O valor que tudo tem

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

            Projetemos uma pirâmide na mente, em que visualizamos a base, o miolo e o topo. Se tivermos de organizar nossos valores de vida dentro dessa estrutura, quais ocuparão o mais elevado patamar? Consegue identificar? É fácil para você chegar a esta conclusão? Aparentemente, escolher os valores que me são mais caros é uma tarefa simples. O difícil do experimento não é a teoria. Somos capazes de estabelecer nossas prioridades no plano teórico sem grandes desafios. A dificuldade está realmente em priorizar aquilo que deve ser priorizado, organizar a vida para que a escala de valores não fique de cabeça para baixo. E infelizmente, vemos muito isso acontecer.

            Talvez uma unanimidade entre todos os seres humanos seja identificar o quão importante é gozar de plena saúde. Então, eu acho que o valor “saúde” ocupa o vértice principal da pirâmide de toda pessoa, juntamente a outros valores. Pois bem. Se todos sabemos que o bem “saúde” é tão precioso, por qual motivo nós não priorizamos os cuidados com a saúde na rotina diária? É claro que não estou a generalizar. Mas posso dizer que até mesmo no meu exercício profissional eu observo, e sei por experiencia própria, que o volume de afazeres e a sociedade de hoje dificultam, muitas vezes, esse processo de priorizar o que deve ser priorizado.

            Às vezes, parece que não temos tempo para pensar e as questões elementares passam por nós apenas de forma tangente. Não encaramos de fato que é preciso priorizar, dedicar, investir em buscar meios de cuidar do nosso bem mais precioso, aquele que nos possibilita existirmos, estarmos vivos, realizando coisas por aí. A conversa é complexa. Teoria e prática nem sempre estão em harmonia, alinhadas e caminhando lado a lado. O “mundo do dever ser” e o “mundo do ser” estão em disparidade.

            Se isso acontece com você – como acontece comigo – talvez seja a hora de pensar sobre estilo de vida. Mais do que pensar, na verdade, mudar. Encontrar caminhos, por mais difícil que possa parecer e que realmente seja, de cuidar do que deve ser cuidado, pelos meios possíveis dentro de cada realidade, antes que seja tarde demais.

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Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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