Está agendada para o dia 5 de março a realização de um pregão para aquisição de água mineral acondicionada em galões de 20 litros para uso das secretarias da Prefeitura de Nova Friburgo. A estimativa é que a compra onere os cofres públicos em R$ 73.483,20, para suprir essa demanda pelo período de um ano. As informações constam em publicação no Diário Oficial eletrônico do município da última quarta-feira, 5.
De acordo com nota enviada pela prefeitura à redação de A VOZ DA SERRA, com esse valor serão adquiridos 6.804 galões de 20 litros, ou seja, cada galão sairá por R$ 10,80. Dividindo o número total de galões pelos 12 meses do ano, serão consumidos, em média, 567 galões por mês. Isso equivale a R$ 6.123,60 apenas para o consumo de água mineral.
Questionada por A VOZ DA SERRA se havia o planejamento de substituir o uso de galões de água mineral por bebedouros e/ou purificadores de água, a prefeitura informou apenas que “não existe nenhum projeto neste sentido”.
Câmara aboliu os galões
No fim do ano passado, conforme noticiado por A VOZ DA SERRA na edição de 21 de dezembro, o presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo, vereador Alexandre Cruz, anunciou a tradicional devolução de recursos da Casa Legislativa à prefeitura, que na ocasião foi de R$ 2.925.316,53.
De acordo com o chefe do Legislativo friburguense, a economia refletia, parcialmente, a redução no quadro de funcionários acordada junto ao Ministério Público, mas também foi resultado de medidas adotadas durante o ano passado, como a troca das lâmpadas comuns pelas de LED, que representou uma economia de 56% em energia elétrica; o controle nos gastos com combustível; e a substituição dos galões de água por purificadores de água.
Esta última medida, apesar de parecer inócua, tem gerado uma economia significativa nos gastos da Câmara de Vereadores. A VOZ DA SERRA apurou que, em 2017, último ano em que a Casa Legislativa comprou galões de 20 litros de água mineral, foram gastos R$ 5.616 – cabe destacar que o valor é muito inferior ao gasto pela prefeitura porque a demanda da Câmara é infinitamente menor do que a do Executivo Municipal.
Já em 2018, quando a Câmara decidiu abolir o uso de galões de água mineral, foram gastos R$ 4.447 com a compra de purificadores de água, mais R$ 470 com o refil do filtro, ou seja, um total de R$ 4.917 – menos do que o gasto no ano anterior com a compra de galões. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação da Câmara, em 2019 e em 2020 foram gastos apenas R$ 470 (em cada ano) com a reposição dos refis dos filtros dos purificadores de água, uma economia considerável.
Vantagens de abolir os galões
São muitos os motivos que fazem valer a pena substituir os galões de água mineral por bebedouros e/ou purificadores de água. Em primeiro lugar, muita gente acha que a água mineral é melhor e, por isso, acaba optando pelo filtro com galão. Porém, a água da rede geral de distribuição vem acrescida com cloro e outras substâncias que ajudam na saúde.
O galão, além de ter um custo mais elevado, após aberto, deve ser consumido em até três dias para que não haja proliferação de bactérias. Isso sem falar da necessidade de se fazer a higienização e a troca do galão sempre que ele acabar.
Além disso, a água filtrada evita que se possa ingerir água contaminada, porque o filtro é capaz de reter as impurezas, evitando, consequentemente, doenças diversas. É claro que, para esse processo funcionar bem, deve-se realizar a manutenção constante com a troca de filtro, de acordo com as orientações do fabricante. Mas, ao fazer isso, é possível evitar problemas, como diarreias, vômitos e outros, evitando que os funcionários/servidores não faltem ao trabalho por esse motivo.
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