Publicar o primeiro livro não é difícil, o problema é decidir se outros virão

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 31 de outubro de 2023

Diz o ditado popular que um homem para se sentir realizado deve ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Eu consegui fazer essas três coisas, mas para garantir que estou dentro daquela tríade, pretendo escrever mais um. Não tenho a verve do escritor entranhada em mim, me contentando em ser um colunista, o que me obriga a procurar assuntos interessantes para publicar semanalmente. No entanto, com a publicação do livro “A mídia falada chega a Nova Friburgo”, na realidade ele já estava pronto há mais ou menos 16 anos, me deu vontade de partir do zero e escrever um segundo livro, que seria o último.

A partir do segundo ano da faculdade de Comunicação Social, os alunos têm de decidir entre Jornalismo ou Marketing; feita a escolha, é hora de procurar um veículo de comunicação ou uma empresa de publicidade, para iniciar um estágio, que é obrigatório. No caso do jornalismo as opções mais procuradas são os jornais, as emissoras de rádio, os canais de televisão ou empresas que prestam assessoria de imprensa. No meu caso, optei pelo jornal A VOZ DA SERRA, pois me era mais fácil conciliar os horários, uma vez que ainda não estava aposentado. Além do mais, a bagagem que eu tinha de redações feitas nos bancos escolares do Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro, me davam a certeza de que sendo burilado com o aprendizado da escrita jornalística, eu seria bem sucedido.

Devemos levar em consideração que uma boa redação deve ter um começo onde se dá ao leitor uma ideia do assunto que será desenvolvido, a explanação que nada mais é que o desenvolvimento do tema e um final que é a conclusão daquilo que se quis transmitir ao leitor. No jornalismo temos as seis perguntas básicas que um texto deve ter a saber: quem, o quê, onde, como, quando e por quê.

Vamos exemplificar com a recente guerra enfrentada por Israel: quem, no caso começou foi o Hamas, grupo terrorista, com a invasão do território israelense; onde, a faixa de Gaza fronteira entre a Palestina e Israel; como, com um ataque terrorista que matou mais de 250 pessoas numa festa de música eletrônica, próxima a um quibutz (pequena comunidade israelense economicamente autônoma com base em trabalho agrícola ou agroindustrial, caracterizada por uma organização igualitária e democrática, obtida pela propriedade coletiva dos meios de produção e da administração conduzida por todos os seus integrantes em assembleias gerais regulares); quando, há cerca de três semanas; por quê, o hamas existe em função de tentar acabar com o estado de Israel, pensamento esse que é o objetivo de muitos países árabes ao não aceitarem que os judeus tenham seu país independente.

Assim, com o aval do saudoso Laercio Ventura, comecei meu estágio em 2005 e uma das tarefas que me foi dada era escrever uma coluna semanal para o jornal. Desde o início resolvi que seriam artigos sobre vários assuntos e não somente sobre medicina, em função da minha formação. Falar sobre doenças, sua incidência, tratamento e prevenção seria mais fácil, mas ao longo dos dois anos de estágio, cansativo, daí a opção por temas variados.

Com a minha formatura em 2007, permaneci na ativa, agora como colaborador e aqui estou ao longo desses 18 anos. Portanto, nada mais instigante do que fazer uma coletânea dos mais interessantes assuntos que abordei e publicá-los sob a forma de um livro. Como tenho todos eles salvos em pen drives, isso não será um problema, mas trabalhoso pois me obrigará a lê-los, escolher aqueles para publicação e coloca-los em ordem, de acordo com os anos em que foram escritos. Vai ser, para mim, um bom exercício uma vez que mostrará meu aprimoramento como colunista, à medida que os anos foram se passando. Isso porque, com o passar do tempo, existe uma evolução natural da maneira de escrever, fruto da experiência do jornalista.

Não sei quanto tempo vou demorar, mas é uma empreitada para pelo menos um ano. Pretendo começar em 2024 e publicá-lo a partir de 2025.

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