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A VOZ DA SERRA é o perfeito embarque na credibilidade!

terça-feira, 05 de setembro de 2023

 Eu costumo dizer que a civilização é o processo de criar leis e regras de conduta, porque, junto aos avanços, vem o atraso nas relações humanas. No tema em questão, no Caderno Z do último fim de semana, a palavra “etarismo” pode ter causado estranhamento, porém, nada mais é do que o preconceito em relação a pessoa idosa. Criou-se, então, o Estatuto do Idoso, onde o etarismo é crime, valendo até pena de reclusão. Um dia, numa festinha de aniversário, chegou-se a mim um dos convidados e disse: “Você deve ter sido muito bonita quando era jovem”. Olhei firme para ele e respondi: “Engano seu!

 Eu costumo dizer que a civilização é o processo de criar leis e regras de conduta, porque, junto aos avanços, vem o atraso nas relações humanas. No tema em questão, no Caderno Z do último fim de semana, a palavra “etarismo” pode ter causado estranhamento, porém, nada mais é do que o preconceito em relação a pessoa idosa. Criou-se, então, o Estatuto do Idoso, onde o etarismo é crime, valendo até pena de reclusão. Um dia, numa festinha de aniversário, chegou-se a mim um dos convidados e disse: “Você deve ter sido muito bonita quando era jovem”. Olhei firme para ele e respondi: “Engano seu! Eu sou bonita agora, porque minha face dos 20 não teve a beleza que tem a minha cabeça de agora!” O camarada ficou meio sem graça, quis se desculpar, o que ficou muito pior.

O que muita gente não entende é que envelhecer é o processo natural da vida. A internet, as mídias sociais estão cheias de produtos milagrosos de rejuvenescimento, ressaltando, inclusive, famosas, de mais de 70, que estão com seus corpinhos e faces, de outrora, exuberantes. A gente sabe que é muita produção e pouca consistência, iluda-se quem quiser.

A vida é um alinhamento do corpo e mente, tudo no seu tempo e modo. Dizer que a pessoa está com certa idade, pode ser uma afronta, quando, em vez disso, se está na idade certa. Rosa Saito, a dona de casa que virou modelo aos 68 anos que o diga: “A beleza em si está em cuidar do pensamento, da mente, da espiritualidade. A pessoa pode se tornar linda, cativante, gentil e isso é muito mais do que a beleza esticada perfeita”. A beleza tem várias nuances e algumas delas só se adquire com o passar do tempo. A capacidade de discernimento, o pensamento crítico, a firmeza de nossas análises são ingredientes que a gente conquista no passar do tempo.

Marly Pinel, muito bem descrita por Ana Borges, é um exemplo de mulher que está sempre na idade certa. Wanderson Nogueira perguntou: “Quanto tempo tem o seu tempo?”. A equação poética de que o tempo não é o mesmo para todos, nem para as diferentes formas que usamos. Nada de números, mas de sensações, emoções, sentimentos. Talvez o tempo seja mesmo o que menos importa. O que importa são as peças que montamos nele, no ritmo de nossas intensidades. E tão mobilizados e entretidos com o que estamos fazendo e vivendo, o tempo se torna tão coadjuvante, possivelmente apenas e, no máximo, tablado de palco para dançarmos”.  Então, minha gente, vamos dançar no compasso!

Contudo, a dança da vida requer um constante ensaio, assim, como toda dança. É preciso praticar os passos, pois, como diz o ditado, a gente enferruja com facilidade. O mês de setembro chega trazendo a exuberância das flores e, no meu jardim, o manacá lilás, florido, parece um frasco de perfume aberto no quintal. É também o mês amarelo da prevenção ao suicídio e o Ministério da Saúde promove campanhas em todo o território nacional. A valorização da vida é dever de todos nós. Acolher, acalmar, e elucidar os valores da existência são gestos que estão ao nosso alcance e podem fazer a diferença ante um comportamento depressivo de um indivíduo. O Cão Sentado, na charge de Silvério, se veste de amarelo, colaborando com as campanhas.

Em “Sociais”, Willian Leal, um jovem friburguense, está na Bienal do Livro no Riocentro, lançando seu livro “Sobre amor e amores”. O autor é formado em Letras, faz mestrado em Estudos de Linguagem e é professor de idiomas e linguista. Que beleza! Festejando idade nova, abrindo o calendário de setembro, o ilustre Rogério Faria, da Stam Metalúrgica. Parabéns e votos de muitas chaves para abrir todas as portas da felicidade!

Dá uma tristeza saber do abandono do prédio do Colégio Nova Friburgo. Da proeza que foi a sua construção, no alto do morro, para ser um hotel/cassino, a se transformar no melhor colégio do Brasil, não se compreende o seu abandono. Seus heróis da resistência, ex-alunos da saudosa Fundação desfilam no dia 7 de setembro, como sempre, mantendo a respeitável tradição. Então, vamos nos encontrar, nós, os ex-alunos do Colégio Estadual de Nova Friburgo, hoje, Jamil El-Jaick. Que emoção!

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Quanto tempo tem o seu tempo?

sábado, 02 de setembro de 2023

Diriam que eu tenho 35 anos de idade com alma de 22. Disseram-me que ele tem 26 com experiência de 50. Dela? Falaram-me que não se pergunta a idade a uma dama. Mas seu sorriso de hoje escancara que seus setenta e poucos não conseguem esconder que tem menos de 30. Amanhã, pode ser que não haja a mesma suposição. 

Essa roupa que veste a nossa eternidade é só uma materialidade que, como toda matéria, sofre as avarias do uso. O que há dentro, esse mistério que nos sustenta, não é passível de ser contado pelas voltas que o ponteiro dá no relógio. 

Diriam que eu tenho 35 anos de idade com alma de 22. Disseram-me que ele tem 26 com experiência de 50. Dela? Falaram-me que não se pergunta a idade a uma dama. Mas seu sorriso de hoje escancara que seus setenta e poucos não conseguem esconder que tem menos de 30. Amanhã, pode ser que não haja a mesma suposição. 

Essa roupa que veste a nossa eternidade é só uma materialidade que, como toda matéria, sofre as avarias do uso. O que há dentro, esse mistério que nos sustenta, não é passível de ser contado pelas voltas que o ponteiro dá no relógio. 

Novo com cabeça de velho, ancião com mente de jovem. O tempo que vem antes de nós ou como usamos o tempo que temos é que, talvez, determine quem somos ou nos tornamos. Não são quantas primaveras riscamos no calendário, mas o que fazemos de cada estação. 

Na vasta coleção de clichês de minhas crônicas, acumulo outros mais: a vida é uma aventura, cujas inércias deliberadamente conscientes não se repõem. Então não espere, porém respire. Faça o que te motiva e alimente as suas paixões, sejam quais forem. Não se julgue e nem se apegue ao receio de estar sendo observado. Na grande maioria das vezes, ninguém está atento para lhe aplaudir, tampouco vão lhe vaiar pela paralisia. Não pare, pois o vento não se recolhe — nunca.

Quanto tempo tem o seu tempo? Depende para que — responderia uma criança. Dias desses, conversava despretensiosamente com Caetano, um lindo menino de 6 aninhos. Ele me contou que está aprendendo sobre o tempo. Seria comum pensar em uma criança aprendendo sobre a lógica de que um dia tem 24 horas e cada hora 60 minutos. 

Na minha mediocridade de adulto, esperava que ele me falasse sobre isso, já prevendo que, quando encontrar com ele daqui a 4 anos, já me falará sobre a matemática do tempo para além dos minutos, os milésimos de segundo, quantos anos formam um século e milênio… 

Caetano, sagaz como é, pode ir além, pensei, e avançar para os difíceis cálculos da física quântica. Quem sabe? Não sei até onde Caetano irá nisso. Mas me surpreendeu a perspectiva dele, quando perguntei: “E o que você tem aprendido”? Disse-me ele: “Quando estou feliz o tempo passa mais rápido”. Dali em diante, entramos em uma conversa filosófica sobre a velocidade desse tal tempo sobre as coisas. 

A equação poética de que o tempo não é o mesmo para todos e nem para as diferentes formas que usamos. Nada de números, mas de sensações, emoções, sentimentos. Talvez o tempo seja mesmo o que menos importa. O que importa são as peças que montamos nele, no ritmo de nossas intensidades. E tão mobilizados e entretidos com o que estamos fazendo e vivendo, o tempo se torna tão coadjuvante, possivelmente apenas e no máximo tablado de palco para dançarmos. 

Na filosofia da vida, Caetano chegou a um lugar onde muita gente jamais chegará. Ou que chega, mas desaprende. Que Caetano, eu, você, nunca nos percamos desse achado e navegando deixemos fluir… A felicidade, o encontro, as bandeiras, o saborear, o imergir.             

Caetano tem 6 anos. Minha amiga tem 33. Aquela mulher que dá comida aos pombos na praça, suponho que tenha 60. Minha avó morreu aos 94. Minha mãe aos 52. Eu não sei com que idade encontrarei outro grande amor e que idade esse grande amor terá. O que me definirá é o tanto o quanto serei feliz com ele. Porque mais importante que ficar decifrando o tempo é responder para si mesmo: quanto posso e o que quero para o que não me interessa saber nisso que chamam de tempo? 

Afinal, quanto tempo tem o seu tempo?

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Prefeito Amâncio Azevedo isenta hotéis por dez anos

sábado, 02 de setembro de 2023

Edição de 1º e 2 de setembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Amâncio isenta hotéis por dez anos - Após declarar ser contra isenções, o prefeito Amâncio Azevedo isentou de impostos por dez anos os hoteleiros de Nova Friburgo. Povo estranha essa reviravolta. 

Edição de 1º e 2 de setembro de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Amâncio isenta hotéis por dez anos - Após declarar ser contra isenções, o prefeito Amâncio Azevedo isentou de impostos por dez anos os hoteleiros de Nova Friburgo. Povo estranha essa reviravolta. 

Senai vai ganhar casa nova - Na última semana esteve em Friburgo o general Raymundo Cavalcanti de Paula. Ele inspecionou as obras de construção do Centro Social dos Trabalhadores da Indústria. Localizada no bairro Vila Amélia, em área de 172 mil metros quadrados, com dois pavimentos, o Centro Social de Friburgo, será inaugurado ainda esse ano, com três consultórios médicos, três odontológicos, além de laboratórios de análises clínicas, salas de serviço social e outras dependências. 

Feira do Suspiro define administração - A Feira do Suspiro continua sendo o espelho da atual administração municipal. O referido espaço ainda vive - e sobrevive - em função apenas de interesses financeiros particulares. Feirantes e o povo reclamam: os feirantes porque são obrigados ao pagamento de Cr$ 13 e que será elevado para Cr$ 20 e, mais ainda, a instalação de sanitários, lavatórios, cobertura, piso de cimento, posto médico, telefone e tudo mais necessário para que pudesse funcionar com dignidade o que seria uma feira de produtos hortigranjeiros. 

Farmácias com plantão - Campanha iniciada e desenvolvida por este jornal encontrou eco na Secretaria de Saúde e Promoções Humanas da prefeitura, dirigida pelo médico dr. Walter Araújo. Esclarecendo que “o assunto se revestia de relevante importância, e que de longa data, já vinha sendo alvo de críticas da imprensa, com certa razão e que não entendíamos, nem compreendíamos que Nova Friburgo não tivesse farmácias de plantão. 

Sanatório comanda Independência -  Com esquema rigidamente já planejado, o comando do Sanatório Naval, através do capitão José Ferreira Bastos, anunciou que a parada que culmina com os festejos do 151º aniversário de nossa independência, será realizada na parte da manhã, tendo início exatamente às 9h45, e que todas as tropas estarão sob o comando do capitão de corveta médico Frederico Nunes Souza. 

Padilha determina a Estrada Friburgo-Teresópolis em 30 dias - Todas as seis frentes de obras consideradas prioritárias pelo governador Raymundo Padilha, e que realizaram concorrências, abrangendo as regiões das serras, Centro-Norte e Norte-Fluminense, serão iniciadas dentro de 30 dias. 

Professor Pinaud fez conferência - Para uma assistência formada de vários juízes, promotores e defensores públicos, advogados, alguns, seus ex-alunos, o professor João Luiz Duboc Pinaud proferiu, na última quarta-feira, uma conferência abordando o vasto tema “Direito, Lei e a Realidade Social”. 

Hotmen em Nova Friburgo - Nosso município já pode se orgulhar de possuir os serviços reais de uma agência de propaganda. A Hotmen Contactos Associados de Comunicação e Marketing Ltda., conceituada agência da Guanabara, vem a Friburgo oferecer sua experiência no ramo da comunicação. 

 

Pílulas 

Mas a tática de mais agrado dos círculos governamentais é a de ataque e a melhor defesa. Logo, a qualquer erro da administração (o que, diga-se de passagem, está se tornando rotina), os órgãos oficiais saem em defesa de seus patrocinadores, acusando a tudo e a todos, que devem pagar pelas besteiras que estão sendo feitas. O alvo agora é a Arena, culpada de oito meses de administração estagnada. Vamos esperar pelo nono mês, sempre pode “nascer” alguma coisa… 

 

Do episódio Prefeitura x governador do Estado do Rio (Torrington) o que sobrou? O que restou? Uma acusação ridícula ao partido oposicionista como ele fosse responsável pelo o que foi dito. Será que é assim tão difícil medir as palavras antes que elas sejam ditas? Será que os outros inúmeros erros cometidos não serviram de exemplo, não serviram para nada?

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Luiz Gonzaga Laginestra, Angelina Queiroz Onofre, Vanio Reis, Leila Lopes, Denise Maria de Oliveira, José Henrique de Mesquita, Tânia Segal e Mário Dutra de Castro (2); Hilton Willemen Rosa, Renato Pinheiro Bravo, Ivelise Braune e Coracy Flores (3); Epaminondas de Moraes, Danis Tendler, Hermínia Mendes Machado, e Atílio Daniel (4); Ruth Laginestra e Fernando Alves Pena (5); Salim Lopes, Arsenio Crescencio e Wilson Vieitas (6); Mario Corso Teixeira e Antonio Claudio (7); Leone Reis Silva e Elias Yunes (8).

Foto da galeria
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Sem pestanejar

sexta-feira, 01 de setembro de 2023

Precisamos de reiterar as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. Desde as pequenas práticas às grandiosas, o indivíduo honesto sente-se incomodado em se deixar escapar, ainda que por milímetros, o lado bom da força. Inadmite deixar evadir a blindagem da honra que o cerca e por vezes, o toma por completo. Ele vive e convive com a necessidade de empregar grande esforço para manter-se na posição esguia e admirável da honradez. E da sensatez. Orgulha-se de ser correto.

Precisamos de reiterar as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. Desde as pequenas práticas às grandiosas, o indivíduo honesto sente-se incomodado em se deixar escapar, ainda que por milímetros, o lado bom da força. Inadmite deixar evadir a blindagem da honra que o cerca e por vezes, o toma por completo. Ele vive e convive com a necessidade de empregar grande esforço para manter-se na posição esguia e admirável da honradez. E da sensatez. Orgulha-se de ser correto. Direciona energia para agir como deve ser, sem pisotear nas premissas básicas da boa convivência nem tampouco fingir que esqueceu que ser honesto é qualidade que demanda vigilância constante.

Refiro-me aqui, neste texto, aos detalhes, ao cotidiano. Não se pode pestanejar. Não dá para esmorecer. Fingir que o troco a mais veio certo no caixa do supermercado? Nem pensar. “Colar” em uma prova para galgar a meta e atingir notas mais elevadas? Também não dá. Extraviar pertences alheios? Enganar pessoas? Falsificar documentos? Inventar mentiras sobre terceiros procurando beneficiar-se disso? Apropriar-se de dinheiro alheio? Não. Não dá para negociar com o que é errado.

Qual é o preço da confiança? Não tem. Seu valor é inestimável e a vida parece se encarregar de demonstrar isso sempre que possível. O chamado às vezes é demorado. Como não sentir incômodo ao presenciar tantas pessoas aparentemente “se dando bem” fazendo coisas socialmente tidas por erradas pelo critério da hombridade?  Esse é o exercício. Não sucumbir. Ser resistência. Dormir em paz, com a consciência leve como uma pluma. Andar de cabeça erguida. Contribuir com bons exemplos. Esperar a retribuição da lei do retorno, das forças do Universo, que hão de ser justas. Que são justas. Acreditemos.

E quem já se atrapalhou tantas vezes na vida? Acho que todos, de alguma forma, em algum momento da vida, já pestanejamos, esmorecemos, andamos pelas bandas de lá? Se assim, mudemos, pois. Sempre é hora. A vida é esse emaranhado de escolhas contínuas. Que enxerguemos no que é certo um caminho a seguir. Uma boa opção. A única. Ainda que saibamos que até o conceito de certo e errado é relativo. De fato, tudo é tão relativo e questionável que poderíamos andar cambaleando sem saber qual rumo seguir.

Essa coisa de escolher um lado é tão pueril e superficial. Mas ... para quem pressupõe a existência dessa enorme corda invisível que separa o moral do imoral, o ético do antiético, o probo do improbo, o que semeia a paz do que fomenta o conflito, o que preconiza boas práticas do que as repudia, o honesto do desonesto, penso que seja mais eficiente escolher para qual lado destinar e empregar a força que te move. A hora é agora.

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Investir em renda fixa não é uma “receita de bolo”

sexta-feira, 01 de setembro de 2023

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

 Pode parecer simples, mas a renda fixa ainda é um grande mistério para muitos que buscam aplicações financeiras visando rentabilidade e segurança para o futuro. Pensando nisso, hoje vamos abordar um pouco do tema e buscar esclarecer alguns pontos que podem ser mais complexos.

            Investir, na verdade, nada mais é do que multiplicar o dinheiro; seja alocando recursos em ideias, negócios, sonhos ou mercado financeiro. Contudo, este, por sua vez, permite uma vasta diversidade de produtos de investimentos e possibilita, ao investidor, a caracterização de seus investimentos de acordo com os seus princípios e necessidades. Um bom investidor busca conhecer e aprender sobre todos os produtos do mercado financeiro e é essa a minha missão de hoje: te ensinar – ou talvez apenas esclarecer – o que é a renda fixa. Já ouviu falar?

            Antes de mais nada, o mercado financeiro pode ser categorizado em apenas duas grandes áreas, a renda fixa e a renda variável. Na renda fixa, não há o investimento, de fato, no setor produtivo, não haverá uma empresa desenvolvendo ideias e soluções sociais, por exemplo. Nesta categoria de investimentos, ao adquirir um produto você está, literalmente, emprestando dinheiro ao emissor em troca de uma rentabilidade e liquidez definida logo no momento da compra – é uma forma de captação de recursos para instituições financeiras.

 

            • Rentabilidade

            Aqui, não tem jeito, precisamos falar de Selic: a taxa básica de juros no Brasil. É a partir daqui que se criam parâmetros de contratação deste mercado. A remuneração do investidor, por sua vez, já é definida previamente no ato da contratação: você sabe exatamente quanto vai receber no final do período.

            Existem, é claro, diferentes possibilidades de taxas; podendo ser atreladas a inflação (IPCA), juros (CDI) ou, simplesmente, prefixadas (taxas nominais). Saiba como escolher o que se encaixa melhor em diferentes cenários.

 

            • Liquidez

            Na renda fixa, liquidez é o tempo de vencimento de um produto. Numa análise simples, quanto maior o tempo de liquidez, maior será a rentabilidade.

            Lembre-se, um produto com liquidez de dois anos só terá sua rentabilidade contratada garantida na data de vencimento. O resgate antecipado pode resultar em perdas.

 

            • Segurança

            Ao escolher o produto mais adequado às suas necessidades, lembre-se que alguns produtos específicos – como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo – contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito, “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras") protegendo até R$ 250mil por CPF ou CNPJ em cada instituição financeira emissora, limitando a R$1milhão a cada quatro anos.

Títulos públicos – como o Tesouro Selic – não contam com o FGC, mas têm como instituição garantidora o próprio Tesouro Nacional.

           

            Ao contrário do que muitos pensam, o mercado de renda fixa é complexo e exige boas estratégias. Portanto, estude e aproveite as oportunidades.

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O que conseguimos perceber nas relações familiares

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Às vezes as crianças em casa têm um comportamento que irrita os pais. Pode ser demorar a comer, deixar brinquedos desarrumados na sala ou no quarto, demorar a ir tomar banho mesmo depois de terem sido mandadas várias vezes tendo a criança idade suficiente para entender a ordem e obedecer. Isso é normal até certo ponto e acontece nas melhores famílias.

Às vezes as crianças em casa têm um comportamento que irrita os pais. Pode ser demorar a comer, deixar brinquedos desarrumados na sala ou no quarto, demorar a ir tomar banho mesmo depois de terem sido mandadas várias vezes tendo a criança idade suficiente para entender a ordem e obedecer. Isso é normal até certo ponto e acontece nas melhores famílias.

As crianças não nascem disciplinadas. É papel dos pais ensiná-las a desenvolverem ao longo da infância o autocontrole emocional. Não disciplinar adequadamente um filho pode significar negligência, ou seja, deixá-lo de lado. Crianças deixadas de lado, assim como as que são criadas por cuidadores controladores, sofrem e podem vir a ter transtornos mentais posteriormente ou mesmo na infância.

Vivemos no dia a dia mergulhados em nossas atividades familiares e de trabalho de uma forma que, em geral, não temos percepção de nosso próprio comportamento. Vamos vivendo no automático, sem parar aqui e ali para uma auto-observação. Parar para dar uma olhada e refletir sobre nosso comportamento na família exige tempo, paciência, honestidade e desejo de amadurecer para melhorar nossos relacionamentos. Isto é diferente de achar que já sabemos de tudo e que não temos nenhuma área de nosso comportamento que precisa aprimoramento. Não existem pessoas sem necessidade de melhorar seu comportamento. Sempre existe um ou outro aspecto de como funcionamos como pessoa que precisa ajuste, cura.

A falta de observação de como agimos com nossos familiares, especialmente em nossa família nuclear atual (pai, mãe e filhos), pode produzir uma série de distúrbios e sofrimentos neste relacionamento tão importante. Podemos praticar atitudes incoerentes, podemos cobrar do outro aquilo que não fazemos, ou podemos fazer o que insistimos que os outros não façam, sejam cônjuge ou filhos.

A coerência em nossas atitudes ajuda o bem-estar familiar. Mas para ter coerência precisamos desta auto observação para entender por que, onde, como, quando e de que maneira manifestamos incoerência. Sem isso, não podemos contribuir para a saúde mental da família do que depende de nós.

Por exemplo, vamos supor que você, pai ou mãe, seja uma pessoa não pontual e com isso costuma chegar atrasado em seus compromissos. Apesar dessa dificuldade sua, você pode se irritar com frequência com seu filho porque ele pode demorar a se preparar para ir à escola e chegar atrasado. Neste exemplo, você cobra com impaciência a pontualidade do filho, mas não considera sua tendência de ser impontual. Este é um exemplo de falta de autopercepção.

Outro exemplo, aliás muito comum nas famílias com acesso à tecnologia, é o uso do celular. Como pai e mãe você pode estar viciado no uso de celular e reclama que o filho quer ficar com este aparelho muito tempo. Importante lembrarmos que os filhos copiam os papéis dos pais, bons e ruins. Portanto, é incoerente cobrar de um filho um comportamento que nós mesmos não o praticamos bem.

Se como pai ou mãe exijo de meu filho uma atitude que eu mesmo não faço, isso é injusto, pode criar revolta na criança ou no jovem, ou pode gerar confusão na cabecinha dele.

Se lutarmos, como pai e mãe para melhorar nossa autoconsciência, se formos honestos ao observar que podemos dar exemplos ruins e ter atitudes contraditórias com nossos filhos e outras pessoas, isso facilitará a melhora dos relacionamentos. Poderemos amadurecer como indivíduos o que irá favorecer a qualidade de nossa vida, dentro e fora de nós.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Nova Friburgo se contenta com tão pouco

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Somos o país do “resultadismo”. O que seria de nós se conseguíssemos analisar a vida como ela é sem precisarmos levantar as nossas bandeiras, junto com a forte emoção que vendam nossos olhos? Para muitas pessoas a filosofia antiga é o que rege a vida: “Fez, é bom, está melhorando, ok. Não fez, é ruim, não serve, não tem solução.”.

Somos o país do “resultadismo”. O que seria de nós se conseguíssemos analisar a vida como ela é sem precisarmos levantar as nossas bandeiras, junto com a forte emoção que vendam nossos olhos? Para muitas pessoas a filosofia antiga é o que rege a vida: “Fez, é bom, está melhorando, ok. Não fez, é ruim, não serve, não tem solução.”.

E sem percebermos acabamos levando essa filosofia de modo errôneo para muitos campos de nossa vida. Sejam nos relacionamentos apaixonados que nos cegam; no dia-a-dia repetitivo da nossa rotina de trabalho; nos rumos que a nossa vida toma; ou até mesmo em como entendemos ser o ideal para vivermos a nossa vida.

Sem termos um bom parâmetro definido, cada vez mais vamos nos acostumando com menos, fazendo com que qualquer coisa seja melhor do que nada. E assim nos contentamos com aquele emprego meia-boca, com um salário mais ou menos, com uma relação sem reciprocidade, com amizades por interesse.

Nos acomodamos em sentarmos no penúltimo lugar na plateia só para ver o show ou mesmo com o que sobra da janta, com as migalhas que alguém deixa cair. E sabe porque a gente se contenta? Porque se acomoda, se apropria daquela zona de conforto e resolve morar nela, esquecendo que merece mais, que pode mais, que consegue mais.

Não me lembro de uma Nova Friburgo que vivesse tanto a sua zona de conforto como atualmente. Onde são feitas apenas as coisas mornas, onde tomamos aquele café meio quente e achamos que está ótimo e que nada melhor poderia estar sendo feito com a nossa vida.  

Será que só merecemos isso? Podemos querer o primeiro lugar, desejar um relacionamento saudável, sonhar com um cargo de presidente, querer ter o corpo dos nossos sonhos. Mas parte importante desse processo, de se entender como cidade, é achar-se merecedor dessas conquistas.

Nascemos para ter que brilhar enquanto cidade, mas não estamos brilhando. Vivemos em um parque dentro de uma cidade ou numa cidade dentro de um parque? Todo mundo terá uma resposta para essa pergunta. Contudo, ninguém consegue nos explicar o porquê de não explorarmos bem o turismo com o que há de mais bonito nessa cidade.

A verdade é que estamos nos contentando com muito pouco e infelizmente para muita gente está ótimo! A Praça Getúlio Vargas, um dos maiores cartões postais do turismo dessa cidade, se ofusca em meio choque de realidade, com seus bancos quebrados, a falta de segurança, a sujeira e os muitos ratos que passeiam por lá.

Nos contentamos com pontos de ônibus que não tem a menor infraestrutura para população especial, como os idosos e pessoas com deficiência, pelo simples fato de haver um telhadinho - que uma vez na vida e outra na morte, é pintado pelo poder público.

Nos acomodamos com os atrasos de ônibus e as conduções quebradas sem que haja fiscalização alguma do poder público. Nos acostumamos com os buracos nas ruas da cidade. E ficamos felizes quando vemos um vídeo do poder público gastando um dinheirão para fechar o buraco, mesmo sabendo que na próxima chuva, o buraco lá estará de novo.

Habituamos-nos com as péssimas comidas servidas para os pacientes da saúde do município, bem como com as extensas filas para o atendimento de rotina ou pela realização de um único exame, de quem está acometido por dores ou corre risco sério de perder a vida.

Por que não nos revoltamos em saber que muitas pessoas têm que recorrer a Defensoria Pública para requerer remédios que deveriam ser fornecidos pelo próprio município? Por que nos adaptamos tanto a ir aos shows que são realizados a perder de vista enquanto os professores recebem abaixo do piso salarial.

Mesmo diante de um dos maiores orçamentos da história da cidade, no contentamos em olhar para as maiores conquistas da cidade e perceber que foram feitas ou pelo Governo do Estado ou na cidade de Cachoeiras da Macacu, como é o exemplo do mirante da serra que não nos pertence.

Toleramos a nossa juventude indo embora da nossa cidade em busca das melhores oportunidades de emprego e de estudo. Vemos grandes lojas e grandes comércios perderem espaço em nossa cidade. Percebemos que a Nova Friburgo dos anos 70 ou 80 não mais voltará.

Acomodamos-nos a polarizar as discussões políticas por conta do “meu prefeito” ou por conta do “meu candidato faria melhor”, sem que realmente nos preocupemos com os rumos que Nova Friburgo tem se guinado. Contentamos-nos em achar que não podemos mais como cidade. Nos inspiramos nos outros e ninguém tem se inspirado na gente.

Há quem não queira, há quem prefira a vida morna. Há aqueles que são felizes com a vida mediana que levam. E quanto a isso, cabe a cada saber o que quer. Como cidade, não dá para se contentar com pouco e achar que está bom assim. E a pergunta que fica é: “Por que nos acostumamos a nos contentar com tão pouco?”

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Ranking de competitividade

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Nova Friburgo caiu 36 posições no ranking anual de competitividade dos municípios, promovido pelo Centro de Liderança Pública, com apoio da Fundação Lemann, Bank Of América, Patri Estados e Municípios & Políticas Públicas, entre outras entidades. Nesse estudo, que acaba de ser divulgado, são analisados os 410 maiores municípios do país, ou seja, com população acima de 80 mil habitantes, entre os quais Nova Friburgo.

 

Quedas seguidas

Nova Friburgo caiu 36 posições no ranking anual de competitividade dos municípios, promovido pelo Centro de Liderança Pública, com apoio da Fundação Lemann, Bank Of América, Patri Estados e Municípios & Políticas Públicas, entre outras entidades. Nesse estudo, que acaba de ser divulgado, são analisados os 410 maiores municípios do país, ou seja, com população acima de 80 mil habitantes, entre os quais Nova Friburgo.

 

Quedas seguidas

Nova Friburgo passa a ocupar a modesta 230ª posição com nota geral de 49,08, onde zero é a menor e 100 a máxima. O município vem tendo quedas seguidas desde a 1ª edição do ranking, em 2020. Era o 124º do país naquele ano, caiu para 158º em 2021 e caiu para 194º no ano passado. 106 cidades, portanto, nos ultrapassaram de lá para cá. Segundo o estudo, o objetivo do ranking é criar, a partir de ferramentas e dados cruzados, uma avaliação justa e criteriosa para promover a saudável competitividade entre os municípios, a fim de que sejam buscadas melhorias nos indicadores que refletem na entrega às suas populações.   

 

Saquarema se destaca

Ao todo, 32 dos 92 municípios fluminenses foram analisados. A capital, Rio de Janeiro, ficou em 1º lugar no Estado (56,39), mas apenas em 60º no Brasil. Florianópolis-SC ficou em 1º no país, nota 65,92. São Paulo-SP, Porto Alegre-RS, Barueri-SP e São Caetano do Sul-SP completam, na sequência, a lista dos cinco melhores. Destaque para o município de Saquarema, na Região dos Lagos fluminense, o que mais subiu posições em todo o Brasil: 170. Com relação a 2022 saiu do 328º lugar para o 158º. Niterói foi ultrapassado pela 1ª vez no RJ, caindo para 2º. Petrópolis e Rio das Ostras ficaram entre os cinco municípios brasileiros que mais perderam posições, 76 e 90, respectivamente. 

 

Ranking dos municípios fluminenses

1º - Rio de Janeiro - 56,39

2º - Niterói - 56,20

3º - Resende - 55,48

4º - Volta Redonda - 53,53

5º - Macaé - 53,26

6º - Saquarema - 51,67

7º - Teresópolis - 50,11

8º - Petrópolis - 49,63

9º - São Pedro da Aldeia - 49,38

10º - Nova Friburgo - 49,08

 

Vai bem, vai mal

Meio ambiente é o melhor indicador geral de Nova Friburgo em comparação aos demais municípios (32º do país, com nota 65,52) seguido de Inserção Econômica (100º melhor com 46,97). Os piores, em comparação aos demais foram Funcionamento da Máquina Pública (28º pior, com nota 52,87) e Saúde (51º pior em acesso com 45,62 de pontuação e 104º pior em qualidade com 62,82). 

 

182º lugar no pilar Economia

Dentro deste pilar são analisados fatores como qualificação, emprego, estrutura, entre outros. Em Capital Humano, Nova Friburgo é 160º no Brasil com nota 32,54. Destaque negativo para a queda de 150 posições com relação aos demais municípios para a taxa de matrícula do Ensino Fundamental. Em Inovação e Dinamismo Econômico, 221º com nota 20,97. Destaque positivo para o crescimento da renda média do trabalhador, onde Nova Friburgo mais subiu: 355 posições, alcançando o 30º lugar nacional. Em Telecomunicações, 180º com média 71,13. Destaque para o acesso de banda larga de alta velocidade, 51º do país. No entanto, segundo o estudo, é apenas o 284º em banda larga por fibra óptica.

 

365º no pilar Instituições     

Neste pilar é visto diretamente a administração pública. 365º entre os 410 maiores do país, queda de 24 posições com relação ao ano anterior. Segundo o ranking, Nova Friburgo tem o 28º pior funcionamento da máquina pública do Brasil com nota 52,87. O município, em 2023, é um dos piores do Brasil em qualidade da informação contábil (25º pior) e em transparência (36º pior). Para uma colocação menos trágica no pilar, o custo do Legislativo (125º melhor) auxiliou para lugar ainda menos inglório. Ruim também na coluna de Sustentabilidade Fiscal. De 2022 para 2023, Nova Friburgo perdeu 74 posições, sendo o 300º entre 410 analisados. É o 23º pior em taxa de investimento com nota 2,37. Em contrapartida, houve melhora no indicador de endividamento, prosperando 79 posições, obtendo a 62ª posição. 

 

179º no pilar sociedade   

Neste pilar, se considera a qualidade de vida, com índices sobre educação, saúde e segurança pública, entre outros. Infelizmente, Nova Friburgo caiu em todos, com relação a 2022, exceto em meio ambiente, que inclusive é a melhor posição do município. Subiu do 36º para o 32º lugar com nota 65,52. É o 51º pior do Brasil em acesso à saúde e o 104º pior em qualidade da saúde. Caiu 63 posições em acesso à educação (176º) e 20 posições em segurança (167º), onde chama a atenção ser o 26º pior em mortes por causas indeterminadas. O município viu também aumentar o número de acidentes graves no trânsito, subindo 51 posições.   

 

51º pior do Brasil na saúde

Uma lupa sobre os índices relacionados à saúde, cuja principal fonte do estudo é o Ministério da Saúde, através do DataSUS. Não há um índice sequer que o município tenha apresentado melhora no acesso à saúde. A cobertura de saúde suplementar é a melhor posição obtida, 199º, seguido do atendimento pré-natal 223º, onde se obtém a melhor nota: 72,28.  A atenção primária é um dos fatores que mais derruba a nota de Nova Friburgo, 36ª pior do Brasil com nota 32,7. Queda de 70 posições na cobertura vacinal, 319º do ranking. Aumento da mortalidade materna, 25ª maior do país, e, considerável aumento de mortalidade por causas evitáveis, piora de 41 posições.          

 

Estamos ficando para trás

Recentemente, a coluna publicou o ranking 2023 das Cidades Sustentáveis, que corrobora com os dados ruins obtidos por Nova Friburgo no ranking de Competitividade. Ambos analisam os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, mas o de Competitividade se debruça de maneira mais focada em questões ambientais, sociais e de governança. O ranking de Cidades Sustentáveis contempla todos os 5.570 municípios brasileiros, já o de competitividade - como já dito - aponta análises apenas para cidades com mais de 80 mil habitantes, 410 maiores municípios do país. Para tanto, usa métricas de equidade para estabelecer justa comparação. Em ambos, Nova Friburgo teve queda de posições: 375 em sustentabilidade e 36 em competitividade. 

 

InovaFri

(Foto: Divulgação)

Uma comitiva de 20 pessoas de Nova Friburgo, representando diversas instituições, esteve na última semana, em uma imersão tecnológica, em Santa Rita do Sapucaí-MG, para conhecer de perto o Vale da Eletrônica Brasileiro. As experiências serão agora compartilhadas para o fortalecimento da inovação tecnológica local, seja a partir do Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, presidido pelo professor Marcelo Verly, ou por ações de empresários e/ou universidades. A iniciativa teve o apoio do Sebrae na viabilização do deslocamento até MG.     

 

“A Promessa”

(Fotos: Pedro Bessa)

Com o Teatro Municipal Laercio Ventura fechado, o GPH, no Cônego, se tornou um achado para apresentações teatrais de grandes públicos. Será lá, no dia 30 de setembro, a montagem cênica de época, “A Promessa”, da recém-criada Cia de Arte Jane Ayrão, que tem o nome da professora que por anos dirigiu o Taca (Teatro Amador do Colégio Anchieta) e mais recentemente o Grupo Cem Contexto do Centro Educacional Monnerat.

 

Euterpe

“A Promessa” é uma homenagem aos 160 anos da Sociedade Musical Euterpe Friburguense e aos 90 anos do Grêmio Português. Com um belíssimo figurino de Virgílio Santos, a montagem conta a história do português Samuel Antônio dos Santos, fundador da Banda e também da Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro.      

 

Valorização da história

Em 1858, um navio da marinha portuguesa deixou Lisboa com destino a Buenos Aires. Já em alto mar, a tripulação foi surpreendida por uma forte tempestade. Samuel Antonio dos Santos, oficial músico e regente da Banda de Fuzileiros Navais, rogou então a Deus pela vida de todos e em troca prometia, que na primeira cidade em que aportasse, pediria baixa da Marinha e fundaria uma banda de música e uma igreja em louvor a Santo Antônio. E assim o fez.

 

Jane Ayrão

Os ensaios estão a todo vapor, inclusive com assessoria para o sotaque de Portugal da nativa de lá, Cristina Vale. O fotógrafo Pedro Bessa comandou o ensaio fotográfico do elenco em uma fazenda histórica da região. “A Promessa” promete entregar mais uma peça de Jane Ayrão com resgate da história de Nova Friburgo, valorizando as memórias locais. De Mão de Luva a Ariosto Bento de Mello, Jane Ayrão já eternizou, pelo teatro, vários personagens marcantes, exaltando suas histórias e a própria história de Nova Friburgo.

 

Carnaval 2024

O primeiro samba-enredo das escolas de samba de Nova Friburgo para os desfiles do ano que vem será conhecido neste sábado, 2 de setembro. Após uma longa jornada, a Vilage decide seu hino em busca do inédito pentacampeonato. Três sambas estão na grande final: samba 1, de Jefinho da Bomboniere e cia.; samba 2, de Toninho Silva e cia. e samba 8 , de Rogerinho Sancho e cia. A festa de escolha começa às 21h, com apresentação do Toque Serrano. Haverá ainda apresentação dos segmentos da escola. O samba escolhido será anunciado após a última apresentação dos finalistas. 

 

Palavreando

“A vida é uma aventura, cujas inércias deliberadamente conscientes não se repõem”.

Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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Chuva em Brasília. Seria a famosa “Chuva do Caju”?

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Como escrevi na semana passada, a umidade relativa do ar na capital federal é muito baixa nessa época (meados de abril até setembro) e sem chuvas, que podem ocorrer muito raramente. Bastou a chegada de dois friburguenses para que a ordem fosse subvertida. Isso porque em Nova Friburgo chove bastante, não importa a época do ano, principalmente no verão. Daí, nossos amigos brasilienses nos dizerem que trouxemos chuva para a capital federal.

Como escrevi na semana passada, a umidade relativa do ar na capital federal é muito baixa nessa época (meados de abril até setembro) e sem chuvas, que podem ocorrer muito raramente. Bastou a chegada de dois friburguenses para que a ordem fosse subvertida. Isso porque em Nova Friburgo chove bastante, não importa a época do ano, principalmente no verão. Daí, nossos amigos brasilienses nos dizerem que trouxemos chuva para a capital federal.

No entanto, alguns se perguntam se não está havendo uma antecipação da conhecida Chuva do Caju. Intrigado com essa terminologia fiz uma pesquisa sobre o assunto e encontrei uma explicação para isso. Por toda parte do Estado de Mato Grosso, é possível ver os pés de caju e de manga floridos. Há quem diga que esta temporada será de fartura, pois as árvores estão carregadas de florezinhas. Porém, para que a explosão de frutos aconteça é necessário que chova e por isso, quando agosto chega, todos já esperam a famosa chuva do caju. Mas e aí, essa chuva chega ou não chega?

De acordo com o professor de climatologia da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), Rodrigo Marques, entre maio e setembro, temos cerca de apenas 10% do volume de chuva anual. Entretanto, frentes frias podem causar chuvas no mês de agosto. Quando essa chuva cai, em alguns municípios mato-grossenses, diz-se que é a Chuva do Caju. Que não favorece apenas o caju, mas também a manga e demais árvores frutíferas. O engenheiro agrônomo e doutor em fruticultura, Luciano Gomes, explica que essas frutas (manga e caju) pertencem à mesma família, e ambas precisam de água para que os frutos se formem.

Por toda parte de Mato Grosso, é possível ver os pés de caju e de manga floridos. Há quem diga que esta temporada será de fartura, pois as árvores estão carregadas de florezinhas. Porém, para que a explosão de frutos aconteça é necessário que chova e por isso, quando agosto chega, todos já esperam a famosa Chuva do Caju.  Ainda segundo ele, como o cajueiro e a mangueira são plantas rústicas e muito bem adaptadas ao clima mato-grossense, basta uma chuva para que os frutos cresçam. No entanto, quando mais água maiores e mais abundantes são os frutos, menos chuva, frutos menores.

Como Brasília tem o mesmo clima dos estados da região central do Brasil, as pessoas daqui também se referem à Chuva do Caju, quando há essa precipitação fora do usual, na segunda quinzena do mês de agosto. Como a temperatura, desde sábado passado, 26, está muito elevada, com máximas de até 30 graus, parece mais com as famosas pancadas de final de tarde, durante o verão. A única diferença é que, ao contrário daquela, essa não vem acompanhada de relâmpagos e trovões.

Estamos na última semana do mês de agosto e a previsão da meteorologia para Brasília, até o dia 15 de setembro, é de temperaturas variando de 28 a 32 graus durante o dia e de 14 a 16 graus durante a noite. Típico do clima desértico que impera nessa região do país. Está previsto também chuvas isoladas, o que reforça a terminologia Chuva do Caju. E se for seguida a tradição, os cajueiros e mangueiras darão frutos suculentos, pois as pancadas noturnas são idênticas as que observamos na Região Serrana fluminense.

Estamos há três dias de voltarmos para Friburgo e o que nos aguarda é chuva e frio, que não é a do caju, pois essa fruta não gosta de baixas temperaturas. 

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Vivas para o super Rogério!

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Setembro chegando e com ele, justamente em seu primeiro  dia, o aniversário de um grande nome do segmento industrial de Nova Friburgo, que é o admirado Rogério Faria (foto), da Stam Metalúrgica.

Por isso, antecipamos uma vez mais, mantendo a costumeira satisfação anual desta coluna, nossos carinhosos cumprimentos ao admirado Rogério, com votos de contínuas felicidades e sucessos.

 

Dia para a diva Marly

Setembro chegando e com ele, justamente em seu primeiro  dia, o aniversário de um grande nome do segmento industrial de Nova Friburgo, que é o admirado Rogério Faria (foto), da Stam Metalúrgica.

Por isso, antecipamos uma vez mais, mantendo a costumeira satisfação anual desta coluna, nossos carinhosos cumprimentos ao admirado Rogério, com votos de contínuas felicidades e sucessos.

 

Dia para a diva Marly

Ainda festejando seus 87 anos completados no último dia 21 a conhecida e símbolo do nosso carnaval, Marly Pinel, poderá ter a partir de 2024 algo mais a celebrar nesta ocasião.

É que na última quarta-feira, durante a sessão na Câmara Municipal em seu louvor, proposta pelo vereador Cláudio Leandro, o  grande entusiasta de Nova Friburgo, Roosevelt Concy, um dos amigos especiais da Marly, apresentou a sugestão, prontamente aceita pelo vereador, para que o Legislativo Friburguense crie e oficialize a data de 21 de agosto como o ‘Dia da Marly Pinel’.

 

Chá beneficente

No próximo sábado, 2 de setembro, as esposas dos maçons da Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo e que são chamadas de cunhadas, realizam um belo programa.

Será um imperdível chá beneficente com o objetivo de angariar recursos para as obras sociais desenvolvidas por elas, que acontecerá na sede da Maçonaria na Rua 7 de setembro, 12, a partir das 17h.

 

Niver do Alexandre

Ontem, 28, o empresário do setor de confecções de nossa cidade, Alexandre Souza Alves (foto), figura das mais simpáticas, completou mais um aniversário natalício, para satisfação da querida esposa, Paola, dos filhos Guilherme e Bernardo, da mãe Sandra, demais familiares e muitos amigos.

Felicidades, sucessos e tudo de bom para o estimado Alexandre como ele bem merece.

 

MEI com mudanças à vista

O Governo Federal deve implementar em breve, três modificações, para melhor, no sistema MEI – Micro Empreendedor Individual.

As alterações, serão:  aumento no limite de faturamento anual de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil; aumento de faturamento médio mensal de R$ 6.750, para R$ 12.760 e aumento no limite de contratação de um para dois funcionários.

 

Mais um do Marquinhos

Outro prezado amigo e das antigas que muda de idade na próxima sexta-feira, 1º de setembro, é o Marcos Antonio Nicolau.

Por esta alegre razão, ETC & ETC renova como a cada época de proximidades do mês de setembro, congratulações também com votos de saúde, paz, amor, alegrias e felicidades.

 

Partiu, a mulher mais idosa do Estado

Faleceu de causa natural na noite do último sábado, dia 26 de agosto, no vizinho município de Duas Barras, a senhora Noêmia Vieira de Souza, que até então era tida como pessoa mais idosa do Estado do Rio de Janeiro, com 111 anos completados em 6 de abril passado, conforme inclusive atestou oficialmente o site americano https://longeviquest.com

Dona Noêmia que tem elevada quantidade de parentes em Nova Friburgo, foi velada e sepultada na tarde do último domingo, 27, em sua cidade natal, Duas Barras.

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