Em um ano, casos de Covid explodem, mas internações e óbitos despencam

Bandeira laranja, de risco moderado de contágio, predomina no estado, mas Região Serrana passa para vermelha
sexta-feira, 04 de fevereiro de 2022
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Os gráficos com os dados de janeiro a janeiro (Divulgação)
Os gráficos com os dados de janeiro a janeiro (Divulgação)

Um comparativo da evolução da  Covid-19 no Estado do Rio nos meses de janeiro de 2021 e janeiro de 2022 revela que, enquanto o número de casos quase triplicou, o de internações caiu a pouco mais de um quinto e o de óbitos já foi 11 vezes maior, um ano atrás.

De acordo com os dados da Secretaria Estadual de Saúde, o número de casos subiu, um ano depois, de 86.731 para 243.756. Já o número de internações caiu de 8.797 para 1.849 e o de óbitos despencou de 4.146 naquele mês para 358 em janeiro deste ano. 

Ou seja, apesar de o número de casos em janeiro de 2022 ser 181% maior que o registrado no mesmo período de 2021, o número de internações é 78,9% menor e o número de óbitos, 1.078% menor.

Situação semelhante em Friburgo

Neste sábado, 5, a Prefeitura de Nova Friburgo informou que, com a testagem em massa da população e o avanço da contaminação do coronavírus no último mês, notou-se um aumento expressivo de positivos. Entretanto, os dados de óbitos e internados não tiveram o mesmo crescimento. "Isso é o reflexo da vacinação contra a Covid-19 em Nova Friburgo, no estado e também no país", afirmou em nota.

Segundo a prefeitura, Friburgo já mais de 95% da população vacinada. 

Para o estado, Serrana é bandeira vermelha

Pela primeira vez em 2022, o Estado do Rio voltou, neste fim de janeiro, a ter duas regiões em bandeira vermelha, totalizando 17 cidades com alto risco  de contágio. São elas o Noroeste Fluminense e a Baía da Ilha Grande, que engloba os municípios turísticos de Paraty, Angra dos Reis e Mangaratiba.

Já  a 67ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira, 4,  mostra que o Estado do Rio como um todo permanece em bandeira laranja, de risco moderado. A análise faz a comparação da quarta semana epidemiológica, de 23 a 29 de janeiro, com a segunda, de 9 a 15 de janeiro. O mapa desta semana apresenta uma melhora nas regiões Metropolitana II e Baixada Litorânea, que passaram da bandeira laranja, de risco moderado, para a bandeira amarela, de baixo risco. A Região da Baía da Ilha Grande passou da bandeira vermelha, com risco alto, também para a bandeira amarela. As regiões Metropolitana I, Médio Paraíba, Centro Sul e Norte permanecem em risco moderado, com bandeira laranja. A região Noroeste permanece em bandeira vermelha, com alto risco, e a Região Serrana saiu do risco moderado, bandeira laranja, para o alto risco, bandeira vermelha.

No período analisado, as internações reduziram de 294  para 268 e os óbitos, de 106 para 204. Os indicadores apontaram que, de 25 de janeiro a 1º de fevereiro, a taxa de positividade para SARS-CoV-2 em testes RT-PCR foi de 64%. Na última quarta-feira, 2, a taxa de ocupação de leitos para Covid-19 estava em 64% para UTI e 46% para enfermaria.

"A Ômicron já atingiu o pico e agora estamos começando a observar uma redução nos indicadores. Algumas regiões, como a Metropolitana II, a Baixada Litorânea e a Baía da Ilha Grande, já estão refletindo essa melhora e entrando em baixo risco de transmissão da Covid-19. Outro ponto importante é a taxa de positividade para a doença nos Centros de Testagem do estado, que saiu de mais de 40% para 12%", disse o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde apontou que a média móvel nos atendimentos a casos de síndromes gripais, que inclui a Covid-19, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) do estado tiveram queda de cerca de 60% na última semana. A análise mostra que, entre os dias 20 e 26 de janeiro, a média móvel foi de 2509 atendimentos diários. Já entre os dias 26 de janeiro a 2 de fevereiro, a média móvel ficou em 988 atendimentos diários.

Situação na capital

A cidade do Rio de Janeiro, por sua vez,  registrou nos primeiros 26 dias do ano 228.129 casos de Covid,  número  maior do que todos os casos confirmados no primeiro ano de pandemia: 218.033. O perfil epidemiológico foi atualizado no último dia 27  pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 2021, o número total de casos na capital fluminense foi de 293.334. Este ano, a faixa com maior número de casos está entre 30 a 39 anos.

Embora o número de casos tenha disparado por conta da variante Ômicron, o número óbitos registrados pela covid-19 este ano é de 160. No ano passado, foram 16.108 mortes e em 2020, 42.629. A taxa de letalidade está em 0,1% este ano; contra 5,6%, em 2021; e 8,7%, em 2020.

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TAGS: saúde