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A protuberância abdominal

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Mais conhecida como barriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. Seu valor de referência está entre 80 e 85 centímetros nas mulheres e 90 e 95 cm nos homens.  Protuberância abdominal aumentada é conhecida também como obesidade em pera, em que as extremidades são mais magras e a região ventral distendida.

Mais conhecida como barriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. Seu valor de referência está entre 80 e 85 centímetros nas mulheres e 90 e 95 cm nos homens.  Protuberância abdominal aumentada é conhecida também como obesidade em pera, em que as extremidades são mais magras e a região ventral distendida. Muito associada ao “estar bem de vida”, já que muitos acreditam ser sua presença um sinônimo de riqueza, a barriga é fonte de preocupação para os endocrinologistas, cardiologistas e ortopedistas, mas também para muitos alfaiates e modistas.

Além da deposição, em grande quantidade, de gordura na parede abdominal, que é a parte visível da barriga, acontece, também, um aumento da quantidade de gordura nas vísceras (órgãos). Chamada de visceral ou intra abdominal, ela é invisível, porém muito mais perigosa. Poderíamos fazer uma comparação com um iceberg: a parte submersa, invisível, é pior, para a navegação, do que aquela que fica acima do mar. Um dos órgãos que mais sofrem com essa deposição de gordura visceral é o fígado, que quando não tratada pode desencadear, a longo prazo uma cirrose hepática.

Sabemos hoje, que a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças cardiovasculares e o próprio câncer podem ter, entre suas causas, o aumento da gordura visceral. Muitos trabalhos feitos em vários centros de estudo, no mundo inteiro, mostram que o infarto agudo do coração é três a quatro vezes mais frequente nos obesos do que nos magros, assim como nos sedentários em relação aos que fazem exercícios. Citei, também os ortopedistas, pois a obesidade é um fator de alterações articulares importantes. Nossas articulações não estão preparadas para suportar grande quantidade de peso. Daí, que uma campanha do “Abaixo a Barriga”, não seria piada, mas uma necessidade.

A circunferência abdominal, como já foi dito, é considerada normal nos valores de 80 a 85 centímetros, para as mulheres e 90 a 95 centímetros, para os homens, sendo medida com uma fita métrica comum, numa linha que passa pela cicatriz umbilical e pelas cristas ilíacas superiores (aquela ponta de osso que temos do lado do abdome), de preferência com a pessoa deitada.

Quando esses valores são ultrapassados, o especialista sabe que seu paciente entrou na faixa de risco, não importando a idade. A diferença está no fator tempo, pois o jovem, em princípio, levará mais tempo para desenvolver suas lesões, ao passo que o idoso pode ter problemas muito mais cedo. Aliás, essa premissa começa a mudar, uma vez que a idade para o infarto vem baixando, a ponto de não ser incomum conhecermos pessoas que enfartaram com 35 anos de idade ou menos.

Se por um lado a vida moderna trouxe uma melhora no dia a dia das pessoas, por outro, fez surgir uma série de problemas, que em última análise, levam a um comprometimento da saúde. Seja nos fast-foods, com suas altas taxas de gordura; seja na diminuição da atividade física, não somente pela “falta de tempo”, mas, principalmente, na modernização dos serviços, fazendo o homem se deslocar menos; seja no stress a que estamos submetidos, é preciso que alguma coisa seja feita para que o homem possa usufruir a modernidade, sem comprometer sua saúde. Um exemplo típico é o do telefone. Nos seus primórdios, como eram poucos, as pessoas tinham que se deslocar para poder utilizá-los. Posteriormente, cada casa tinha o seu telefone e, em muitas, a extensão. As pessoas passaram andar menos. Com o celular ninguém mais anda, pois fala-se sentado ou deitado.

Uma programação que inclua atividade física diária, alimentação saudável e uma atenuação do stress, certamente levara a uma perda de peso, a uma diminuição da cintura abdominal e uma melhora na expectativa do tempo de vida, com diminuição dos riscos cardiovasculares e prevenção do diabetes, assim como uma estabilização da pressão arterial. São medidas simples, cuja execução pode significar um aumento brutal na nossa qualidade de vida. Sem falar que hoje existem medicamentos que atuam não só na diminuição da circunferência abdominal, como na diminuição ou mesmo desaparecimento da gordura hepática.

Tudo isso é possível, desde que se tenha conhecimento do problema e vontade de resolvê-lo. O que não falta hoje são academias de ginástica e locais para uma boa caminhada. Portanto, mexa-se, cuide bem da sua saúde.

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Outros hawkings

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Os insetos ─ as formigas e as abelhas em particular ─ apresentam exemplos dramáticos de cooperação social que poderiam facilmente fazer corar de vergonha a Assembleia Geral das Nações Unidas - (António R. Damásio, in O erro de Descartes)

Os insetos ─ as formigas e as abelhas em particular ─ apresentam exemplos dramáticos de cooperação social que poderiam facilmente fazer corar de vergonha a Assembleia Geral das Nações Unidas - (António R. Damásio, in O erro de Descartes)

Vocês sabem que o astrofísico inglês Stephen Hawking é um dos maiores gênios da ciência moderna, tendo criado teorias que mudaram a nossa humilde, porém muito melhorada por ele, compreensão do universo. Hawking foi grande não só pela sua inteligência impressionante, mas também por sua capacidade produtiva, mesmo sofrendo de esclerose lateral amiotrófica. Desde os 21 anos, quando descobriu que a fatalidade o atingira, até a morte, aos 76, não se deixou curvar pela doença, embora ela tivesse curvado e torcido tanto o seu corpo. Vale a pena ver o filme “A teoria de tudo”, que conta a história desse homem extraordinário.

Pois bem, uma das mais preocupantes previsões de Hawking é a de que nosso planeta está com os dias contados. Bastantes dias, é verdade, mas ele foi o primeiro a marcar uma data baseada em cálculos e não em palpites. E concluiu que isso acontecerá se os seres humanos ─ isto é, eu, você e todos os demais ­─ continuarem a tratar a Terra como se fosse uma produtora inesgotável de bens e, ao mesmo tempo, um imenso depósito de lixo.

Hawking acreditava que, do jeito que as coisas vão, o planeta suportará nossa presença por mais 600 anos no máximo. Então, tudo acabará, não haverá mais canto de passarinho, nem sorriso de criança. Se o sol e a lua continuarem pendurados no céu, não será para nosso proveito, pois não sobrará ninguém para sentir calor de um ou admirar o brilho da outra. Quando o último de nós sair, nem mesmo terá que apagar a luz: vai ter que sair correndo, e no escuro. Mas, como de tudo resta um lado bom, também não haverá mais guerra, doença, fome, ou preocupação com o fim do mundo.

Uma saída apontada por Hawking seria a descoberta de um lugarzinho que possa nos abrigar neste vasto universo, mas tenho dúvida de que a mudança de endereço seja suficiente para melhorar a situação. Bem pouco nos preocupamos com o que não está perto de nós, com o que não é imediato, com o que não nos pertence. Sofremos mais com nosso resfriado do que com as mortes na Faixa de Gaza. Se levarmos conosco esse egoísmo, essa cegueira, uns poucos séculos e já teremos destruído esse lar futuro, caso ele venha de fato a ser encontrado.

Não é que eu pretenda viver mais 600 anos. Nem por isso deixo de ficar preocupado com o que acontece enquanto estou por aqui. E, embora seja um dos oito bilhões de habitantes que estão consumindo o planeta, fico triste com queimadas no Pantanal, inundações no Rio Grande do Sul, desmatamento no Cerrado, barragens que se rompem, derretimento das calotas polares, vazamento de óleo no oceano, lixo nos rios. E, pairando acima de tudo, o aquecimento global, que faz o mundo parecer um fumante inveterado, que conscientemente envenena a si mesmo.

Nossa esperança é que surjam outros hawkings e que eles finalmente sejam ouvidos. Não adianta pedir que o mundo pare para a gente sair. No momento não há para onde sair. Talvez daqui a 600 anos.

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Friburguense recebe o América na estreia na Copa Rio

quarta-feira, 24 de julho de 2024

    A espera terminou. Depois de longos meses, o torcedor do Friburguense verá novamente o time profissional em campo, por uma competição profissional. Ainda com a base formada pelos garotos, é verdade, mas já com diversos candidatos a protagonistas. E que serão importantes para que o clube conquiste os principais objetivos na temporada. O primeiro desafio de 2024 é a disputa da Copa Rio. Não é a prioridade do Tricolor, de fato, mas pode significar um começo positivo para as pretensões futuras.

    A espera terminou. Depois de longos meses, o torcedor do Friburguense verá novamente o time profissional em campo, por uma competição profissional. Ainda com a base formada pelos garotos, é verdade, mas já com diversos candidatos a protagonistas. E que serão importantes para que o clube conquiste os principais objetivos na temporada. O primeiro desafio de 2024 é a disputa da Copa Rio. Não é a prioridade do Tricolor, de fato, mas pode significar um começo positivo para as pretensões futuras.

        O jogo de ida contra o América, rival tradicional e já com ritmo de competição, acontece nesta quarta-feira, 24, às 14h45, no Eduardo Guinle. Os ingressos são vendidos nas bilheterias do estádio, e custam R$ 20, com meia entrada a R$ 10. O duelo de volta está marcado para o dia 7 de agosto, neste mesmo horário, no Giulite Coutinho, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Ao todo são cinco fases, sendo que os clubes classificados das Séries A2, B1 e B2 se enfrentam na primeira fase, sempre em jogos de ida e volta.

Já as equipes da Série A Carioca ficam esperando os vencedores dos confrontos da primeira fase para enfrentá-los nas oitavas. Caso avance, o Frizão irá encarar o Volta Redonda. Equipes como Portuguesa, Audax e Nova Iguaçu podem pintar no caminho tricolor até uma hipotética decisão. Além de Friburguense x América, a 1ª fase da Copa Rio de Profissionais terá os embates entre Maricá x Duque de Caxias; Petrópolis x Paduano; Artsul x Serrano; Americano x Zinzane; Sampaio Corrêa x Bonsucesso; Olaria x São Cristóvão e Cabofriense x Belford Roxo.

        A Série B1 será o principal objetivo do Tricolor da Serra nesta temporada, sendo este o grande foco do clube – a competição começa apenas em setembro. A direção de futebol julga que o fato de priorizar duas competições ao mesmo tempo, sem ter a estrutura ideal – como a possibilidade de viajar e concentrar em hotéis, por exemplo – foi decisivo para o Friburguense não conseguir chegar às semifinais no ano passado.

        Quanto a montagem do elenco, o Frizão já tem feito uma série de contatos com equipes que disputam a Série A2 atualmente, alinhando algumas possibilidades de reforços para se juntarem aos garotos. O centro-avante Victor Hugo, que estava se destacando e se lesionou gravemente no ano passado, já treina no clube, assim como Johnny, que já está recuperado de uma cirurgia no joelho. O goleiro Júlio César, o volante Ronaldo e os zagueiros Maurício e Magrão, Pedro e os garotos Ryan, Barrozo e Igor também devem compor o plantel.

A ideia é, de fato, manter a base de 2023. A Copa Rio será disputada essencialmente com os garotos, e servirá como uma composição para a Série B1 – ressaltando, obviamente, que o clube não está abrindo mão da disputa da copa. A expectativa é que a manutenção do elenco leve o Friburguense a disputar, de fato, o acesso para a Série A2 estadual.

 

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Repúdio

terça-feira, 23 de julho de 2024

“Caro Ediwar Ismério. Em repúdio a nota assinada por você em nome do Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Centro-Norte Fluminense), publicada em A VOZ DA SERRA, na edição do último fim de semana, afirmo que seus argumentos estão completamente fora da realidade.

“Caro Ediwar Ismério. Em repúdio a nota assinada por você em nome do Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Centro-Norte Fluminense), publicada em A VOZ DA SERRA, na edição do último fim de semana, afirmo que seus argumentos estão completamente fora da realidade. Em nenhum momento o manifesto publicado por engenheiros e arquitetos no último dia 13, neste jornal, por um grupo insatisfeito com a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Nova Friburgo (Semmadus), atacou os funcionários, mas sim os lentos e burocráticos processos que por lá tramitam e que estão muito distantes da indústria 4.0 a que se refere. 

Com a sua publicação parece que estamos na Suíça onde tudo funciona. A cidade caminha para um futuro sombrio. O espraiamento brutal autorizado pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) aumentando a antropização à revelia da Semmadus é absurdo. Não temos calçadas caminháveis. A mobilidade é zero. A informalidade cresce cada vez mais na nossa área. Os profissionais que impulsionam a indústria da construção civil são relegados a este tipo de avaliação pelo órgão que é da indústria da construção e não somente dos empresários da construção.

Estes abnegados profissionais não têm a menor influência nos gabinetes e precisam e exigem que os processos funcionem na prática.

Onde está o urbanismo nesta cidade? Eis uma pergunta a se fazer.

Eu desafio que convoque este grupo, que se auto denominou de "Conexões Urbanas" para um debate e convidem todos os insatisfeitos. Um dia talvez, chegaremos mais perto dos melhores processos, talvez quando vocês entenderem que a cidade está acima de todos nós, e os interesses têm que ser comuns, e devem estar acima dos pessoais. Esclareço que estamos  todos do grupo dispostos ao diálogo aberto e transparente.”

Ivson Macedo (*)

(*) É engenheiro civil e ex-secretário municipal de Meio Ambiente e Fazenda, entre 2009 e 2010 e 2013 a 2016. Foi o coordenador do Projeto Gides, e da revisão do Plano Diretor que já contemplava ações de adaptação às mudanças climáticas. Criou as gerências de Geomática, de Geotecnia e de Hidrologia na Subsecretaria de Análise Técnica da Semmadus. Possui expertise em geotecnia, reforço de fundações em prédios instáveis e recuperação estrutural com fibras de carbono. Possui vários cursos de especialização na área geotécnica, tendo atuado nesta área em grande parte do Brasil.

 

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Economia Circular: Repensando produção e consumo para um futuro sustentável

terça-feira, 23 de julho de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

 

O assunto de hoje é sobre economia circular, que é um conceito que propõe uma abordagem mais sustentável para a produção e o consumo, com o objetivo de minimizar o desperdício e maximizar o aproveitamento de recursos. Em contraste com o modelo linear tradicional de "extrair, produzir, usar e descartar", a economia circular promove a reutilização, reciclagem e regeneração de materiais ao longo de todo o ciclo de vida de um produto.

 

Exemplos e benefícios 

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

 

O assunto de hoje é sobre economia circular, que é um conceito que propõe uma abordagem mais sustentável para a produção e o consumo, com o objetivo de minimizar o desperdício e maximizar o aproveitamento de recursos. Em contraste com o modelo linear tradicional de "extrair, produzir, usar e descartar", a economia circular promove a reutilização, reciclagem e regeneração de materiais ao longo de todo o ciclo de vida de um produto.

 

Exemplos e benefícios 

 

Um exemplo de economia circular é o processo de reciclagem de resíduos plásticos para produzir novos materiais ou produtos. Além disso, a adoção de modelos de negócios baseados em compartilhamento, como aluguel de produtos e plataformas de economia compartilhada, também são exemplos de economia circular. Os benefícios incluem a redução do consumo de recursos naturais, a minimização da poluição e do desperdício, a criação de empregos verdes e a promoção da inovação e eficiência.

 

Avanços no Brasil

 

Apesar dos desafios, o Brasil tem feito progressos significativos na promoção da economia circular. Iniciativas governamentais, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, têm incentivado a implementação de práticas de reciclagem e gerenciamento de resíduos. Além disso, empresas e organizações da sociedade civil têm desenvolvido projetos e programas para promover a economia circular em diversos setores, como moda, alimentos, tecnologia e construção civil.

 

Como contribuir

 

Os consumidores desempenham um papel fundamental na promoção da economia circular. Ao optar por produtos duráveis e de alta qualidade, priorizar produtos feitos com materiais reciclados ou recicláveis e apoiar empresas que adotam práticas de economia circular, os consumidores podem enviar um forte sinal de demanda por produtos sustentáveis. Além disso, a prática de reutilizar, reparar e reciclar produtos sempre que possível ajuda a fechar o ciclo e reduzir o desperdício.

 

Educação e conscientização

 

Para que a economia circular ganhe cada vez mais notoriedade e se torne uma realidade concreta, é essencial investir em educação e conscientização pública. Campanhas de sensibilização, programas educacionais e iniciativas de engajamento comunitário podem ajudar a informar e capacitar os consumidores a adotarem comportamentos mais sustentáveis e a pressionarem por mudanças positivas no mercado.

 

O papel das empresas e governos

 

Além dos consumidores, as empresas e os governos também desempenham um papel crucial na transição para uma economia circular. As empresas podem redesenhar seus produtos e processos para minimizar o desperdício, adotar práticas de produção mais limpas e investir em inovação e tecnologias sustentáveis. Já os governos podem desenvolver políticas e regulamentações que incentivem a economia circular, oferecer incentivos fiscais e financeiros e promover parcerias público-privadas para impulsionar a transição.

 

Exemplos de economia circular

 

Reciclagem de resíduos plásticos: Transformar resíduos plásticos em novos materiais ou produtos, como garrafas recicladas transformadas em roupas ou móveis plásticos reciclados.

Compartilhamento de bens e serviços: Plataformas de compartilhamento de recursos, como carros compartilhados, bicicletas compartilhadas e espaços de coworking, que permitem que várias pessoas usem um mesmo bem ou serviço, reduzindo a necessidade de produzir mais.

 

Economia de compartilhamento na moda: Serviços de aluguel de roupas e acessórios, onde os consumidores podem alugar peças de vestuário por um período determinado, promovendo a reutilização e reduzindo a demanda por novos produtos. Existe também a produção de moda sustentável que busca confeccionar roupas e acessórios com materiais de baixo impacto ambiental por meio da reciclagem e/ou reutilização.

 

Ecoparques industriais: Ecoparques ou parques industriais onde os resíduos de uma indústria se tornam matérias-primas para outra, promovendo a simbiose industrial e a redução do desperdício.

 

Produção de energia a partir de resíduos orgânicos: A utilização de resíduos orgânicos, como restos de alimentos ou biomassa, para a geração de energia renovável, como biogás ou biocombustíveis, reduzindo a dependência de fontes não renováveis.

 

·         Em última análise, a economia circular representa uma oportunidade única para repensar nosso modelo de produção e consumo e construir um futuro mais sustentável e resiliente. Com o engajamento e a colaboração de consumidores, empresas, governos e sociedade civil, podemos avançar na direção de uma economia circular que respeite os limites do planeta e promova o bem-estar de todas as pessoas.

 

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São Pedro e Barroso chegam à final da Super Copa SAF

terça-feira, 23 de julho de 2024

    Um campeão inédito ou um mais um bicampeão. O capítulo final da Super Copa SAF 2024 será escrito por Barroso e São Pedro no próximo domingo, 28, a partir das 13h45, no Estádio Márcio Branco, em Stucky.

        O rubro-negro do sétimo distrito chega para defender o título de forma invicta, com a campanha de duas vitórias e três empates, com nove gols marcados e quatro sofridos. Já a equipe de Olaria ganhou três partidas, perdeu uma e empatou outra, justamente com o rival do duelo decisivo. Foram sete gols marcados e dois sofridos até aqui. A decisão promete.

 

    Um campeão inédito ou um mais um bicampeão. O capítulo final da Super Copa SAF 2024 será escrito por Barroso e São Pedro no próximo domingo, 28, a partir das 13h45, no Estádio Márcio Branco, em Stucky.

        O rubro-negro do sétimo distrito chega para defender o título de forma invicta, com a campanha de duas vitórias e três empates, com nove gols marcados e quatro sofridos. Já a equipe de Olaria ganhou três partidas, perdeu uma e empatou outra, justamente com o rival do duelo decisivo. Foram sete gols marcados e dois sofridos até aqui. A decisão promete.

 

As semifinais

 

        Para garantir o passaporte e o direito de brigar pelo troféu, o Barroso venceu o Friburgo Sporting por 2 a 0 na semifinal. No primeiro tempo, o Friburgo tentou incomodar, adiantando as linhas e marcando a saída de bola. Por sua vez, a equipe de Olaria tentava surpreender o time adversário em jogadas pelas laterais.

O Barroso abriu o marcador, aos 30 minutos, depois de uma cobrança de escanteio: Amaral apareceu para tocar de cabeça e balançar a rede. Ainda na etapa inicial as duas equipes tiveram a chance em jogadas de bola parada e contra ataques.

Na etapa complementar, o Friburgo Sporting, que precisava do empate para garantir a classificação, buscou jogadas individuais e pelas laterais para igualar o marcador. O Barroso valorizou a posse de bola e buscou ampliar o placar no contra ataque. O time de Olaria chegou ao segundo gol, aos 37 minutos, depois de um lançamento para o atacante Mateus que chutou forte, sem defesa, para o goleiro adversário.

Já São Pedro e Corujão fizeram uma partida marcada por belas jogadas individuais. A equipe do distrito de São Pedro da Serra conseguiu o primeiro gol aos 50 minutos do primeiro tempo, quando a bola sobrou para Douglas Bastos acertar o chute de fora da área.

Na etapa complementar o São Pedro apostou em lançamentos longos e valorizou o resultado para carimbar a classificação, enquanto o Corujão intensificou as jogadas de ataque. O time de Olaria chegou a igualdade no placar aos 22 minutos. A bola chegou pela direita para João Victor que chutou forte, 1 a 1.

Por conta da campanha da primeira fase o São Pedro está na final da Supercopa SAF 2024, e vai tentar o segundo título, para se igualar ao Vargem Alta na galeria dos bicampeões. Para o Corujão, o sonho do tetra está adiado.

        Na primeira fase, os jogos da Super Copa SAF aconteceram em turno único, com as equipes dos grupos enfrentando as do outro chaveamento. O grupo A contou com São Pedro, Corujão, Amparo e Nilo Martins. Por outro lado, a chave B teve Barroso, Friburgo Sporting, São Lourenço e Unidos do Alto.

A Super Copa SAF de Futebol Amador 2024 foi idealizada pela SAF Assistencial, sendo organizada pela Liga Nova Friburgo de Desportos, com coorganizacão da Secretaria Municipal de Esportes.

 

BOX:

Resultados da primeira fase

 

1ª rodada - 23 de junho

Local: Estádio Márcio Branco (Stucky)

Friburgo Sporting 2 x 2 Corujão

Nilo Martins 0 x 1 Barroso                     

Unidos do Alto 1 x 1 Amparo    

São Pedro 3 x 0 São Lourenço           

 

2ª rodada - 30 de junho

Local: Estádio Guilherme Gripp (Amparo)

Unidos do Alto 2 x 2 São Pedro

Nilo Martins 1 x 7 Friburgo Sporting  

Corujão 1 x 0 São Lourenço  

Amparo 0 x 3 Barroso

 

3ª rodada - 7 de julho

Local: Estádio João Mendes da Silva (São Pedro)

São Lourenço 1 x 3 Nilo Martins

Corujão 1 x 1 Unidos do Alto

Amparo 1 x 3 Friburgo Sporting

São Pedro 1 x 1 Barroso

 

4ª rodada - 14 de julho

Local: Estádio Manoel Cabral Sobrinho (São Lourenço)

Friburgo Sporting 0 x 2 São Pedro

Barroso 0 x 1 Corujão

Nilo Martins 4 x 2 Unidos do Alto

São Lourenço 1 x 0 Amparo

 

Semifinais – último domingo, 21

Local: Estádio Márcio Branco (Stucky)

12h45 – Friburgo Sporting 0 x 2 Barroso

14h45 – São Pedro 1 x 1 Corujão

 

Final – próximo domingo, 28  

Local: Estádio Márcio Branco (Stucky)

13h45 – Barroso x São Pedro

 

 

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Papa: "Atentos à ditadura do fazer"

terça-feira, 23 de julho de 2024

Durante a oração mariana do último domingo, 21, o Papa Francisco fez um alerta para a nossa sociedade frequentemente prisioneira da pressa e do ativismo: "somente se o nosso coração não estiver consumido pela ansiedade de fazer, receberemos, no silêncio da adoração, a Graça de Deus".

Durante a oração mariana do último domingo, 21, o Papa Francisco fez um alerta para a nossa sociedade frequentemente prisioneira da pressa e do ativismo: "somente se o nosso coração não estiver consumido pela ansiedade de fazer, receberemos, no silêncio da adoração, a Graça de Deus".

 “Do Evangelho aprendemos que essas duas realidades, descanso e compaixão, estão interligadas: só quando aprendemos a descansar podemos ter compaixão”. Este foi o cerne da reflexão do Papa Francisco na alocução que precedeu a oração do Angelus, deste domingo, para os milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

A liturgia (Mc 6,30-34), introduziu o Papa, narra que os apóstolos, ao retornar da missão, se reuniram ao redor de Jesus e lhe contaram o que haviam feito; então, Ele lhes disse: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. As pessoas, no entanto, percebem seus movimentos e, quando descem da barca, Jesus encontra a multidão que o esperava, e sentindo compaixão, Ele começa a ensinar.

Não perder de vista o essencial

Francisco sublinhou que, de um lado, temos o convite ao descanso e, de outro, a compaixão pela multidão, e completou, “parecem duas coisas inconciliáveis, mas, na verdade, elas se complementam”:

“Jesus se preocupa com o cansaço dos discípulos. Talvez Ele perceba um perigo que também pode afetar nossas vidas e nosso apostolado, quando, por exemplo, o entusiasmo em realizar a missão, assim como as responsabilidades e as tarefas que nos são confiadas, nos tornam vítimas do ativismo, excessivamente preocupados com as coisas a fazer e com seus resultados.”

Segundo o Papa, tais comportamentos impostos pela sociedade e pelo trabalho nos deixam agitados e assim perdemos de vista o essencial, arriscando esgotar nossas energias e cair no cansaço do corpo e do espírito:

“Este é um alerta importante para nossas vidas, para a nossa sociedade frequentemente prisioneira da pressa, mas também para a Igreja e para o serviço pastoral: devemos estar atentos à 'ditadura do fazer'!”

"Irmãos e irmãs, vamos tomar cuidado com a ditadura do fazer! Isso pode acontecer por necessidade, também nas famílias, quando, por exemplo, o pai, para ganhar o pão, é obrigado a se ausentar para trabalhar, sacrificando assim o tempo que poderia dedicar à família. Muitas vezes ele sai de manhã cedo, quando as crianças ainda estão dormindo, e volta tarde da noite, quando já estão na cama. E isso é uma injustiça social. Nas famílias, o pai e a mãe deveriam ter tempo para compartilhar com os filhos, para cultivar esse amor familiar e não cair na ditadura do fazer. Pensemos no que podemos fazer para ajudar as pessoas que são obrigadas a viver assim."

Um olhar compassivo em direção ao próximo

Ao mesmo tempo, o descanso proposto por Jesus não é uma fuga do mundo, uma retirada para o bem-estar pessoal, recordou o Pontífice, pelo contrário, diante da multidão perdida, Ele sente compaixão: “De fato, é possível ter um olhar compassivo, que consegue perceber as necessidades do outro, somente se o nosso coração não estiver consumido pela ansiedade de fazer, se soubermos parar e, no silêncio da adoração, receber a Graça de Deus.”

Descansar no Espírito

O Papa então propôs aos fiéis alguns questionamentos para uma reflexão pessoal: “Eu sei parar durante os meus dias? Sei dedicar um momento para estar comigo mesmo e com o Senhor, ou estou sempre tomado pela pressa das tarefas a realizar? Sabemos encontrar um pouco de 'deserto' interior em meio aos ruídos e às atividades de cada dia?"

Que a Virgem Santa nos ajude a “descansar no Espírito” mesmo em meio a todas as atividades cotidianas, e a sermos disponíveis e compassivos com os outros, concluiu o Papa Francisco.

Fonte: Vatican News

 

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A VOZ DA SERRA é o amigo que defende as nossas expectativas

terça-feira, 23 de julho de 2024

      Mais uma data que mereceu celebração – 20 de julho, Dia do Amigo. O Caderno Z, nosso fiel amigo de todos os fins de semana, nos trouxe um documentário muito amigável sobre o tema. A começar pela escolha da data criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro que se inspirou quando o homem pisou na Lua, em 20 de julho de 1969. As amizades, geralmente, começam a se formar em nossa infância e algumas delas nos acompanham pela vida afora. Outras se perdem no tempo e muitas aparecem assim, do nada, e ficam como se fossem vindas de outras eras.

      Mais uma data que mereceu celebração – 20 de julho, Dia do Amigo. O Caderno Z, nosso fiel amigo de todos os fins de semana, nos trouxe um documentário muito amigável sobre o tema. A começar pela escolha da data criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro que se inspirou quando o homem pisou na Lua, em 20 de julho de 1969. As amizades, geralmente, começam a se formar em nossa infância e algumas delas nos acompanham pela vida afora. Outras se perdem no tempo e muitas aparecem assim, do nada, e ficam como se fossem vindas de outras eras. Eu ouvia, quando criança, que “amigos são os olhos da cara” e achava isso uma grande mentira, já que eu tinha muito mais do que duas amizades. Onde elas moram agora? Nem todas eu sei, mas, estão no meu coração, pois Milton canta: “O que importa é ouvir a voz que vem do coração...”.

Antes da avalanche das redes sociais, Roberto Carlos disse em uma de suas canções – “eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar...”. Parecia um sonho ter um milhão de amigos e muita gente achava um disparate do Rei Roberto. Hoje, mais do que um amigo, as pessoas podem ter milhões de seguidores num estalar de dedos num teclado digital. “Migo, irmão, cara, mano, vey”, não importa a denominação. No Brasil as pesquisas indicam que as pessoas preferem mais desabafar com amigos, em vez de abrirem suas caixas de segredos com os parceiros conjugais. Ainda está na moda fazer amigos de forma presencial e nada há de mais delicioso do que uma boa conversa com alguém que nos entenda e troque figurinhas com a gente.

“E quando a amizade chega ao fim?” – Eu responderia que talvez não seja o fim, mas a mudança na convivência, um afastamento por falta de um contato mais próximo e as afinidades já não são tantas. Mudam-se os hábitos, as moradias, os compromissos profissionais ou os de outras ocupações. Tudo pode gerar um esfriamento e, mais do que a distância geográfica, o distanciamento das ideias e dos ideais, o que mais, provavelmente, ocorre. Seja do jeito que for, sempre é tempo de celebrar as amizades, pois na canção de Toy Story – “Amigo é coisa séria pois é opção do coração”. Eu arremato com dois versos de Izo Goldman: “Tendo os amigos que eu tenho, eu nem preciso de mim...”. A VOZ DA SERRA, grata pela amizade e prestígio de sempre!

            No clima amigável promovido pelo Caderno Z, seguimos em viagem literária pela edição do jornal do último fim de semana e paramos na estação “Sociais”, onde amigos nos esperam para um brinde especial. Carminha Basílio, aniversariante do último dia 16, festejou com sua beleza e simpatia, mais um ciclo se iniciando em sua linda existência. Ângela Carestiato, uma das musas da tradicional e muito amada família Carestiato, aniversariou na sexta-feira, 19. Ela, que é todo carinho no restaurante Poivre, no Espaço Arp, é um encanto de pessoa, não fugindo ao dom de encantar de sua família. Completando seis décadas com “pique” dos 30, o estimado comunicador, Marcelo Merecci, merece muitos vivas pela nova idade, em 21 de julho. Com sua legião de amigos, onde me incluo, parabéns e grata pela amizade. Aos queridos aniversariantes, saúde, paz e amor!

            O Cão Sentado, na charge de Silvério, é o nosso arauto das boas novas, sejam elas reivindicativas, alarmantes ou comemorativas. Desta vez, o cão amigo se vestiu de bandeira friburguense para anunciar as “Eleições 2024”, assunto que A VOZ DA SERRA desenvolveu muito bem em matéria de página inteira, com o início do prazo para as convenções partidárias. O calendário eleitoral requer que sejam observadas e cumpridas várias regras para que se chegue ao pleito, no dia 6 de outubro, de forma ordeira, dentro do amplo processo democrático vigente.

            A internet veio trazer muitas facilidades em todos os setores da vida dos internautas e entre os muitos benefícios estão os sites de compras online. Desde a comodidade da escolha dos produtos até o momento da entrega, em domicílio, a tudo isso, soma-se a praticidade de pagamento. Entretanto, o Procon-RJ está de olho na fiscalização de venda de dispositivos eletrônicos para fumar, proibida pela Anvisa desde 2009, que tem sido comercializada de forma contrária ao que rege a proibição.  Algumas plataformas já foram notificadas sobre a ocorrência de tais vendas. O mercado virtual facilita a vida de muita gente, mas nem tudo é mercado livre.

            O Festival Sesc de Inverno está esquentando e não há frio que possa prender em casa os amantes dos espetáculos artísticos que tanto nos encantam. Já tivemos Barão Vermelho e Paralamas do Sucesso. Para o próximo fim de semana, mais atrações imperdíveis começando na sexta-feira, 26, com Ana Carolina, cantando Cássia Eller. No sábado, 27, Tony Garrido e no domingo, 28, Daniela Mercury. Tudo de graça, no Nova Friburgo Country Clube. A organização do evento pede um quilo de alimento não perecível para o Mesa Brasil, do Sesc. Toda a arrecadação será destinada a entidades assistenciais friburguenses cadastradas no projeto. Que show! Parabéns!...

 

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Gostar, simples assim!?

terça-feira, 23 de julho de 2024

Acredito que vou precisar escrever uma infinidade de textos para comentar as reflexões de Marcel Prout sobre as situações diárias, contidas no livro “Em busca do tempo perdido”. A cada página, tenho que refletir. Às vezes, fico cansada, reconheço. Mas a cada momento em que penso, revejo fatos da minha vida ou mesmo da existência de um modo geral e vou tirando conclusões, lendo e pesquisando outros autores, adentrando em conjecturas novas ou já conhecidas. Hoje, vou sobrevoar aspectos positivos do gostar, um tema que nos é fundamental. 

Acredito que vou precisar escrever uma infinidade de textos para comentar as reflexões de Marcel Prout sobre as situações diárias, contidas no livro “Em busca do tempo perdido”. A cada página, tenho que refletir. Às vezes, fico cansada, reconheço. Mas a cada momento em que penso, revejo fatos da minha vida ou mesmo da existência de um modo geral e vou tirando conclusões, lendo e pesquisando outros autores, adentrando em conjecturas novas ou já conhecidas. Hoje, vou sobrevoar aspectos positivos do gostar, um tema que nos é fundamental. 

Nada é mais perfeito e imperfeito do que o gostar, que pode nos surgir de modos improváveis e inesperados, chegando de mansinho e vagando em torno de nós, até que o percebamos. “Era uma pessoa igual a cem mil outras pessoas. Mas eu fiz dela um amigo, agora ela é única no mundo” (Saint-Exupéry, em O Pequeno Príncipe).

O gostar de alguém é um sentimento que vai surgindo singularmente, sem um sentido determinado e vai tomando conta do nosso sentir. É a ternura que brota como uma semente despretensiosa e pode se tornar, inclusive, uma árvore frondosa, carregada de frutos. Sempre que faço parte de um grupo, o sentimento do gostar fica se chegando, como quem não quer nada, criando disposições, quer seja de parte a parte ou não. A gente vai conhecendo o outro e a nós mesmos também, haja vista que a convivência nos modifica. Assim, vamos fazendo nossas histórias acontecerem no dia a dia.

Sentir afeição por uma pessoa é saudável e prazeroso. Mais ainda é guardar esse sentimento e alimentá-lo por um tempo ou pela vida afora. É diferente do sentimento que nutre laços afetivos parentais, como entre irmãos, cônjuges, pais e filhos, avós e netos.

Sempre vemos a pessoa de quem gostamos de forma única, e, da mesma forma, assim somos vistos. É um reconhecimento particular do modo de ser do outro. E aí está um bom desafio: vê-lo sem enganações e tendências, ou seja, percebê-lo com os olhos descompromissados. Não é preciso buscar algo urgente a comunicar para dizer “Olá!” Um encontro de cinco minutos pode deixar registros a serem saudosamente lembrados. Simples assim!

São exatamente naqueles cinco minutos, mesmo guardando o gostar por tantas outras pessoas, que aquele afeto nos é a mais especial. Somos seres emotivos por excelência. Aliás, como qualquer animal; o olhar do cavalo, do cachorro ou de outro bicho revela, pelo brilho e intensidade, o afeto que guarda pelos seus donos e expressa um dos mais sinceros gestos.

O povo Umbundu, originário do Planalto Central de Angola, considera que o olhar do outro nos dá existência. Sim, existimos quando somos vistos. A cada relação de amizade, ganhamos existência própria; somos uma pessoa para cada amigo que temos, e a amizade tem o poder de nos transformar em várias pessoas. Que engrandecimento maravilhoso!

Quando me sinto pequena e sem jeito, mas sob o olhar de uma pessoa que gosta de mim, fico melhor e ganho outras formas diante do espelho para o qual olho todos os dias de manhã. Que magia tem o gostar!

Proust nos mostra como mergulhar fundo em cada instante do dia a dia para descobrirmos universos carregados de sabedoria. Basta relaxar e perceber.  E deixar-se gostar e ser gostado.  

 

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Estradas perigosas

sábado, 20 de julho de 2024

“É inadimissível o descaso que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio, o DER, tem com as estradas do interior. Temos em Nova Friburgo uma regional deste órgão e nem assim, as rodovias estaduais que cortam nossa cidade são atendidas por um serviço a contento. A RJ-150, que liga Friburgo a Amparo e São José do Ribeirão, é uma vergonha. Está cheia de buracos e apresenta risco iminente de acidentes. O que o DER já gastou com maquiagens nas rotineiras operações tapa-buracos daria para recuperar todo o asfalto. Temos em Nova Friburgo uma usina de asfalto.

“É inadimissível o descaso que o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio, o DER, tem com as estradas do interior. Temos em Nova Friburgo uma regional deste órgão e nem assim, as rodovias estaduais que cortam nossa cidade são atendidas por um serviço a contento. A RJ-150, que liga Friburgo a Amparo e São José do Ribeirão, é uma vergonha. Está cheia de buracos e apresenta risco iminente de acidentes. O que o DER já gastou com maquiagens nas rotineiras operações tapa-buracos daria para recuperar todo o asfalto. Temos em Nova Friburgo uma usina de asfalto. Porque então não se faz uma parceria com a prefeitura?. O DER entra com a mão de obra e o município com a massa asfáltica. Outras estradas estaduais estão na mesma situação. Uma pena. Falta vontade para resolver.”    

Eliezer Constantino 

 

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