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Etc & Etc, 38 anos hoje!

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Esta coluna, de número 1.976, conforme nossos registros e controles, marca nossa participação nas páginas de A VOZ DA SERRA, há exatos 38 anos, pois foi em 20 de julho de 1985, na ocasião, um sábado, o início desta publicação que reúne temas diversos com destaque para os acontecimentos sociais de nossa cidade e região. Esta importante deixa este colunista muito  honrado, pois Etc & Etc, proposta pelo saudoso diretor e hoje patrono do jornal, Laercio Ventura, já está presente em mais da metade do tempo de existência do jornal. 

Carminha Basílio celebrando

Esta coluna, de número 1.976, conforme nossos registros e controles, marca nossa participação nas páginas de A VOZ DA SERRA, há exatos 38 anos, pois foi em 20 de julho de 1985, na ocasião, um sábado, o início desta publicação que reúne temas diversos com destaque para os acontecimentos sociais de nossa cidade e região. Esta importante deixa este colunista muito  honrado, pois Etc & Etc, proposta pelo saudoso diretor e hoje patrono do jornal, Laercio Ventura, já está presente em mais da metade do tempo de existência do jornal. 

Carminha Basílio celebrando

O último fim de semana foi de festa, alegria e muitas demonstrações de carinho para a sempre querida Carminha Basílio, que celebrou, com orgulho, mais um ano de vida no domingo, 16, agradecendo a Nossa Senhora do Carmo pelo dom de sua vida e de sua família. A aniversariante é super simpática e tem como hobby colecionar boas e sinceras amizades. Sua nova idade foi motivo de celebração junto ao filho querido, o jornalista Felipe Basílio, que já integrou a equipe de A VOZ DA SERRA e atualmente reforça o time do canal por assinatura Globo News. Parabéns, Carminha. Tudo de bom para você.  

Irmãs com novas idades

Amanhã, 19, o dia será de comemoração em dose dupla de felicidades para o querido casal Gérson e Eliana Pistila de Abreu e seus familiares.

É que suas lindas filhas, Thais e Vanessa (foto), estarão comemorando para felicidade também de seus esposos e filhos, respectivamente, 35 e 37 anos de idades. Por isso, desde já os parabéns em dobro para elas.

Bodas, com tempos bem contados

O queridos Irene e Francisco de Assis Silva, o famoso Assis da gráfica Atlas, chegaram a uma marca expressivamente importante e feliz na última sexta-feira, 14, tanto para eles, assim como para os filhos Nélson, Fausto, Thais e Tatiana, nora Patrícia, genros Diogo e Felipe, os netos  Arthur, Pietra e Marina.

É que a Irene e Assis (foto) completaram 49 anos de casados, portanto bodas de heliotrópio, que marcam a união do casal por exatos 588 meses, 17.885 dias, 429.240 horas e 25.754.400 segundos.

Esta coluna, com a satisfação de todos os familiares e amigos, parabeniza o casal com votos de contínuas felicidades e tudo de bom.

Euterpe, nossa Musa Musical

A nossa querida Banda Euterpe Friburguense ganhou ainda mais destaque no último sábado, 15, e volta a ser o centro de atenções também a partir desta quarta-feira, 19.

É que, no sábado, a plataforma digital Globoplay lançou festivamente, para convidados no cinema, o primeiro musical criado e produzido pelos estúdios Globo denominado "Vick e a Musa", que a partir de amanhã terá disponibilizado para assinantes os sete primeiros capítulos da série.

Esta produção, mostra num bairro fictício do Rio de Janeiro a relação de amizade abalada entre duas personagens, que só se resolve na sequência, com a entrada em cena da música, através da mitologia enfocando Euterpe, a filha de Zeus, Musa da Música.

Assim, tal produção nos faz lembrar e com satisfação, a Musa da história musical de Nova Friburgo, a nossa admirada banda Euterpe Friburguense.

Aniversário bem comemorado

A jovem Isabella Barroso Morett, na foto com o noivo Arthur, comemorou seu aniversário completado dia 14 com amigos em Niterói e neste domingo, 16, em Nova Friburgo, com almoço na casa dos pais Érika e Guilherme, com presença da vovó Marly, irmão Guilherminho e os sogros Tânia e Fábio Iório.

Com carinho e alegria compartilhados por todos, enviamos os parabéns e os votos de um mundo de felicidades para a super Isabella.

São Cristovão, bênçãos e ajudas

O querido padre Roberto Pinto, da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no simpático distrito de Riograndina, convida desde já os fiéis e todos os motoristas para terça-feira da semana que vem, dia 25, às 19h.

É que após a santa missa em louvor a São Cristovão, o padroeiro dos motoristas, celebrado neste dia, haverá procissão motorizada solidária. Na ocasião, serão arrecadadas doações de alimentos não perecíveis para ajudar famílias carentes daquele distrito.

Tesouros da vida

Amanhã, 20, é o "Dia do Amigo". Por isso, envio abraços muito especiais aos incontáveis amigos que possuo, certamente como um grande patrimônio da vida.

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O Papa Francisco e a sinodalidade

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Um extraordinário e inédito processo de escuta de todo o povo de Deus, por dois anos, lançado nos últimos dias 9 e 10 de outubro de 2021, em Roma, pelo profético Papa Francisco, nos projeta num caminho já proposto e resgatado pelo Concílio Vaticano II e impulsionado pelo iluminado Papa São Paulo VI - a sinodalidade.

Um extraordinário e inédito processo de escuta de todo o povo de Deus, por dois anos, lançado nos últimos dias 9 e 10 de outubro de 2021, em Roma, pelo profético Papa Francisco, nos projeta num caminho já proposto e resgatado pelo Concílio Vaticano II e impulsionado pelo iluminado Papa São Paulo VI - a sinodalidade. Isto foi expresso nas últimas décadas, pela implementação do Sínodo dos Bispos, como um forte e rico momento de escuta do Sucessor de Pedro dos seus irmãos sucessores dos apóstolos, espalhados no mundo inteiro, representando e ecoando as realidades e anseios de seus milhares de rebanhos. Estes processos enriqueceram muito a reflexão de toda a Igreja sobre diversos temas, com a contribuição das mais variadas culturas e especificidades dos países representados por seus pastores, com a contribuição de vários peritos, clérigos, religiosos e leigos. Estas proposições dos padres sinodais serviram de base para importantes e renovadoras Exortações Apostólicas pós-sinodais, assinadas pelos pontífices desde São Paulo VI.

Mas, com certeza, faltava um aprofundamento sobre a própria sinodalidade, exercitando não só a colegialidade episcopal, alcançando de forma indireta as comunidades. Já há tempos, era sugerido, inclusive pelo próprio Papa Francisco, um processo de "caminhar juntos", escutando diretamente todas as expressões do povo de Deus, colhendo das bases das comunidades e dos cristãos, dos não cristãos e da sociedade em geral, as impressões, testemunhos e dados referentes à essencialidade da Igreja, em sua "comunhão, participação e missão", ouvindo, deixando que todos tomem a palavra, falando com coragem, integrando liberdade, verdade e caridade; celebrando a Palavra e a Eucaristia, na corresponsabilidade missionária, participando da comunidade eclesial e no serviço à sociedade, com responsabilidade social e política, no diálogo e na busca da justiça e do bem comum, salvaguardando os direitos humanos, no cuidado com a casa comum; fomentando a união e diálogo ecumênico, a partir de um único Batismo.

A dimensão da sinodalidade como um princípio educativo para a formação da pessoa humana e do cristão, das famílias e das comunidades, numa decisão por discernimento com base num consenso que dimana da obediência comum ao Espírito, tornando as lideranças e membros da Igreja mais capazes de caminhar juntos, de se ouvir mutuamente e de dialogar, num crescimento em comunhão, aumentando a participação ministerial e o comprometimento missionário. 

O Papa Francisco recupera a centralidade da perspectiva sinodal que remonta à fundação e constituição da própria Igreja, inserindo-a no contexto de toda a comunhão humana: com a casa comum, na plena integração do homem com a natureza, numa sinodalidade ecológica. Para o processo de escuta, neste sentido é preciso rever os ensinamentos da sua encíclica Laudato Si, com a reflexão de que tudo está interligado na corresponsabilidade do cuidado e da preservação, rumo a uma consciente Ecologia Integral, na defesa de toda vida, especialmente a vida e a dignidade humana, numa verdadeira conversão ecológica.

Na mesma linha, numa atitude dialógica, o profético sucessor de Pedro, situa a sinodalidade social, apresentando o caminho e partilha comum da solidariedade, da amizade de todos os homens, construindo uma sociedade de justiça, igualdade, fraternidade e paz. É necessário aprofundarmos a temática da sua outra encíclica Fratelli Tutti, acompanhados das propostas da Economia de Francisco e de Clara e do Pacto Educativo Global, que recolocam o horizonte da partilha solidária e do crescimento comum fraterno, com equidade e desenvolvimento sustentável, partindo da educação dos valores e princípios de um humanismo cristão, na concepção universal de que todos somos irmãos, filhos de Deus

Para a missão evangelizadora da Igreja permanentemente em saída, Francisco insiste numa comunhão dinâmica, superando uma igreja autorreferencial, que pelo impulso do Espírito refaça a unidade humana e cristã, numa reconstrução comum, pelo testemunho do Amor, expressão da Misericórdia de Deus e da Verdade, anunciando a alegria do Evangelho, restauradora e libertadora da pessoa humana integral, para a transformação da sociedade em Reino de Deus. Neste âmbito, é riquíssima a contribuição da sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, propondo uma forte sinodalidade eclesial missionária, na esteira da conversão pastoral da Igreja do Documento de Aparecida, grandemente talhado por sua redação.

Numa decisão inédita e histórica, o Papa Francisco inseriu a participação, com direito a voto, de leigos, homens e mulheres, jovens, sacerdotes, religiosos e religiosas, representantes dos diversos trabalhos eclesiais, de vários países, na própria Assembleia Sinodal dos Bispos, em outubro deste ano, estendendo o processo de escuta e discernimento até outubro de 2024, quando haverá a segunda sessão da Assembleia Sínodo, direcionando, então para toda a Igreja, iluminações, frutos de toda a comunhão-participação do povo de Deus para a melhor realização de sua missão. Em comunhão com este processo e tema, realizamos nossa Assembleia Diocesana, nos últimos dias 7 e 8 deste mês, com maduras reflexões e eleição das prioridades pastorais, com ótimos encaminhamentos.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

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Da voz feminina, nasce a escritora

segunda-feira, 17 de julho de 2023

Estou com o livro nas mãos “Um grande dia para as escritoras”, idealizado por Giovana Madalosso, sentindo o cheiro das folhas que deslizam com o movimento dos dedos, fazendo os olhos absorverem a vibrante cor rósea misturada com a coral. Deixando-me inebriar ao admirar as 53 fotos de escritoras em várias cidades do mundo, totalizando 2.302 mulheres. As fotos foram tiradas em diferentes lugares das cidades, como praças, escadarias, anfiteatros, museus, prédios históricos, além de tantos outros usados de cenário para o registro de um momento tão feminino e grandioso.

Estou com o livro nas mãos “Um grande dia para as escritoras”, idealizado por Giovana Madalosso, sentindo o cheiro das folhas que deslizam com o movimento dos dedos, fazendo os olhos absorverem a vibrante cor rósea misturada com a coral. Deixando-me inebriar ao admirar as 53 fotos de escritoras em várias cidades do mundo, totalizando 2.302 mulheres. As fotos foram tiradas em diferentes lugares das cidades, como praças, escadarias, anfiteatros, museus, prédios históricos, além de tantos outros usados de cenário para o registro de um momento tão feminino e grandioso. Aqui em Nova Friburgo, as escritoras foram cuidadosamente lideradas por Márcia Lobosco, nossa Produtora Cultural na área de literatura. Tirada por Osvaldo Enoc, a foto recebeu o acolhimento da Escadaria do Antigo Fórum, na Praça Presidente Getúlio Vargas, onde pisamos os degraus com determinação, tomadas pelo sentimento de orgulho.

Estou lendo os textos escritos pelos organizadores e autoras que participaram das fotos, curtindo a maciez do papel e absorvendo o cheiro do livro. O livro tem um perfume especial que me remete à criatividade, vitória e vozes. “Um grande dia para as escritoras” traz o som da mulher: sua fala e desejos, seu nascimento, sua morte. A mulher aprende a viajar pelos dias com resiliência, abrindo suas asas a cada passo e construindo paulatinamente a vontade de ir além. De ser mulher com inteireza, de jamais ser rasgada.

Ainda estamos aprendendo a falar, a dizer nossas palavras, únicas e universais. Somos as mais puras testemunhas do fazer da vida no ventre. Temos seios que produzem alimento nutritivo. Somos as coletivas que se precipitam sobre o papel com caneta em punho e começam a narrar a beleza que a vida faz e desfaz. Escrevemos para sentir o gozo de ver nossa voz escrita, soletrada e sublinhada.

É um júbilo me ver na escadaria do Antigo Fórum ao lado de tantas amigas. A literatura une as pessoas. As histórias tocam nossas almas e temos a vontade de sentir, uma ao lado da outra, o trajeto das palavras, de perceber a sua força e dormir ao som de suas letras. De sonhar para desejar e realizar. Se vogais ou consoantes, se maiúsculas ou minúsculas, elas agasalham os vazios do nosso próprio olhar. É tão bom descobrir o que elas preenchem, como uma peça de um quebra-cabeça que precisa ser encaixada. No meu há peças desencaixadas, misturadas e caídas no chão. Mas tenho peças coloridas, delineadas e reluzentes, já acertadas no tabuleiro.

As fotos no livro nos contagiam, nos fazem resistir à fragilidade do suposto sexo frágil. A escrita não nos deixa calar. Pelo contrário, à cada frase exalamos os perigos da sobrevivência feminina. Penso que compor um livro é mais do que chegar a algum lugar para vislumbrar horizontes. É realizar o propósito de ver uma criança correndo sobre a linha que delineia o possível  e o desejável.  

A mulher escritora não tem idade. 

A mulher nasce escritora e morre se assim o quiser.

A escritora traz a beleza de ser mulher.

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Povo de olho nos vereadores

sábado, 15 de julho de 2023

Edição de 14 e 15 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Povo de olho nos vereadores - A criação de 11 cargos pedidos pelo prefeito importará numa despesa de Cr$ 233 mil anuais com a concessão de tempo integral e dedicação exclusiva para os assessores indicados. A aprovação da criação dos cargos é considerada como ato antipopular. 

Edição de 14 e 15 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes 

Povo de olho nos vereadores - A criação de 11 cargos pedidos pelo prefeito importará numa despesa de Cr$ 233 mil anuais com a concessão de tempo integral e dedicação exclusiva para os assessores indicados. A aprovação da criação dos cargos é considerada como ato antipopular. 

Troféu Américo Ventura Filho vai ser instituído - Os nossos colegas da imprensa friburguense pretendem instituir um troféu que se denominará Américo Ventura Filho a ser conferido anualmente ao jornal e ao jornalista que mais tenham se destacado na imprensa de Friburgo. Melhor homenagem não se poderia prestar à memória do nosso patrono, ele que foi um incansável batalhador da imprensa friburguense, que teve nele um de seus maiores defensores. Incentivador de vocações novas, respeitado por todos os colegas, Américo Ventura Filho foi também um intransigente defensor da liberdade de imprensa. A VOZ DA SERRA como não poderia deixar de ser, associa-se à ideia de instituição do troféu que levará o nome do nosso patrono e agradece a lembrança da imprensa local.

Pronto o Country para a Festa da Cerveja - Cercada de grande expectativa e atraindo as atenções do Rio, Niterói e cidades vizinhas vem aí a IX Festa do Colonizador do Nova Friburgo Country Clube. Essa festa da cerveja, que já se tornou tradicional no mês de julho e conhecida em todo Brasil, é uma promoção que recebe todo o carinho do Nova Friburgo Country Clube, já que é uma das festas consideradas como carro-chefe do calendário social do clube do Parque São Clemente. A exemplo dos anos anteriores, grande número de friburguenses e turistas de todos os lugares devem lotar as dependências do simpático clube presidido pelo dr. Walter Soares da Cunha. A Festa do Colonizador, com sua farta distribuição de chope e animação de conjuntos musicais, se constitui também tradicionalmente num verdadeiro desfile de moda de inverno.

Caviar & Feijão com arroz - A mensagem em que o prefeito Amâncio Azevedo solicita a aprovação da Câmara para a criação de dez cargos de assessor é, como não poderia deixar de ser, uma mensagem vasada em termos grandiloquentes. Nela pode-se ler frases como “novo espírito e mentalidade já implantados”, “renovar o processo político-administrativo”, “oportunidades à nova geração de participar”, “soluções maiores dos graves e sérios problemas”... 

Pílulas

Essa criação dos cargos para 11 assessores como é de conhecimento geral e tinha sido feita pelo prefeito, sem a devida consulta à Câmara, o que provocou uma representação da Procuradoria Geral do Estado contra a Prefeitura de Friburgo, pois aquela criação incorria num erro elementar de Direito Administrativo. O nosso tão querido prefeito-teleferista prontamente fez “cessar os efeitos” do ilegal decreto. Aliás esse “cessar os efeitos” ainda vai dar o que falar… 

Embora reconhecendo que dentre os assessores que serão agraciados com uma nomeaçãozinha legal, há alguns que realmente vêm fazendo um trabalho produtivo, mesmo, muitas vezes, cerceados em sua liberdade de ação pela atuação do secretário geral, Paulo Azevedo, que possui o que um sábio e matreiro deputado mineiro chama de “volúpia de poder”, há de se reconhecer todavia, que dentre os “bem aventurados” existem “acessores” e até mesmo “açeçores”. Agora 11 assessores técnicos, nem o presidente tem… 

E mais…

  • Os monstros não existem… 
  • Carmo promove inaugurações… 
  • Dia Nacional do Comerciante… 

Reservistas receberam certificados… 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Patrícia Medeiros (15); Zuleika Alves e Bernardo Braune (16); Aristides Machado, Lygia de Freitas, Rosemarie Kunzel e Marina Perestrelo Braune (17); Consuelo Carestiato, Otto Spinelli e Paulo Fernando Costa (18); Marcos Haiut (19); Roberto Ventura e Elias Buaiz (20); João Queiroz, Germano Ferreira, Carlos Alberto Jacoud, George Henze, Marcos Bento de Mello, Janine Jordão e Marcello Merecci (21); Katia Rocha e Francisco Romano Motta (22); Lúcia Souza, Carlos Cúrio e Roberto Solon de Pontes (23).

Foto da galeria
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Um degrau abaixo...

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Sim, parece ser chato, entediante, difícil e, até mesmo, impossível para algumas pessoas, mas viver “um degrau abaixo” do limite de seu orçamento pode trazer grandes mudanças para o seu futuro. Não estou pedindo para deixar de aproveitar a vida ou fazer o que gosta, mas você tem uma responsabilidade enorme com o seu futuro. Mais do que as contas do mês, você precisa pagar as contas da vida. Viver "um degrau abaixo” não passa de uma metáfora para representar o ato de se gastar menos do que ganha, adotando um estilo de vida mais frugal e consciente em relação às finanças pessoais.

Sim, parece ser chato, entediante, difícil e, até mesmo, impossível para algumas pessoas, mas viver “um degrau abaixo” do limite de seu orçamento pode trazer grandes mudanças para o seu futuro. Não estou pedindo para deixar de aproveitar a vida ou fazer o que gosta, mas você tem uma responsabilidade enorme com o seu futuro. Mais do que as contas do mês, você precisa pagar as contas da vida. Viver "um degrau abaixo” não passa de uma metáfora para representar o ato de se gastar menos do que ganha, adotando um estilo de vida mais frugal e consciente em relação às finanças pessoais.

Hoje eu não vim pontuar os passos para readaptar seu orçamento, mas identificar algumas conquistas desta prática. Essa abordagem pode proporcionar vantagens importantes no âmbito financeiro. Vou listar algumas delas:

- Economizar e construir reserva financeira: viver abaixo do orçamento permite economizar dinheiro regularmente. Essa prática de poupança cria uma reserva financeira que pode ser utilizada em emergências, para alcançar metas financeiras de longo prazo ou para lidar com imprevistos na vida.

- Reduzir o endividamento: gastar menos do que se ganha ajuda a evitar o acúmulo de dívidas excessivas. A maioria das dívidas é acompanhada por juros, o que aumenta o custo dos produtos ou serviços adquiridos. Ao viver com um orçamento mais ajustado, você pode reduzir suas despesas e evitar a necessidade de recorrer a empréstimos ou financiamentos frequentemente.

- Ter flexibilidade financeira: viver abaixo do orçamento cria flexibilidade financeira e reduz o estresse relacionado a problemas financeiros. Se surgirem desafios inesperados, como perda de emprego ou problemas de saúde, ter um orçamento mais folgado permite enfrentar essas situações de forma mais tranquila, sem depender totalmente de crédito ou de ajuda externa.

- Ter liberdade de escolha: estando “um degrau abaixo”, você tem mais liberdade para tomar decisões financeiras importantes. Optar por trabalhar em empregos mais satisfatórios em vez de buscar apenas altos salários, fazer uma pausa na carreira para buscar novas oportunidades ou dedicar mais tempo a projetos pessoais. A liberdade financeira proporcionada por um orçamento equilibrado permite tomar decisões com base em valores pessoais, em vez de ser forçado a aceitar qualquer oportunidade que ofereça dinheiro suficiente para sobreviver.

- Construir um futuro financeiramente seguro: ao economizar e investir regularmente, é possível acumular patrimônio e planejar uma aposentadoria confortável. Além disso, essa abordagem também permite lidar melhor com imprevistos e reduz a dependência de benefícios governamentais ou de assistência financeira no futuro.

É importante ressaltar que viver abaixo do orçamento não significa privar-se completamente de prazeres ou não desfrutar da vida. Trata-se de adotar uma abordagem equilibrada em relação às finanças, priorizando gastos conscientes, economizando e investindo para alcançar uma maior estabilidade financeira e alcançar metas de longo prazo.

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Cinquenta perguntas

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Oi, tudo bem? Como você está? E sua mãe, o pessoal da sua casa, todos bem? O que você tem feito? Quase não te vejo, por que sumiu por tanto tempo? Nem me liga mais, hein! Tá trabalhando muito? Como vão os estudos? E as provas? Pretende fazer concurso? A cunhada da filha da minha vizinha estudou e passou em três meses. Sempre foi muito inteligente, sabe... E o namorado, vai casar? Ah, está solteira? Isso aí, vai curtir a vida. Saindo muito?  Tem feito o quê? Tá pensando em filhos? Vai ter mais um? Tá morando aonde? Sozinha? Voltou para a casa dos pais.

Oi, tudo bem? Como você está? E sua mãe, o pessoal da sua casa, todos bem? O que você tem feito? Quase não te vejo, por que sumiu por tanto tempo? Nem me liga mais, hein! Tá trabalhando muito? Como vão os estudos? E as provas? Pretende fazer concurso? A cunhada da filha da minha vizinha estudou e passou em três meses. Sempre foi muito inteligente, sabe... E o namorado, vai casar? Ah, está solteira? Isso aí, vai curtir a vida. Saindo muito?  Tem feito o quê? Tá pensando em filhos? Vai ter mais um? Tá morando aonde? Sozinha? Voltou para a casa dos pais. Hum, não é mole não, mas pelo menos não tem que se preocupar com aluguel. Tudo tem um lado bom. Tem visto o pessoal da faculdade? Nem me chamam mais. Mas me conta, o que você está fazendo para parecer mais jovem? Gostei desse tom de loiro em você, rejuvenesceu, parece uma menina. E lá se vão minutos de existência só ouvindo o questionário daquela antiga conhecida que não se importa com você mas tem toda a curiosidade sobre a sua vida e despeja todas as próprias frustações na primeira oportunidade que tem de fazê-lo e o faz assim, em forma de perguntas impregnadas de cobranças.

Quem nunca passou por isso? Numa situação dessas a vontade que dá, lá no fundo, é de cortar o papo e tocar a vida, mas por educação e dificuldade de impor limites, muitas vezes o que fazemos é responder ao questionário na sequência insana proposta pelo questionador. Sentimo-nos, então, réus de nós mesmos, porque acabamos por abrir demais nossas vidas a quem não faz parte dela. Sem vontade. E então, por que o fazemos? Já pararam para pensar.

Ninguém precisa prestar contas da própria vida aos conhecidos que encontram na esquina, em algum evento ou até mesmo nos encontros de Natal. Não é necessário. E eu nem acho que seja saudável também. Além de ser incômodo e chato. Sei lá, deixa as coisas fluírem. Falem sobre o que tiverem vontade. Abram suas vidas e corações às pessoas da sua confiança. Ao seu rol seleto – ou nem tanto - de pessoas escolhidas para saberem de você. Es-co-lhi-das por você. Esse é o ponto.

 O checklist social às vezes faz mal, porque te impõe a lembrança despreparada sobre suas frustrações, rupturas, preocupações, desejos. Gera preocupações. Te obriga a pensar rápido sobre o que você fez e tem feito, como vive, com quem se relaciona. Te joga em uma clássica “sinuca de bico” entre ter que responder e falar sobre o que não quer com quem não tem intimidade ou exercer suas habilidades para disfarçar, mudar de assunto, sair pela tangente. Interrogatório inesperado feito por conhecidos que não participam da sua vida, não te amam, não te conhecem direito, não compartilham a vida com você e não detém sua confiança, acredite: não é legal.  É chato.  Inconveniente. Constrange as pessoas. Ainda que com a melhor das intenções, meu conselho seria: não forcem a barra, apenas não forcem.

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Cerco fechado à venda de times

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Foto: Arquivo AVS

Cada vez mais frequentes, ainda que nem todos os casos investigados com a publicidade devida, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Fferj) está fechando o cerco à venda de clubes de futebol do Estado a grupos de empresários. A Federação averigua que uma das maiores motivações é usar as instituições para manipulação de resultados visando apostas pela internet. Inclusive, ainda que a Federação não confirme oficialmente, há denúncias na atual segundona.  

Sites de apostas

Foto: Arquivo AVS

Cada vez mais frequentes, ainda que nem todos os casos investigados com a publicidade devida, a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Fferj) está fechando o cerco à venda de clubes de futebol do Estado a grupos de empresários. A Federação averigua que uma das maiores motivações é usar as instituições para manipulação de resultados visando apostas pela internet. Inclusive, ainda que a Federação não confirme oficialmente, há denúncias na atual segundona.  

Sites de apostas

Os espertalhões descobriram a fórmula óbvia: “por que comprar um ou dois jogadores, se pode ter o time inteiro?” O olho está especialmente nas divisões inferiores, onde há menor atenção da mídia e exatamente onde está havendo um forte movimento de compra de clubes ou de suas gestões de futebol, através de SAFs ou outros instrumentos. 

Foco em clubes empresariais

A Federação acompanha, preocupada, cada movimento de perto e está montando uma frente de análise permanente para jogadas e resultados estranhos, com olhar ainda mais apurado para clubes que foram vendidos. Acompanha também processos de venda em andamento, alertando a esses clubes para os perigos que correm e as punições também às instituições, ou seja, para além dos empresários adquirentes. 

Regulamento inédito

Na terceirona do Rio, que começa em setembro, novas regras farão estreia e o regulamento já prevê afastamento dos jogadores suspeitos em envolvimento com a máfia de apostas até o trânsito em julgado e multa de R$ 500 mil para o clube associativo. Não está descartada a eliminação da instituição envolvida, com rebaixamento à última divisão, independente da série disputada, em caso de comprovação da manipulação de resultado visando favorecer apostas suspeitas.      

Tanto quanto vítimas

As casas de apostas também são vítimas nos esquemas. Elas também têm buscado ferramentas para conter o problema que já foi visto em outras partes do mundo. No Brasil, um país continental e com mais de 500 clubes de futebol em atividade, trata-se de algo relativamente novo, mas com traços mais complexos. Ainda mais quando se soma essa possibilidade de venda de clubes e gestões para grupos externos ao clube associativo, algo também novo.

Compliance

 Vale lembrar que o Friburguense analisou em abril, uma proposta de venda do seu futebol pelo período de dez anos. O principal nome desse grupo de interessados é do ex-jogador do Vasco e Fluminense, Conca. Ainda que o ex-atleta nunca tenha se manifestado nas redes ou reportagens sobre o projeto Friburguense, a negociação analisada pelo Conselho Deliberativo do clube tinha o nome dele, algo que de fato ofereceria credibilidade ao referido grupo.

Nada é tão simples

Importante frisar que aqui não se levantam suspeições quanto a relação com esquema de apostas de tal grupo ou qualquer outro, apenas reforça a importância dessas negociações terem profundas análises de integridade para evitar problemas futuros que podem até eliminar a instituição do futebol profissional. A proposta de Conca e cia foi negada com reavaliação da mesma, caso o atual gestor de futebol, Siqueirinha, não ofereça garantias financeiras para seguir tocando o futebol do clube. 

Inseguranças

Alguns problemas pelo caminho, em caso de possível transferência do futebol tricolor. O mais importante é o processo coletivo contra a TV Globo, por quebra de contrato nos direitos de transmissão do Carioca. Em caso de vitória na Justiça,  pode render ao Friburguense quase R$1 milhão. O recurso é da gestão que estava à frente à época para cobrir os rombos ou não?

Por dentro do problema

Aliás, a ausência da verba é um dos agravantes dos grandes problemas financeiros vividos hoje pela gestão de futebol. Como o planejamento previa a entrada do recurso, que acabou não vindo, recorreu-se a empréstimos e formas diversas de manter o futebol do profissional às divisões de base. O processo na Justiça está em vias finais e até agora os clubes tiveram ganho em todas as instâncias.      

Relembrar

Siqueirinha está à frente do futebol desde o final dos anos 90, no formato arrendamento, ainda que sem contrato nos últimos anos, em uma relação de confiança mútua. O Friburguense viveu o melhor período da sua história entre 1997 (ano do acesso à elite) até 2010. Disputou competições nacionais e se destacou no Estadual por inúmeras vezes, Até que foi rebaixado para a segundona. Voltou em 2011, mas foi rebaixado novamente em 2015. 

Tempos difíceis

Retornou em 2019 e caiu em 2021 após não passar na seletiva da elite. No mesmo ano, disputou a segundona e acabou se garantindo no novo formato de divisões, onde de 19 clubes, a segundona passou a ter 12. Neste ano, a situação é grave e o rebaixamento inédito para a terceirona só não acontece por milagre.    

Missão quase impossível

Para não cair, o Friburguense precisa fazer o que não conseguiu até agora: vencer. Ir além: ter 100% de aproveitamento nas três partidas que lhe faltam. Essa é a fórmula, simples de determinar e difícil de executar. A briga para não ficar entre os dois do rebaixamento está praticamente limitada ao próprio Friburguense (1 ponto), Macaé (7) e Araruama (10).       

Avaliação

O time é ruim? Não! Inclusive, melhor do que no ano passado. Basta relembrar as goleadas sofridas no ano passado e que nesse ano, o time não perdeu por mais de dois gols. Além da falta de entrosamento, que pesou muito para a falta de confiança que se vê agora, os problemas da equipe seriam baixa média de idade, baixa altura física e erros individuais e coletivos nas bolas paradas.

Respostas

O que fez ficar ruim? Voltamos à questão da venda do futebol. A trapalhada recheada de amadorismo da presidência do clube. Nenhum adversário foi mais potente. A menos de um mês para a competição começar, inflamou-se a torcida e a cidade, com um movimento de interesses políticos partidários também, para avaliar uma proposta de “venda” da gestão do futebol para o grupo que tem como nome mais relevante o ex-jogador Conca como sócio. 

Para entender

Cá entre nós: nem o atual, tampouco o que viria, caso houvesse aprovação, teriam tempo para montar um time, enquanto todos os demais 11 concorrentes já treinavam. Para piorar: segundo fontes ligadas ao grupo Conca, a negociação tinha sido aberta ainda em 2022. Ou seja, o principal erro não foi analisar a proposta, o que é legítimo. Mas no tempo em que foi feito e da forma em que foi feita. 

Sem tempo adequado

Nesse ínterim, a atual gestão perdeu jogadores apalavrados e a insegurança jurídica gerada fez também perder o principal investidor e atravancou negociações em curso por patrocinadores, levando a uma asfixia financeira maior do que a já complexa dos anos anteriores. Quanto à montagem de elenco, seria diferente, caso o outro grupo assumisse? Por sua vez, a prefeitura aproveita da marca Friburguense, mas nada faz pelo mesmo. Aliás, a última vez que um governo apoiou o futebol do clube foi o do ex-prefeito Heródoto. No mais, só fotos de políticos em momentos bons, Nos ruins, quase todos desaparecem. 

Tragédia anunciada

Nesse momento, fora das quatro linhas, a não assinatura de um contrato com a gestão de futebol de Siqueirinha complicou o fluxo de caixa, levando a uma situação nunca antes vista. O time não pode se concentrar na véspera e nos dias dos jogos por falta de recursos e há dificuldade em pagar as taxas de Federação. Nem uniforme novo foi lançado para este ano. Em suma, caso se confirme o rebaixamento do Friburguense à terceirona, a história há de registrar que os menos culpados são os jogadores.  

Últimos suspiros de esperança

Dentro das quatro linhas, a promessa de dedicação e respeito ao campeonato, com seriedade até o fim. No próximo sábado, 15, o Friburguense enfrenta o América, fora de casa. Caso empate ou perca, o Tricolor estará, matematicamente, rebaixado. Em tempo: o América, que corre o risco de perder até 28 pontos, por uma suposta escalação irregular, inicialmente, deve se livrar da punição. A Procuradoria do TJD-RJ negou o andamento do processo. Cabe ainda a avaliação da presidência do órgão e recursos dos impetrantes (Cabofriense, Macaé e Americano) até à última instância.       

Terceirona 

Já pensando no pior dos futuros, a disputa da terceirona do Estadual começa em setembro. Os rebaixados podem disputá-la no mesmo ano de queda. Mas não será nada fácil ser um dos dois que sobem. Vários clubes tradicionais estão lá, entre os quais, Duque de Caxias, Goytacaz e Serrano. Para além deles, Pérolas Negras e Paduano com investimentos volumosos de empresários. Não haverá moleza.

Volta por cima

Em contrapartida, haverá a base de uma equipe já entrosada e tempo para se organizar, ainda que, nesse momento, do ponto de vista financeiro, a participação dependerá de eliminar os impasses extra-campo. Com reforços, daria não só para sonhar com o acesso no mesmo ano da queda, como vislumbrar uma boa participação na Copa Rio, que acontece a partir de agosto. A Copa Rio dá vaga na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil. Seria um retorno triunfal.    

        

Palavreando

Foto: Freepik

“O que importa? Parece simples a pergunta, tanto quanto evidente a resposta. Mas ainda que tenhamos em mente, ainda que nos vista a certeza, corrompemos a poesia e nos auto sabotamos, conscientemente. De que adianta declamar versos e não vivê-los?”

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Você está esperando receber afeto?

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Esperamos afeto das pessoas. Afeto significa carinho, atitude bondosa, elogio sincero, apoio, compreensão, entre outras atitudes. Isto está certo, é normal. Mas e quando você não recebe o afeto desejado? Não conseguimos nessa vida tudo o que queremos. Conheço gente multimilionária que disse que pode comprar tudo o que quiser com o dinheiro que tem. Mas isso é diferente de ter afeto. Algumas dessas pessoas muito ricas, a única coisa que elas têm é dinheiro. Não se pode comprar afeto genuíno, sincero, verdadeiro. Ou ele existe de uma pessoa para você, ou não existe.

Esperamos afeto das pessoas. Afeto significa carinho, atitude bondosa, elogio sincero, apoio, compreensão, entre outras atitudes. Isto está certo, é normal. Mas e quando você não recebe o afeto desejado? Não conseguimos nessa vida tudo o que queremos. Conheço gente multimilionária que disse que pode comprar tudo o que quiser com o dinheiro que tem. Mas isso é diferente de ter afeto. Algumas dessas pessoas muito ricas, a única coisa que elas têm é dinheiro. Não se pode comprar afeto genuíno, sincero, verdadeiro. Ou ele existe de uma pessoa para você, ou não existe.

Procuramos afeto de formas variadas. Pode ser pelas artes, pelo sexo, tentando controlar alguém, dando dinheiro, viagens, carros, imóveis. Alguns tentam obter afeto se anulando, o que não funciona também. Milhões vão atrás de serem amadas colocando nas redes sociais fotos produzidas que não refletem a realidade física daquela pessoa. Maquiagem, batom, sombra, brincos, sobrancelhas desenhadas artificialmente, sorriso forçado, roupa sensual, colares... Que pena dá ver isso!

Ame você, mas desfoque de sua pessoa. Trate a si mesmo, a si mesma bem, mas evite querer holofotes sobre você. Cuide de sua saúde geral, mas lute para deixar de lado a obsessão por afeto. Ele vem naturalmente quando você se torna amável. Ou seja, um tipo de pessoa que os outros gostam de estar perto. Mas caso você não se sentindo amado, amada, vive atacando os outros, vive perdendo o controle emocional, com crises histéricas ou com palavras abusivas, sempre procurando uma forma de criticar o outro, realmente as pessoas irão se afastar de você.

Um pedaço da Oração de São Francisco diz assim: “... é dando que se recebe.” Lembra disso? Mas prefiro uma versão editada que diz assim: “... é dando que se recebe a alegria de dar.” Percebe a diferença? No primeiro caso existe o incentivo para você dar do que já possui, doar a si mesmo, e isso promove o recebimento de algo bom. Mas no segundo caso, ao você doar sem esperar nada em troca, você recebe a alegria de dar. E alegria é bom na vida, bom para o sistema imunológico, e bom para as pessoas se sentirem bem perto de você.

Receber a alegria de dar pode ser muito valioso quando não recebemos do outro o afeto esperado. Gosto de uma declaração de Jesus Cristo que se encontra no Evangelho de João, no capítulo 16 e versículos 20 e 22. Ele estava explicando a Seus discípulos sobre Sua partida, após três anos e meio de ministério nessa Terra. E disse que Seus seguidores chorariam, ficariam tristes, enquanto que o mundo se alegraria, com a partida Dele para o Céu. O mundo está atacando ferozmente a verdade como ela é em Jesus Cristo, e se alegrando quando os princípios que Ele ensinou são violentados. Mas Jesus completou dizendo: “Mas a tristeza de vocês se converterá em alegria.” (João 16:20). E em seguida Ele procurou consolar Seus seguidores dizendo que em breve os veria de novo, dizendo: “Agora vocês sentem tristeza, mas Eu os verei novamente, e o coração de vocês se alegrará, e ninguém tirará esta alegria de vocês. (João 16:22). Ninguém.

Olhe para fora de si mesmo. Evite ficar focado no seu umbigo. Lute contra o egocentrismo, porque ele mata quem é por ele dominado. Dê afeto em vez de ficar buscando isso obsessivamente. Pergunte a si mesmo se você não está nessa busca de forma egoísta, mantendo quase que o tempo todo seu eu, seu ego, seu self, na dianteira querendo luzes brilhantes sobre ele.

Não está errado querer ser uma pessoa amada. Mas o que você tem feito para conseguir isso? Tem violado sua consciência? Tem manipulado informações? Tem traído alguém? Tem perdido o controle emocional e agredido pessoas boas? Tem gasto tempo precioso em redes sociais postando fotos suas irreais? Jesus falou a verdade quando disse que ninguém consegue tirar a alegria que a verdade trás em nossa vida quando nos submetemos a ela.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Histórias dos outros

terça-feira, 11 de julho de 2023

“Pior do que isso eu não sei fazer!”

“Pior do que isso eu não sei fazer!”

Uma é a do escritor Otto Lara Rezende. Estava ele datilografando sua matéria para o jornal, quando um contínuo entrou na sala. Ao ver que Otto não estava copiando, mas tirando as palavras da própria cabeça, o rapaz exclamou admirado: “O senhor tem redação própria?!” Tanto Otto era capaz de redação própria que entre seus admiradores estava Nélson Rodrigues, que até o transformava em título ou personagem de suas obras, como em “Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária”. Às vezes Otto ficava tão chateado com as “homenagens” que confessou ter vacilado entre o homicídio e a indiferença.  “Mas como o homicídio é punido pelo código penal, optei pela indiferença”, declarou. Apesar desses desentendimentos, foram amigos e mútuos admiradores até o fim da vida.

A outra é contada por Álvaro Ottoni de Menezes, autor de sucessos da literatura infantojuvenil, como “A árvore que fugiu do quintal”. Álvaro era o redator em algum órgão do governo, no qual trabalhava também Vicente, flamenguista doente e semianalfabeto por nascimento e formação, para quem, falar “a gente somos” era o fino do português. Pela cara com que Vicente chegava na repartição, era possível saber o resultado do jogo do Flamengo no dia anterior.

Após um domingo em que o rubro-negro goleou o adversário, assim que Vicente chegou com a bandeja de café, Álvaro, querendo fazer humor às custas do colega, perguntou: “E aí, Vicente, o pessoal gostaram do jogo?” Vicente fez a maior cara de espanto e retrucou: “Me admiro o senhor, um homem de estudo, que tem redação própria, que escreve documentos, falar o “o pessoal gostaram, professor!” Álvaro quase caiu da cadeira, ao ver a desastrosa consequência de sua brincadeira. Muito envergonhado, já ia pedir desculpas, quando Vicente acrescentou: “O pessoal não gostaram, professor. O pessoal adoraram!”

O terceiro caso atribui-se a Antônio Maria, cronista e compositor, autor entre outras belezas de “Manhã de Carnaval”. Encarregado de escrever uma notícia para o jornal, entregou seu texto, que foi recusado sobre o argumento de que era muito sofisticado para o leitor comum. Pediram-lhe que simplificasse a redação. Antônio Maria fez uma segunda tentativa, mais uma vez considerada muito difícil. Ele então voltou com uma terceira versão, jogou-a sobre a mesa e declarou: “Pior do que isso eu não sei fazer!”

Ter redação própria, eis uma raridade, porque não se trata apenas de não copiar, mas de evitar escrever o que já tenha sido escrito milhões de vezes, ainda que por outras palavras. Li certa vez a diferença entre texto com autor e sem leitor e, ao contrário, texto com leitor e sem autor.

O primeiro é aquele que, por sua originalidade, novidade e às vezes complexidade, exige do leitor algum esforço de compreensão e aí, preguiçosos que somos, preferimos não ler. Ou seja: saiu de uma cabeça pensante, mas pouca gente se dispõe a pensar para entendê-lo. O segundo, ao contrário, não passa de um apanhado de ideias que estão soltas no ar, que de alguma forma todo mundo já leu ou ouviu, e que o escritor alinhava sem gastar muita massa cinzenta, e que por isso mesmo pouco ou nenhum esforço mental exige para ser assimilado. Assim se explica o porquê de muitas obras de grande valor serem evitadas, e o sucesso de tanto romance medíocre, de tanta poesia de má qualidade, de tanta música vulgar.

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Meu pé, meu melhor amigo

terça-feira, 11 de julho de 2023

Você já parou para pensar como seus pés são importantes? O transtorno que seria em sua vida, se um ou os dois lhe faltassem? Pois é, muitas vezes só sentimos falta de algo, quando não mais o temos. Por isso, é importante cuidar bem do nosso “amigo pé”, principalmente quando se é diabético. Mas, muito dos tópicos abordados abaixo servem, também, para quem não é diabético.

Você já parou para pensar como seus pés são importantes? O transtorno que seria em sua vida, se um ou os dois lhe faltassem? Pois é, muitas vezes só sentimos falta de algo, quando não mais o temos. Por isso, é importante cuidar bem do nosso “amigo pé”, principalmente quando se é diabético. Mas, muito dos tópicos abordados abaixo servem, também, para quem não é diabético.

Meu saudoso mestre, dr. Francisco Arduíno, sempre lembrava, em suas aulas sobre o pé, no curso de especialização em Diabetes, de um diabetólogo famoso que conhecera nos Estados Unidos e que tinha afixado na sala de espera de seu consultório a seguinte frase: “Diabético, cuide do seu pé melhor que do seu rosto”.

Pela sua condição anatômica de ser o segmento mais afastado do coração, o pé é o último segmento a ser irrigado, pela corrente sanguínea. Assim, naqueles indivíduos, que têm ou podem vir a ter distúrbios circulatórios, todo cuidado é pouco. E como é sabido, principalmente nos diabéticos mal controlados, os distúrbios circulatórios estão entre os primeiros a surgir.

Mantenha seus pés sempre limpos, lavando-os com água corrente e sabão neutro. Seque-os bem, principalmente entre os dedos, para evitar micoses. Aproveite para cuidar das unhas após o banho, quando elas estão mais maleáveis, por causa do contato com a água. Mas lembre-se, o melhor é lixa-las ou cortá-las quadradas, para evitar que encravem nas bordas. Se a vista já estiver “curta”, não hesite em pedir ajuda ou consultar um podólogo.

Lembre-se: calos e lâmina de barbear são incompatíveis, com resultados catastróficos quando se juntam. Muitas amputações de dedos ou mesmo de todo o pé, começam com esse casamento explosivo. Assim como saco de água quente ou os escalda pés, para aquecê-los. Tanto um como outro pode ferir a pele e num segmento com a circulação já comprometida, as infecções podem surgir com consequências imprevisíveis.

Na Segunda Guerra Mundial, durante a campanha da FEB, na Itália, nossos pracinhas foram os únicos a escaparem dos problemas que o frio causava nos pés. Isso porque, utilizando-se do famoso jogo de cintura que nos é peculiar, envolviam seus pés com jornal, antes de calçar as meias e as botas. Portanto, para aquecer os pés, envolva-os sempre com uma meia de lã, ou se for insuficiente, coloque jornal dentro de uma fronha e aplique sobre os pés. Jamais recorra às bolsas de água quente.

Calce sapatos confortáveis, maleáveis e se forem novos, devem ser amaciados antes de entrarem no batente. Evite o uso de sandálias do tipo havaianas, que são presas entre o primeiro e segundo dedos. Isso pode ocasionar quedas, principalmente entre os mais idosos. São recomendáveis sandálias que fixem o calcanhar e todos os dedos do pé. No entanto, ao caminhar na praia, as havaianas são o ideal, para evitar queimaduras provocadas pela areia quente.

Antes de calçar os sapatos, é bom verificar se não existem pedras, pregos ou insetos dentro deles. Esses objetos podem ferir os pés e causar problemas; nas fazendas essa preocupação é importante, pois pode haver cobra escondida dentro das botas. Use meias, de preferência de algodão, pois absorvem melhor a umidade, além de reduzir o atrito do pé com o calçado.

Se você tem os pés muito secos, use cremes hidratantes, pois a pele fica sensível e pode rachar, causando ferimentos. Mas lembre-se, qualquer ferida deve ser comunicada ao seu médico, pois pomadas e cremes devem ser bem escolhidos. A água oxigenada e as soluções ácidas, por exemplo, devem ser evitadas, pois são irritativas para a pele.

Portanto, lembre-se: seu pé é um amigo indispensável e deve ser bem tratado, como aliás fazemos com nossos velhos e inseparáveis amigos. Cuide bem deles e eles continuarão a servi-lo, enquanto você viver. Um talquinho após o banho, deixa-os macios, perfumados e contentes.

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