Palco de grandes espetáculos, Teatro Municipal está abandonado

Apesar da reforma do equipamento ter sido licitada em junho de 2021, a prefeitura terá que começar o projeto de restauração do zero
sexta-feira, 29 de julho de 2022
por Christiane Coelho, especial para A VOZ DA SERRA
Lona no telhado para proteger interior de goteiras (Fotos: Regina Lo Bianco)
Lona no telhado para proteger interior de goteiras (Fotos: Regina Lo Bianco)

O Teatro Municipal Laercio Ventura, na Praça do Suspiro, foi inaugurado em 2008, como mais um espaço para as manifestações artísticas e culturais. Com capacidade para 564 pessoas sentadas, é o maior de toda a região. Já foi palco de grandes espetáculos nacionais e internacionais. Desde a inauguração, nunca passou por reforma. Hoje abandonado, a deterioração do prédio é visível, conforme denúncia feita ao jornal pelo leitor Leonardo Pinheiro, publicada na edição da última terça-feira, 26.  

“Passando em frente ao Teatro Laercio Ventura, fiquei surpreso com o péssimo estado de conservação. O prédio encontra-se com a fachada totalmente deteriorada, suja e abandonada. Os frisos de madeira estão quebrados. As escadas encontram-se danificadas e o estacionamento está  abandonada”, escreveu ele. Pior que o que foi relatado pelo leitor é o estado do telhado: um plástico cobre um enorme buraco, tentando impedir que a água da chuva vaze.

Nova licitação

Em junho, a prefeitura fez uma licitação para reforma do teatro, com verba de R$ 427 mil indicada por um deputado federal. Mas, de acordo com o secretário de Cultura, Daniel Filgueira, a primeira parcela do convênio, cerca de R$ 80 mil, só foi liberada no final de abril. “A empresa vencedora optou, por não iniciar a obra e rescindiu o contrato,” disse ele.

Em novembro do ano passado, a prefeitura havia informado que  “a empresa que faria a obra, aguardava liberação da verba federal. O projeto já foi aprovado e contou com algumas alterações, por isso não há necessidade de realizar nova licitação. O projeto prevê o restauro do telhado, fachada, troca de mármores e vidros quebrados, pintura de modo geral, restauração do piso do palco, entre outras intervenções.”

Mas, segundo Daniel, pela demora e deterioração, o projeto não é mais condizente. “Será necessária a elaboração de novo projeto que englobe todas as atuais demandas de reforma. Deste novo projeto será gerado outro para nova licitação”, explicou ele.

Ainda sem previsão do novo projeto, muito menos da licitação, Adriana Ventura, filha do saudoso Laercio Ventura e diretora de A VOZ DA SERRA lamenta a situação atual do teatro. “ Mesmo meu pai tendo apoiado e trabalhado muito pela cultura local, na época da indicação de seu nome para batizar o teatro, artistas me procuraram pedindo para não aceitar a indicação feita pelo vereador Joelson do Pote. Segundo eles, teria que ser um nome ligado à cultura. Uma indelicadeza e desrespeito por esse homem que tanto fez pela arte da cidade. E esse mesmo sentimento de desrespeito à memória do meu pai tenho quando vejo o teatro se deteriorar. Em várias administrações, além de lutar implacavelmente pelas adequações necessárias, ofereci a doação do letreiro compatível com a magnitude do equipamento, mas nunca obtive sucesso”, finalizou Adriana Ventura.

 

 

 

 

 

 

 

 

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TAGS: obra