Nova Friburgo perdeu na madrugada de sábado, 3, o carisma, o talento e a inteligência de Ieda Lucimar Mastrangelo Corrêa. Juíza aposentada, ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora do município. Era também advogada, professora, jornalista, dramaturga, roteirista, escritora, poeta, cronista e trovadora.
Na juventude escreveu crônicas, sob pseudônimo, para o jornal A VOZ DA SERRA. Pioneira do jornalismo social no extinto O Nova Friburgo, sob o pseudônimo de Charmène, nos anos de 1970 e, mais tarde, diretora do Diário de Nova Friburgo, Ieda atuou diretamente na área cultural, tendo criado os festivais de arte que impulsionaram o surgimento de grupos teatrais na cidade e foi responsável pela vinda de grandes espetáculos teatrais e musicais a Friburgo.
Escritora, poetisa, cronista e trovadora, presidiu a UBT – União Brasileira dos Trovadores, Seção Nova Friburgo, e teve marcante atuação, como integrante, na realização dos Jogos Florais de Nova Friburgo, desde a sua criação.
Dramaturga, amante das artes cênicas, dedicou-se ao teatro infantil e infantojuvenil, em parceria, especialmente, com o Grupo Gama, do qual era fundadora e entusiasta, escrevendo “ Em Busca da Água Prometida” e “ Fantasia à Moda de Clara”, uma homenagem à grande dama do teatro infantil brasileiro, Maria Clara Machado.
Inquieta, criativa, publicou, em 1993, “Crônica da Cidade Livre”, livro que reuniu textos de sua juventude, desde os tempos do movimento estudantil, no qual atuou ativamente, até a universidade.
A equipe de A VOZ DA SERRA se solidariza com a famílilia neste momento de dor.
Deixe o seu comentário