Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

22/02/2024

       Em tempos em que vangloria-se tanto a necessidade e coragem em se dizer tudo o que pensa, aqueles que preferem o silêncio muitas vezes passam por involuídos. Isso mesmo. Se antes poupar a si mesmo ou ao próximo de discussões, deixar de falar tudo o que supostamente não seria bem recebido pelo interlocutor, recluir-se em silêncio eram práticas desejadas, hoje, há quem diga que nem tanto. Pelo contrário.

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15/02/2024

Maria circulava por aí. Todo santo dia, mil tarefas por fazer, atividades de não dar conta, alguma energia vital, e a vontade de fazer dar certo. Seu simples viver dentro da normalidade, a intrigava por uma razão: ela não conseguia compreender a razão de alguém sempre exigir-lhe recompensas por alguma coisa ou indagar-lhe sobre seus interesses pelos feitos. Ela sequer conseguia explicar, mas relatara o que lembrava.

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08/02/2024

            Como começar um texto? Às vezes é muito simples, outras, nem tanto. Depende do pensamento que te inspira a compilar esse emaranhado de ideias em algumas palavras. Hoje fiquei refletindo sobre a linguagem, os idiomas diferentes e sua possível interferência no modo de sentir das pessoas.

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14/12/2023

Ela se doía ao ter que dizer um “não”. Sofria a ponto de não conseguir fazê-lo. Era muito para ela. Atravessar essa barreira quase intransponível entre ceder e selecionar era uma grandiosa missão. Para o mundo, “sim”. Para os outros, “sim”. Para ela, só o que sobrava dela mesma. Quase nada.

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07/12/2023

Seria um dia como qualquer outro, mas não era. Não, porque em todos os demais dias, o despertador toca às seis da manhã, os segundos que passam pela catraca são computados, a agenda está sempre lotada e o cansaço que lhe é praticamente inerente sinaliza o dia cheio de trabalho, compromissos e tarefas. De nada reclama, afinal, ele é brasileiro, emprego está difícil, ele tende a ser feliz e não costuma desistir da labuta por conta de dias cheios.

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30/11/2023

Dezembro chegou. Estamos há poucos dias do Natal e as músicas típicas da época já entoam os ambientes. “Papai Noel, vê se você tem a felicidade pra você me dar.” É o pedido feito na letra da canção “Boas Festas” de Simone, que ouvimos (e por vezes cantamos) em todo canto todos os anos. Se o Papai Noel realmente existisse e tivesse o condão mágico de realizar desejos, quantos de nós clamaríamos por esse presente: a felicidade? Não posso dizer que todos, pois sabemos que a unanimidade é tola. Mas acredito que muitos. Se a felicidade não é o destino que perseguimos, o que mais desejamos?

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23/11/2023

            “Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo que existe. E acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes.” Renato Russo imortalizou essas palavras. Faço minhas as suas palavras...e sentimentos. Quem me dera!

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16/11/2023

A cada dia que passa a vida mostra que saber ouvir é mais que uma habilidade rara, mais do que uma necessidade, mais do que uma demanda social. É um dom. Proponho uma breve observação. Quantas pessoas falam ao mesmo tempo nas mesmas rodas de conversa? E dessas, quantas estão falando sobre si mesmas, sobre suas próprias vidas, seus anseios individuais e seus problemas? Quantas estão a reclamar o tempo todo?

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10/11/2023

Quando alguém diz que está estafado, parece que conseguimos captar o cansaço que ele sente pela palavra. Estafa: já inventaram vocábulo mais pertinente para denotar o estado de esgotamento? Talvez a própria palavra “ esgotamento”. Cansaço extremo. Sinal eloquente de quem precisa descansar, pausar, respirar livremente e recompor a energia vital. E então, prosseguir.

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04/11/2023

Nesta semana a minha coluna semanal em A VOZ DA SERRA, que escrevo com tanto orgulho, completa seis anos. Lembro-me como se fosse ontem como tudo começou e como me senti feliz com a oportunidade de ter esse espaço para fazer algo que sempre amei: escrever. No início, pensei sobre o que escreveria... qual seria a abordagem, como me expressaria aqui para vocês. E optei que traria sempre reflexões sobre o cotidiano, sociedade, sentimentos, por meio de uma escrita sincera e com intenção de gerar algo de bom a cada um dos leitores.

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