O tabelião Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos será julgado pelo Tribunal do Júri pelos crimes de feminicídio contra a esposa grávida, Nahaty Gomes Melo, de 33 anos, e a sogra, Rosemary, de 67, além do homicídio do sogro, Wellington, de 75 anos, e pelo aborto da filha que Nahaty esperava. A decisão, unânime, foi tomada pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que rejeitou a tese de surto psicótico apresentada pela defesa.
O crime, que chocou Nova Friburgo e repercutiu nacionalmente, ocorreu no dia 13 de agosto de 2021. De acordo com as investigações, Ricardo teria atirado contra a esposa, que estava grávida de seis meses, e contra os pais dela. Rosemary e Nahaty foram encontradas em andares diferentes da residência onde moravam, e Wellington chegou a ser socorrido, mas morreu 20 dias depois no hospital.
A defesa alegou que o réu sofreu um surto psicótico provocado por intoxicação medicamentosa e pediu sua inimputabilidade. Contudo, laudos psiquiátricos do Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros constataram que ele está em plenas condições mentais de exercer atos da vida civil. O juiz da 1ª Vara Criminal também rejeitou o pedido de incidente de insanidade por ausência de provas.
(Foto: Divulgação 11º BPM)
O caso ainda não tem data definida para julgamento, mas a expectativa, segundo o advogado da família das vítimas, Sérgio Luis Bravo Rosmaninho, em entrevista ao RJTV, é que o júri ocorra ainda em 2025. Ricardo responde por dois feminicídios consumados, homicídio e aborto provocado. Se condenado por todos os crimes, pode pegar até 80 anos de prisão. Atualmente, ele segue preso em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio.
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