A Secretaria estadual da Mulher (SEM-RJ), o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e os institutos para o Desenvolvimento Sustentável (Indes) e Avon assinaram, nesta semana, um acordo de cooperação técnica para formalizar o Programa Acolhe, que permitirá a hospedagem, emergencial e temporária, para mulheres vítimas de violência doméstica e seus filhos em hotéis do estado. A iniciativa, que já tem 29 hotéis como parceiros em 15 municípios, inclui atendimento multiprofissional e oferta de cursos profissionalizantes à distância. A ideia é formalizar mais parcerias com hotéis do interior fluminense reduzindo o impacto da violência na vida das mulheres.
“Essa parceria é muito importante, uma vez que a Secretaria da Mulher coordena uma rede de enfrentamento às violências contra mulher. O fortalecimento da rede especializada é fundamental para conseguirmos salvar vidas e, ao mesmo tempo, implementar políticas de prevenção”, afirmou a primeira-dama do Estado, Analine Castro, durante a cerimônia de assinatura do acordo.
Em todas as regiões do estado, os Centro Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) fazem os atendimentos e encaminhamentos dos casos com necessidade de abrigamento, em horário de atendimento comercial. Já a Central Judiciária de Acolhimento da Mulher Vítima de Violência Doméstica (Cejuvida) tem essa função nos plantões noturnos, em fins de semana e feriados.
“Por meio dessa parceria, a Secretaria da Mulher passa a ter mais um recurso para apoiar e proteger mulheres vítimas de violências. O abrigo temporário e emergencial é um importante recurso para interromper o ciclo da violência ao qual as vítimas são submetidas”, observa a secretária da Mulher, Heloisa Aguiar.
Municípios que ainda não aderiram o projeto também podem realizar encaminhamentos para os hotéis cadastrados, desde que dentro dos critérios estabelecidos pelo programa e pela rede de proteção envolvida.
Rede de proteção do estado
A rede de proteção à mulher vítima de violência no Estado do Rio conta com três unidades especializadas de atendimento e um abrigo sigiloso sob gestão estadual. O abrigo Lar da Mulher, do Governo do Estado, recebeu, de janeiro a março deste ano, 149 pessoas, sendo 65 mulheres e 84 filhos. Em 2023, a unidade, que acolhe vítimas de todo estado, atendeu 492 pessoas, sendo 234 mulheres e 258 filhos.
O Governo do Estado possui três Ceams, unidades que oferecem apoio jurídico, psicológico e social para acolher mulheres em situação de violência física, moral, ou patrimonial. Foram 6.400 atendimentos entre janeiro de 2023 e fevereiro de 2024.
Deixe o seu comentário