Alerta para idosos sobre golpes financeiros com início da restituição do IR

Criminosos tentam se passar por representantes das empresas credoras, oferecendo acordos fictícios e descontos apelativos
segunda-feira, 05 de junho de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)
(Foto: Arquivo AVS/Henrique Pinheiro)

A partir da liberação do cronograma de restituição do Imposto de Renda, os grupos prioritários a receber o pagamento são os principais alvos dos golpistas. Sempre inovando em técnicas para aplicar fraudes financeiras, criminosos atuam, principalmente, contra pessoas acima de 60 anos, justamente as que recebem o valor nos primeiros lotes.

Entre os golpes mais comuns para este público neste momento de movimentação da economia, encontram-se tentativas com foco na renegociação de dívidas. Pesquisa da Serasa ouviu 1.224 contribuintes do IR entre 23 e 29 de maio para investigar a intenção de uso do pagamento. 

Para a maior parte dos entrevistados, negociar dívidas é a principal meta (30%). Ao analisar o recorte de brasileiros acima de 60 anos, o número é ainda significativo: 4 a cada 10 idosos pretendem pagar suas pendências com a restituição. 

Aproveitando as oportunidades de negociação manifestada pelos consumidores, criminosos tentam se passar por representantes das empresas credoras, oferecendo acordos fictícios e descontos apelativos. “Mais vulneráveis no ambiente digital, os idosos acabam se tornando vítimas de abordagens via e-mail, mensagens de celular e redes sociais”, explica Aline Sanches, gerente da Serasa. “Existe também a prática de convencer os aposentados sobre falsos empréstimos consignados e pagamentos, como a própria restituição do imposto de renda e a antecipação do 13º salário”.

Para evitar esses tipos de fraude e renegociar com segurança, a empresa reforça a importância de concentrar todas as operações nos sites oficiais e jamais compartilhar seus dados com terceiros. “Orientamos que os idosos não atendam solicitações recebidas por e-mail, mensagem ou telefone, além de ficar atento às informações de boletos ou documentos recebidos por outros contatos. Em caso de qualquer suspeita, não clique e nem pague qualquer quantia: procure os canais oficiais de atendimento para tirar todas as dúvidas”, reforça Aline.

Atenção redobrada aumenta a prevenção

  • A Serasa não envia boletos ou códigos pelas redes sociais; 

  • A Serasa não chama o consumidor, a partir de mensagens, para falar sobre pagamentos; 

  • A Serasa não gera boletos em nome de pessoas físicas; 

  • A única forma de quitar sua dívida com o Serasa Limpa Nome é usando um dos canais oficiais de negociação.

Atenta aos golpes relacionados ao roubo de informações pessoais, a empresa lista outras quatro fraudes comuns relacionadas ao público acima de 60 anos:

1. Falsa atualização de dados — O aposentado recebe a ligação de um falso atendente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) alertando para o bloqueio iminente do benefício por desatualização de dados cadastrais. Basta que o aposentado forneça informações como CPF, endereço, data de nascimento, dados bancários, número do cartão do INSS e outras: esses registros são suficientes para que o criminoso cometa fraudes em nome do segurado. Dessa forma, ao ser abordado por um contato que não reconhece, não ceda suas informações pessoais e/ou dados financeiros. Na dúvida, busque os canais oficiais do instituto.

2. Falsa prova de vida — Há também a “falsa prova de vida”, a partir da nova modalidade criada na pandemia. Para a operação, criminosos pedem a confirmação de seus dados e solicitam o envio de uma foto atual e documentos digitalizados pelo WhatsApp. Por isso, não envie fotos suas e/ou de documentos, que podem ser utilizados para realizar fraudes financeiras, e busque os sinais de verificação nos aplicativos de mensagens antes de iniciar qualquer conversa.

3. Falso agendamento de perícia — A perícia médica deve ser feita periodicamente por segurados de benefícios por incapacidade temporária ou continuada. Nessa situação, os criminosos fazem contato com as vítimas para agendar a consulta e solicitam informações do beneficiado como endereço, RG, CPF, dados bancários e até senhas, em alguns casos. O INSS alerta para que o segurado não forneça os dados: o instituto apenas pede informações ou documentos pelo sistema Meu INSS. As convocações chegam apenas por carta, notificação do banco pagador, e-mail ou publicação no Diário Oficial da União e sempre estarão registradas no perfil do segurado no site oficial, com prazo e orientações para agendamento.

4. Falsos benefícios em atraso — O golpe é antigo e pode ser praticado por telefone ou por e-mail. Um falso atendente do INSS faz contato com a vítima e a informa sobre valores de benefícios atrasados que teriam sido liberados com atualização e correção de juros. Surpreso com a oportunidade extra, o aposentado informa os dados pessoais.

Na segunda etapa, é cobrada uma taxa administrativa a ser depositada pelo beneficiado para liberar o pagamento direto na conta do aposentado. Essa cobrança é feita por um falso boleto ou transferência de valores direto para uma conta. Por isso, esteja atento às informações do documento: caso não reconheça ou suspeite de algum dado (como nomes de pessoas físicas), não pague e comunique a empresa.

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