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Literatura infantojuvenil invade a Academia Friburguense de Letras

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Sim, senhor!, por ser um lugar que cultiva histórias, os ares da Literatura Infantojuvenil invadem a Academia Friburguense de Letras através do Ciclo de Palestras, “Os Desafios da Literatura Infantojuvenil”. 

Sim, senhor!, por ser um lugar que cultiva histórias, os ares da Literatura Infantojuvenil invadem a Academia Friburguense de Letras através do Ciclo de Palestras, “Os Desafios da Literatura Infantojuvenil”. 

Várias ideias permearam o planejamento da atividade, que incluiu profissionais de diferentes áreas envolvidas nos processos de fazer e na utilização do livro de literatura, a começar pela sua importância na formação do leitor, enquanto pessoa e cidadão. Através do envolvimento com o enredo e o encantamento com o mundo ficcional, a criança e o jovem vão se identificando com os personagens e relacionando os fatos por eles experimentados durante a leitura com as próprias situações existenciais. Ao virarem as páginas do livro e mergulharem nas histórias, a literatura se torna uma possibilidade de o autor conversar com o leitor sobre a vida com plenitude por meio de uma comunicação baseada no respeito e nas possíveis descobertas que o leitor possa vir a fazer. Na percepção de que a leitura não materializa apenas ideias, mas poetiza a vida em todas as suas formas. 

Como vivemos num mundo complexo e mutante, o leitor infantojuvenil pode ser até comparado à Alice no País da Maravilhas que vai conhecendo e interpretando o mundo ao seu redor, algumas vezes observado através de frestas, tal qual o buraco da fechadura. Apesar de ser interagente, o leitor, seja infantil ou juvenil, ainda não consegue discernir sobre a realidade com clareza e objetividade. A leitura lhe proporciona outros modos de ver os diversos âmbitos do ambiente familiar, social, cultural, econômico e histórico, ampliando sua visão de mundo e de ser vivente em processo de evolução.

Mas como o autor tem condições de tocar seu leitor infantil? O fazer para despertar o seu interesse a ponto de criar condições para que seu texto seja lido por inteiro? Até mesmo relido. São perguntas delicadas que requerem respostas amplas sobre a linguagem. Por isso a literatura é a arte da palavra, na medida em que tem a delicadeza de empregar a expressão capaz de motivá-lo a continuar a ler, a refletir e a verbalizar o pensamento. É a arte que vai além da técnica e do bom senso. É a arte construída pelo amor à vida.

A ilustração auxilia o leitor a ultrapassar as dificuldades e a aridez inerente a todo e qualquer texto, tornando a leitura prazerosa e oferecendo outros modos de interpretar a história. Através das imagens, cores e formas, ele tem a oportunidade de visualizar os cenários, os personagens e o desenrolar da trama. Inclusive, tem como perceber as sutilezas das mensagens nas entrelinhas do texto. 

O livro, ao acolher um texto, oferece possibilidades ao contador de histórias para reproduzi-la verbalmente, utilizando os mais variados recursos criativos a fim de atrair a atenção do ouvinte, para trazê-lo ao universo da ficção e tratá-lo como o principal espectador do espetáculo que realiza.

A literatura é uma rica fonte de devaneio. Além de ser a base que sustenta outras artes, como o teatro e o cinema, possibilita o fantasiar. E a criança e o jovem precisam adentrar os bosques imaginários para ter condições de lidar com os desafios da própria existência, muitas vezes cruéis e difíceis de serem compreendidos.

O livro de literatura para crianças e jovens não contém uma historinha, muito menos é um monte de páginas enfeixadas. É uma obra comprometida com seu leitor, que conta uma história significativa e traz a inteligência criativa do autor em cada frase. É um objeto perturbador por excelência que tem força para transformar cada leitor de forma especial. 

Lendo, a criança e o jovem vão se curando da cegueira existencial e abrindo as asas para a liberdade de ser e de fazer.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Governador Padilha inaugura o Colégio Canadá

sábado, 29 de julho de 2023

Edição de 28 e 29 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Inauguração - Prometida para ser inaugurada em setembro, a Escola Canadá é inaugurada com dois meses de antecedência. Governador, secretários, autoridades civis, militares e eclesiásticas presentes ao acontecimento. O ex-prefeito Feliciano Costa discursa agradecendo.

Edição de 28 e 29 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Inauguração - Prometida para ser inaugurada em setembro, a Escola Canadá é inaugurada com dois meses de antecedência. Governador, secretários, autoridades civis, militares e eclesiásticas presentes ao acontecimento. O ex-prefeito Feliciano Costa discursa agradecendo.

Governador, acabe com o pardieiro! - Por diversas vezes este jornal tem solicitado da administração municipal o fechamento da Feira do Suspiro que consideramos um escárnio atirado contra o pacífico, cordato e civilizado povo friburguense. A feira do Suspiro - o pardieiro - é imundo, infecto, insalubre e atenta violentamente contra os preceitos de saúde pública. 

Dayl de Almeida encerra curso do Sesc - Esteve em Friburgo o deputado Dayl de Almeida para encerrar um círculo de palestras do curso de relações públicas patrocinado pelo Sesc. Nada menos que 504 alunos fizeram o curso ministrado pelo ilustre deputado que entregou diplomas e prêmios aos autores dos quatro melhores trabalhos relacionados a matéria. 

Novo engenheiro friburguense - A Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca, da Guanabara, concedeu o diploma de Engenharia Mecânica ao brilhante jovem Pedro Carlos Cortes Cúrio, filho do estimado casal Elza Cortes e Murilo Cúrio de Carvalho.  

Na boca do povo - Este jornal, buscando elevar seu nível jornalístico, estreia  uma nova coluna, a qual se propõe ser a porta-voz de reivindicações populares e, ao mesmo tempo, de colaboração, orientação e crítica aos poderes públicos, especialmente à administração municipal.  

Pílulas

Já é de amplo conhecimento público o fato de o prefeito de Friburgo, Amâncio Mário de Azevedo, ter permitido que fossem desviados para as festas do município de Santa Maria Madalena homens, veículos e luminárias para dar àquela simpática cidade “uma feérica iluminação com belíssimas torres iluminadas”, como aliás, está noticiado pelo O Madalenense, jornal que circula naquele município… 

Como o prefeito Amâncio pode estar vendido nesta questão, ele que, afinal de contas, será o único a responder pelo crime de responsabilidade, transcrevemosi o item II do artigo 1º do decreto-lei 201, que diz: “utilizar-se indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços públicos”... 

Uma pitada de pimenta bem forte será jogada no caldeirão de sopa da Arena com a candidatura já confirmada do prestigiadíssimo Aldo Guimarães. Como nas eleições passadas, ele será lançado a deputado estadual pelo Diretório da Arena de Niterói. Nas últimas eleições, demonstrando sua capacidade eleitoral, Aldo Guimarães, gastando apenas CR$ 100 recebeu 3.991 votos, 2.505 dos quais, aqui de Friburgo… 

E mais…

  • JB (Gente & Coisas)...
  • Gama Sobrinho (Educação e Cultura)... 
  • Jasilem (Esportes)...
  • Vovô Claudicante (No mundo dos avôs)... 
  • Dimarte (Na Boca do Povo)...
  • Desirèe (Sociedade)...
  • Negócios (J.Mello)... 
  • Luzião… 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Jane Dalva Eyer (26); Anete Guadagnini de Carvalho (28); Jorge Luiz Tavares (30); Humberto de Moraes, Hatuelpes Canedo, Salete Faria Vassallo e Theodor Hepp (31); Maria Weidauer e Ogmar de Aguilera Campos (1º de agosto); Celso Peçanha, Angelina Macedo Ruiz e Angela Maria Ruiz (2); Mario Carpenter Meyer (3); Evanir Costa e Prudêncio Cardoso de Abreu (4).

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Precisamos alinhar expectativas

quinta-feira, 27 de julho de 2023

O tempo foi passando e um ciclo de aperto econômico parece estar perto do fim. Agora, portanto, é importante entendermos o que está por vir e como podemos direcionar estratégias mais assertivas para o momento que se aproxima.

Com inflação aparentemente controlada, o Brasil vive um momento de juros real bastante elevado. Com esse alto custo do dinheiro, pouco se explora da capacidade empreendedora e tomada de risco em operações alavancadas. Fui muito rápido?

O tempo foi passando e um ciclo de aperto econômico parece estar perto do fim. Agora, portanto, é importante entendermos o que está por vir e como podemos direcionar estratégias mais assertivas para o momento que se aproxima.

Com inflação aparentemente controlada, o Brasil vive um momento de juros real bastante elevado. Com esse alto custo do dinheiro, pouco se explora da capacidade empreendedora e tomada de risco em operações alavancadas. Fui muito rápido?

Bom, este espaço busca democratizar o conhecimento econômico. Então por partes e, começando pelo custo do dinheiro, vamos falar da taxa Selic. Aqui, temos os juros básicos da economia brasileira que serve de parâmetro para financiar a emissão de dívidas pelo Tesouro Nacional. Atualmente em 13,75% ao ano, esta – a grosso modo – é a taxa mínima praticada no mercado para correções ao capital do comprador de um título de dívida; e cá entre nós, este é um número bastante elevado para representar apenas o custo da nossa moeda.

Tratando de forma simplista, ao trazermos o indicador de inflação para a equação, começamos a falar de juros real (Selic - IPCA = Juros Real). Tudo começa a fazer mais sentido, portanto, quando juntamos todos estes conceitos para simular uma prática cotidiano do mercado financeiro: a tomada de crédito. Em outras palavras, alavancar suas operações. Aqui, a leitura pode abranger os contextos pessoal e profissional. Afinal, financiar a casa própria ou tomar crédito para expandir uma rede de lojas são, igualmente, atividades de alavancagem financeira.

Entendendo a parte técnica eu venho com a seguinte questão: faz sentido se alavancar com juros básico a 13,75% ao ano? Não é caro? Pois esta é a dinâmica de um aperto econômico: desestimular o crescimento como ferramenta para controle inflacionário. Sabendo disso, você pode evitar uma má decisão financeira por ser capaz de interpretar diferentes momentos a fim de evitar riscos desnecessários.

E que tal trazemos um pouco mais de complexidade para o tema? Vamos incluir política monetária internacional no assunto.

Mas antes de achar que complicou muito, tudo o que conversamos até agora teve a ver com política monetária, mas a nível nacional. No Brasil, o Copom, nos Estados Unidos, o FED. Estas são as comissões – de seus respectivos bancos centrais – responsáveis por estabelecer políticas relacionadas às metas de juros e inflação. Depois de passarmos por tempos difíceis decorrentes da pandemia de Covid-19, o mundo se deparou com desafios enormes num contexto de taxas de juros alcançando mínimas históricas. Vale ressaltar, até mesmo o Brasil havia batido recordes e se viu praticando taxas de juros real negativas. Com baixo custo do dinheiro, portanto, muito foi feito de incentivo econômico para suprir a necessidade da baixa produtividade. O resultado? Inflação galopante e taxas de juros (como a Selic no Brasil) subindo abruptamente para pressionar a tendência inflacionária.

Esse ciclo, portanto, está perto do fim e precisamos alinhar nossas expectativas diante do que o momento nos proporciona. Estamos perto de começar a viver um ciclo de incentivo econômico e pode ser um bom momento para você começar a planejar a realização de seus sonhos ou expansão/criação dos seus negócios. Estar em sintonia com o que parece distante pode ser o detalhe para fazer dar certo. Pense nisso!

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Sem comparações

quinta-feira, 27 de julho de 2023

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que enquanto todos viajam para lugares paradisíacos, enquanto trabalhamos? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem contas a pagar? De onde tiramos a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que enquanto todos viajam para lugares paradisíacos, enquanto trabalhamos? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem contas a pagar? De onde tiramos a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

Percebo uma zona cinzenta em que um contingente incontável de seres habitam. O dia de hoje está aquém do que deveria estar, e ao mesmo tempo, quando a coisa piora, se percebe que aquele dia estava na verdade muito bom. Uma comparação constante e massiva com o colega do lado. Uma observação para o que acontece do lado de fora que cega as pessoas para o lado de dentro de seus lares e seus corações. Dá medo. Eu não quero sentir isso e desejo fortemente que não sintam isso em relação a mim.

Muita gente já não se contenta mais em ter saúde e paz. Faltam as fotos maravilhosas de viagens, o príncipe encantado, o melhor emprego, a casa mais frondosa. A vitrine das redes sociais, a meu ver, tem sido um portal para essa ilusão de que a vida do outro é mais feliz que a nossa. Prosperar é lindo. Amar e ser amado é uma dádiva. A realização profissional é uma alegria. Viajar é uma maravilha. O esquisito é o grau de comparação muitas vezes doentio que mingua algumas pessoas. 

A partir do momento em que uma pessoa agradece por tudo o que é, pelo que faz e pelo que possui, a coisa muda de figura. Na verdade, a grama do outro passa a não ter tanta importância. Quando somos gratos pelas oportunidades que temos, pela vida que nos é dada, pela proteção diária, pelas pessoas que nos cercam, conseguimos olhar para o outro com admiração e alegria por suas conquistas. Não com inveja. Não com cobiça.

Se é para olharmos para o outro lado do muro, que seja então para observarmos o tanto de esforço aquele "vizinho" emprega em prol de suas conquistas. E então, nos esforçarmos também. Empenho precede o resultado. Grandes conquistas decorrem de emprego de energia, preparação, renúncias, investimento de tempo etc etc etc. Salvo se a grama do vizinho for sintética, ela requer plantio e cuidados. E ainda que seja sintética, requer possibilidade de compra, que demanda trabalho, dinheiro, prioridade e por aí vai. Não é de graça. Não é à toa. Não somos um amontoado de seres aleatórios em que coisas boas acontecem arbitrariamente para os outros e as ruins, para mim.   

Somos resultado do que fazemos para mudar, para melhorar, para aprimorar. São mesmo dias de luta e dias de glórias. É a vida. Se o vizinho tem um relacionamento saudável e feliz, o que ele fez por merecer? Felicidade no amor não é para qualquer um. Tem que merecer, deve se dedicar, jogar energia boa para o universo, respeitar as pessoas, ser sincero, acolher o lado bom das pessoas. Não dá para ser um caçador de defeitos, andar com uma lupa para o negativo e encontrar pessoas maravilhosas com quem conviver. Somos todos imperfeitos. Todos. A grama alheia também pode ser. Não se pode julgar pela aparência.

Em tempos de terreno ermo, barreado, cheio de lama, a gente desanima. Mas aí é que temos que buscar aquela força que todos temos e poucos sabemos. A força de dentro. A mola da possibilidade de superação e realização. Falar é fácil, exercer essa ideia é mais difícil. Eu sei. Mas não subestimo nossa capacidade de decidir e perseguir o objetivo. O que eu quero? Ser grata em qualquer circunstância. Amar meu próprio jardim, mesmo quando as ervas daninhas insistirem em castigá-lo. E desejar que o jardim do outro tão garboso quanto eu quero que seja o meu.

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Hospital do Câncer

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Definido o local onde funcionará a radioterapia do Hospital do Câncer de Nova Friburgo. Nesta semana, inclusive, A VOZ DA SERRA publicou reportagem informando que as obras da unidade devem ser finalizadas em dezembro, em novo adiamento. A entrega das obras é uma das etapas da longa jornada que a sonhada unidade tem pelo caminho. Com a inclusão da radioterapia, novas obras serão realizadas para abrigar o espaço que conta com um bunker para o isolamento especial. 

Mudança no projeto

Definido o local onde funcionará a radioterapia do Hospital do Câncer de Nova Friburgo. Nesta semana, inclusive, A VOZ DA SERRA publicou reportagem informando que as obras da unidade devem ser finalizadas em dezembro, em novo adiamento. A entrega das obras é uma das etapas da longa jornada que a sonhada unidade tem pelo caminho. Com a inclusão da radioterapia, novas obras serão realizadas para abrigar o espaço que conta com um bunker para o isolamento especial. 

Mudança no projeto

Com isso, o estacionamento ficará menor do que o previsto, já que o local escolhido como o ideal foi exatamente na parte do estacionamento. O representante do Governo do Estado na Região Serrana, Nami Nacif, confirma que, apesar de buscar a solução mais veloz que seria o aditivo ao contrato atual, a licitação deve mesmo ser o caminho para a radioterapia. Assim tem ainda todo o trâmite do processo até o início das obras específicas para essa finalidade. 

Mais tempo para a entrega

Tanto projeto, como processo ficam a cargo da Secretaria estadual de Saúde. Estima-se aproximadamente três meses de necessária burocracia para o início das obras de radioterapia. Uma nova licitação será realizada para contemplar esse adicional, o que acrescentará ainda mais tempo para que o hospital seja inaugurado.

Prioridade

Ou seja, é bastante inseguro estabelecer a inauguração e o funcionamento do hospital estadual, ainda que seja a maior prioridade do Estado, entre as obras em curso. Certo é que não será nesse ano e dificilmente no primeiro semestre do ano que vem. A inauguração já foi prometida para diversas datas desde que essa saga foi iniciada, oficialmente, em 2011, com interrupção em 2017. A retomada das obras se deu em 2021, justiça seja feita, vive agora seu momento de maior concretização.

Importância da radioterapia

Vale lembrar que o projeto original, com recursos federais, previa a radioterapia, assim como a oncologia infantil. O tratamento do câncer infantil segue sem ser contemplado no projeto novo feito pelo Estado. A radioterapia só foi adicionada agora, com as obras em curso, o que levará, inevitavelmente, a um adiamento da entrega, mas com benefício incalculável, já que pacientes que precisam de radioterapia só têm o tratamento na capital e em Petrópolis.   

Próximas etapas

Com a entrega das obras previstas para o primeiro semestre deste ano e agora para o fim do ano, muitas etapas ainda precisarão ser cumpridas, a saber: licitação e obras para a radioterapia; posteriormente ou paralelamente, licitação e instalação de equipamentos e mobiliário; obras no entorno para acesso, o que ficaria a cargo da Prefeitura de Nova Friburgo, mas que pode acabar sendo assumida pelo Governo do Estado; concurso público ou concorrência para implantação de OS ou similar para contratação dos profissionais de saúde para o novo hospital. 

Complicadores pela frente

Aliás, essa etapa deve ser uma das mais difíceis, tendo em vista a carência de profissionais especializados em oncologia. Só a partir daí, o atendimento deve ser iniciado. Lembrando que não será um hospital de pronto-atendimento. Emergências apenas para os pacientes regulados no sistema do Governo do Estado. O custo mensal de manutenção é alto, mas aparentemente suportável pelo orçamento estadual.                        

 

Carnaval 2024

A atual campeã do carnaval friburguense, a Vilage no Samba, iniciou a disputa do seu samba-enredo para a busca do inédito pentacampeonato. Oito sambas estão na disputa iniciada no último domingo, 23, ocasião em que as obras foram apresentadas. Já neste domingo, 30, às 15h, começam as eliminações, até que restem apenas três sambas para a grande final, marcada para 2 de setembro. Os sambas podem ser conferidos na página oficial da agremiação no YouTube. Com o enredo “Xaxado”, a verde e branco está com o Carnaval 2024 bastante adiantado.

Unidos do Imperador

E já tem até samba para os desfiles do ano que vem. O Unidos do Imperador encomendou o seu samba-enredo para 2024 e apresentou a obra no lançamento do seu enredo: “Seja de Baque Solto ou de Baque Virado… Somos o Maracatu, Nação Imperador”. De autoria do carnavalesco Alfredo Fraga, a agremiação de Olaria busca recuperar o título, conquistado em 2022 entre os blocos de enredo. 

 

Cerveja artesanal

Comemoração na premiada cervejaria friburguense Alpendorf, que celebra seis anos de atividades neste sábado, 29. A festa de aniversário será na sede de Conquista, que fica na Casa Suíça.  São mais de 20 tipos de chope e 15 horas de música, com várias bandas e estilos. A festa começa às 11h e vai até 2h da madrugada. Os ingressos já estão à venda com direito a copo comemorativo exclusivo no combo especial.   

 

Encontro de Colecionadores

Está confirmado mais uma edição do tradicional Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol. Será a 5ª edição que reunirá os mais diversos colecionadores da cidade, com camisas de clubes do Rio, Brasil e mundo. Entre os organizadores, Rogério Albertini e Alex Vascaíno, que tem vasto conjunto de camisas cruzmaltinas. A data é 19 de agosto, no Cadima Shoping. 

 

Despedida tricolor

O Friburguense se despede da segundona com duas partidas, em casa. Foram duas semanas sem jogos, digerindo o rebaixamento antecipado. Em busca ainda da primeira vitória, o espírito dos jogadores é buscar uma despedida honrosa, apesar da histórica queda. Neste sábado, 29, às 14h45, o adversário é o Resende, que ainda busca classificação. Já na quarta, 2 de agosto, o Frizão encara o Araruama, que briga para não ser o outro rebaixado.  

Incertezas

Se em campo há a certeza do rebaixamento, fora dele segue o mar de incertezas. A gestão do futebol permanece com Siqueirinha, mas ainda sem contrato. Campeonatos das divisões de base iniciaram, mesmo sem acordo entre a direção do clube social e o futebol, que está terceirizado desde os anos 2000. Com o tempo correndo contra e as dificuldades se acumulando, a solução parece ainda longe. 

Contra o tempo

Siqueira fica e como será esse contrato? Outro grupo assume e em que condições? O clube retoma o futebol? Para o torcedor parece que nem mesmo os envolvidos sabem. O que menos importa, no momento, são os dois jogos restantes da segundona. Uma definição urge. Fato é que dia 17 de agosto começa a Copa Rio, campeonato de mata-mata. Dia 9 de setembro, inicia a terceirona. Cada dia a mais de indefinição é um dia a menos de preparação e consequentemente um passo a mais para tragédias ainda maiores. 

      

Palavreando

“Dias nublados apenas escondem o sol. Ele está lá, acima das nuvens. Pode ser que não o vejamos, que não o sintamos. Mas ele segue lá, clareando o dia, permitindo a fotossíntese, regulando mares e alimentando a vida. Nuvens se dissipam pelo vento ou em chuva. Se ventar demais – voe. Se chover - lave a alma! Ou apenas observe o ciclo. O tempo vai abrir...”.

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#OMELHORFRIODORIO Registro de Cássio Amorim. Esse é o cão do Caledônia. Seu nome: Snack. Ele tem o costume de acompanhar, por quilômetros, os montanhistas e trilheiros que sobem o pico.
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Parcerias público-privadas engatinham em Friburgo

quarta-feira, 26 de julho de 2023

O Brasil e o Estado do Rio de Janeiro galgam por 2023 com sinais de reação da economia e o cenário atual para parte da população é de otimismo. Os indicadores vêm comprovando o que a indústria da construção já tem defendido nos últimos anos: o país não sairá da crise sem retomar os investimentos.

Os brasileiros tem sentido no bolso a diminuição da inflação, em especial na menor oscilação dos custos dos produtos essenciais, como: os alimentos e os combustíveis. No mês de maio, por exemplo, o índice IPCA (que mede a inflação no país), teve a menor oscilação nos últimos três anos.

O Brasil e o Estado do Rio de Janeiro galgam por 2023 com sinais de reação da economia e o cenário atual para parte da população é de otimismo. Os indicadores vêm comprovando o que a indústria da construção já tem defendido nos últimos anos: o país não sairá da crise sem retomar os investimentos.

Os brasileiros tem sentido no bolso a diminuição da inflação, em especial na menor oscilação dos custos dos produtos essenciais, como: os alimentos e os combustíveis. No mês de maio, por exemplo, o índice IPCA (que mede a inflação no país), teve a menor oscilação nos últimos três anos.

O cenário de otimismo somou-se a aliança com países estrangeiros, trazendo bons reflexos ao mercado brasileiro. A grande retomada se deu nos investimentos privados que trouxeram uma grande valorização as grandes empresas do país. Do começo do ano até agora, a Bolsa de Valores (onde estão listadas as maiores empresas do país), já acumula uma alta de quase 14% de valorização.

No Estado do Rio, o cenário é similar. Os fluminenses surfam as melhorias proporcionadas pelo governo, que até o momento consegue estabilizar as contas do estado - que até então era visto como “falido”. O desafogo dos cofres públicos – temporário ou não - se deu com a venda da Cedae.

O Estado do Rio retomou os investimentos em obras pelos municípios. Contratou empresas de infraestrutura, gerou empregos e melhora - um pouco -, a nossa qualidade de vida, Investimentos como esses, se notam nas obras de drenagem realizadas no centro da cidade e Olaria - que são inteiramente realizadas pelo Governo do Estado.

Não há dúvida. É por sempre por meio do investimento em infraestrutura que criamos um ciclo de desenvolvimento. Combinamos a melhoria da prestação do serviço público, o restabelecimento da competitividade e melhoramos a produtividade da economia – por meio da geração de empregos e renda para a população.

Contudo, Nova Friburgo parece não compreender essa realidade. Ainda que tenhamos um dos maiores orçamentos da história do município – além de termos contraído um grande empréstimo - poucos vemos o dinheiro ser reinvestido em obras de infraestrutura e melhorias para a cidade.

Por que mesmo diante desse cenário - que deveria ser de otimismo para a cidade - porque não vemos melhorias efetivas que guinem a cidade para outro rumo? Ainda sim, tem faltado dinheiro?

Gestão pública não é fácil, mas tem solução

Pode não parecer, mas gerir as contas de casa não é tão fácil quanto gerir as contas de todo um município. Ainda que haja muito dinheiro público em caixa, as responsabilidades são muitas, em especial, no pagamento das folhas salariais, saúde, fornecimento de remédios e outros setores.

Quanto aos serviços essenciais: não há como a prefeitura escapar de suas caras responsabilidades. Contudo, a diminuição da conta dos serviços não essenciais, como o reparto, a reconstrução, administração e manutenção de espaços públicos, poderia dar um respiro a mais ao município.

Pensar em grandes obras de infraestrutura que, embora sejam de responsabilidade do Estado, precisem de um investimento alto demais para ser totalmente realizado pelo poder público. Na falta de dinheiro público, a retomada do investimento deveria ocorrer pelo uso intensivo de concessões e parcerias público-privadas (PPPs). As parcerias público-privadas são uma forma de prover obras e serviços públicos com o auxílio do empresariado.

No entanto, enquanto outros municípios crescem firmando estas parcerias sanar as lacunas deixadas pela falta de recursos, Nova Friburgo ainda engatinha na gestão das PPPs. Em vez de destinarmos o bom funcionamento de prédios públicos abandonados ao empresário local - o que geraria empregos – temos pecado com o empresariado local.

Um grande exemplo disso se deu nos últimos dias. Um espaço abandonado, localizado embaixo do viaduto, havia sido alvo de represálias do Ministério Público que requereu uma boa utilização do imóvel público, que estava em estado deplorável. Por meio de uma iniciativa da empresa de transporte por aplicativos, o Garupa, o espaço foi solicitado para prefeitura desde 2021 para a realização de uma PPP. A finalidade era dar mais dignidade para os motoristas de aplicativo da cidade, com a reforma do local, com a instalação de banheiros e bancos – que poderiam ser usados até pelos feirantes.

Em contrapartida, a prefeitura não aderiu a ideia da PPP e simplesmente decidiu demolir o local – o que é muito mais caro - e que poderia estar sendo utilizado por toda a comunidade friburguense. Não basta somente realizar PPP’s na administração de praças pela cidade. Friburgo precisa nesse momento: unir o melhor do público e do privado em torno de um objetivo comum, com transparência, regras claras e projetos bem definidos em uma política pública perene e focada no desenvolvimento.

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Isto pode ajudar sua saúde emocional

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Algumas pessoas se concentram no negativo da vida. Elas olham um jardim e sua mente se volta para as ervas daninhas ou espinhos em vez da flor ou da planta bonita. Olham para si mesmas e se desvalorizam, fazendo o mesmo, talvez, com as outras pessoas.

Se tais indivíduos têm um temperamento melancólico, o fato de olhar predominantemente para o negativo se junta com este temperamento e não é difícil cair num estado depressivo.

Algumas pessoas se concentram no negativo da vida. Elas olham um jardim e sua mente se volta para as ervas daninhas ou espinhos em vez da flor ou da planta bonita. Olham para si mesmas e se desvalorizam, fazendo o mesmo, talvez, com as outras pessoas.

Se tais indivíduos têm um temperamento melancólico, o fato de olhar predominantemente para o negativo se junta com este temperamento e não é difícil cair num estado depressivo.

É verdade que existem ervas daninhas e espinhos na natureza e na vida. Mas não existe beleza também? Não existem coisas boas ocorrendo em nossa vida? Com certeza sim. Basta pensar no básico: a vida. Estamos vivos. E podemos pensar em outras bênçãos como a família, o trabalho, uma casa para morar, pessoas que gostam de nós, e a chance de nossa vida poder melhorar não necessariamente no aspecto financeiro, mas como pessoa, melhorar nossos relacionamentos com os outros, bem como o modo como lidamos com a gente mesmo e com a vida.

Excesso de ansiedade pode ter relação com, por exemplo, a pessoa se maltratar, se depreciar, não se proteger de abusos vindo de outros assim como vindo de sua própria pessoa que talvez se auto desvaloriza.

Se você está vivendo problemas que fazem com que sua mente fique angustiada ou entristecida, pode ajudar se passar a cultivar pensamentos de esperança de resolução destes problemas. Faça sua parte, seja honesto, verdadeiro, peça ajuda, ore a Deus, e soluções poderão surgir, pelo menos quanto à diminuição do seu sofrimento diante da dificuldade.

A pessoa que talvez tenha nascido com uma tendência a olhar o negativo, a se desvalorizar, ou quem sabe nasceu com uma sensibilidade de modo que se desanima com facilidade, precisa lutar contra isso. Talvez tenha aprendido a ser assim com o pai, mãe ou com ambos, mas agora é o momento de desaprender o que aprendeu de errado, e aprender uma nova forma de pensar, de olhar as coisas da vida, de si e dos outros, com olhar de compaixão, de perdão, de esperança.

O que pensamos produz o que sentimos. O que sentimos nos leva às decisões. Portanto, veja como é importante observar o padrão de nossos pensamentos. Ou seja, no que você mais pensa, nisso você se torna. No que você mais pensa? Pense nisso. Observe seus pensamentos mais habituais. Se ao fazer isso verificar que predominam os pensamentos tristes, ansiosos, de preocupação, negativos, pessimistas, comece a lutar contra isso, dizendo para si: “Não vou deixar minha mente ficar pensando nessas coisas que me fazem mal.”

Comece, então, a olhar as flores em vez dos espinhos, o lado bom das pessoas em vez das características desagradáveis, os aspectos positivos de sua pessoa, em vez das falhas. Isto não significa fugir da realidade porque é verdade que nela existem imperfeições. Mas significa não ficar focado no lado ruim e valorizar o lado bom, bonito, funcional.

Comece com isso, observando quais são os pensamentos mais comuns que ficam em sua consciência. E pouco a pouco, um dia de cada vez, vá trocando o padrão negativo e pessimista de pensar, interrompendo o pensar que prejudica sua paz e alegria, e cultivando uma forma de pensar realista mas focada no que é bom em sua vida, em sua pessoa, na natureza e nos outros. Já será um grande passo para a sua cura emocional seguir adiante.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Qual a sua graça?

terça-feira, 25 de julho de 2023

Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima

Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima

Eu leio tudo que me cai nas mãos, até bula de remédio, que é uma das coisas mais perigosas que um ser humano pode ler (desconfio que bula de remédio mata “mais que bala de revórver,” como diria Adoniran Barbosa). Tenho, um predecessor ilustre: Dom Quixote de La Mancha, que, às tantas de sua sábia loucura, declarou: “Eu sou amigo de ler até os papéis esfarrapados da rua”. Foi levado por esse antigo vício que li “A graça de cada um - nomes e sobrenomes do mundo inteiro”, de Alberto Stoeckicht, editado em 1984. Não que esse tenha literalmente caído em minhas mãos, ou que eu o tenha encontrado esfarrapado na rua. Na verdade, apanhei-o numa dessas bancas em que pessoas deixam livros para serem levados por quem se interessar.  Antigamente, quando se queria saber o nome de alguém, perguntava-se: “Qual a sua graça?” A pergunta saiu de moda, mas a graça do trocadilho do título despertou meu interesse.

Então, é com base no livro de Stoeckicht que vou levar essa conversa adiante. Ele explica, por exemplo, que originariamente cada pessoa tinha só um nome, se tanto. João era João e estava resolvido, ninguém o confundia com outra pessoa. À medida que a sociedade foi ficando mais complexa, maiores os agrupamentos humanos, começou a existir mais de um João no mesmo local. Surgiu a necessidade de distinguir um João do outro. E aí vieram os sobrenomes, geralmente pelo acréscimo do nome do pai, ou de uma partícula que significasse “filho de”. É o caso de SON inglês (Dickson, Jackson), de EZ espanhol (Perez, Ramirez) e do ES português (Fernandes, Rodrigues).

Mas isso ainda não resolvia completamente a questão. Nos Estados Unidos, por exemplo, é dobrar uma esquina e dar de cara com Smith, Williams, Johnson, Taylor ou Miller. Para distinguir um John Taylor de outro, surgiu o nome do meio. João Luís Oliveira é um, João Antônio Oliveira é outro. Mas a homonímia persiste. Segundo Stoeckicht, mesmo nomes excêntricos às vezes se repetem. Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima. O então ministro Hélio Beltrão fez um levantamento e concluiu que, entre os dez nomes mais comuns entre nós, nove terminavam em Silva, o que o levou a concluir que nosso país deveria chamar-se Brasil da Silva.

E a homonímia continuou causando problemas. Tem até casos de pessoas enterradas por engano, como aconteceu com dois Carlos Alberto Ferreira, que deram entrada no IML do Rio em dias seguidos. Um era branco e outro, preto; um morto por afogamento; outro, por choque elétrico; um tinha 19 anos e o outro, 13. O branco já tinha sido reconhecido pela mãe (que depois se justificou: “Me disseram que uma pessoa que morre carbonizada fica preta”). Nada disso impediu que um fosse levado no lugar do outro.

O livro fala da origem e significação de nomes em diversas línguas, de nomes que se originam de profissões (Ferreira), de animais (Coelho), de pontos geográficos (Lombardo), de pessoas famosas do passado (Washington), de referências religiosas (dos Anjos). Não faltam excentricidades, como o do pai que insistiu em batizar o filho como Caule, explicando que essa tinha sido a melhor opção entre os outros nomes que lhe haviam ocorrido, ou seja: Jungo, Prisma e U Surian. Também não faltam coisas que são quase um xingamento (Abrilina Caçapava), ou são puramente escatológicos: (Constipation, Merdine, Urine). Sem falar nas invencionices brasileiras (Outhydes, Onovercina).

E mais não direi, porque o livro tem 125 páginas, eu pouco mais de uma lauda. Por outro lado, não convém abusar da paciência do leitor, que talvez para conseguir chegar até aqui tenha sido obrigado a xingar todos os nomes feios que conhece. Aí não tem mais graça!

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A cerejeira do Japão, um colírio para os olhos

terça-feira, 25 de julho de 2023

Elas só florescem uma vez ao ano e a floração dura cerca de sete dias. Suas folhas desaparecem com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril.

 Estamos falando da sakura, mais conhecida como cerejeira, a flor nacional do Japão, símbolo de felicidade: é na época de sua floração que as crianças iniciam o ano escolar, que os recém formados saem em busca de trabalho; além disso, o chá de pétalas de sakura é utilizado em rituais como casamentos e ocasiões festivas.

Elas só florescem uma vez ao ano e a floração dura cerca de sete dias. Suas folhas desaparecem com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril.

 Estamos falando da sakura, mais conhecida como cerejeira, a flor nacional do Japão, símbolo de felicidade: é na época de sua floração que as crianças iniciam o ano escolar, que os recém formados saem em busca de trabalho; além disso, o chá de pétalas de sakura é utilizado em rituais como casamentos e ocasiões festivas.

No Brasil, poucas variedades de cerejeira puderam se desenvolver devido às variações climáticas; no entanto, a partir dos anos 80, após várias tentativas algumas espécies conseguiram se adaptar ao nosso clima, as mudas passaram a ser vendidas e seu plantio se espalhou por diversos estados. A variedade de sakura que mais se adaptou foi a “okinawa sakura” (cerejeira de Okinawa, ilha que tem as mesmas características climáticas do Brasil). Em muitas cidades e núcleos nipo-brasileiros, foram plantadas grandes quantidades desta árvore e na época da sua floração, no período que vai de julho a setembro, temos um visual de encher os olhos. Em geral, nesses locais têm sido organizados festivais japoneses.

Em Nova Friburgo, a presença japonesa é marcada pela chegada do engenheiro agrônomo Tohoro Kassuga, nascido em 1892, na cidade de Shiga-Ken, hoje Kusatsu. Em 1908 ele imigrou para o Brasil, onde desembarcou no porto de Santos. Não fixou residência no Estado de São Paulo, reduto dos japoneses na época, pois seguiu viagem até o Rio de Janeiro, onde se radicou na área rural de Friburgo. Foi ali que se dedicou ao plantio do caqui, fruta até então desconhecida na região e, provavelmente, é com ele também que começa a história da cerejeira, no município. Aos poucos o número de mudas se multiplicou a ponto de ser considerada hoje, a árvore símbolo da cidade.

Conhecido como “Hanami” (ver as flores), foi realizada, nos últimos dias 15 e 16 a festa da colônia japonesa na Associação Cultural e Esportiva Nipo Brasileira de Nova Friburgo (Acenbnf) que fica na estrada RJ-130, a Teresópolis-Friburgo, antes da entrada para o bairro Cardinot. Antes a festa do Hanami era celebrada no Sítio Florândia da Serra, da família Matsuoka; a mudança do local foi feita para facilitar o acesso ao evento e migrar essa celebração para esse espaço que pertence à colônia japonesa. A expectativa é que, em poucos anos, o local seja um verdadeiro corredor de sakuras (cerejeiras).

 No Japão, essa festa é realizada ao ar livre, em baixo das árvores, justamente na época em que todas estão floridas. No atual espaço ainda vai demorar um pouco para que as cerejeiras ali plantadas estejam frondosas e floridas, no entanto isso não tirou a beleza da festa, onde foram servidas comidas típicas. Teve ainda apresentação de danças folclóricas e mostrada um pouco da arte manual japonesa.

Chamou atenção também, uma árvore onde as pessoas colocam pedaços de papel coloridos em seus galhos, amarrados com barbante e que neles contém os pedidos mais variados. É conhecida como Tanabata Matsuri, a árvore dos desejos. É inspirada em uma lenda com cerca de dois mil anos que conta a história de uma princesa (Orihime) e de um pastor (Hikoboshi). Os dois, perdidamente apaixonados deixaram de lado seus afazeres diários e foram transformados, pelo pai da princesa furioso com o descaso de ambos, em duas estrelas colocadas em extremidades opostas da via láctea.

Diante das súplicas de Orihime para estar junto de seu amado, ele permitiu que os dois apaixonados se encontrassem uma vez por ano. Agradecidos a essa dádiva, passaram a atender aos pedidos dos mortais, na Terra.

É nessa época que Nova Friburgo mostra toda sua beleza natural. As cerejeiras florescem no inverno e em todos os bairros encontramos “hanamis” mostrando a exuberância de sua floração. É a compensação visual para o frio que castiga e nos obriga a tirar mais e mais casacos do armário.

Com a realização do Festival Sesc de Inverno, friburguenses e turistas têm a oportunidade de conhecer uma das mais bonitas cerejeiras de Friburgo, pois ela está situada nos jardins do Country Clube, onde acontecem várias apresentações do evento. Ela é um verdadeiro colírio para os olhos.

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AVS traz sempre uma lição de vida para todos nós!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Parece que os meses do ano serão poucos para que sejam dedicados a tantos temas. Na edição do último fim de semana do jornal, Christiane Coelho nos trouxe uma página que é um deleite, um guia de boas recomendações e incentivo às mamães e aos papais, pois, o mês de agosto, com muito gosto, é dedicado ao aleitamento materno. Eu digo aos papais também, porque quem não pode “dar o peito”, pode dar apoio. Isso me faz lembrar de quando minha caçula nasceu, pois, conheci o pediatra, doutor Waldir Bastos.

Parece que os meses do ano serão poucos para que sejam dedicados a tantos temas. Na edição do último fim de semana do jornal, Christiane Coelho nos trouxe uma página que é um deleite, um guia de boas recomendações e incentivo às mamães e aos papais, pois, o mês de agosto, com muito gosto, é dedicado ao aleitamento materno. Eu digo aos papais também, porque quem não pode “dar o peito”, pode dar apoio. Isso me faz lembrar de quando minha caçula nasceu, pois, conheci o pediatra, doutor Waldir Bastos. Logo na primeira consulta, ele elogiou o desenvolvimento do bebê e orientou: “Vamos mantendo o peito!”. E assim foi até que na sétima consulta, ele me deu os parabéns e acrescentou: “Você me surpreendeu!” Ao que respondi: “o senhor bem sabe que tamanho não é documento!”

Além de ser essencial, penso que não há, na missão materna, emoção mais sublime, que se possa comparar ao ato de amamentar. É algo indescritível, quando o bebê, já maiorzinho, olha para a mãe e pega o peito, feliz da vida. Não há mamadeira que alimente mais essa felicidade de ambos – mãe e bebê, num relacionamento sério, divertido e saudável. Como ressaltou a doutora Márcia Machado Lontra Ruiz, médica responsável pelo Banco de Leite do Hospital Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro: “O leite humano não é apenas um alimento e sim uma verdadeira vacina contra muitos patógenos dos quais a mãe já entrou em contato e passará sua imunidade para o bebê. “O leite humano pode, sem exagero, ser comparado ao ouro.”

Tantos cuidados com a alimentação dos bebês, mas, e depois de adultos? Estamos nos preocupando com nossos alimentos? Ao que tudo indica, na mesa do brasileiro está faltando inserir alimentos com origem na biodiversidade do nosso país. A constatação é do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP. Anderson Lucas, participante do projeto, destacou o baixo consumo de alimentos in natura o que, em parte, se deve às facilidades de aquisição dos ultraprocessados. O pesquisador reconheceu que é importante, fora do meio rural, “incentivar, por meio de hortas comunitárias, a disponibilidade desses alimentos nas áreas urbanas.”.

O friburguense de 11 anos, Bruno Barcellos de Oliveira conquistou Medalha de Ouro no campeonato Panamericano de Karatê. Bruninho, como é chamado, tem distrofia muscular, doença degenerativa que afeta os músculos. A mãe dele, Graciele Barcellos, em seus depoimentos, nos emocionou: (...) Ele luta o tempo todo para a doença não evoluir, não o paralisar de vez. A gente vai vivendo um dia de cada vez e a cada dia é uma vitória. Hoje o Bruninho é um campeão em todos os sentidos.”. Um Herói, sim!

O frio em Nova Friburgo não deixa o povo encolhido, dentro de casa, e agora é a vez do Festival Sesc de Inverno reger a batuta de uma programação incrível. Na abertura, na última quinta-feira, 20, Dia do Amigo, a camerata da Banda Euterpe Friburguense brilhou, mais uma vez, no Nova Friburgo Country Clube, onde também se apresentaram a cantora Talita Krau, o violinista Isaac Cainã e grupo folclórico. Na ocasião, a artista e cantora Nádia Athayde, líder do grupo vocal Tom Sobre Tom, recebeu homenagem prestada pelo presidente do Sincomércio, Braulio Rezende. O diretor do Sincomércio e da CDL, Theóphilo Rodrigues, lembrou o Dia do Comerciante, 16 de julho, ressaltando a homenagem a Nádia. Em evidência, ainda na noite, os 20 anos de regência na Euterpe, do maestro Nelson José da Silva Neto. A todos, Parabéns!

Enquanto a música encanta os nossos ouvidos, o Cão Sentado, de Silvério, observava, na capa do jornal, as irregularidades no trânsito. Falando nisso, o Congresso Nacional estuda a proposta de as placas de veículos no Brasil voltarem a exibir o estado e o município de sua origem. Considero isso imprescindível nas placas, por todas as razões óbvias de identificação. É muito vago que, dentro do nosso país, uma placa exiba apenas o nome do Brasil. É uma referência vazia de dados. Eu aprendi, com meu pai, que as placas dos “automóveis” têm muito a nos dizer e dizem muito sobre os lugares do país. 

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