Golpe da maquininha se espalha pelo país e já causou prejuízo de R$ 4,8 bilhões

Os estelionatários costumam atuar de forma discreta e articulada
quarta-feira, 30 de julho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
O número de estelionatos explodiu no Brasil. Em seis anos, os registros desse tipo de crime aumentaram mais de 400%, segundo dados divulgados nesta semana. Só em 2024, foram mais de dois milhões de casos, uma média de quatro vítimas por minuto. Em seis anos, esse tipo de crime cresceu mais de 400%, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Uma das variações do golpe é o uso indevido da tecnologia de aproximação
Entre as fraudes mais comuns está o uso de maquininhas adulteradas por criminosos que se passam por taxistas, entregadores ou ambulantes. No momento do pagamento, eles pedem o cartão físico e, com o visor danificado ou camuflado, induzem a vítima a digitar a senha sem conseguir conferir o valor da compra. Em seguida, o cartão é trocado por outro semelhante, sem que a vítima perceba. Com posse do cartão verdadeiro e da senha, os estelionatários conseguem realizar compras de até R$ 17 mil.

Estima-se que o golpe tenha causado um prejuízo de R$ 4,8 bilhões apenas nos últimos 12 meses. Um dos fatores que facilita a ação dos golpistas é o uso de um botão camuflado na maquininha que permite a visualização da senha digitada. Com acesso aos dados bancários e ao cartão, o golpe é executado em poucos minutos, sem levantar suspeitas imediatas.

Como os criminosos agem

Os estelionatários costumam atuar de forma discreta e articulada. Em muitos casos, alegam problemas técnicos como “erro de conexão” ou “sinal fraco” para distrair a vítima e manipular a maquininha. Em versões mais recentes do golpe, o visor foi substituído por uma tela no celular do próprio golpista, impedindo qualquer conferência de valores.

Outra variação do golpe é o uso indevido da tecnologia de aproximação. Em locais cheios, como transportes públicos ou eventos, os golpistas passam maquininhas escondidas perto de bolsas e bolsos, registrando cobranças sem que a vítima perceba.

Perfil dos alvos e cenários de risco

Os alvos preferenciais são passageiros em situações de vulnerabilidade, como turistas, idosos ou pessoas apressadas. Áreas movimentadas, como rodoviárias, aeroportos e centros comerciais, são pontos frequentes para a ação dos falsos taxistas. O golpe explora a confiança natural no serviço de táxi, especialmente em pontos que parecem oficiais.
  • Locais de risco: Aeroportos, rodoviárias e pontos de táxi movimentados.
  • Público-alvo: Turistas, idosos e pessoas em horários de pico.
  • Horários comuns: Noite e madrugada, quando a atenção é menor.
  • Cidades afetadas: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte lideram os casos.

Medidas práticas para se proteger

Proteger-se do golpe exige atenção e mudanças simples no comportamento. Autoridades recomendam o uso de serviços de transporte por aplicativo, que oferecem maior rastreabilidade e opções de pagamento integradas. Quando o táxi for inevitável, prefira pontos oficiais com motoristas cadastrados.

O pagamento por PIX ou cartão por aproximação reduz a chance de fraude, já que dispensa a inserção do cartão na máquina. Caso o motorista insista em usar o cartão físico, verifique o visor da maquininha e confira o valor antes de digitar a senha. Qualquer comportamento suspeito, como pressão excessiva do motorista, deve ser um alerta:
  • Use aplicativos: Plataformas como Uber e 99 têm pagamento integrado;
  • Prefira PIX: Evite a exposição de dados do cartão;
  • Confira o valor: Sempre cheque o visor da maquininha antes de pagar;
  • Desconfie de pressa: Motoristas que apressam o pagamento podem ser fraudulentos.

Bancos também orientam a ativação de notificações em tempo real para transações. Isso permite identificar débitos suspeitos imediatamente. Em caso de golpe, contate o banco para bloquear o cartão e registrar um boletim de ocorrência. Se você foi vítima do golpe da maquininha, reaja imediatamente:
  • Bloqueie o cartão pelo app do banco ou pela central telefônica;
  • Registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou de forma online;
  • Notifique a operadora do cartão de crédito, informando a fraude;
  • Solicite o estorno das compras feitas de forma indevida;
  • Reduza os limites temporariamente de crédito e transferências, como medida de contenção;

Quanto mais rápido for o seu posicionamento, maiores são as chances de reverter o prejuízo.

 

(Fonte: C6 Bank e G1)

 

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