Pandemia já quadruplicou a quantidade de motoboys em Friburgo

Com mais atividades restritas no comércio de serviços, entregas em domicílio disparam após o último decreto
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Motoboys em Nova Friburgo (Fotos: Henrique Pinheiro)
Motoboys em Nova Friburgo (Fotos: Henrique Pinheiro)

Desde o último dia 20, está em vigor um novo decreto municipal que restringiu ainda mais as atividades comerciais em Nova Friburgo na vigência da bandeira vermelha. É mais uma estratégia da prefeitura para tentar conter o avanço dos casos de coronavírus, que a exemplo de demais municípios e estados aumentou nas últimas semanas. Por conta do novo decreto, bares e restaurantes não podem receber clientes para consumo nos próprios estabelecimentos. Empresários do setor tentam um diálogo com o prefeito para reverter a decisão.

No ano passado, em março, assim que foi decretada a pandemia, o então prefeito Renato Bravo emitiu um decreto que limitava as atividades ditas essenciais e com isso diversos estabelecimentos ficaram meses sem funcionar. Naquela ocasião, as empresas de entregas em domicílio (deliverys) viu crescer significativamente a demanda de pedidos forma a não conseguir atender todas as solicitações. Os restaurantes que já possuíam o serviço tiveram que contratar mais motoboys. Os restaurantes que ainda não possuíam empresas de transporte para entregas credenciadas perceberam que tornara-se necessário ter em seu quadro de funcionários ou terceirizados a opção de entrega de refeições em domicílio, ou então perderia clientes.

O crescimento da procura por motoboys é mais sazonal, mas contínuo, que independe da época e da pandemia. Em Nova Friburgo já existem muitas empresas que prestam serviços de entrega, e a maior parte das farmácias e restaurantes oferecem essa comodidade a seus clientes. O conforto do cliente aliado à facilidade do prestador de serviço em atender os pedidos faz com que o mercado de motoboys seja cada vez mais requisitado no município.

Segundo uma das empresas de delivery consultadas por A VOZ DA SERRA, a demanda caiu ligeiramente no início deste mês, por conta da “fugidinha” dos friburguenses para as festas de fim de ano, mas segundo a empresa o fluxo de solicitações já está retomando a demanda o habitual. A empresa revelou que seu quadro de motociclistas aumentou quatro vezes, passando de 15 para 60 entregadores, por conta da pandemia.

Risco de acidentes e poluição sonora 

Alvos de muitas críticas no dia a dia, especialmente por conta da maneira agressiva de pilotar as motos de alguns profissionais desse setor e pelo barulho exagerado daqueles que insistem em utilizar a moto com escapamento aberto – uma minoria, cabe ressaltar -, os motoboys estão sentindo que, finalmente, estão tendo seu valor reconhecido pela sociedade. Outrso também abusam da velocidade, o que resulta em mais acidentes envolvendo motos na cidade. 

“Trabalhamos sob sol, chuva, frio ou calor, mas somos mal tratados por algumas pessoas. Ainda assim, fazemos nosso trabalho com muito orgulho. E mesmo diante dessa crise estamos firmes e fortes para atender a todos”, disse Wesley Moura, motoboy autônomo há cinco anos. Ele explica ainda que muitos motoboys estão conseguindo obter uma renda extra nesse período já que os pedidos de entregas aumentaram bastante. Mesmo assim, muitos estão com medo de trabalhar por causa do risco de contaminação pelo coronavírus: "É um trabalho perigoso, pois frequentamos locais para comprar os produtos, entregar e não sabemos o que a outra pessoa tem. Temos que tomar precauções e enfrentar o dia a dia. É o nosso trabalho", finalizou.

Risco de acidentes e poluição sonora 

Alvos de muitas críticas no dia a dia, especialmente por conta da maneira agressiva de pilotar as motos de alguns profissionais desse setor e pelo barulho exagerado daqueles que insistem em utilizar a moto com escapamento aberto – uma minoria, cabe ressaltar -, os motoboys estão sentindo que, finalmente, estão tendo seu valor reconhecido pela sociedade. Outrso também abusam da velocidade, o que resulta em mais acidentes envolvendo motos na cidade. 

“Trabalhamos sob sol, chuva, frio ou calor, mas somos mal tratados por algumas pessoas. Ainda assim, fazemos nosso trabalho com muito orgulho. E mesmo diante dessa crise estamos firmes e fortes para atender a todos”, disse Wesley Moura, motoboy autônomo há cinco anos. Ele explica ainda que muitos motoboys estão conseguindo obter uma renda extra nesse período já que os pedidos de entregas aumentaram bastante. Mesmo assim, muitos estão com medo de trabalhar por causa do risco de contaminação pelo coronavírus: "É um trabalho perigoso, pois frequentamos locais para comprar os produtos, entregar e não sabemos o que a outra pessoa tem. Temos que tomar precauções e enfrentar o dia a dia. É o nosso trabalho", finalizou.

 

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