Obra no Loteamento Tiradentes, em Amparo, ainda não começou

Previsão é que contenção tivesse sido iniciada este mês com término em março. Serviço vai custar pouco mais de R$ 400 mil
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
A cratera na estrada Velha de Amparo (Foto: Henrique Pinheiro)
A cratera na estrada Velha de Amparo (Foto: Henrique Pinheiro)

Depois de quase um ano de espera, as obras na Rua Jerônimo de Castro, na altura da curva da morte, no Loteamento Tiradentes, distrito de Amparo, iria começar no último dia 9. Pelo menos é o que indica uma placa do Ministério do Desenvolvimento Regional. A empresa Itaúba Construtora Ltda é a responsável pela execução do serviço que vai custar R$ 416.125,91. Segundo moradores da localidade, o canteiro da obra foi montado na última semana, mas o serviço ainda não começou. A expectativa dos moradores para que a obra seja iniciada, continua. Segundo o que informa a placa do Governo Federal, a previsão é de que a contenção se estenda por aproximadamente quatro meses, com término previsto para o 9 de março de 2021.

Os moradores temem que a situação no loteamento piore com as chuvas recentes; Nas últimas semanas, o município tem sofrido consequências em razão de temporais. No início desta semana, o distrito de Conselheiro Paulino foi castigado pelas últimas chuvas e os moradores de Amparo temem que o mesmo aconteça no Loteamento Tiradentes, já que parte da Rua Jerônimo de Castro cedeu em dezembro do ano passado.

Por conta da queda de parte da rua, os ônibus da linha Centro-Amparo que atendem aos moradores do Loteamento Tiradentes circulam atualmente até cerca de 300 metros antes do local do deslizamento, conhecido como Curva da Morte. Por meses a população ficou sem transporte público. Atualmente, um micro-ônibus disponibilizado pela empresa Faol realiza o serviço de baldeação: os passageiros desembarcam do ônibus de linha regular, atravessam o trecho onde houve o deslizamento a pé e embarcam no micro-Ônibus para seguir viagem até o ponto final no alto do Loteamento Tiradentes. 

O serviço, no entanto, não agrada a todos, pois a baldeação não ocorre em todos os horários. Os usuários que a ampliação da grade de partidas no serviço especial. Em nota, a prefeitura informou que “mesmo com a chuva, que está atrapalhando o andamento, espera que o cronograma previsto seja cumprido. A Defesa Civil, inclusive, esteve novamente no local, realizando inspeções para que a execução da obra fosse possível, seguindo os trâmites”.

Relembre o caso

No final de 2019, após uma chuva forte, o distrito de Amparo foi seriamente atingido. A tempestade destruiu boa parte da rodovia RJ-150 (Nova Friburgo- São José do Ribeirão) e provocou o deslizamento de praticamente metade da pista de um trecho da Rua Jerônimo de Castro e Souza, conhecido como Curva da Morte. Esse episódio deixou praticamente isolados os moradores do Loteamento Tiradentes que, desde então, estão sem serviço de transporte público. São mais de 300 dias sem que as obras fossem iniciadas.

Moradores celebraram “aniversário” de buraco

No dia 7 de julho, a Associação de Moradores de Amparo (Assamam), o Coletivo Vozes do Tiradentes, entre outros moradores do distrito se reuniram com o então diretor da empresa de ônibus Faol, Paulo Valente, para discutir a situação da localidade que estava sem transporte público regularizado. Segundo o registro feito pelos representantes do distrito, o sentimento foi de frustração por não terem saído da reunião com uma solução.

Na manhã do dia 23 de julho, os moradores realizaram um protesto simbólico na Rua Jerônimo de Castro e Souza, quando cantaram “Parabéns para você”, diante da falta de solução para recuperar a via. Um bolo de aniversário foi preparado e levado próximo ao buraco, onde festejaram de forma irônica, pelos 210 dias sem solução para o problema. Cerca de 50 pessoas participaram da ação com faixas e cartazes, de acordo com um dos moradores. À época, também foi reivindicado pelos moradores a regularização do transporte público no loteamento, que parou de atender aos moradores.

Na véspera do protesto, o prefeito Renato Bravo, junto com o secretário municipal de Defesa Civil, Robson Teixeira, anunciou a liberação pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, através da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, de R$ 470 mil para realização de obras na Curva da Morte. Segundo o prefeito, o processo de licitação para escolha da empreiteira que começaria em breve, demorou três meses.

 

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TAGS: obra | Trânsito | Clima