Promover ações de acolhimento e de capacitação profissional para a indústria têxtil de mulheres refugiadas em Nova Friburgo foi o tema da reunião entre representantes do Conselho Firjan de Mulheres, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, prefeitura e Agência da Organização das Nações Unidas para Migrações (OIM). O encontro ocorreu no espaço do Senai Moda durante a abertura da Feira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-prima (Fevest), na última quinta-feira, 1º.
A presidente do Conselho de Mulheres da Firjan e diretora da entidade, Carla Pinheiro, abriu o encontro destacando que o novo fórum da Firjan tem como um dos objetivos criar uma rede de fortalecimento do empreendedorismo e o crescimento da participação feminina nos níveis gerenciais das empresas e, até mesmo, na política. Segundo ela, o programa de inserção da mulher refugiada, promovida pela OIM, vem ao encontro das ações da Firjan.
Segundo a vice-presidente do Conselho de Mulheres e presidente da representação regional da Firjan no Centro-Norte fluminense, Márcia Carestiato Sancho, já existe o interesse de empresas do setor da moda íntima friburguense em contratar essas mulheres. “Já nos reunimos com empresas do setor que demonstraram grande interesse na contratação de refugiadas. Sabemos que há uma carência de mão-de-obra qualificada, que poderá ser suprida com essas mulheres. Também já conversamos com a construção civil para que seus parceiros possam ser empregados”, comentou.
O prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon, relatou que o município abriga um grupo de 15 famílias venezuelanas, assistidas pela Secretaria de Assistência Social. “Uma parceria entre o poder público municipal, indústria e agência da ONU será fundamental para a capacitação das trabalhadoras e na geração de mais empregos e renda no município”, afirmou.
Já o coordenador de projeto da OIM, Diogo Felix, disse que a experiência com mulheres refugiadas no Brasil já ocorre em duas cidades no Sul do país e a possibilidade de trazer essa ação para Friburgo será uma “grande oportunidade de honrar a história de migração do município serrano e ressignificar esse movimento, agora com uma nova leva de pessoas que podem contribuir com a cidade, atendendo às necessidades do setor produtivo”.
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