Na semana passada, A VOZ DA SERRA recebeu a informação de que protetores de animais estão se mobilizando para garantir cuidados a diversos gatos que vivem nas dependências do anexo do Clube de Xadrez, onde funcionou o Centro de Convivência da Terceira Idade. Como o imóvel teve as obras de demolição iniciadas, esses protetores temem pela vida dos felinos que, inclusive, são alimentados, naquele local, por moradores e cuidadores.
“As obras no antigo salão de festas do Clube Xadrez, que já vêm sofrendo críticas pelo impacto no conjunto arquitetônico do imóvel, agora são foco de nova polêmica. Protetoras independentes relatam que o local é moradia de um grupo de gatos há cerca de oito anos.
Embora o número total não seja conhecido, estima-se que possam existir aproximadamente 10 gatos adolescentes e adultos, além de três ninhadas recentes que estão aparecendo aos poucos por conta do barulho da obra e movimentação de operários. Uma delas, batizada de Pandora pelas pessoas que cuidam desses animais diariamente, teve filhotes há pouco tempo.
Uma ação judicial foi impetrada pela ONG Instituto Nina Rosa (INR) e busca que o município de Nova Friburgo e os novos proprietários se responsabilizem e façam o manejo ético e adequado da colônia”. (Texto publicado em 22 de julho, no blog do referido Instituto).
Diante dos fatos aqui citados, solicitamos esclarecimentos à Secretaria de Bem-Estar e Proteção Animal (Sebea) sobre o assunto. E no caso de já ter conhecimento, qual medida está sendo adotada pela secretaria para proteger esses animais. Como, por exemplo, sobre a intenção de resgatá-los para posterior encaminhamento a feiras de adoção responsável.
Sebea esclarece
A Secretaria de Bem-Estar e Proteção Animal informa que está acompanhando a situação da colônia de gatos formada no imóvel localizado na Avenida Doutor Galdino do Valle Filho, nº 151 (terreno desmembrado do antigo Clube de Xadrez).
A primeira diligência ocorreu em 28 de maio de 2025, em conjunto com a Vigilância Ambiental, representada pelo Dr. Ronald Gibaja. Na ocasião, não foi possível visualizar nem estimar o número de felinos, devido ao horário de pouca atividade dos animais.
Em 11 de junho de 2025, foi realizada uma nova visita técnica, na qual foram debatidas medidas para solução do problema, incluindo: Programa de castração; Controle de doenças; Programa de adoção responsável; e Ações de conscientização da população local.
No dia 25 de junho de 2025, a equipe retornou ao local e conseguiu identificar a presença de três felinos.
Posteriormente, em 1º de julho de 2025, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a empresa M. Figueira Construtora Ltda, atual proprietária do imóvel. No referido TAC, a empresa comprometeu-se a:
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Fornecer atendimento veterinário inicial (avaliação clínica geral, desvermifugação, testes para FIV, FELV e Giárdia, vacinação e exames complementares, se necessários);
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Arcar com eventuais custos de internação ou outros procedimentos veterinários posteriores;
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Providenciar espaço temporário seguro para os animais capturados, com estrutura adequada (enriquecimento ambiental, telas de proteção, assistência alimentar e sanitária), visando socialização e futura adoção responsável.
Desde então, a equipe da Sebea, em conjunto com protetoras locais que alimentam os animais, contabilizou aproximadamente nove (09) felinos na colônia. Foram realizadas diversas visitas e tentativas de resgate no período noturno, por ser o momento de maior atividade dos gatos.
Até o momento, este trabalho conjunto resgatou três felinos (duas fêmeas e um macho), que já se encontram sob cuidados médico-veterinários.
A Sebea reforça que continuará, em conjunto com as protetoras locais, atuando para o resgate dos demais animais, garantindo-lhes atendimento veterinário e encaminhamento para adoção responsável.
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