Escrever. Errar. Corrigir. Guardar o texto na gaveta. Reescrever. Assim é o processo de criação literária; o escritor vai refazendo o texto sucessivas vezes até considerá-lo pronto. Esta é a norma para quem escreve.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Tereza Cristina Malcher Campitelli
Momentos Literários
Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.
E a gente acorda, vai falando porta afora e escutando o blá-blá-blá quotidiano, vai trabalhando, estudando e discursando, vai lendo e escrevendo, fazendo declarações de amor e tanto mais, sem pensar que estamos inseridos na vida através da língua, o nosso português. Que não é somente falado no Brasil, mas em mais outros países, como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Até na China, na Região Administrativa de Macau.
Entre uma leitura e outra, já que tenho o hábito de ler dois livros ao mesmo tempo, percebo, a cada vez que recomeço a ler, as diferenças nos modos de pensar, na cultura em que os autores estão inseridos. É enriquecedor notar como as ideias mudam no tempo, no espaço e na individualidade de cada escritor. De fato, a leitura de Dostoiévski tem me feito respirar um tempo maior.
Na madrugada de 30 de maio de 2025, os ventos sopraram sobre a cidade, bateram, com delicadeza, nas janelas dos trovadores que amanheceram festejando a trova, uma tradição poética e literária que nasceu na Idade Média, em Portugal. Assim começou a LXVI edição dos Jogos Florais de Nova Friburgo que realizou atividades diversas, como a recitação dos versos, premiação e encontros acalorados. Foram três dias de júbilo, em que os trovadores, vindos de vários lugares do Brasil, se confraternizaram, fazendo a cidade vibrar.
Ao passar na Genipapo Livraria, conversei com a livreira, Maria Fernanda, sobre ecologia, e ela me indicou o livro “Maneiras de Ser: Animais, plantas, máquinas: a busca por uma inteligência planetária”, escrito pelo jornalista inglês James Bridle. O tema imediatamente me interessou porque somos partes integrantes da natureza, tanto quanto uma árvore, uma pedra e um tigre.
O faz de conta é uma brincadeira importante na infância porque a criança, ao recriar o mundo através da imitação de pessoas e personagens em seus papéis e funções, começa a entender as relações inter-humanas e as atividades realizadas na vida coletiva. As histórias na literatura infantil também recriam os fatos e possuem atualidade, mesmo as que são contextualizadas em tempos mais antigos.
A formação do leitor é de responsabilidade da família, da escola e do Estado. Começa desde a mais tenra idade através da escuta de histórias contadas e lidas, do manuseio dos livros e visualização das suas imagens e pelo prazer de brincar.
Stephen Hawking, astrofísico teórico britânico e escritor, um dos mais renomados cientistas, há 30 anos previu que em 2025 o mundo entraria em uma nova era tecnológica devido à disseminação dos computadores, ao avanço da robótica em várias áreas de produção e atividade humana, o desenvolvimento da Inteligência Artificial, dentre outras.
Hoje, pensando no que ia escrever às vésperas do Dia das Mães, um dia divino em que se comemora a vida, o começo e a transformação, me deparei com a mãe da Chapeuzinho Vermelho, personagem silenciosa, de quem pouco se sabe e se conhece na literatura, mas que guarda um significado profundo.
Nova Friburgo participou do Dia Mundial da Criatividade e Inovação (World Criativity Day), um evento global promovido pela ONU, durante os dias 21, 22 e 23 de abril, quando realizou diversas atividades gratuitas com a finalidade de promover o desenvolvimento humano com a participação de educadores, artistas, empreendedores, pesquisadores e demais agentes de mudança.