Quase 90% dos empresários fluminenses esperam melhora em seus negócios

Perspectiva otimista refere-se ao próximo trimestre e reflete o avanço da vacinação no estado
sexta-feira, 20 de agosto de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Comércio em Nova Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique Pinhiro)
Comércio em Nova Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique Pinhiro)

A confiança dos empresários do comércio fluminense quanto a melhora em seus negócios no próximo trimestre aumentou e se consolidou em agosto. É o que constatou uma pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) com comerciantes do setor, realizada entre os últimos dias 2 e 7 com 261 empresários de vários municípios fluminenses. Ressaltando que o aumento no número de vacinados, com as duas doses ou a dose única continua se refletindo nos negócios e na percepção da melhora da economia no estado.

Em relação às expectativas dos empresários para os próximos três meses, em agosto, 87% afirmam que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito – este índice em julho foi de 86% e em junho, de 76,7%, ou seja nove em cada dez comerciantes estão confiantes na evolução dos seus negócios. Neste novo levantamento, 8,8% dos entrevistados afirmam que a situação deve continuar igual. Outros 4,2% creem numa piora ou piora acentuada na situação de suas empresas - no mês passado eram 5,8%; em junho, 8,9% e maio, 11,5%.

Questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 43,9% dos empresários afirmaram ser a demanda insuficiente, contra 45,6% em julho. Outros 51,3% apontaram restrições financeiras; no mês anterior eram 47%. Para 12,3% a falta de espaço e/ou equipamentos é o maior impeditivo, contra 13,5% na última sondagem. A falta de mão de obra é apontada por 6,6%; no mês passado eram 9,3%.

A pesquisa aponta, ainda, que para 23% dos entrevistados a situação de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses, percentual menor do que o apurado em julho (24,9%), porém ainda maior que os resultados de junho (20,5%) e maio (11,7%). Para 44,1% dos empresários, houve piora ou muita piora. No mês anterior eram 46,3% e no acumulado até junho (57,1%) – mostrando uma redução de 13 pontos percentuais, em maio eram 71,1%. Outros 33% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual, em julho foram 28,8%.

Demanda por bens e serviços

O número de empresários que afirmam que diminuiu ou diminuiu muito a demanda pelos serviços e bens de suas empresas nos últimos três meses sofreu nova redução em agosto, atingindo para 46%. Em julho eram 48,7% e junho 60,9%, uma queda acumulada de 14,9 pontos percentuais. Nessa consulta, 32,6% dos entrevistados acreditam que a demanda se manteve igual. Em julho, esse percentual era de 30,7. Para 21,5%, houve um aumento ou grande aumento, no mês anterior eram 20,6%.

Sobre as expectativas para as demandas no próximo trimestre, 69,7% dos empresários esperam que haja algum tipo de aumento – quarto aumento consecutivo –, anteriormente esse percentual era de 62,3%. Por outro lado, 23,4%  acreditam numa estabilização, índice menor que o registrado em julho e junho (28%). Para 6,9%, haverá diminuição ou diminuição acentuada na busca por produtos e serviços de suas empresas, na pesquisa anterior eram 9,7%.

Empregos

Em relação ao quadro de colaboradores nos últimos três meses, 22,2% afirmam que o quadro diminuiu bastante, frente aos 19,8% do mês de julho. Outros 24,9% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma o quadro de funcionários, no levantamento anterior eram 26,5%. Para 48,3% o número de empregados foi estabilizado, frente aos 49,8% em julho. Apenas 4,6% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações, contra os 3,9% apurados no mês anterior.

No estudo deste mês, 55,6% afirmam que esperam manter o número de colaboradores pelos próximos três meses, em julho eram 59,1%. O percentual de empresários que devem demitir aumentou de 14% para 19,2%. Outros 25,3% de entrevistados devem aumentar seu quadro de funcionários nos próximos meses. Em julho eram 26,8%, redução de 1,5 pontos percentuais.

Preço dos fornecedores

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores subiram em relação ao mês anterior: 88,9% perceberam alguma elevação desses custos – em julho eram 85,9%, seguidos por 6,5% que acham que houve estabilização (julho/9,7%) e, para apenas 4,6%, o preço foi reduzido (julho/4,2%). Em relação ao abastecimento dos estoques no último trimestre, 57,5% afirmam que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, em julho eram 47%. Para 33,8%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, no mês passado eram 43,3%. E apenas 8,8% ficaram com estoque acima do planejado, frente aos 9,8% da pesquisa anterior.

Inadimplência

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas apresentou leve alta, indo de 34,3% em julho para 37,5% nesta sondagem. Já o percentual das empresas que ficaram pouco inadimplentes diminuiu de 21,8% para 20,3%. O número de empresários que não ficaram com restrições caiu de 44% para 42,1%. Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (40,4%), bancos comerciais (36%), aluguel (30,9%), tributos federais (27,2%), luz (24,3%) e telefone celular/fixo (22,1%).

 

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TAGS: negócios