Não, infelizmente não trago as boas novas que almejo. Na verdade é uma pergunta. O que temos de bom para contar à nossa sociedade no dia de hoje? Bem, para os próximos anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, desejo boas notícias. De todos os lados. Que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
A crônica desta semana começa com o cantar de um passarinho. Só quem sabe ouvir os cantos dos pássaros vai entender o afago que eles podem ser para a alma. Em tempos difíceis como esse, a natureza que sempre é a melhor aliada, tem sido para muitos, a cura. Vejamos as flores, elas, a expressão do belo, obras de arte do Criador. Como alegram, transformam, trazem cor à escuridão, sorriso na tristeza, sentido na alegria e luz em todos os momentos. Vejamos as copas das árvores. Sintamos o verde, o ar, o frescor.
O saudoso Renato Russo, imortalizou : ”Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo que existe. E acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes.” Quem me dera! Faço minhas as suas palavras...e sentimentos.
Quem diria que chegaríamos no século 21 e tanta coisa permanecesse socialmente mal resolvida. Posso recordar, ainda que com vagos lampejos de lembrança, que havia na década de 1990 uma esperança turbinada por ocasião da virada do século. Um misto de medo, de desconfiança, de graça, de ilusão e bastante esperança. Quem se lembra?
Sabe aquela frase um tanto lugar comum nas redes sociais que diz: “Me tornei aquilo que eu mais temia?” Já parou para pensar em quantas circunstâncias você precisou agir de forma simular àquela pessoa a quem tanto criticava? A verdade é que realmente cada um sabe da sua dor, seus anseios e suas necessidades.
Um conselho recorrente que costumo dar ao longo da vida é muito simples e verdadeiro ao mesmo tempo: estude. Naturalmente, vivemos em um país absolutamente desigual sem oportunidades para todos. Isso faz com que o acesso à educação de qualidade, infelizmente, não seja privilégio de todos. Mas meu ponto é outro e ele parte do esforço pessoal, do espírito de busca, da vontade de aprender e do objetivo de construção de algo melhor para si próprio, para os outros, para o planeta.
Dia desses assisti a um documentário que retratava o dia a dia de uma família cuja distribuição de tarefas domésticas não existia, visto que todas elas “naturalmente” recairiam sofre a figura feminina que na casa residia. Era uma crítica. Mas nem é preciso assistir a obras para sabermos qual é a realidade vivida por muitas mulheres assoberbadas com o rol infinito de afazeres em seus lares acumulados com todas as suas outras inúmeras funções.
Inevitáveis têm sido os estranhamentos, as surpresas e as reflexões sobre esse mundo novo, que ao mesmo tempo em que parece não ter engatinhado, já aprendeu a voar: o mundo virtual, a conectividade constante e a partilha de afetos e de vidas pelas redes sociais. Sinto que as vidas, os desejos, os passos, os afazeres, as perdas, os anseios, os familiares das pessoas nunca antes haviam sido tão expostos como nos últimos tempos.
Em tempos de pandemia, com aumento de pacientes infectados, o que precisamos mesmo para os próximos dias, meses, anos, horas, segundos... é mesmo de boas notícias, que aumentem a nossa autoestima, de verdade. De todos os lados. Desejo que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.
Há momentos na vida em que pausas se fazem mais que necessárias, por uma série de motivos. Talvez seja mais interessante projetá-las com estratégia, inteligência e planejamento, compreendendo sua importância. Não sei se as pessoas conseguem. O que vejo com bastante frequência é a pausa forçada. Aquela imposta pela vida, pelas circunstâncias, por fatores externos. Ou mesmo quando o corpo grita, a saúde é prejudicada, as forças se esvaem e aí, não resta outro caminho, senão sentir na pele os sinais e ... parar.
Chegou o mês de julho. Para muitas pessoas, era um mês esperado, com alguns dias de férias e oportunidade de descansar, dar uma breve pausa, quem sabe até fazer uma viagem. Não à toa os pacotes turísticos para esta época do ano sempre foram muito procurados.