A construção civil é uma das indústrias de maior demanda de mão de obra e, consequentemente de geração de empregos. Além de fortalecer a economia, o setor é também capaz de proporcionar desenvolvimento social. Por isso, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) lançou nesta terça-feira, 23, no 1º Encontro da Indústria da Construção do Rio, em sua sede, na capital, o projeto Rio Construção. Elaborado com a contribuição de empresários e sindicatos empresariais relacionados, a iniciativa compreende um conjunto de ações que visa incrementar toda a cadeia produtiva do setor.
O projeto está distribuído num portfólio de serviços moldados de acordo com as demandas específicas do setor. Entre as 23 ações oferecidas, destacam-se orientação para acesso ao crédito, estudos econômicos, capacitação profissional de mão de obra, promoção da saúde, entre outras iniciativas, que podem ser acessadas no link: firjan.com.br/construção.
"O futuro do Brasil está ligado ao avanço da indústria da construção", afirmou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, para os mais de 150 empresários da construção civil fluminense reunidos na sede da entidade, acrescentando que “a demanda interna é gigante. Temos todas as matérias primas necessárias dentro de nossas fronteiras, temos o talento de vocês, de suas empresas e de suas equipes. O Projeto Rio Construção vai ajudar na produtividade”, completou.
Para Ediwar Machado, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Centro-Norte Fluminense (Sinduscon CN), que engloba Nova Friburgo e mais 11 cidades da região, o evento veio em um bom momento, atendendo a demanda do empresariado que identifica dificuldades similares. De acordo com o empresário, iniciativas como a da Firjan contribuem para o progresso do setor. “Todos nós queremos o progresso para o Brasil, que as coisas aconteçam com maior rapidez. Esse evento é muito bom e percebemos que estamos em um momento que tanto o setor público quanto a indústria tem pressa. Temos que chegar a um ponto comum para que todos possam levar o Brasil ao progresso, ao desenvolvimento do setor”, pontuou.
Cenário em Nova Friburgo
De acordo com os últimos dados do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Governo Federal, o setor da Construção Civil foi o segundo maior gerador de empregos em Nova Friburgo no primeiro semestre deste ano, ficando atrás apenas do setor de Serviços. Enquanto os serviços geraram 1.151 novos postos, a Construção Civil foi responsável por 96 novas vagas. Apesar de ser apenas 8,40% do número do setor de serviços, o crescimento já representa a retomada do setor após a crise causada pela pandemia da Covid-19.
De janeiro a junho, a construção civil abriu 96 novos postos de trabalho. No mesmo período de 2021, foram 41 novas vagas, o que representa um aumento de 234%. Também neste primeiro semestre, a Construção Civil abriu mais vagas que durante todo o ano passado, que fechou o ano com mais 76 postos de trabalho.
Neste ano, fevereiro foi o mês em que houve maior abertura de vagas para o setor na cidade, com saldo positivo de 39. Abril foi o único mês que registrou saldo negativo, com menos um posto de trabalho na Construção Civil.
Ainda segundo Ediwar, no evento foi possível conhecer várias sugestões para implantar na região. “Vimos que tínhamos os mesmos problemas no que tange o licenciamento ambiental, análise de projetos”, relatou ele.
Nota Técnica
No 1º Encontro da Indústria da Construção do Rio de Janeiro, também foi lançada a nota técnica “Déficit habitacional no Brasil - Impacto da cadeia produtiva da Construção Civil”, elaborada pela Firjan, que estima que o combate ao déficit habitacional em todo o país pode gerar 3,2 milhões de postos de trabalho, diretos e indiretos. Além disso, o levantamento da federação prevê um incremento de R$ 46,4 bilhões por ano em toda a cadeia produtiva do setor. Somente no estado do Rio o combate ao déficit habitacional pode gerar 213 mil empregos e um incremento de R$ 1,4 bilhão por ano em toda a cadeia produtiva do setor.
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