a 17 de junho de 1973 tendo sido escolhido o Hotel Fabris como local para o acontecimento.  

Nós, os imbecis… - Apesar da “entrevista” - que definimos na semana passada como um Balde de Lixo - concedida pelo inexperiente secretário Geral da prefeitura, Paulo Azevedo, e na qual a imprensa oposicionista é, taxada de imbecil, dois fatos, de imediato, vieram comprovar que nos - imprensa e oposição: estamos trilhando o caminho certo que é o de defender os interesses da juventude friburguense e a moralidade na administração pública municipal. Primeiro fato: no mesmo jornal em que se publicava integralmente a “entrevista”, publicava-se também diversos atos de exoneração de assessores da prefeitura. Assessores - diga-se de passagem - nomeados ilegalmente. Segundo fato: em reunião do Conselho Curador da Fec, estando presentes, além dos membros do referido Conselho, o Prof. Amaury Muniz - Presidente da FEC - e a Profª Dilva de Moraes, Diretora Executiva da Fundação, destacou-se a falta de unidade e entrosamento da administração municipal foi examinado detidamente os "impactos" da criação de faculdades e todos que ali estavam foram unânimes em condenar a exclusão da FEC na administração das faculdades pretendidas, concluindo como prejudicial para o ensino friburguense a entrega da administração das faculdades à Universidade Gama Filho. E agora, dr. Paulo Vassallo de Azevedo, ilustre adjetivista? O que é que o Sr. vai dizer ao seu eleitorado ?

Pílulas

 ●          Aqui nas Pílulas também falamos das reclamações que estavam sendo feitas por alguns vereadores que manifestavam sua contrariedade pelo modo que vinham sendo recebidos no gabinete do prefeito. Essa contrariedade só tem aumentado, culminando com a elaboração de uma tabela de audiências ou cronograma de serviço que fica muito mais bonitinho, onde os vereadores somente serão recebidos em um dia determinado da semana.

●     Aliás aquela conversa, muito comum nas épocas pré-eleitorais de "O seu gabinete estará sempre aberto para o povo” e coisas assim, só funciona mesmo para ludibriar aqueles infelizes que acham que poderão a qualquer dia ter uma audiênciazinha com se seus eleitos.

●     Falando em FEC, a primeira reação ao que chamamos semana passada de campanha de extinção, foi sentida quando o seu presidente manifestou a opinião de que as faculdades devem ser entregues à FEC por ser responsável oficialmente pelo ensino no município.  

E mais…

  •  NN: Gomes Neto última detalhes
  •  FEC unânime deplora: Protocolo de Faculdade é erro
  •  Marinha lembra Riachuelo

Sociais

 A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Ordener Veloso e Frederico Sichel (11); Geraldo Ventura, Márcia Spinelli, Antonio Roberto Marque de Oliveira e Sérgio Felga Filho (12); Mary Silva (14); Guy Dutra da Costa, Maria June Castro Nunes e Gilson Buchardt (15); Elias Namem, Pedro Rodrigues, Lucas Borher e Ludgero José da Silva (16); Nacira Jabour e Marino Crescêncio  (17)

(*) estagiária com supervisão de Henrique Amorim

 

Foto da galeria
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A mais comum das histórias de amor

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Hoje vou me antecipar ao Dia dos Namorados porque senti vontade de me soltar e escrever o que brota em meu pensamento. Os namorados gostam de dançar, então vou bailar e misturar alguns ingredientes literários como lembranças, sonhos e poesias. 

Hoje vou me antecipar ao Dia dos Namorados porque senti vontade de me soltar e escrever o que brota em meu pensamento. Os namorados gostam de dançar, então vou bailar e misturar alguns ingredientes literários como lembranças, sonhos e poesias. 

Vou começar por um dos momentos mais nobres que vivenciei na vida: a despedida dos meus avós. Com quase setenta anos de casados, vovô já acamado, estendeu a mão direita para vovó, abraçando a dela com os dedos trêmulos. Os dois se olharam fixamente, até ele dizer que a amou a vida inteira. As palavras dela foram ditas através de um sorriso triste. No dia seguinte, vovô foi para o hospital e não voltou mais. Eles tiveram a mais comum das histórias de amor, começando por um namoro breve, seguido por um longo casamento, que gerou três filhos, seis netos e onze bisnetos.

A mais comum das histórias de amor pode estar dentre as mais belas, que sempre começa pelo enamoramento; um olhar tímido, o toque das mãos, seguido pelo forte desejo de aproximação. Meu filho, quando tinha seis anos, se apaixonou por uma menina da idade e do tamanho dele. Os dois, banguelas, estavam sem os dentes da frente, mas viviam cheios de risos e não havia ninguém mais belo. Foi um namoro que durou um bom tempo, até ela se mudar. Beto a guardou com carinho e dela nunca se esqueceu.

Quem se esquece do primeiro namorado? Ou do primeiro beijo? São lembranças que marcam e ficam dentro de nós. Acredito que são esses os  momentos que fazem com que um namoro prossiga, torne-se uma união mais duradoura e gere frutos carnudos.

Como é bom a gente escolher roupa bonita, passar perfume e ajeitar o cabelo para encontrar o namorado. Caminhar com as mãos dadas, tomar um sorvete e, então, conversar a perder a hora, rir, admirar, fazer planos e amar. Quem já não dançou e foi junto do companheiro até a varanda para ver a estrela mais brilhante no céu? Os namorados vivem tantos momentos simples, cheios de significados e afetos, como o dar das mãos em uma despedida, tal qual meus avós fizeram.

O namoro é divino. Às vezes chego a guardar a vontade de fazer com que todos os dias sejam como os de namoro, cheios de gentilezas, cuidados para agradar o outro e modos jeitosos de falar. Quem namora sabe como ninguém dizer o não com mansidão e ter outros gestos e atitudes que devemos guardar em altares de cristais para que a rotina, devastadora, não os danifique.

Saber amar é uma sabedoria que vai sendo conquistada com os embates, alegrias e as tristezas. É aprender a colocar água no feijão na dose certa, mexer a panela com paciência e desligar o fogo no exato momento. Além de tudo, conhecer a pessoa que temos nos braços.  

Para finalizar, deixo a poesia “Poemas para o Dia dos Namorados” de Carlos Drummond de Andrade

“O Dia dos Namorados

Para mim é todo dia.

Não tenho dias marcados

Para te amar noite e dia.

 

O dia 12 de junho,

Como qualquer outro, diz

(e disso dou testemunho)

Que contigo sou feliz.

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Como vender Nova Friburgo para o turista?

sábado, 10 de junho de 2023

O turismo cresce no Brasil inteiro, especialmente após a pandemia do coronavírus. A vontade de fazer o tempo perdido valer a pena reaqueceu o setor nacional. Em Nova Friburgo, porém, a realidade é outra. Ainda seguimos estagnados há anos, sem uma perspectiva que o setor mude de verdade, a realidade de nossa cidade.

O turismo cresce no Brasil inteiro, especialmente após a pandemia do coronavírus. A vontade de fazer o tempo perdido valer a pena reaqueceu o setor nacional. Em Nova Friburgo, porém, a realidade é outra. Ainda seguimos estagnados há anos, sem uma perspectiva que o setor mude de verdade, a realidade de nossa cidade.

É vero que hoje temos uma boa gestão turística na cidade, que investe pesado no setor de eventos, a perdê-los de vista. Tivemos um Carnaval com uma mega estrutura e ao final do ano, um desfile inspirado no Natal Luz de Gramado. Demos um passo. Mas, apesar das excelentes iniciativas, estamos longe de estarmos na rota do turismo nacional.

Ainda que diante de um expressivo orçamento da pasta no governo municipal, o que faz uma cidade com tantas belezas naturais, um setor gastronômico de deixar água na boca e um charmoso e gostoso friozinho ainda ter tantas dificuldades em despontar no cenário local?

 

Falta alcançar o turista

Hoje, “praticamente” todo mundo tem acesso à internet por meio dos smartphones que nos acompanham 24 horas por dia - até mais do que deveríamos usá-los. Num mundo tão plugado e com fácil acesso à internet, tornou-se imprescindível que as cidades apelem para as redes sociais para fomentarem seus projetos.

A relevância das redes sociais para vendas é algo inquestionável, especialmente no mundo pós-pandemia. Contudo, ao mesmo tempo temos tantas oportunidades, será que estamos dispostos a extrair o que há de melhor para a nossa cidade através das redes sociais?

Sem dúvidas, a gestão municipal atual trouxe muitas mudanças para a cidade, dentre elas, a “Instagramização” dos portais de comunicação oficiais. Podemos afirmar, de certa forma, hoje, a comunicação oficial é muito mais feita através das redes sociais, do que através de qualquer outro meio – o que nos trás facilidades e desafios.

Contudo, assusta-me a quantidade de moradores (nem falo dos turistas) da cidade que desconhecem os projetos realizados pelas próprias secretarias da nossa cidade. Incansáveis vezes em que ouvimos falar de shows ou eventos que passaram e só fomos descobrir dias ou semanas após. Imagine. Se esse fenômeno acontece com frequência com moradores da cidade, quem dirá com os turistas.

Ainda que louvável a modernização da comunicação pela prefeitura e suas secretariais, torna-se coerente relembrar que muitas pessoas não têm redes sociais e muito menos seguem cada perfil de cada secretaria existente da prefeitura em suas redes. E um turista, em regra, por motivos óbvios, também não seguem os perfis de nossas secretarias.

Para vendermos turismo e crescermos, sem dúvidas precisamos atingir ótimos potenciais compradores. Uma cidade que sempre faz isso com muita frequência é Petrópolis, que toda hora está divulgando suas ações na televisão e na capital, de diversas formas. Antes de mudarmos o turismo, precisamos chegar no turista.

 

Turismo radical esquecido

Nova Friburgo é uma cidade maravilhosa e com um imenso potencial para o desenvolvimento. Somos uma região serrana, localizada próxima a uma das maiores capitais desse país – que recebe milhares de turistas por ano – e com um clima agradável, que harmoniza com uma excelente gastronomia e belezas naturais.

Quando ainda criança, me vem uma nostalgia gostosa poder relembrar diversos parapentes colorindo os céus da nossa cidade, indo e vindo. Sempre tive a vontade de realizar um voo desses, saindo do Caledônia e passando pela nossa cidade. Acabei voando, e foi uma experiência incrível. Mas não em Nova Friburgo.

A realidade é que apesar de possuirmos uma capacidade sem igual de explorarmos essas atividades, perdemos esses turistas, que pagam caro pela experiência. É entristecedor, acompanhar nas redes sociais, diversos moradores da nossa própria cidade, indo para Urubici-SC, para realizar atividades como escaladas e bungee jump.

Para vocês, também não soa um pouco irônico. Pois bem. A falta de capacitação, de divulgação e de investimentos no turismo radical, faz com que pontos como a rampa de parapente do Caledônia, sigam em estado de abandono. A possibilidade de explorar Nova Friburgo sob novos ângulos, certamente, traria multidões à nossa cidade.

 

Belezas naturais desconhecidas

Por sua vez, as belezas naturais que temos em nossa cidade são para perder de vista. Quedas d’água ornamentam a nossa paisagem nas montanhas, nos privilegiando com visuais lindos e únicos na nossa região, como as cachoeiras: do Indiana Jones, Adutora e Feiticeira – ainda desconhecidas por muitos friburguenses.

A falta de sinalização ou de infraestrutura de acesso já são velhas conhecidas dos friburguenses, não somente nas cachoeiras, mas também no caminho aos picos e montanhas de nossa cidade. A falta de sinalização é tanta, que não é tão incomum conhecer um turista que visitou Lumiar e jura nunca ter vindo à Friburgo. 

Os investimentos em sinalização e acesso são primordiais. Há tempos atrás, foi uma polêmica o investimento no acesso de locais como o Pontal do Atalaia, em Arraial do Cabo e na praia Azeda, em Búzios. Hoje, de modo muito cômico, os acessos criticados por muitos viraram pontos de fotos.

Os investimentos em festas são extremamente importantes, mas não devem ser somente nelas. As obras de infraestrutura ficam, ao contrário de diversos eventos que se perdem ao longo do esquecimento. E por fim, e não menos importante, antes de fazermos pesados investimentos, temos que ter a certeza de que iremos atingir pessoas Além das Montanhas.

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