Moradora de Lumiar leva Toni Garrido às lágrimas ao cantar no “The Voice Mais"

Alba Lirio, de 71 anos, estreou com samba de Paulinho da Viola, mas promete surpreender o público com outros gêneros
terça-feira, 01 de fevereiro de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Alba Lirio interpretando
Alba Lirio interpretando "Para Ver as Meninas" no "The Voice Mais" (Foto: Reprodução Rede Globo)

“Silêncio, por favor, enquanto esqueço um pouco a dor no peito, não diga nada sobre meus defeitos, eu  não me lembro mais quem me deixou assim”.

Foi assim, interpretando um clássico de Paulinho da Viola, a canção "Para Ver as Meninas", que Alba Lirio, moradora de Lumiar, em Nova Friburgo, entrou para o time de Toni Garrido na estreia da segunda temporada do “The Voice Mais”, no domingo passado, 30, na TV Globo.

Toni não disfarçou os olhos molhados com a voz doce e encantadora de Alba, no auge de seus 71 anos (ASSISTA AQUI). Bastou um minuto para ele virar a cadeira para ela, gesto repetido por Carlinhos Brown bem no finzinho da apresentação, que teve concorrentes de peso. Sob o comando de Andre Marques e Thais Fersoza, a nova temporada do programa tem ainda Ludmilla e Fafá de Belém como técnicos.

Vale lembrar que o “The Voice”, nas suas versões clássica e kids, já revelou para o Brasil inteiro outros talentos de Nova Friburgo, como Giovanna Aguilera, Tatila Krau e Carol Breder.

“Muito nervosa”, contou ela ao AVS

Em entrevista ao jornal A VOZ DA SERRA nesta quarta-feira, 2, Alba revelou que estava muito nervosa durante a apresentação, apesar de não deixar transparecer. Ela não canta profissionalmente, dedicando-se mais à pesquisa e ao magistério.

Alba contou que estava inscrita e selecionada desde a primeira temporada, no ano passado, mas desistiu de participar porque o irmão contraiu Covid.

Moradora do Rio, Alba tem casa em Lumiar desde 2004. Começou alugando no Encontro dos Rios, depois em Santiago e, agora, construiu uma casa, no meio mato,  em Rio Bonito de Baixo.  

Com a pandemia, ela se recolheu ainda mais na natureza e passou a dar aulas online. O incentivo para participar do “The Voice” partiu do filho e do neto de 8 anos.  

Alba toca tamborim no bloco Folia dos Peões, fundado por uma amiga de Lumiar há quatro anos, e revelou que cantar um samba como o de Paulinho da Viola foi um grande desafio. Os estilos que ela pesquisa mais recentemente são, além do samba, o frevo, o maracatu e os cantos de tradução afro-brasileira. Mas pode surpreender o público com outros gêneros, caso tenha oportunidade.

Entrar para o time de Toni Garrido teve, para ela, um sentido especial por sua paixão, além da música, pelo teatro musical, e por ser fã do trabalho dele no filme “Orfeu do carnaval”.

Mais sobre Alba Lirio

Alba Lirio nasceu no Rio, viveu os cinco primeiros anos de infância em Pernambuco e voltou para a Cidade Maravilhosa, onde estudou piano no Conservatório Brasileiro de Música e ficou em quarto lugar em um Concurso Lorenzo Fernandes do qual participaram (e ganharam) os meninos-prodígios (na época tinham todos entre 12 e 15 anos) Cristina Ortiz e Arnaldo Cohen. 

Estudou balé, teatro, dança afro e moderna, formou-se em jornalismo, foi morar em Paris e Torino, na Itália, e, de novo no Rio,  decidiu trabalhar nas rádios Globo e MEC, além de dar  consultoria  em comunicação empresarial.

Desde 1995 conduz no Brasil as atividades do Projeto Vox Mundi, com sede na California (EUA), criado pela musicista Silvia Nakkach, dedicado a pesquisar a voz em suas interfaces com a arte e a ciência, promover o diálogo e a inclusão de culturas vocais negligenciadas pelo mundo contemporâneo, bem como a difundir internacionalmente sua metodologia de educação da voz cantada.

Tem predileção especial pela formação musical de artistas, tendo trabalhado com diversos atores e grupos teatrais especialmente na área do canto (Grupo Moitará, Cia. Brasileira de Mysterios e Novidades, Teatro do Instante, Instituto Stanislavsky, Grupo Off-Sina, entre outros). Em 2009 integrou a equipe de professores do núcleo indiano do grande sucesso “Caminho das Índias”.

É autora de três montagens cênicas: a Opereta NoNaada, que concebeu e atuou junto ao Coletivo Companheiros das Artes, Das índias à India, Terra Terreiro Palco Picadeiro e CorpoCoral. 

É também professora convidada na área de artes cênicas, música, musicoterapia e filosofia de universidades como UNI-Rio, Uerj, UnB e PUC, entre outras. 

Como escritora, tem cinco livros publicados, entre os quais a biografia de Heitor dos Prazeres, em parceria com seu filho Heitorzinho.

No início de 2020 deu início ao projeto Companheiros das Artes e da Natureza, um espaço cultural na Lapa carioca.

 

 

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TAGS: Música